11111111K!i 1111:1111!! Ii 1111111111111i 1111II111! Hi III11111N11tt!11 I!II!11111II!

IIII llllili Ilillii111*££

Las Obras de Historia Nueva |

— i— — f — MiMM' —t i n r n m n m i M B B ■---------------------------------------*
---------------------------irnr«m—■niiw i nnr- —
L. J im é n e z d e A s ú a : L IB E R T A D D E A M A R Y D E S E C H O A S
M O R IR ( s e g u n d a e d ic ió n . E-íi p re n sa, la te r c e r a ) .—
U n lib ro b á sic o p a r a e L .e s tu d io d e los p r o b le m a s : d e E u g e - ZZ
n e sia, E u ta n a s ia y E n d o c rin o lo g ía , e n r e la c ió n c o n e l D e - ZZ
ro c h o y el d e l i t o ...................................................................... r................ S |. 2 .2 5 “
J . D ía z F e r n á n d e z : EL BLOCAO (seg u n d a e d i c i ó n ) .— L a “
m ás b e lla n o v e la d e M a rru e c o s . H a r e v e la d o a u n g r a n n o - ~
v e lls ta d e la g e n e r a c ió n jo v e n ,, y e s e l m a y o r é x ito d e ~5
1 9 2 a ........................................................................ sKr .8
R a m ó n G óm ez d e la S e r n a : E L D U E Ñ O D E L A T O M O .— D e ll- =
cio sa p á g in a d e h u m o r d é L a d m i r a b l e c r e a d o r d e la g re -
g u e ría . E n e s te lib ro R A M O N m u e s t r a s u s m e jo r e s cuál*- =
d a d es, las q u e-Je h a n c o n s a g ra d o e n E s p a ñ a y ? e n e l e x t r a n - S
j e r o com o u n a g r a n - f i g u r a d e la l it e r a t u p á m o d e r n a ..........S !. 2 .2 5 —
E . G óm ez d e B a q u e ro : N A C IO N A L IS M O e ‘ H I S P A N IS M O . §
Uiy lib ro d e e n s a y o s . E l ú l t i m a de- los q u e h a p u b lic a d o —
G óm ez d e B a q u e ro y a c a ¿ ó e l q u e m u e s tr a m e j o r lo g r a d o s “
los v a lo re s d e l p e n s a m ie n to c o n la b e lle z a - d e lá p r o s a f l u i ­
d a y e le g a n te d e “ A n d r e n i o ” ... . -y • • S !. 2.:
B e n ja m ín J a m e s : E L C O N V ID A D O D E P A P E L .— U n te m a
lite r a r io a n tig u o y u n a n o v e la m a ra v illo s a m e n te -íV u é v a . L a
p ro s a m a g n ífte a a c i e r t a a ‘ r e f l e j a r to d a la p o d e r o s a f u e r ­
za d e l s e m in a rio y la a n g u s t ia r e b e l d e d e ! p r o t o g o n is ta
h a s ta su l i b e r a c i ó n ............................ . . . ... ............................. S¡. 2 .2 5 “
J o a q u ín A r d e r ía s : L O S P R I N C I P E S I G U A L E S . — U n a n o v e la
m o d e rn a y a u d a z , d e s c o n c e r ta n t e y v ig o ro s a . E l a u to r ,
e n tg e e l r e la m p a g u e o , a v e c e s t e m e r a r i o , d e la s m e t á f o r a s ,
c re a u n a f á b u la d e f u e r t e o r ig in a lid a d y d e a lu c i n a n t e
s u g e s tió n ... ... ................................................................................. S |. %■2 5 =

Id. Id. — L A E S P U E L A ................................................ ••• ••• ••• S i. 2. 2 5 =

S
C ó sa r F a lc ó n : E L P U E B L O S IN D IO S . — N o v e la d e l P e r ú .
A g il, c o r ta d a , c in e m a to g r á f ic a , s o b r ia d e m e d io s e i n te n s a ^
d e e m o c ió n , v a m o s tr a n d o — c o m o e n e l lie n z o , u n a s u c e - --
sió n d e p r im e r o s p la n o s —~la v id a d e l p u e b lo d o n d e D io s Z
la . M o ra l—¡-está a u s e n te .... -.y , ... S¡. 2.25-
L. J im é n e z d e A s ú a : P O L IT IC A ^ F I E U R A S , P A I S A J E S . -
Un lib ro d e e n s a y o s . ’E l p r im e r o , no d o c tr in a l, de ¡=
J im é n e z d e A s ú a . L a s ig n if ic a c ió n q u e e n la p o lític a y —
e n e l p e n s a m ie n to e s p a ñ o l - t ie n e e l i lu s tr e p r o f e s o r , se —
a f ir m a n e n e s te l i b r o s v a li e n te y s in c e ro . . ... ... ... S |. 2 .2 5 ~

i ii ii ii im i ii ii ii im i tn mi ii im i ii ii mm i im i im i ii ii s m i i mm n ii in ii ii ii ii mi ii ii üi ii ii Tr
 LA QUINCENA PRO ■ "AMAUTA”
......... c\V- -----

Dos ocasiones inolvidables nos permiten compulsar el arraigo de

AMAUTA, no sólo en el Perú, sino en el exterior. La prime­
ra, su aparatosa clausura en junio de 1927, que motivó un marcado
clamor de protesta.
La segunda ha sido la Quincena de Febrero. Desde la sierra y la
montaña, del norte, del sur y del extranjero nos ha llegado el óbolo y
el saludo conmovedor de nuestros amigos.
AM AUTA se siente más respaldada que nunca por el espíritu de
los hombres fuertes. “AM AUTA” es, dentro y fuera del país, el sím­
bolo de un Perú nuevo. Bajo su bandera, con toda lealtad, se agrupan
obreros e intelectuales socialistas.
No. No estamos solos. AM AUTA no está sola. Tras de ella vi­
bra y alienta la esperanza y el apoyo de las heroicas vanguardias de
los trabajadores e intelectuales revolucionarios, n o 'sólo del Perú, sino
de América y del mundo.
Y esta confianza, esta seguridad, esta fe en la honradez de los
bomb e: que empuñamos su timón, no ha brotado, ciertamente, del
vacío. Ha sido conquistada a través de un silencioso y cotidiano sacri­
ficio. Es el producto del esfuerzo creador, desarrollado y sostenido
día a día, en medio de todas las dificultades.
AM AUTA no es sólo una bandera, no es sólo un signo: es ac­
ción. Es la voluntad, es la fé, es la convicción inquebrantable en un
ideal concreto.
Nuestro llamamiento no queda circunscrito, pues, en el determina­
do límite de una quincena. En muchos lugares, grupos de amigos con­
tinúan las erogaciones. Tenemos que agradecer, muy especialmente,
la labor de los artistas arequipeños, que bajo los auspicios de
“ Noticias” realizan actualmente una exposición de pinturas en bene­
ficio de AM AUTA. Otras iniciativas están en curso.
Ricardo Martínez de la Torre.

LISTA DE LAS PERSONAS nUE HAN RESPONDIDO A NUESTRO LLAMAMIENTO

Ju a n E. Risco, 5 soles: E n riq u e
V era, 1 sol; G. Calderón, 1 sol; San-
dro M ariátegui, 1 sol; , José C arlos
M ariátegui, 1 sol; A ngela Ram os, 10
soles; Ju liá n T orres, 2 soles; C. Ma-
drid, Isol 50 centavos; O ctavio C árde-
nas, 1. sol; C. C hirinos P., 1 sol; S,
Coello I., 1 sol; F. E. B azalar, 1 sol;
T eodoró Z árate, 1 sol; G. G utiérrez, 1
sol; Abel López, 2 soles; F au stin o Cu-
ti, 1 sol; Sam uel V ásquez, 2 soles;
Luciano Castillo, 1 sol; Leoncio Mu-
ñoz, 4 soles; A belardo Solís, 5 soles;
H éetor A. H erre ra, 10 soles; F ran cis-
co A roca, 1 sol; D em etrio C árdenas,
1 sol 60 centavos; E- S aldaña y S.,
1 sol; V. E. M edina, 1 sol; S alvador
O livares, 6 soles 60 centavos; Jo rg e
Falcón, 1 sol; A. C astro, 1 sol; A r-
m ando R ivera, 5 soles; A n tero P eral-
ta, 1 sol; C ésar A. R odríguez, 1 sol;
M a r g i n o C hirre, 1 sol; G erm á n de
los Sanios, 1 sol; E n riq u e A n d rad e,
1 sol; P ed ro N úñez, 1 sol; Jo sé Sa­
yán, 1 sol; A. F ran co , 1 sol; J . V., 2
soles; M. A. P., 1 sol; J u a n P. Gue-
rre ro , 0.3*0 cen tav o s; A ntonio C astro,
0.20 centavos; H onorio C a rb ajal, 6.10
centavos; Ricardo J a ra , 0.50 cen tav o s;
Lucio Chum bes, 0.50 centavos, Adol-
fo J a ra , 0.50 cen tav o s; F eliciano Ja-
ra , 1 sol; Isaac C astro, 1 sol; Leon-
ció C astro, 0.20 cen tav o s; S everino
M orales, 0.20 cen tav o s; Tobias Mon-
tes, 0.20 centavos. T o ta l: Lp. 9.3.90
Celso Soto, 1 sol 50 centavos;
 V íctor G onzales, 1 sol 50 centavos,'
S an ta m aría , 1 sol; D avid V arela, 1
sol; Un C om pañero, 1 sol; Miguel
A legre, 1 sol 60 centavos; A ntonio
R eduet, X sol; A lfredo S otom ayor, 1
sol; V íctor Sáenz, 1 sol; Leoncio P rie ­
to, 1 sol; B asalar, 1 sol; M iguel R odrí­
guez, 1 sol; A ugusto Sobrino, 1 sol;
P edro S an ta Cruz, 1 sol; F ern an d o
G arcía, 1 sol; E l O tro, i sol; A. Sém i­
nos M ejia, 1 sol; J u a n C a rran za, 1
sol; R. F. B orjas, 1 sol; Isidro Rou-
co, 1 sol. T o ta l: Lp. 2.1.60.
R icardo Leiva, 1 sol; P edro Pau-
car, 1 sol; M anuel C astro, 1 sol; Ni-
cé ío ro C astro, 1 sol; Polídoro P u e r­
tas, 1 sol; V íctor G uanilo, 1 sol; Exe-
quiel E spejo, 1 sol; M iguel Soto, 1
sol; Jo sé B racam o nte, 1 sol; Lucio Be-
n ab en te, 1 sol; M anuel G ordillo,
sol; Leoncio Cano, 1 sol; A lberto Ro­
dríguez, 1 sol; N icolás Ramos, 1 sol;
D avid Evia, 1 sol; Ism ael Espinoza,
1 sol; C ipriano G uerrero, 1 sol; C ar­
los M ontoya, 1 sol; José F . N avarro,
1 sol; P a u la Y áñez, 1 sol; S antiago
N avarro, 1 sol; V íctor P érez, 1 sol:
Luis L. A liaga, 1 sol; Rodolfo B o-teri,
1 sol; A lberto L uján, 1 sol; A ngelo
T ardiola, 2 soles; L a u ra V aldez, 1 sol,
A urelio Toledo, 1 sol; C ésar L isetti,
1 sol; Eliseo Beilina, 2 soles; Raúl
M atos, 1 sol; Rosa G onzález, 1 sol;
Avelino N av arro S. 2. T otal Lp. 3.6.00.
G regorio Sovero S antiváñez, 5 so­
les; C laudio T ueros, 2 soles; Oswaldo
Caso, 1 sol; A ndrés C errón, 2 soles;
Moisés A rtica, 1 sol; Rom án C ipriano,
1 sol; E n riq u e Z acarías, 2 soles; F lo­
rencio L lanos, 2 soles; T eófilo S oria
y P érez, 1 sol; R oberto E spinar, 2 so­
les; M anuel A scárate, 1 sol; A rtu ro
Sovero, 2 soles; A bel V ento, 1 sol:
V íctor F ern an d o C árdenas, 1 sol; Cé­
sa r R odríguez, 1 sol; Luis S alazar, X
sol; Em ilio Osorio, 1 sol; Ricardo Mon­
tero, 1 sol; A lfonso C astro, 1 sol; Os­
waldo A guirie, 1 sol; J. M. Tisa, 50
centavos; N azario Leiva, 1 sol; L eon­
cio M. Lino, 50 centavos; Leoncio Ca­
ro, 1 sol 50 centavos; F rancisco Je sú s
El Dr. J. F. VALEGA
T r a s la d ó su C o n s u lto r io a C o r a ­
z ó n d e J e s ú s 3 4 4 ----D e 2 a 5
p. m . ---- T e lé f o n o 4 0 7 1
Medicina General
R ojas, X sol; M ario Ponce, .50 c e n ta ­
vos; N azario B au tista, 50 ce n ta v o s:
N icolás Roncal, 1 sol; C ésar R uíz y G a­
llardo, 70 centavos; P ed ro M an d u ja-
no, X sol; E stan islao E sp íritu , 50
centavos; A guedo P eña, 1 sol; S eb as­
tiá n C astro, 1 sol; V alen tín B a n o n ;,
50 centav o s; David R. Chávez, 2 so­
les; Sabino P izarro , 50 c e n ta v o s; A l­
fredo C árdenas, 1 sol; V alerio C árd e­
nas, 50 cen tav o s; F ran cisco Segovia
y M., 1 sol; V icente H e rre ra , 1 sol;
N icolás E spejo, 50 ce n ta v o s; V alerio
Rosas, 50 cen tav o s; A u g u sto Cano,
50 centavos; Zenón Luis, X sol 50 c e n ­
tavos; P edro A. M ucha, X sol; G ena­
ro D. Chávez, 1 sol; Gr.'maldo E spi­
noza, X sol; G abriel R uiz A rria g a , 2
soles; H erib erto G u e rra B., 1 so l;
1 J u a n Ñ auparí, 1 sol; M arcos M isari,
1 sol; A quilino C aro, 1 sol; E d ib e rto
P uente, 3 soles 50 cen tav o s; W aldo
V ento, 1 sol; J u a n R o jas de la C a­
nal, 1 sol; A lejan d ro C astro, 1 sol,
A polinario Q u in tan a, X sol; Alcides
H u rtad o de M endoza, 1 sol; M iguel
D ávila Rubén, 2 soles; T eófilo H uay-
talla, 50 centavos; Zenón V. E sp íritu ,
X sol; M iguel G. Matos,. 1 sol; T eodoro
M ucha V., 50 cen tav o s; T elésforo C a­
ro, 50 centavos; J . R. E chiyogen, X
sol; Tomás P o rras, X sol; C ipriano AL
variño, X sol; Leoncio C airam pom a, X
sol; Ju a n W alling, 50 ce n ta v o s; A n ­
drés Cam argo, 50 centavos, F rancisco
P izarro, 1 sol; Teodosio A m arillo, X
sol; H um berto P o rras, X sol; .Octavio
Am anzo, 2 soles; R icardo A g u irre , 50
centavos; Jesú s H erm oza, X sol 60
centavos; Luis E. P in to I., 2 soles;
M áximo D. M iranda, 2 soles; Jo sé Cas­
tillo Matos„ X sol; F elician o R. G ue­
rra , 2 soles; E ugenio M atheu, X sol;
Rodrigo Romero, 50 ce n ta v o s; Ram ón
A zcurra, 1 sol; A d rián C. Sovero, 4 so­
les 20 centavos; A ugusto M atheu C ue­
va, 3 soles; Consuelo C ento, X sol; Ro­
sa C áceres Z,, 1 sol; E lm ira C áceres
Z., 50 centavos y Rosa M ath eu , 1
sol. T o tal: Lp. X1.0.00.
(C o n tin u a rá )
Dr. LUIS D. ESPEJO
MEDICO CIRU JA N O
M ED IC IN A G EN ER A L
T eléfono 39-84 — P o b res 986 (a lto s)
H o r a s d e C o n s u lta : d e 3 a 5 h . p . m .
BALANCE ÚENEBAL d e l a s o c i e d a d
EDITOLA “ A/nAUTA”
CORRESPONDI EN TE AL 31 DE DICIEMBRE DE 1928

