Escrever este memorial é interessante porque como diz Márcia
Maria Motta: “É ainda importante entender os diversos tempos da lembrança, já que as memórias apesar de estáticas, mudam com o tempo, com as novas demandas do presente. Em outras palavras, o que hoje se coloca como fundamental importância para se recordar, nem sempre assim foi.”. A memória que eu tinha sobre a minha trajetória estudantil era uma memória básica, hoje como estou em processo de formação na área da educação reviso as minhas memórias com um outro olhar e muito mais sensibilidade que talvez tenha faltado na época.
Minha trajetória estudantil deu-se início no ano de 1993, aos 4 anos
de idade no então Jardim de Infância, da qual não tenho nenhuma lembrança. Minhas lembranças começaram a partir dos 6 anos na turma do C- A, a Classe de alfabetização. Lembro do início da minha alfabetização era só decorar as letras, palavras e frases. Lembro da minha sala de aula que apesar de ampla, não tinha decoração expostas nas paredes, nem as cadeiras podiam encostar, um dia encostei sem querer uma cola colorida na parede e fui mandada a secretaria. Lembro das minhas professoras que me tratavam com muito carinho e atenção. Até chegar à terceira ou quarta série que tive uma professora de matemática que fez eu me senti sempre muito mal. Sempre tive dificuldade nessa matéria. Eu era uma criança tímida e muitas vezes ficava com dúvida durante a aula, mas não tinha coragem de perguntar por medo de ser repreendida por essa professora. As matérias que eu mais gostava e me identificava era estudos sociais e ciências porque falavam da vida, corpo humano, animais, tinha mais relação com o cotidiano. Na aula de artes infelizmente era sempre limitava não tinha espaço para criar.
Meu ensino fundamental II foi uma continuação do ensino
fundamental I, limitações e ainda tinha o bullying para dificultar o processo. Mas foi na sexta série que conheci o primeiro professor incentivador da minha vida. Um professor de inglês que apesar do conteúdo se somente o verbo To be, seus ensinamentos para a vida me ajudaram muito nessa fase.
Meu melhor momento nessa trajetória foi o ensino médio normal
no Instituto de Educação de Belford Roxo. Onde ingressei sem o objetivo de realmente ser professora após o término do curso, mas ao decorrer do curso me apaixonei pelo ato de ensinar, de aprender e aprender a ensinar.
Fiz um curso de teatro na própria escola, minhas aulas de artes
eram maravilhosas e vivenciei projetos fantásticos, como a semana da normalista, feira integrada e inúmeros estágios. Foi onde há educação fez realmente sentido para mim.
“Reinventar a educação. O mais importante nesta palavra
“reinventar”, é a ideia de que a educação é uma invenção humana e, se em algum lugar foi feita um dia de um modo, pode ser mais adiante refeita de outro, diferente, diverso até oposto.” (Carlos Rodrigues Brandão)