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LANDMARQUES

Os Landmarques, que muitos consideram como os princípios


fundamentais de Maçonaria, constituem, na verdade, um problema de difícil
solução. A idéia geral é que são usos e costumes leis e regulamentos,
universalmente reconhecidos, existentes desde tempos imemoriais,
fundamentais princípios da Ordem, inalteráveis e irrevogáveis, que não podem
ser infringidos ou desviados o mais levemente que seja; e tão remotos seriam
eles de não ser possível determinar-lhes a origem, e tão essenciais que, se
fossem alterados, modificados ou emendados, seria também mudado o
próprio caráter da Maçonaria.
No entanto, não se chegou jamais a um acordo para que fossem
definidos, enumerados e interpretados e nenhuma relação de Landmarques
chegou a ser publicada com unânime aceitação.
Segundo Nicola Aslan, há muitas classificações de Landmarques que
variam de 3 a 54, sendo a mais comum, no Brasil , a de Mackey que
compreende 25.
De Acordo com Castellani, analisa-se em primeiro lugar, o que dizem as
principais classificações de landmarques, a respeito do assunto, ressalvando,
todavia, que o tema é de ordem administrativa, não sendo um verdadeiro
landmarque, que deve se revestir, mais, de aspecto dogmático (crença em
Deus, sobrevivência da alma, igualdadae, sigilo, lenda do terceiro grau etc).
A classificação mais aceita na Europa, é a de FINDEL, autor da notável
“História da Franco-Maçonaria” (1866), com nove landmarques, nessa
classificação, o tema é omisso, já que é só administrativo.
A classificação de POUND, autor de Jurisprudência Maçônica”, com
nove landmarques, prevê, no número sete, “o Governo de um Ven e dois
VVig”.
A de GRANT, com 52 landmarques (é a mais extensa), que
deixaríamos de comentar.
Quanto à classificação de ALBERT G. MACKEY, autor da
“Enciclopédia da Franco-Maçonaria, ela é a mais difundida nas Américas, tem
25 landmarques e, no de nº 10, fala, realmente, que é um landmarque da
Maçonaria o governo da Loja, presidida por um Vem e dois VVig - Isso
quer dizer, somente que, de acordo com os antigos costumes, não pode ser
reconhecida como Loja Maçônica a reunião de Maçons com presidente e vice
presidentes. O texto não dá margem a nenhuma outra interpretação.
A Constituição de Anderson, que é, realmente, o texto jurídico básico
da Maçonaria atual.
Na ausência do Vemem caso de doença, morte ou ausência obrigada
do Vem, o 1º Vig deve agir como Vem acidental, se não estiver
presente nenhum Irmão que já tenha sido Vem de Loja, pois, então, a
autoridade do Vem reverterá para o último ex-Ven presente, o qual
porém, não poderá agir enquanto o 1º Vig ou, em sua falta, o 2º Vig,
na~tiver reunido a Loja.
Embora esse trecho pareça, à primeira vista, estar em desacordo com o
que está explicito nas “Old Charges”, o que ele mostra, na realidade, é que o
17 Vig (ou o 2º, na falta deste) deve agir como Vem acidental, ns questões
administrativas, mas não em procedimentos que sejam privativos do Vê, de
oficio, ou de um ex-vem, como sagração dos candidatos, por exemplo.
Na realidade existem muitas controvérsias nos Landmarques e que dada
a evolução dos tempos alguns já estão superados, existindo mesmo alguns
Ritos que não aceitam os de Mackey, apenas alguns itens.
Se fossemos falar realmente dos Landmarques teriam que escrever
páginas e páginas sobre o assunto

Álvaro Gomes dos Santos

Bibliografia: Nicola Aslan (Dicionário)


José Castellani (Consultório Maçônico)

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