ACTIVO
A c c i o n i s t a s .............................................................................................. Lp. 3 1 4 .6 0 0
C a j a ..................................................................................................................... 5 .9 1 2
A g e n t e s ........................................................................ ,,5 5 7 .9 3 6
M u e b le s y U t i l e s ................................................................................... ,, 1 9 .3 0 0
In v e rs ió n d e F o n d o s ............................................................................ , 2 .6 0 0
L ib ro s en C o n s i g n a c i ó n .......................................................................... 4 5 .7 4 7
E x is te n c ia R e v is ta A m a u t a ............................................................. ,, 1 0 2. 266
E x is te n c ia L ib r o M e n s u a l ................................................................ ,, 1 8 6 .1 2 6

Lp. 1234.507
PA SIV O -------------------------
C a p i t a l ........................................................................................................ L p. 7 5 0 .0 0 0
E d ito r ia l M in e rv a .............................. ..................................... ,,1 5 0 .7 2 9
C o n s ig n a c ió n M i n e r v a ........................................................................ „ 7 2 .3 9 4
C o n s ig n a c io n e s V a r i a s ...................................................................... ,, 5 7 .1 9 0
j. C. M a riá te g u i ( C u e n ta P r é s t a m o ) ....................................... ,, 5 .6 4 8
C u e n ta en s u s p e n s o ............................................................................. ,, 6 3 .0 5 0
G a n a n c ia s y P é r d i d a s .................................................. ,,]3 5 .4 9 6

LP. 1 2 3 4 .5 0 /

Ricardo Martínez de la Torre. G e r e n te . Carlos Heck. C o n ta d o r.

^*£3QE3F:£3ESH3a3E3E3e3E3QES3E3Ge3c3GES53EXX3E3e3E£3£X3GGeS3E3£X3EXBe3eíBE3E^
8
R e v i s t a m e n s u a l d e L e t r a s - A r t e s - H istoria - Filosofía i
c ¡ encí a s S o c i a l e s
Fundada el lo. de Agos o de 1907
DIRECTORES:
Alfredo A. Bianchi y Roberto F. Giusti
SEC R ETA R IO
Emilio Suarez Calimano
AD M INISTRA DOR:
Daniel Rodolico
PRECIO DE STJSCRICION
(ADELANTADA)

E^ZTEIIIOR ATSTO8 .0 0
BUKIVOS AIRES

WE

TALLER DE JOYERIA Y RELOJERIA l A

SAMUEL B. ZORRILLA
Calle Estudios No. 405 (Jirón Ucayali)
Se hacen y com ponen to d a clase de a lh aja s al últim o estilo del a rte
de Jo y e ría , en p latino, oro y p la ta .— Se en g astan b rilla n tes y to d a
clase de p iedras preciosas.— Se com pran b rillan tes, p erlas, ch afalo ­
nía de oro y plata, etc.
P R E C IO S ECONOM ICOS
Sii
A M A U T A
REVISTA MENSUAL DE DOCÍSINA, LITERATURA, ARLE, POLEMICA
DIRECTOR: JOSE CARLOS MARIATEGUI
GERENTE: RICARDO MARTINEZ DE LA TORRE
N° 21 FEBRERO —MARZO 1929
S O SVU A F2 i O
LOS IN S T R U M E N T O S D E L C A P I T A L F IN A N C IE R O . — P o r Eudoctc
R abines. — L A N O C H E D E L A S A L E G O R IA S , H E S P E R I A , p o r J o s é M a r ía
E g u re n . — P O E S I A Y V E R D A D . — P r e l u d io al R e n acim ien to de J o s é M a r ía
E g u re n . — T R A D U C C IO N E S T E T I C A D E E G U R E N , por X a v 'e r A bril. —
P E R E G R I N C A Z A D O R DE F IG U R A S . — E L O G IO Y E L E G I A D E E G U R E N ,
p or J o r g e B a sa d re . --- R A M O N A y J O S E M A R IA E G U R E N , p o r Luis A lb e rto
S án ch ez. — E N S A Y O S O B R E U N A E S T E T I C A D E L CO L O R E N L A P O E ­
S IA D E E G U R E N , p o r E s t u a r d o NÚHez. — C O N T R I B U C IO N A L A C R I T I ­
CA D E E G U R E N , p o r Jo s é C arlo s M a r iá te g u i. — E L E M E N T O S D E L A P O E ­
SIA D E E G U R E N , p o r M a r ía Wie-.se. —- V A L O R E S V E R N A C U L O S D E L A
P O E S I A D E E G U R E N , p o r G a m a lie l C h a r a t a . — P R O S A P A R A J O S E M A ­
R IA E G U R E N , p o r J u l iá n P e tr o v ic k . — J O S E M A R IA E G U R E N Y E L MAR,
p or J u l io dei P ra d o . --- E L G O B I E R N O S O C I A L IS T A DE R U S I A , p o r C é sa r
A. U g a r t e ( C o n c lu s ió n ) . ---- E L A N G E L Y L A ROSA, po r C. O q u e n d o de
A m at. — R O M A N C E D E L V E R A N O IN C U L T O , po r M a r tín A d á n . — A S P E C ­
TOS D E LA E S T A B I L I Z A C I O N C A P I T A L I S T A , po r R icardo M a r tín e z de la
T o rre . ---- Q U I T A L E S E L SOL, p o r C. G u t i é r r e z Cruz. ---- D E F E N S A D E I.
M A R X IS M O , p o r Jo s é C arlo s M a r á t e g u i . ---- J U N T O S N O S O T R O S , p o r P ab lo
N e ru d a . — S E G U N D A E S T A C IO N D E L A B I O G R A F I A D E L MIÑO J U L IO ,
p or J u lio del P ra d o .
A R T E A M E R I C A N O . ---- 7 A c u a r e la s pon--Jo sé M aría-E g u r e n . ----- R e p r o ­
d u ccio ne s d el A lb u m f o t o g r á f i c o d e E g u r e n . D ib ujo s de E r a s t o C o rte z .
P A N O R A M A M O V IL . --- M A R G IN A L IA : Glosa de O r t e g a y G a s s e t a u t o r
de “ Las A t l á n t i d a s ” , p o r Luis E. V alcárcel. D O C U M E N T O S : 2o. M a n i f ie s ­
to T r e i n t a t r e i n t i s t a . ---- P O L I T I C A A M E R I C A N A : B olivia y--la N a c io n a l iz a ­
ción de sus Minas, p o r T r i s t a n M a r o f -— T E S T I M O N I O S : C a r t a de C é s a r A
R od ríg u ez. --- D E B A T E S . C u l t u r a e Id eología, po r A b e la rd o Solís. L os
ed u c a c io n ista s suizos, p o r M ig u elin a A c o sta C á r d e n a s . ---- C R O N IC A S : M o ­
tivos O r n a m e n t a le s Inkaicos, p o r Luis E. V alcárcel.
L IB R O S Y R E V IS T A S . — C R O N IC A S D E L IB R O S . — C R O N IC A S DE
R E V I S T A S . ---- N o tas c rític a s p or Jo s é C arlo s M a r iá te g u i y M a r ía W iesse.

REPERTORIO HEBREO
REVISTA MENSUAL ILUSTRADA DE CULTURA
— L IT E R A T U R A , A R T E , CRITICA E INFORMACION —

R ED A CCIO N Y A D M IN IST R A C IO N C Q k ü I l I C N E S DE V E N T A Y
Calle Negreiros 567 (Altos) 1> 1r e c t o r SU SCRIPCION
APARTADO DE CORREO 1925
LIM A -PE RÚ
MIGUEL BEN-TZVI ADLER Número Suelto S. 0.40
Suscripción Anual $. 4 00

APARECERA EL lo, DE ABRIL

EXCELENTE COLA BO RA CIO N N a c io n a l yE xtran jera - T r a d u c c io n e s d e e n s a y o s d e W aldo F r a n k , F r e u d , T a g o r e e tc , j
 AMAUTA
s i
L IM A FE BR ER O -M AR ZO 1929

LOS INSTRUMENTOS DEL CAPI­

TAL FINANCIERO, por Etidocí©
Rabinos.
EL BANCO.

I E N E el B a n c o , i n s t r u m e n t o m o t o r y d i r i g e n t e d e l c a p i t a l fi­
n an c ie ro , u n a a lcu rn ia ex c lu siv a m e n te b u rg u esa . Su géne­
sis c o i n c i d e c o n el e m p o r i o m e r c a n t i l y c o n el n a c i m i e n t o
d e l a D e u d a P ú b l i c a . S u d i n a m i s m o in ic ia l o p e r a y a d e n t r o
d e u n c i r c u ito c a l i f i c a d a m e n t e c a p i t a l i s t a . L a a n t i g u a d e f i-
B a n c o es el c o m e r c i o d e l d i n e r o ” , n o s ó lo es i n c o m p l e t a ,
v a g a e in ú til, s in o q u e es a b s u r d a . N i c o n c u e r d a c o n l a c o n t e x t u r a e-
c o n ó m i c a , ni e x p r e s a el r o l e s e n c i a l m e n t e f i n a n c i e r o d e l B a n c o . E s
m á s b ien , la r u tin a d e u n a v ie ja fó rm u la , a p lic a b le en la é p o c a en que
l o s “ c a m p s o r e s ” i t a l i a n o s y lo s “ g o l d s m i t h s ” i n g le s e s d e t e n t a b a n el
t r á f i c o y el c a m b i o d e la s m o n e d a s e x t r a n j e r a s . L a e t i m o l o g í a m i s m a
d e l a p a l a b r a e s t á l i g a d a , n o p r e c i s a m e n t e a l t r á f i c o ni a l c o m e r c i o
d e l d i n e r o , s in o a la D e u d a P ú b l i c a : lo s g e n o v e s e s , v e n e c i a n o s y f l o ­
r e n t i n o s d e l a e t a p a c o m e r c i a l , d e n o m i n a b a n “ m o n t i ” a lo s e m p r é s t i ­
t o s f o r z o s o s i m p u e s t o s a lo s c i u d a d a n o s , e n la s é p o c a s d e g u e r r a , p e ­
n u r i a o b a n c a r r o t a , p o r lo s g o b i e r n o s d e la s c i u d a d e s . L o s g e r m a n o s
e m p le a ro n esta p a l a b r a en id é n tic o se n tid o , tr a d u c ié n d o la p o r “ b a n c k ” ,
í a q u e lo s i t a l i a n o s , a s u v e z , t r a n s f o r m a r o n e n “ b a n c o ” .
L a C ien c ia E c o n ó m ic a , p o r o tr a p a rte , n o a b r e p o lé m ic a s o b r e es­
t a cuestión. L o s e c o n o m is ta s c o n t e m p o r á n e o s e s tá n c o n c o r d e s en r e ­
c o n o c e r e n el B a n c o el o r g a n i s m o f i n a n c i e r o , c u y a f u n c i ó n e s p e c í f i c a
e s el d i n a m i s m o d e l c r é d i t o : “ la s d o s o p e r a c i o n e s f u n d a m e n t a l e s d e l
B a n c o s o n o t o r g a r y r e c i b i r e m p r é s t i t o s ” ( 1 ) . “ el B a n c o es u n a e m ­
p r e s a q u e t i e n e p o r o b j e t o el e j e r c i c i o d e l c r é d i t o ” ( 2 ) ; “ el n o m b r e
d e B a n c o — d i c e el e c o n o m i s t a y a n q u i A g g e r — s e a p l i c a a u n a i n s t i t u ­
ción q u e re c ib e d e p ó s ito s d e d in e ro y c ré d ito y q u e o b tie n e u n p r o v e ­
c h o m e d i a n t e l a v e n t a d e s u p r o p i o c r é d i t o ” ( 3 ) . Y el p r o f e s o r a l e m á n
W e r n e r S o m b a r t , e n su i m p o r t a n t e o b r a “ D e r M o d e r n e K a p i t a l i s m u s ” ,
d e f i n e el B a n c o m o d e r n o c o m o l a “ in s t i t u c i ó n i n t e r m e d i a r i a d e l c r é ­
d i t o ” . — D i e m o d e r n e B a n k a i s e in K r e d i t v e r m i t t e l n d e s I n s t i t u í ” ( 4 ) .
C o n s e c u e n t e m e n t e , el B a n c o e n s u c a l i d a d d e o r g a n i s m o , só lo
p u d o s u r g i r c u a n d o el d e s a r r o l l o e c o n ó m i c o h u b o c o n d i c i o n a d o la
fu n ció n d e l c r é d ito y las p o s ib ilid a d e s d e a c c ió n d e la fin an z a, e n un
m e r c a d o d e in te r c a m b io in te rn a c io n a l.
2 A m au ta
L a b io lo g ía y la e stru c tu ra d el c ré d ito tie n en u n c a r á c te r e c o n ó ­
m i c o social. E l c r é d i t o es la c a t e g o r í a e c o n ó m i c a e n g e n d r a d a p o r l a
c o e f ic ie n c i a d e r e l a c i o n e s s o c ia l e s e s p e c íf i c a s . L a c i r c u l a c i ó n d e l d i n e ­
r o y el c o m e r c i o d e m e r c a d e r í a s c o n d i c i o n a n e n t r e lo s h o m b r e s la s
r e l a c i o n e s so c ia le s d e c o m p r a d o r y v e n d e d o r . C u a n d o el d i n e r o s e
c o n v i e r t e en i n s t r u m e n t o g e n e r a l d e p a g o , c u a n d o la c i r c u l a c i ó n d e s a -
r r o l a d a d e m e r c a d e r í a s c o n v i e r t e t o d a s la s c o s a s e n o b j e t o s v e n a l e s ,
u n a n u e v a f o r m a d e r e l a c i ó n se e s t a b l e c e y los m i e m b r o s d e la s o c i e ­
d a d d e v i e n e n a c r e e d o r e s y d e u d o r e s : h e a q u í el e m b r i ó n y el á n i m a
d e l c r é d ito . C u a n d o la D e u d a P ú b l i c a se o r g a n i z a , c u a n d o la m a s a
m i s m a d e lo s i m p u e s t o s y c o n t r i b u c i o n e s d e v i e n e u n a m ercadería,
r e e m p l a z a n d o el i m p u e s t o e n e s p e c i e p o r el i m p u e s t o e n d i n e r o , el
c r é d i t o a d q u i e r e la e s t r u c t u r a d e u n a c a t e g o r í a e c o n ó m i c a c u y o pre­
d o m i n i o c o n v i e r t e a los h o m b r e s d e t o d o s lo s e s t r a t o s s o c ia le s , d e
t o d o s los r a n g o s e c o n ó m i c o s , e n o t o r g a n t e s y c o n c e s i o n a r i o s d e c r é ­
d ito .
E n el a p o g e o d e l a e t a p a m e r c a n t i l , i n c u b a d o p o r l a D e u d a N a ­
c io n a l, a p a r e c e el B a n c o , c o m o g e s t o r d e l C r é d i t o p ú b l i c o . M e d i a n t e
lo s e m p r é s t i t o s o t o r g a d o s a lo s g o b i e r n o s , b a j o la g a r a n t í a d e lo s i m ­
p u e s t o s — p a g a d e r o s e n t o n c e s e n e s p e c ie s — lo s a c a p a r a d o r e s d e l d i ­
n e ro in te rv ien e n c o m o fa u to re s d e la D e u d a P ública. A d e m á s d e los
f u e r o s y p r iv ile g io s o t o r g a d o s p o r el E s t a d o a sus a c r e e d o r e s , l a f a u ­
t o r í a e n la D e u d a les c o n c e d i ó l a g e r e n c i a y el m o n o p o l i o d e l n u e v o
fa c to r económ ico. “ L a D e u d a P ú b l i c a ” , es d e c i r la a l i e n a c i ó n d e l E s t a ­
d o , y a s e a é s t e d e s p ó t i c o , c o n s t i t u c i o n a l o r e p u b l i c a n o , d a su v e r d a ­
d e ro c a rá c te r a la e r a capitalista. El C ré d ito p ú b lic o d e v ie n e e n to n c e s
el c r e d o d e l c a p i t a l . Y c o n el e s t a b l e c i m i e n t o d e l a D e u d a P ú b l i c a , el
p e c a d o c o n t r a el E s p í r i t u S a n t o , p a r a el c u a l n o h a y r e d e n c i ó n , es
r e e m p l a z a d o p o r el p e c a d o c o n t r a la D e u d a P ú b l i c a ” ( 5 ) . E s d e s d e
en to n ces que d a t a la in sta u ra c ió n del c ré d ito c o m o c a te g o ría e c o n ó m i­
c a a c t i v a y el n a c i m i e n t o d e l B a n c o e n c a l i d a d d e in s t i t u c i ó n f i n a n ­
ciera.
L a e c u m e n i c i d a d d e la m o n e d a , c o m o m e d i o g e n e r a l d e p a g o ,
la c r e a c i ó n d e la D e u d a P ú b l i c a y l a o r g a n i z a c i ó n d e la s r e n t a s d e l
E s t a d o y d e l n u e v o s i s t e m a d e i m p u e s t o s , f u e r o n lo s f a c t o r e s c o e f i c i e n ­
te s q u e d e t e r m i n a r o n l a e s t r u c t u r a d e l c r é d i t o c o m o c a t e g o r í a e c o ­
n ó m ic a . H i s t ó r i c a m e n t e , t o d o s e s to s f e n ó m e n o s p r o c e d e n d e m a t r i z
c a p ita lis t a . El B a n c o , p o r e n d e , o r g a n i s m o q u e t i e n e p o r o b j e t o l a f u n ­
c ió n d e l c r é d i t o , t i e n e u n o r i g e n d e f i n i d a m e n t e c a p i t a l i s t a .

* *

L a v e n t a a p l a z o s ----f o r m a e m b r i o n a r i a d e l d i n a m i s m o d e l c r é d i t o
— e s t a b a p r o h i b i d a e n el sig lo X V I a lo s c o m e r c i a n t e s y a l a r t e s a n a d o .
L a l e t r a d e c a m b i o , u n o d e lo s i n s t r u m e n t o s p r i m i t i v o s d e l c r é d i t o , c o ­
m e n z ó a se r e m p l e a d a e n el s ig lo X II , p e r o e n a q u e l e n t o n c e s , n o f u é
s in o el d o c u m e n t o u t i l i z a d o e n lo s n e g o c i o s e n c o m a n d i t a , m e d i a n t e
el c u a l el g e s t o r g a r a n t i z a b a al c o m a n d i t a r i o el p a g o q u e d e b í a h a c e r l e
e n d e t e r m i n a d a feria. Y o b j e t i v a m e n t e , lo s c a m b i s t a s y lo s u s u r e r o s ,
lo s “ c a m p s o r e s ” y lo s “ g o l d s m i t h s ” n o f u e r o n s in o lo s m o d e s t o s e s ­
ca m p a v ía s del B anco d e n u estra época.
L o s b a n c o s d e la s c i u d a d e s i t a l i a n a s f u e r o n c o n s t i t u i d o s p o r l o s
p r e s t a m i s t a s , c o n c e s i o n a r i o s d e lo s p a p a s y d e los p r í n c i p e s . E l B a n c o
 A'imauta 3
d e A m s te r d a m , en H o la n d a , n a c ió c o m o u n a e m p r e s a m u n ic ip a l, c o n
la f u n c ió n s u s ta n tiv a d e p r o p o r c io n a r e m p r é s tito s a l g o b ie r n o d e l b u r ­
g o , lu e g o a l g o b ie r n o n a c io n a l y m á s t a r d e a lo s g o b ie r n o s e x t r a n j e ­
ro s. I d é n tic a f u é la m is ió n d e lo s B a n c o s d e H a m b u r g o y d e P ru s ia y
la d e lo s p r im e r o s b a n c o s e s ta b le c id o s e n E s ta d o s U n id o s . Y el B a n c o
d e I n g la te r r a , la p o d e r o s a in s titu c ió n f in a n c ie r a d e lo s w h ig s, fu é f u n ­
d a d o s o b r e la b a s e d e l e m p r é s tito s u m in is tr a d o a l E s ta d o , p o r v a l o r d e
u n m illó n d o s c ie n ta s m il lib r a s e s te rlin a s .
L a d e c a d e n c i a d e l c a p ita l c o m e r c ia l y d e l m e rc a n tilis m o , im p li­
có el h u n d im ie n to d e lo s b a n c o s de I ta lia y H o la n d a . A dem ás de
q u e lo s v e n e c ia n o s f u e r o n v íc tim a s d e la r a p a c id a d d e lo s h o la n d e s e s
y é s to s , a su v e z , d e la p i r a t e r í a d e lo s in g le se s. E l B a n c o d e H a m b u r ­
g o — s a q u e a d o e n 1 9 1 3 p o r la s tr o p a s n a p o le ó n ic a s — p u d o s o b r e v iv ir
a la L ig a H a n s e á tic a , h a s ta 1 8 7 3 , é p o c a e n q u e e l s is te m a c a p ita lis ­
ta r e a liz a b a la u n id a d a le m a n a , o c u p a n d o lo s ú ltim o s b a l u a r te s del
f e u d a lis m o g e r m a n o , c o n s o lid a n d o la s v ic to r ia s del z o llw e r e in y
c r e a n d o el R e is c h b a n k , h e r e d e r o d e lo s p riv ile g io s d e l B a n c o d e P ru sia ,
p e r o lib r e d e la tu te la q u e s ig n ific a b a la in g e r e n c ia d e l E s ta d o e n su
c a lid a d d e a c c io n is ta .
*

L a f a u to r ía d e l B a n c o e n la D e u d a P ú b lic a , le c o n c e d e u n a i n ­
flu e n c ia d e c is iv a s o b r e la m a s a to ta l d e la p o b la c ió n q u e s o p o r ta lo s
im p u e s to s . A su f u n c ió n a n t e c e d e n te d e o t o r g a r e m p r é s tito s a l E s t a ­
d o c o a d u n a , c o m o c o n s e c u e n c ia , la d e e m itir m o n e d a fid u c ia r ia . E s te
p riv ile g io p o n e e n m a n o s d e su s g e s to r e s u n a p o te n c ia ir r e f r a g a b le : el
b a n c o se c o n v ie r te e n to n c e s en la m á q u in a s u c c io n a d o r a d e l c a p ita l
A l o to r g a r u n e m p r é s tito al E s ta d o , p e r c ib e lo s in te r e s e s d e l p r é s ta m o .
P e r o , c o m o a l p r o p io tie m p o o b tie n e el p r iv ile g io d e e m itir m o n e d a
f id u c ia ria , sin m á s r e s p a ld o q u e la d e u d a , p e r c ib e n u e v a m e n te un
s e g u n d o in te r é s p o r el im p o r te d e la e m is ió n la n z a d a en el m e r c a d o d e
c a p ita le s . — “ C o m o p o r u n g o lp e d e v a r il la m á g ic a , la D e u d a P ú b li­
c a d o t a a l d in e r o im p r o d u c tiv o d e la p o te n c ia r e p r o d u c tr iz y lo t r a n s ­
f o r m a e n c a p ita l, sin q u e te n g a n e c e s id a d d e e x p o n e r s e a lo s p e li­
g ro s y a lo s e s fu e rz o s in s e p a r a b le s d e t o d a in v e rs ió n in d u s tr ia l y a ú n
u s u ra ria . E n r e a l i d a d lo s a c r e e d o r e s d e l E s ta d o n o d a n n a d a ; la s u m a
p r e s ta d a se tr a n s f o r m a e n e f e c to s p ú b lic o s d e fá c il tr a n s f e r e n c ia q u e
c o n tin ú a n f u n c io n a n d o e n t r e su s m a n o s c o m o e s p e c ie s s o n a n te s y c o n ­
ta n te s ’ ’ ( 6 ) .
T a l es la g é n e s is y el d e s e n v o lv im ie n to d e lo s B a n c o s d e n o m in a ­
d o s d e E m isió n , o B a n c o s C e n tr a le s : s e r v ir d e in te r m e d ia r io s e n t r e el
E s ta d o y la N a c ió n , o to r g a r e m p r é s tito s a lo s g o b ie r n o s , e m itir m o n e ­
d a , s e r lo s d e p o s ita r io s d e lo s f o n d o s y v a lo r e s fisc a le s y c o n v e r tir s e
h a s ta e n lo s a d m in is t r a d o r e s d e la s r e n ta s p ú b lic a s ( 7 ) .
E n r e la c ió n d ir e c ta c o n el d e s a r r o llo d e l c o m e r c io y d e la c ir c u la ­
c ió n , el B a n c o lle g ó a a m p lia r y a s e p a r a r su s f u n c io n e s . A la s a n t e ­
r io r m e n te e s ta b le c id a s , r e u n ió la s d e in te r m e d ia r io e n t r e lo s p a r ti c u la ­
re s, c o n t e x tu r á n d o s e el B a n c o e s p e c ia lm e n te c o m e r c ia l o d e d e p ó s ito s .
E l n u e v o o r g a n is m o a c a p a r ó , d e s d e el c o m ie n z o , ¡a tr ip le f u n c ió n d e
in te r m e d ia r io g e n e r a l e n lo s p a g o s , d e p o s ita r io d e f o n d o s y o to r g a n t e y
c o n c e s io n a r io d e c r é d ito .
S u r o l d e in te r m e d ia r io e n lo s p a g o s le a d j u d i c a la c a p a c id a d d e
p o n e r en m o v im ie n to u n c a u d a l c r e c ie n te ¿ e c a p ita le s in a c tiv o s . E n su
c a lid a d d e d e p o s ita r io a d q u i e r e el p r iv ile g io d e d is p o n e r d e lo s d e p ó -
4 Amauta
s ito s p a r a r e a liz a r su s p r o p ia s o p e r a c io n e s e n el m e rc a d lo , m a n e ja n d o
c o m o p r o p ia s , g r a n d e s m a s a s d e c a p ita le s a je n o s , in d e p e n d ie n te m e n te
d e la v o lu n ta d y d e la in ic ia tiv a d e lo s d e p o s ita n te s . S i c o m p a r a m o s ,
e n c u a lq u ie r b a n c o , la c ifr a d e l c a p ita l y la s r e s e r v a s c o n la d e lo s d e ­
p ó s ito s , e n c o n tr a m o s s ie m p r e q u e la p r im e r a n o a lc a n z a , a v e c e s , la
d é c im a p a r t e d e l im p o r te d e lo s d e p ó s ito s , d if e r e n c ia q u e se h a c e m u ­
c h o m a y o r a ú n si la c o m p a r a m o s c o n la c ifra to ta l d e su p a s iv o .
P e r o , e n tr e to d o s , su r o l d e o to r g a n t e d e c r é d ito le c o n c e d e u n a
p o te n c ia e c o n ó m ic a a b s o lu ta : q u ie n q u ie r a q u e h a g a u n d e p ó s ito , a b r a
u n a c u e n ta u o b te n g a u n a l e t r a d e c a m b io , e s tá o b je tiv a m e n t e o to r g a n ­
d o c r é d ito a l B a n c o . M a s, n o t o d o s se h a lla n e n id é n tic a s c o n d ic io n e s
p a r a re c ib irlo . E l B a n c o o to r g a c r é d ito a q u ie n lo e s tim a c o n v e n ie n te .
Y c u a n d o lo e s tim a c o n v e n ie n te , ta m b ié n , lle g a a s u s p e n d e r lo p a u l a ti­
n a o s ú b ita m e n te , p r o v o c a n d o p á n ic o s y q u ie b ra s , h u n d ie n d o in d u s ­
tr ia le s p o c o d ó c ile s , d e r r i b a n d o e m p re s a s , a r r u in a n d o c o m e r c ia n te s y
e s tr a n g u la n d o p e q u e ñ o s c a p ita lis ta s , in c o n te s ta b le m e n te , el c r é d ito es
el m á s p o d e r o s o in s tr u m e n to d e la c o n c e n tr a c ió n d e c a p ita le s , d e l t e ­
r r o r e je r c id o p o r la o lig a r q u ía f in a n c ie r a y d e la e x p r o p ia c ió n s is te m á ­
tic a q u e c o n d u c e d ir e c ta m e n te a l m o n o p o lio .
M e d ia n te e s ta tr ip le fu n c ió n , el B a n c o lle g a a a c a p a r a r y d is p o n e r
a sí, d e c a p ita le s d e t o d a p r o c e d e n c i a y d e to d o v o lu m e n : lo s f o n d o s
d e l in d u s tr ia l, el d in e r o d e l c o m e r c ia n te , la s r e s e r v a s d e l r e n tis ta , la s
e c o n o m ía s d e l p e q u e ñ o p r o p ie t a r io , lo s a h o r r o s d e l a a r is to c r a c ia o b r e ­
r a , t o d o se c e n tr a li z a e n su s m a n o s y c a e b a j o su c o n tr o l. “ U n B a n c o
r e ú n e la s c o tiz a c io n e s d e c ie r to n ú m e r o d e p e r s o n a s e n u n f o n d o c o m ú n
d e n o m in a d o c a p ita l. A s im is m o r e ú n e el c a p ita l in a c tiv o y d is e m in a d o
d e la c o le c tiv id a d , e n o tr o f o n d o d e n o m in a d o d e p ó s ito . A m b o s f o n ­
d o s s e h a lla n b a j o el c o n t r o l d e l b a n q u e r o , q u ie n p u e d e s e r c o m p a r a d o
c o n el g e n e r a l e n je f e d e u n e j é r c it o ” ( 8 ) .
E s to s g e n e r a le s e n je f e lle g a n a c e n tr a li z a r e n su s m a n o s to d a s
la s a c tiv i d a d e s d e l c a p ita l. C u a n d o su g e s tió n la s s o ju z g a y la s c o n t r o ­
la , la c e n tr a liz a c ió n d e la p r o d u c c ió n , el a v a n c e d e l m o n o p o lio , la
e x p r o p ia c ió n d e l p e q u e ñ o c a p ita lis ta , to m a n u n im p u ls o in c re íb le . E l
b a n q u e r o , e n b u s c a d e m a y o r e s b e n e f ic io s y e n v is ta d e q u e el p ú b lic o
p r e f ie r e a c tu a lm e n te la e s p e c u la c ió n a l s im p le a h o r r o , se v e a s tr in g i­
d o a c o lo c a r, c a d a v e z m á s , lo s f o n d o s b a n c a r io s e n la in d u s tr ia . P e ­
r o , a l s e r c o lo c a d o s , e l c a p ita l se tr a n s f o r m a e n c a p ita l f in a n c ie r o ,
f o r m a h e g e m ó n ic a y s u p r e m a d e l c a p ita lis m o . C a p ita l f in a n c ie r o q u e
d e t e n t a d o p o r u n a o lig a r q u ía f in a n c ie r a , se in s ta la e n c a lid a d d e a m o
a b s o lu to d e la m a r c h a e c o n ó m ic a y p o lític a d e l m u n d o , d e d ir e c to r in ­
d is c u tid o d e la s o c ie d a d h u m a n a .

M O N O P O L IO B A N C A R IO

E n g e n d r o d ir e c to d e l c a p ita lis m o , el b a n c o a r r a s t r a c o n s ig o la
h e r e n c ia y el s in o d e su e s tir p e . L a s a c tiv i d a d e s d e l c a p ita l, e n e s te
c a m p o , n o p o d í a n e s c a p a r a la s le y e s e c o n ó m ic a s , n i a la s c o n t r a d i c ­
c io n e s in g é n ita s d e l s is te m a c a p ita lis ta . L a c o n c u r r e n c ia e n t r e lo s b a n ­
c o s, h a s id o y s ig u e s ie n d o u n a b a t a l l a t a n e n c a r n iz a d a c o m o e n t r e la
in d u s t r ia y el c o m e r c io . L a c e n tr a liz a c ió n d e c a p ita le s se r e a liz a a q u í
c o n r itm o p r o g r e s io n a lm e n t e a c e le r a d o . E l m o n o p o li o — n e g a c ió n d e la
lib r e c o n c u r r e n c ia — s ie n ta su p r e d o m i n io e n el t e r r e n o b a n c a r io con
la m is m a v io le n c ia y la m is m a c o m p u ls ió n a b s o lu tis t a c o n q u e se p r e ­
s e n t a e n l a in d u s t r ia tr u s tif ic a d a . E s in te r e s a n te c o n s ta t a r la s e rv il y
fimauta 5

e x a c ta d o c ilid a d c o n q u e el d e s e n v o lv im ie n to c a p ita lis ta c u m p le lo s v a ­

tic in io s y lo s d e r r o te r o s s e ñ a la d o s p o r la d ia lé c tic a m a rx is ta !
N a d a m á s p e c u lia r q u e e l s is te m a b a n c a r io a d o p t a d o p o r c a d a
p a ís , e n c o n c o r d a n c ia c o n la s n e c e s id a d e s e s p e c ia le s d e su d in a m is m o
e c o n ó m ic o . P e r o n a d a m á s g e n e r a l ni m á s e v id e n te , q u e la m a r c h a
S e lo s b a n c o s h a c ia el m o n o p o lio y h a c ia e l c a p ita l f in a n c ie ro .
E l m o n o p o lio b a n c a r io se c o n s u m a e n n u e s tr a é p o c a , c o n u n a o b ­
j e tiv id a d c in g la n te . M a lg r a d o la d iv e r s id a d d e lo s s is te m a s v ig e n te s
en lo s d iv e rs o s p a ís e s y la v a r i e d a d d e e s p e c ia liz a c ió n e n lo s n e g o c io s
d e lo s d if e r e n te s g é n e r o s d e b a n c o s , el f e n ó m e n o es id é n tic o , u n á n i­
m e , e c u m é n ic o . A q u í c o m o e n la in d u s tria , el c a p ita l se c e n tr a liz a , la
lib r e - c o n c u r r e n c ia y el lib e r a lis m o s u c u m b e n , el m o n o p o lio tr iu n f a y el
p r o c e s o d ia lé c tic o se c o n s u m a .

E n I n g la te r r a , la T o r r e d e L o n d re s , e r a el a r c a d e l te s o r o d e lo s
c o m e r c ia n te s , h a s ta el a ñ o 1 6 4 0 , e n q u e C a rlo s I d is p u s o a r b i t r a r i a ­
m e n te d e la s u m a e n c u s to d ia . S e a p o d e r ó d e 1 2 0 ,0 0 0 lib r a s e s te rlin a s ,
la s q u e s ó lo f u e r o n r e tr ib u id a s d e s p u é s d e te m p e s tu o s a s p r o te s ta s ,
p r e lu d io s d e la ‘G lo r io s a R e v o lu c ió n ”. L a r a p iñ a r e a l d e s a c r e d itó la
h is tó ric a T o r r e y, d e s d e e n to n c e s , lo s “g o ld s m ith s ” d e v in ie r o n lo s
g u a r d a d o r e s d e l te s o r o d e lo s p a r tic u la re s . P e r o é s to s e r a n s im p le s b u r ­
g u e s e s q u e, a p e s a r d e la G r a n C a r ta , n o h a b í a n s o b r e p a s a d o a ú n su
c o n d ic ió n d e “te r c e r e s ta d o ” , t a lla d o p o r la m o n a r q u í a y tr ib u ta r io
d e l f e u d a lis m o . C o a r t a d o s p o r C a rlo s II, lo s ‘ g o ld s m ith s ’ tu v ie r o n q u e
c u b r ir u n e m p r é s tito d e 1 .3 2 8 .5 2 6 lib ra s , q u e lu e g o fu é d e s c o n o c id o p o r
el m o n a r c a . E s te a c o n te c im ie n to , a f e c ta n d o d ir e c ta m e n te a m á s de
d ie z m il d e p o s ita n te s , o c a s io n ó la h o n d a cr,isis q u e s ó lo fu é s o lu c io n a d a
b a jo el g o b ie rn o d e l h o la n d é s G u ille r m o d e O r a n g e — d e s tr o n a d o r d e
J a c o b o II y je f e v is ib le d e la b u r g u e s ía in g le s a — m e d ia n te el e m p r é s ti­
to d e 1 .2 0 0 .0 0 0 lib r a s e s te rlin a s , su s c rito p o r lo s w h ig s. E s ta o p e r a c ió n
d ió o rig e n al B a n c o d e I n g la te r ra . L a in s titu c ió n s u r g e c o n lo s c a r a c t e ­
re s d e u n a s o c ie d a d a n ó n im a , c o n la p r e r r o g a tiv a p a r a lo s a c c io n is ­
ta s d e s e r r e s p o n s a b le s s o la m e n te d e l m o n to d e la s a c c io n e s, r e s p o n ­
s a b ilid a d q u e n o p o d í a h a c e r s e e x te n s iv a a l m o n to d e su f o r tu n a p a r ­
tic u la r. M e d ia n te el p r é s ta m o , el B a n c o tie n e lo s p r iv ile g io s d e r e c a u ­
d a r y a d m in is tr a r la s r e n ta s p ú b lic a s y d e e m itir m o n e d a f id u c ia ria , sin
o tr o r e s p a ld o q u e la d e u d a d e l E s ta d o . U lte r io r m e n te , d e s p u é s d e u n
se g u n d o e m p ré s tito , y e n v ir tu d d e u n a r e b a j a e n la ta z a d e in te r é s
q u e p e r c ib e s o b r e la D e u d a , o b tie n e el m o n o p o lio d e la e m is ió n en
L o n d re s y el d e r e c h o d e e le v a r la c ifr a d e e m isió n .
L o q u e n o o b tu v o el p o d e r a b s o lu to d e lo s E s tu a r d o s , fu é re a li-
liz a d o p o r la a c c ió n e c o n ó m ic a d e lo s w h ig s. E l B a n c o f lo r e c e s o b r e
la tu m b a d e lo s “ g o ld s m ith s ” , q u e lu c h a r o n h a s ta el a n iq u ila m ie n to ,
c o n tr a el n u e v o o r g a n is m o . S u e x is te n c ia se c o n s o lid a d e f in itiv a m e n te ,
d e s p u é s d e l e x te r m in io d e su a d v e r s a r io “ T h e S o u th S e a C o .” , ó r g a n o
fin a n c ie ro d e lo s to rie s. D e s d e e n to n c e s , to d o s lo s b a n c o s e m is o re s d e
In g la te r ra se h a n d e r r u m b a d o a n t e la p o te n c ia y lo s p riv ile g io s d e e s ta
in stitu c ió n . E n 1 8 4 4 , m e d ia n t e el a c ta P e e l, o b tie n e el a lz a d e la c ifr a
le g a l d e la e m isió n , s e p a r a e s te d e p a r ta m e n to d e l d e o p e r a c io n e s
b a n c a d a s c o r r ie n te s y la n z a , p o r p r im e r a v e z , el ta lo n a r io d e c h e q u e s .
E n 1 9 2 7 , h a b ía e m itid o b ille te s p o r v a lo r d e 1 8 1 m illo n e s d e lib ra s, c ifra
 6 Amaula
q u e se e le v a a 4 1 9 m illo n e s , d e s p u é s d e la r e f o r m a d e 1 9 2 8 . L a c o n ­
c e n tr a c ió n y el m o n o p o lio , e n e s te s e c to r , n o p u e d e n p r e s e n ta r u n a
f la g r a n c ia m á s n íti d a :
D e s p la z a d o s d e e s te c a m p o , lo s c a p ita lis ta s to m a r o n p o r su c u e n ta
lo s b a n c o s s im p le m e n te c o m e rc ia le s . El c u a d ro N o. 1 n os d ará una
id e a d e l c a m in o y d e la m e ta : ( 9 ) .

L a e v id e n c ia es in c o n c u s a : el 9 0 p o r c ie n to d e lo s ‘‘P r iv a te B a n k s "
h a d e s a p a r e c id o . T o m a n d o c o m o ín d ic e la s c ifra s d e l a ñ o 9 5 , v e m o s
q u e h o y , c u a tr o b a n c o s ta n só lo , o s e a el 1 0 p o r c ie n to , c o n u n c a p ita l
e q u iv a le n te al 2 3 p o r c ie n to , d e t e n ta el 4 3 p o r c ie n to d e la c ifr a d e d e ­
p ó s ito s y el 8 5 p o r c ie n to d e la d e r e s p o n s a b ilid a d e s , q u e a n te s o p e r a ­
b a n 3 8 in stitu c io n e s.
L a c l a r id a d es m a y o r a ú n , si a n a liz a m o s el c u a d r o d e lo s ‘‘J o i n t
S to c k B a n k s ” : el 8 4 p o r c ie n to d e lo s b a n c o s h a d e s a p a r e c id o . E l 16 p o r
c ie n to r e s ta n te c u e n ta c o n u n n ú m e r o d e s u c u rs a le s s u p e r io r e n 4 2 6 p o r
c ie n to , d is p o n e d e c a p ita le s q u e h a n s o b r e p a s a d o a l im p o r te to ta l p r i­
m itiv o , en 2 0 7 p o r c ie n to ; la c ifr a d e lo s d e p ó s ito s h a a u m e n ta d o e n 5 1 3
p o r c ie n to , la d e lo s c r é d ito s e n 4 5 3 p o r c ie n to y la s u m a g lo b a l d e l p a ­
siv o en 4 6 9 p o r c ie n to . E s ta a p l a s t a d o r a d is m in u c ió n d e l n ú m e r o d e
b a n c o s , d e u n la d o , y el in g e n te a u m e n to d e lo s c a p ita le s , c r é d ito s , d e ­
p ó s ito s , e tc ., d e o tr o , s o n u n a d e m o s tr a c ió n ir r e f u ta b le d e la c o n c e n t r a ­
c ió n b a n c a r ia , d e l m o n o p o lio , d e la c e n tr a liz a c ió n d e c a p ita le s .
S in e m b a r g o , la fa s e a c tu a l d e l m o n o p o lio b a n c a r io en I n g la te r r a ,
n o se d e tie n e a llí: to d o s lo s b a n c o s , in c lu siv e lo s B a n c o s c o lo n ia le s , e n
G r a n B r e ta ñ a , se h a lla n s o ju z g a d o s y s o m e tid o s a lo s “c in c o g r a n d e s ” — ■
T h e B ig F iv e — c in c o te n tá c u lo s d e u n c o n s o rc io g ig a n te s c o , a la c a b e z a
d e l c u a l se h a lla el p e q u e ñ o g r u p o d e e s p e c u la d o r e s d e la C ity . R e d u ­
c id o g r u p o d e n u e v o s m o n a r c a s a b s o lu to s q u e c o n s titu y e n el s e c to r m á s
im p o r ta n te d e la o lig a r q u ía f in a n c ie r a d e l im p e r ia lis m o b r itá n ic o .
*
* *

E n n in g ú n p a ís c o m o en lo s E s ta d o s U n id o s , la lib r e - c o n c u r r e n c ia
b a n c a r ia h a g o z a d o d e m a y o r p r o te c c ió n ju r íd ic a . E n n in g u n o , la d e m o ­
c r a c ia y el lib e r a lis m o h a n c o m b a ti d o m á s e n é r g ic a m e n te e n lo s P a r l a ­
m e n to s y e n lo s T r ib u n a le s , la c o n c e n tr a c ió n y el m o n o p o lio . M a s, la s
•sa p ie n te s y su tile s d is p o s ic io n e s ju r íd ic a s d e la b u r g u e s ía , s o n in o c u a s
y n u la s a n te el d e s a r r o llo d e la s c o n tr a d ic c io n e s q u e e n g e n d r a su s is te m a
d e p ro d u c c ió n . A s í c o m o a h o r a lo s im p e r ia lis m o s r e u n id o s e n c o n c ilio ,
p o n e n “ la g u e r r a f u e r a d e la le y ” , lo c u a l n o im p e d ir á la g r a n g u e r r a
p r ó x i m a — g u e r r a a é r o - q u ím ic a , d e c r u e ld a d r e f in a d a — e n t r e lo s im p e ­
r ia lis m o s c o n c u r re n te s , a s im is m o a y e r, en lo s E s ta d o s U n id o s , lo s P a r ­
la m e n to s p u s ie r o n f u e r a d e la le y el m o n o p o lio y la c e n tr a liz a c ió n d e l
c a p ita l en m a n o s d e u n a p lu to c r a c ia , lo c u a l n o h a im p e d id o q u e s e a n
h o y v iv a y o p e r a n te r e a lid a d . C o n g re s o s , le y e s y c o n f e r e n c ia s b u rg u e s a s ,
te n d ie n te s a c o a r ta r o s u p r im ir la s c o n tr a d ic c io n e s e c o n ó m ic a s d e su
s is te m a n o tie n e n s in o u n v a l o r p a lia to r io . O u n v a lo r s e m e j a n te a l d e
a q u e llo s c o n c ilio s, m e n ta d o s p o r V o lta ir e , a d o n d e c o r r ía n m o n je s , t e ó lo ­
g o s y r e to r e s p a r a p r o b a r c o n silo g is m o s la c o n s u s ta n c ia lid a d del
V erb o .
E l B a n c o d e I n g la te r r a fu é el p a r a d ig m a d e lo s p r im e r o s o r g a n is m o s
f in a n c ie r o s d e Y a n q u ila n d ia . E l p r im e r B a n k o f th e U n ite d S ta te s , in i­
ció su s o p e r a c io n e s ( 1 7 9 1 ) e x p l o ta n d o lo s p r iv ile g io s o b te n id o s , h a s t a
Amauta 7

o O O o o o o o o
o O © o o o o o o
© © © © o o o © ©
ID oi 03 03 tH © 03
iH r e CD CD rH o rH rH fc-
o i> t - r> tH 00 CO CO cq
Tf CO CO 00 cc CD O CO 0 3 O o © © Tf to to
© ID © C3 ID t* o t- c- o © © © ZD 00 rH ©
CD CD c- rH © rH CH 0 3 c— CO oq
o to
T—( 0 3 03 0 3 CO 03 © t>
CO
03
03
CO rH
Z 00 03 tH © rH rH cr-
T* © 03 rij 03 © CO ©
to 00 CD rH CD ID to 00
Tj< T* CO CO CO to CO c o

O O o o O o o O O
O O o o o o o o o
o © © © o © © © o
00 CO ID © t© rH 03 CO
o t- rH 00 00 rH 03 to CD
to © CO Tt< 00 CD © 03 0 3
03 H to rH CO CO ©
CD rH 03 o CD o CD CD 03
<N CO CO rt< rt< to 03 rH 03
rH rH rH
© © ©
CO ©
© C> ©
03
©
«O
00
© © to CD
to-- to © CO CO © CD
g rH
© CO o ©’ CD rH tH
g © CO ID rH e - CC CO rH
O o O O O o O O O =■» © CD rH rH 00 rH rH
o o o O O o o o O — to T* © ‘ CC 00* CD t o ZD
o o © O © o © o o 03 rH rH
CO rH CO 03 totH © 00
c/> CD CD 03 03 00 to03 rH Tt
.tc CO LQ tH to CD t o
to 00 03
CO
•o 00 ID CD* tH © 0 3 rH CD 03
B. CD to 00 03 03 0 3 CD O 03
C2 00 Til ID CD t - 0 3 0 3 00 00
m
rH rH rH

<
£0
-f
cc © o © © © rH © ©
© © © © © © © © © © © © O CO CO 0 3 0 3
U © © © © © © © © © © ID © © © © oq
o CD CO © © © © © © © tu 03* © t o 00 o ’ © CD
H 00 rH © © rH Tjl © T* C-* 03 t> © © © co ©
to 03 03 T}« rH Tt* CO ID ri< •< CO c - oq c c 00 it­ CO
00 © © tq rH 00 >
© © © © 03* o* ch o
© © 00* 03 o rH © s 03 03 CO t o 03 CO
0¿
c - 0 0 00 oc Ol CO CO c-
rH
rH rH
O

CO © 00 03 t - O) CO rH M
© © to ID O 03 rH O 0 0 © © © © 00 © ©
03 CD to 03 © © c c CO % © © © © ©© © ©
<n T f oo © rH ©t> © O
03 03 CO to © 00 ©*
Tji 03 CO iD © CO ID to
«3
CO © © CO 00 03 03 c-
_ o q rH CO to rH rH © L'-
rH © to . CO CO* 03 03*
*5L rH

^Qt-0i0t>occt>

Jfl
o OGWOi Oi OTi r ?
CO t—I r—1
</)
¡d
u
_Q

© to © ID © to © to 00
C © © © © rH rH 03 03 03
UJ 00 * D O l D © i D © i D O O
rH
CO © ©
rH rH rH
00 © © © ©
rH rH rH rH rH
Ci O O H H W N t M
0 0 0 5 OV C5 C5 O O ¡J)
rH r H r H r H r H r H T H r H
8 Amauta
q u e s o b r e v in o su c la u s u r a ( 1 8 1 1 ) . E n 1 8 1 6 , n a c ió el s e g u n d o B a n k o f
th e U n ite d S ta te s , r e e m p la z a n d o a l a n te r io r . C o m o q u ie r a q u e el c a p i ­
ta l in g lé s se h a b í a in f iltr a d o e n su g e s tió n , el te m o r a la c o n q u is ta b a j o
u n a n u e v a f o rm a , h iz o q u e el g o b ie r n o p r o v o c a r a u n a crisis, r e t i r a n d o s ú ­
b ita m e n te lo s f o n d o s d e p o s ita d o s p o r el E s ta d o . L a c risis tr a j o c o m o c o n ­
s e c u e n c ia la liq u id a c ió n y la c la u s u r a d e l B a n c o ( 1 8 3 6 ) . D e s d e e n to n c e s
se e s ta b le c ió la f o r m a d e l T e s o r o in d e p e n d ie n te y se e n t r ó e n la v í a d e
u n a p o lít ic a f in a n c ie r a e s tr e c h a m e n te p r o te c c io n is ta .

L a p r o te c c ió n d e la lib r e - c o n c u r r e n c ia b a n c a r ia y el c o m b a te a l m o ­
n o p o lio , h a n e n c o n tr a d o sus b a l u a r te s e n la s le g is la c io n e s d e lo s E s ta d o s ,
p r in c ip a lm e n te . S e g ú n e llas, u n b a n c o n o p u e d e e s ta b le c e r s u c u rs a le s e n
o tr o E s ta d o d is tin to d e l d e su s e d e y, e n m u c h o s c a so s, u n B a n c o n o p u e ­
d e f u n d a r s u c u rs a le s s in o e n la m is m a c i u d a d en d o n d e se h a lla e s ta b l e ­
c id o , L a le y p r o h ib ía a s im is m o a lo s b a n c o s y a n q u is , el e s ta b le c im ie n to
d e s u c u rs a le s e n el e x tr a n je r o .

D e a q u í el g r a n n ú m e r o d e B a n c o s e n lo s E s ta d o s U n id o s y la c o n ­
c e n tr a c ió n b a n c a r ia en N u e v a Y o rk , c o n c e n tr a c ió n o b je tiv a m e n t e a p r e ­
c ia b le p u e s to q u e la c ifr a d e n e g o c io s d e l “ c le a r in g h o u s e ” d e N u e v a
Y o rk , ig u a la y s o b r e p a s a la d e lo s 16 2 “ c l e a r in g - h o u s e ” r e s ta n te s , e s ­
ta b le c id o s e n la U n ió n .

P e r o la ju r is p r u d e n c ia n o es sin o la s u p e r - e s tr u c tu r a d e la r e a l i d a d
so c ia l. S u f ra c a s o es f la g r a n te e in e lu c ta b le c u a n d o t r a t a d e c o n d ic io n a r
e s ta d is c o r d ia c o n la s le y e s q u e d im a n a n d e l s is te m a e c o n ó m ic o . La
ju r is p r u d e n c ia b u r g u e s a n o p u e d e im p e d ir ja m á s la c o n s u m a c ió n del
m o n o p o lio , ni la c e n tr a liz a c ió n d e la p r o d u c c ió n y d e la r iq u e z a , en
m a n o s d e u n a o lig a r q u ía , d e n t r o d e l s is te m a c a p ita lis ta .

( C o n c lu ir á en el p r ó x im o n ú m e r o )

(1 ) . — C harles G ide: “ Cours d’E conom ie P o litiq u e” T. I.— pág. 530.— Si-
rey . P a rís 1921.
(2 ) . — B e tti & W e b e r:“ T ra tta to di B anca e di B o rsa” pág. 11. S tan ip a
Com. M ilán 1922.
( 3 ) . — A g g er: “ O rganized B anking” pág. 19. L asalle Chicago 1919.
(4 ) . — W e rn er S o m b art: “ D er M oderne K ap italism u s” T. II.— pág. 540
H um blot. L eipzig 1922.
( 5 ) . — K arl M arx: “ Le C ap ital” T. IV pág. 261. A. Costes, P arís.
( 6 ) . — K arl M arx: “ Le C ap ital” T. IV . pág. 262. A. Costes. P arís.
(7 ) . — E s casi in ú til re m a rc a r que de este proceso se ex c ep tú an los B ancos
C en trales de algunos países contem poráneos atrasad o s— coloniales y sem i-colo-
niales— en donde la D euda, el sistem a b ancario, el dinam ism o económ ico y has­
t a el m ecanism o del E stado se h allan ob jetiv am en te b ajo el co n tro l del im p erialis­
mo y de sus in stru m e n to s fin an ciero s. E . R .
(3 ). — W illiam H en ry K n iffin : “ Com m ercial B an k in g ” pág. 56.
( 9 ). — “ T he E conom ist” . — “ T he Tim es— T rad e an d E n g in e e rin g Su-
p le m e t” .
Amauta 9

Jo sé M. E g u ren

la n o ch e de las a le g o r ía s

S la n o c h e ; c e lo sía s,
f o n d o o sc u ro , a le g o r ía s .

C a p e r u z a s y o r o p e le s ,
m a r ip o s a s m o s c a te le s .

L a f a le n a y el f a n to c h e
d e la c a ja d e la n o c h e .

S e h a s e n tid o la a v io n e r a ,
d e la s s o m b r a s p a s a je r a .

S e p e r c ib e d e h o r a e n h o r a
la m a n tid a r e z a d o r a .

S e v e n s o m b r a s c a p u c h in a s
e n el h a ll d e la s n e b lin a s .

A l p a n t e ó n d e la la d e r a
v u e lv e el á n im a e n f e rm e ra .
10 Amaula
N o es v io le ta d e lo s f a r o s
es la n o c h e d e o jo s c la ro s ,
as
C o n fig u ra s e n c e n d i d a
la p a n t a ll a d e la v id a .

h e s p é r i d a .
E n la s s o m b r a s v e r d e s ,

m a r ip o s a s c u b is ta s .

L u c e ro s .

E l b o s q u e e s tá r e z a n d o .

L ib é lu la s

d e lá p iz

v u e lv e n d e la f ie s ta le ja n a

d e la s c a m p a n illa s .

P o r el ta p ia l d is t a n te

s e v e el á r b o l d e c a r a m e lo s ,

q u e en la in f a n c ia b u s c á b a m o s

e n el p a s e o d e la ta r d e .

A nochece.

V ie n e n c o n sus a n te o jo s

lo s p á j a r o s a te o s .

S o m b ra .

L o s p a is a je s b o b o s .

L u c ió la s g a la n te s .

E n te l e p a t í a

r o s a s d e s v e la d a s .
Jo sé M . E G U R E N .
Amauta 11

POESIA Y VERDAD
PRELUDIO DEL RENACIMIENTO DE JOSE MARIA EGUREN

El p r o c e s o lite r a r io d e l P e r ú n o s o f re c e u n d e r e c h o q u e p o d e m o s
e je r c ita r sin p e lig r o d e c o m p e te n c ia s : el d e l h o m e n a je a J o s é M a ría
E g u re n . Q u e r e m o s e je r c ita r lo p r e c is a m e n te p o r q u e h a s ta a h o r a n in ­
g ú n g ru p o , n in g u n a r e v is ta lite r a r ia lo h a r e iv in d ic a d o p a r a sí. N i E g u re n
b u sc ó n u n c a c o n su a r te el h o m e n a je p ú b lic o , n i “ A M A U T A ” h a s id o e m -
p r e s a ría d e n in g u n o . E s to s d o s a n te c e d e n te s g a r a n tiz a n la lib e r ta d
y la ju s tic ia c o n q u e ju n ta m o s e n la s p á g in a s sig u ie n te s lo s e lo g io s q u e
la n u e v a g e n e r a c ió n d e d ic a , c o n in o b je ta b le s in c e r id a d , al g r a n d e y
q u e r id o p o e ta .
M u e rto G o n z á le z P r a d a , E g u re n es el ú n ic o e n tr e n u e s tro s m a y o ­
re s a q u ie n p o d e m o s te s tim o n ia r u n a a d m ir a c ió n sin r e s e rv a s . En
n in g ú n o tr o e n c o n tr a m o s lo s m is m o s p u r o s d o te s d e c r e a d o r . Y c o m o
n in g u n a c o n s a g r a c ió n a c a p a r a d o r a o in te r e s a d a c o m p r o m e te la in d e ­
p e n d e n c ia d e su a r te , p o d e m o s r o d e a r lo c o n o rg u llo y c o n én fa sis.
A l d o n g e n ia l d e la c re a c ió n , E g u re n u n ió s ie m p r e la p u r e z a d e
u n a v id a p o é tic a . N o tr a f ic ó n u n c a c o n su s v e rs o s , n i r e c la m ó p a r a
e llo s la u re le s o fic ia le s ni a c a d é m ic o s . E s d ifíc il e n el P e r ú s e r ta n
fiel a u n a v o c a c ió n y a u n d e s tin o . P o r q u e lo s a b e m o s , E g u re n n o s
p a r e c e m á s e j e m p l a r y ú n ic o .
S in p r o g r a m a , sin c e r e m o n ia , sin rito , sin m o tiv o , f u e r a d e t o ­
d a r a z ó n c o n m e m o r a tiv a y c ro n o ló g ic a , “ A M A U T A ” h a c o n v id a ­
d o a a lg u n o s d e su s c o l a b o r a d o r e s lite r a r io s a p a r ti c ip a r en e s te
in só lito h o m e n a je , p a r a el q u e no hem os q u e r id o esp erar, por
n o r e s ta r le m o d e s tia y r e p e n tin is m o , lo s m e n s a je s d e a d h e s ió n d e C é ­
sa r V a lle jo , C é s a r F a lc ó n , A lb e r to H id a lg o , E n riq u e B u s ta m a n te y Ba-
Iliv ián , A r m a n d o B a z á n , B la n c a L u z B ru m , M a g d a P o r ta l y o tr o s a m i­
g o s a u s e n te s, q u e h a b r ía n s id o d e lo s p r im e r o s en a c u d ir a n u e s tr a c i­
ta.
E sto , en fin, n o es u n h o m e n a je sin o u n r e c o n o c im ie n to , u n a sa
lu ta c ió n . Si a E g u re n le g u s ta r a el e s tr u e n d o c rio llo , lo lla m a r ía m o s
a lb a z o . P o rq u e , si d e a q u í e s tá p r o s c r ita la p ir o te c n ia , en su s e n tid o
m u n ic ip a l y ja r a n e r o , es c o n la a le g r ía m a tin a l d e l a lb a c o m o la j u ­
v e n tu d p r e f ie r e a c e r c a rs e a e s te d e c o r a d o r m á g ic o d e la n o c h e .
D e s p u é s d e la la r g a y s e ñ e r a v ig ilia , E g u re n v e la a l e r ta to d a v ía .
T ie n e la s o m b r a d e u n a f a tig a a z u l e n lo s p á r p a d o s ; p e r o g u a r d a in ta c ­
ta la lu m b r e d e sus p u p ila s d e c a z a d o r d e im á g e n e s. N o s h a d a d o q u i­
z á to d o s sus v e r s o s ; p e r o n o s r e s e r v a a ú n la s o r p r e s a d e su p r o s a , q u e
s e rá s ie m p re p o e s ía . P o e s ía y V e r d a d , c o m o d e c ía G o e th e .
L a e v a s ió n d e la r e a lid a d lo h a c o n s e r v a d o p u ro . T ie n e e n te r a
la in o c e n c ia d e l p o e t a m u y s e m e ja n te en su c a so a la d e l n iñ o , p e r o q u e
n o d e b e se r e n t e n d id a r e s tr ic tiv a m e n te , sin o c o m o e le m e n to e s té tic o y
c re a tiv o . ( P o r q u e es rie s g o s o e x a g e r a r la id e a d e E g u re n in f a n te . A
lo la rg o d e su c o n v e r s a c ió n g e n til, se h a c e s ie m p r e el d e s c u b r im ie n to d e
su m a lic ia ) . J o r g e B a s a d r e te r m in a su m a g n íf ic a v e r s ió n d e E g u re n ,
c o n la a d v e r te n c ia d e q u e su e lo g io es ta m b ié n u n a e le g ía . P ero E g u ­
re n , físic a y e s té tic a m e n te , e s tá e n la m a d u re z . S u p o e s ía e m p ie z a so -
12 Amauta
lo a h o r a a in flu ir en la s c o sa s. E l C o u n tr y C lu b d e c o r a su s c a m p o s d e
te n n is c o n la r e ta m a , la p á l id a flo r d e l c a m p o lim e ñ o q u e E g u re n a m ó
el p r im e ro . E s to d a v ía p o c o ; p e r o es to d o lo q u e p o d e m o s e x ig ir al
g u s to a n g lo - s a jó n d e la c iv iliz a c ió n d e l a s fa lto . A I b o r d e d e la s p is ­
taos d e a u to m ó v ile s , la n iñ a - f lo r d e E g u re n , la g in e s tr a a m a r illa , e s ia
p r im e r a v ic to r ia d e su p o e s ía .
N o ; n o n o s s e n tim o s d e l a n te d e u n o c a so . Si a E g u re n se le h u ­
b ie s e a c a b a d o la ju v e n tu d , p o d r í a h a b e r la re c o b ra d o e n n o s o tr o s .
Q u e r e m o s a t o d a c o s ta in c lu irlo en n u e s tr a e s p e r a n z a , a f ir m a n d o q u e
n o so lo es p a s a d o sin o ta m b ié n fu tu ro . Y q u e a q u í “ A M A U T A ” p r e ­
lu d ia a lg o q u e p o d r ía m o s lla m a r a s í: R e n a c im ie n to d e J o s é M a r ía
E g u re n .

J . C. M.

TRADUCCION ESTETICA DE EGU­

REN, por X avier Abril.
E n a r t to u te v aleu r qui prouve est vulgaire.
Jean C o c te a u .
EL FA N TA SM A DE EGUREN

E R C A d e E g u re n , su f a n ta s m a es su a r is to c r a c ia a lia d a
c o n la s to r r e s n e r v io s a s y a g u ja s d e la E d a d M e d ia . S u g o ti­
c ism o c irc u la e n c ie lo s d e fu e g o , d ec o rad o s de ánge­
les, d e e so s á n g e le s q u e v u e la n ta n a l to y le jo s d e l C a to li­
c ism o , y c o n ta n to d o lo r d e v u e lo y d e v o la r. A n g e le s q u e
nan q u e m a d o en el c ie lo la d e s e s p e ra c ió n d e la p u r e z a y d e la c a rn e .
E l d o lo r d e E g u re n h a c r e a d o el N á c a r y a lg u n a s p a l a b r a s p a r a
b a t a ll a r la s d u r a s p r u e b a s d e l id io m a , d e l q u e se v is te y se d e s v is te ,
h u e s o so , p u lid o , cieg o .

A TM O SFERA , A N G EL O E S T E T IC A

E g u re n es a lg o m á s q u e la p o e s ía p u r a — en el s e n tid o d e P a u l
V a lé r y . E g u re n es el e s te ta lu z b e l q u e tr a e a n u e s tro s a lv a je id io m a
c a s te lla n o — d u r o to d a v ía e n E s p a ñ a — la A tm ó s f e r a A n g e l; e m o c ió n ,
to n o , c o s a id a , e n tre v is ta , a p e n a s s o ñ a d a , q u e lo s m ís tic o s e s p a ñ o le s
p o r im p o te n c ia e s té tic a n o p u d ie r o n c r e a r en el id io m a . L o s m ís tic o s
e s p a ñ o le s se q u e d a n e n el é x ta sis, o c o m o e n el c a s o d e G ó n g o r a , e n
la c o s a te o ló g ic a , in h u m a n a , p o r a s p e r e z a d e - r is c o . S ó lo en SAN
J U A N , en P h a tm o s , e n c u e n tr o la e m o c ió n p lá s tic a , o e n el m is tic is m o
la c e r a d o y v e r d e p á lid o en a s c e n s ió n d e la s f o rm a s d e l G re c o .

* * *

E g u re n , m ís tic o , e s te t a : c u lto , n o c u lte r a n o , n a d a g o n g o r is ta .

E g u re n o n u e s tr a f e lic id a d .
Amauta 13
Y o h e v is to e n lo s P rim itiv o s C a ta la n e s el c a n d o r a n g e lic a l d e
n u b e e té r e a d e lo s “ A n g e le s T r a n q u ilo s ” . E n F r a A n g é lic o se p u e d e
le e r a E g u re n , c o m o e n lo s c ie lo s -c la ro s d e H o la n d a , e n lo s p á r p a d o s
d e lo s n iñ o s d e u n a ñ o y e n lo s o jo s d e la s f lo re s c u a n d o só lo se a b r e n
p a r a el A lb a .

v * *

E g u re n h a d e n u n c ia d o a l m u n d o c iv iliz a d o el c o lo r c e le s te d e
la g e o m e tr ía . E l p e r f u m e d e q u e n o s h a b l a e n su s p o e m a s lo h a e x tr a í­
d o d e lo s á n g u lo s . E l a r te d e E g u re n s a le d e la s lín e a s , d e l p e r f u m e ,
d e l c o lo r, d e la m ú sic a . E s ta es su p u r e z a , su A tm ó s f e r a A n g e l, en o p o ­
sic ió n a la p o e s ía p u r a q u e s ig n ific a u n a n u e v a r e tó r ic a , u n a o r to ­
d o x ia .

* ¥ ¥

A L B U M F A M IL IA D E E G U R E N

D ib u jo s : f a m ilia d e E g u re n , p in to r d e á r b o le s e n te m p e s ta d m u ­
sical, d e f o rm a s c e le s te s , c o m o en “ L a n iñ a d e la F o c a ” o e n su s m in ia ­
tu ra s d e n iñ a s d e p e n a n ó r d ic a . H a y u n a n iñ a d e E g u re n q u e tie n e el
d o lo r c o n te n id o d e h a b e r s e m u e r to n iñ a . E s la n iñ a q u e r e s u c ita d a , tr a e
u n n u e v o c o lo r a la a lu c in a c ió n d e E g u re n . L a a tm ó s f e r a A n g e l. L a s
c ria tu ra s d e E g u re n v iv e n e n a z u l, a l l a d o d e la m ú sic a . E g u re n tie n e
u n c ie lo n a d a v ia b le p a r a lo s e s p íritu s d e tr e n y d e v e r e d a . A lg u n o s d i­
b u jo s d e l p o e t a d a n la s o r p re s a . E l c e le s te d e E g u r e n es a n g é lic o y a n i­
m a l a m a d o r d e l lím ite . U n o p u e d e r e s b a la r s e e n la n a d a . Q u e d a r s e e n
u n a s o la lín e a d e l m u n d o .

H O M E N A JE

Si h u b ie r a u n t e a t r o E g u re n , lo s m u ñ e c o s s e r ía n : P e r e g r in C a z a ­
d o r d e F ig u ra s , P e d r o d e A c e r o ( e n c o n c o r d a n c ia c o n la Q u im e r a d e l
O ro , d e C h a p l i n ) , L a R o n d a d e E s p a d a s , L o s A lc o ta n e s , L a N iñ a
d e la L á m p a r a A z u l, E l D u q u e N u e z , J u a n V o la tín , S y h n a la B la n c a ,
N o ra , L a D a m a I, lo s R e y e s R o jo s , L a s T o r r e s , L a s D a m a s V ie n e s a s ,
E l A n d a r ín d e la N o c h e , G a c e la s H e r m a n a s , y m i a p u n te d e l E g u re n
ruso.
D e c o r a d o : N u b e s d e a n ta ñ o , E l C u a r to C e r r a d o , L a M u e r ta d e
M arfil.

* ¥ *

E s a lo s jó v e n e s a q u ie n e s to c a c r e a r el T e a t r o E g u re n . E g u re n
es n u e s tro c lá s ic o , lo ú n ic o q u e te n e m o s p a r a el tu r is ta e s c a n d in a v o ,
y a n q u i, g ó tic o . A lo m e jo r v ie n e a l P e r ú u n h o m b r e g ó tic o c o n su to -
r re c ita a c o n o c e r a E g u re n . P o r e s o h a y q u e c r e a r el “ T E A T R O E G U ­
R E N ” p a r a h o s p e d a r lo . D e s p u é s d e u n v ia je ta » la r g o d e lo g ó tic o ,
ese h o m b r e , es m u y p r o b a b l e q u e se e n c u e n tr e s o la m e n te c o n lo s o jo s,
c o n la n a riz d e E g u re n , f r e n te a lo le ja n o , a la s n ie v e s , a l N.
 14 Amauta
OTRO APUNTE
E g u re n , c o m p r e n s ió n d e l c a m p o , n ó p o r la c o s a a g r a r ia , so c ia l,
sin o p o r u n s e n tim ie n to b o tá n ic o , p u r o , c a p t a d o c o n lo s o jo s d e la in ­
fa n c ia . L a v id a y el a r te d e E g u re n se h a n d e c id id o p o r u n a g e n ia l
c o n d ic ió n : la in fa n c ia .
* w *
C e rc a d e lo s o jo s r o m á n tic o s d e E g u re n , e s tá la m u e r t a d e m a rfil.
T o d a la v id a e s ta r á v e l a d a p o r la n e r v io s id a d fin a d e su s p e s ta ñ a s .

í * »

L a c o m p r e s ió n q u e d e l m is te r io tie n e E g u re n , es m á s te r r ib le
q u e la d e M a e te rlin c k . E g u re n c o n s ta ta el m is te r io e n el a lb a , e n ,la s
flo re s , e n lo s r e c ié n n a c id o s , e n la s v ír g e n e s m u e rta s . L o s m ito s de
M a e te r lin c k s o n lo s c lá s ic o s : la v id a , la m u e rte ^ p e r o n o la v id a p o r su
s e n tid o p r o f u n d o d e in g e n u id a d , sin o c o n r e la c ió n e n c a d e n a d a a l m o ­
tiv o d e la m u e rte . E s ta es u n a a c titu d q u e p o d r ía m o s lla m a r m é d ic a .
P o r o tr a p a r te , n o s o tr o s s a b e m o s q u e E g u re n h a e n s a y a d o el “ m is te r io
d e la m u e r t e ” c o m o fin p a té tic o , e s té tic o , c o m o r e c u r s o d e e m o c ió n ,
y n ó c o n la in te n c ió n d e e se “ m á s a l lá ’’ q u e se a d v i e r te e n la e s p e c u la ­
c ió n d e M a u ric e M a e te rlin c k . ( S e r ía m u y in te r e s a n te q u e se a b r ie r a
u n a “ e n q u e tte ” p a r a el d e b a t e s o b r e lo s m ito s d e l m is te rio , a n o t a n d o
s o la m e n te lo s p u r o s e s té tic o s y s e p a r a n d o lo s r e lig io s o s p a r a lo s a lta r e s
d e la s ig le s ia s ) .

BIBLIOGRAFIA
E g u re n sin c ita s , y a ú n m á s, sin la s u g e s tió n a n e c d ó t ic a d e su
p o e s ía . Y si f u e r a p o s ib le , h a b l a r d e u n E g u re n le ja n o , q u e s e g u r a m e n ­
te d e b e h a b e r en d e c o r a d o , e n v id a h o n d a d e b io m b o , d e p a is a je f a i­
sán.
L a c r ític a h a m u e r to , q u ie ro d e c ir, la p r o f e s io n a l, la q u e c o m e n ­
t a y s e ñ a la d e n t r o d e la h is to r ia y q u e n o c r e a n a d a m á s p a r a el s a lto .
L a c o m p r e n s ió n , la s u g e re n c ia h a y q u e d a r la d e u n la d o , r o b á n d o l e c li­
m a y p ié a l p o e m a . N o d e s d e el p o e m a sin o f u e r a d e él. L a c r ític a a lo s
p o e m a s d e E g u re n se r e s ie n te d e m e d io c r id a d p o r la p r e te n s ió n d e lo s
c r ític o s d e q u e r e r s itu a r lo s e n ta l o c u a l te n d e n c ia . S e s a b e q u e E g u r e n
e s s im b o lis ta , y q u e é s to e n su o b r a a d m ir a b le n o s ig n ific a n a d a . E n
la c o m p r e n s ió n a E g u re n só lo c a b e lo a p r o x im a d o . E l to q u e d e p e r f e c ­
c ió n e n b e lle z a , es lo a p r o x im a d o . E n m a te m á ti c a s lo s p r o b le m a s se
r e s u e lv e n p o r a p r o x im a c ió n . S ó lo la s s u m a s d e lo s ju d ío s m e d io c r e s s o n
e x a c ta s . L o d e m á s es e q u iv o c a c ió n , ta n te o e n lo a p r o x im a d o . ¡ H o r r o r
a lo e x a c to !

BIOGRAFIA
E g u r e n n a c ió e n L im a e n el a ñ o 7 d e l n iñ o . E s ta e s u n a f e c h a
p o c o m á s o m e n o s a p r o x im a d a . N a d a m á s q u e a p r o x im a d a , o m e jo r ,
a r b it r a r ia .
E g u re n d e b ió te n e r in s titu tr ic e s g r in g a s q u e le e n s e ñ a r o n a d e ­
le t r e a r la s p r im e r a s p a l a b r a s d e la n a t u r a le z a , a q u e llo d e l “ c e r c o in ­
g lé s ” q u e e n c a n ta , y lo d e l D u q u e N u e z , d e l “ D u q u e p r im o r q u e se
Amauta 15

c a sa c o n la h ija d e C la v o d e O lo r ” . U n a b io g r a f ía d e E g u re n e x ig iría
p a r a su a r is to c r a c ia , q u e y o lo g r a r a e n t r e v e r la p lu m a y c la v e d e su
a m o r. L a s m in ia tu r a s a z u le s d e n iñ a s flo re s m e c u e n ta n la t e r n u r a d e su
a d o le s c e n c ia a m o ro s a . E n P a is a je d e G a r z a s , E g u re n s u e ñ a u n a m o r
en v u e lo , e n n u b e . E g u re n tie n e e n lo s o jo s la p e n a d e lo q u e p a s a
en o tro s p a ís e s . P e n a in f a n te . L e jo s d e él, h a y u n a flo r q u e n ie v a d e ­
m a sia d o . E s a l N o r te d e su E s té tic a q u e él s ie n te la m ú s ic a c u rv a , le n ­
ta d e las a v e s.

¥ * ¥

C o n o c í a E g u r e n en m i p r im e r a a v e n tu r a a la s p o r c e la n a s d e l
N orte. E l e s ta b a e n p a is a je d e v e n a d o s , d e c o r n a m e n ta s . L o s o jo s d e
los v e n a d o s : fijo s, m u e r to s , s ig u ie n d o el itin e r a r io g o b e lin o d e E g u ­
ren. L a lu z d e la s p la y a s n ó r d ic a s a s e g u r a r o n p a r a s ie m p r e la m i r a d a
le ja n a d e E g u re n , la n iñ a d e su m ir a d a .

* * *

D e s p u é s d e la v is ita d e E g u re n a C a rl K ie r m e ie r e n D a n m a r k ,
se s a b e q u e ir á a c o n o c e r el P o lo . E g u re n es in v e n to r d e u n a p e q u e ñ a
m á q u in a d e f o to g r a f ía p a r a p á ja r o s , á n g e le s y flo re s. E l n o s t r a e r á e n
cine la f lo ra in é d ita d e l P o lo . L o q u e se f u g a d e l m u n d o en p erfu m e,
en c o lo r, e n m ir a d a .

E G U R E N , é t e r : ¡ N a riz , C a b e lle r a , P e s ta ñ a !

EGUREN LOCO

C o m o n o s c u e n ta C o c te a u d e C h iric o , d e “ tía y tío s lo c o s ” se

s o r p re n d e e n E g u re n , q u e su s p o e m a s s o n lo c o s , q u e su s d ib u jo s s o n l o ­
cos, q u e su c a b e lle r a , su s o jo s y su m u n d o , es lo c o . E g u re n h a id o
c re a n d o u n a m a n e r a d e su n u e v a v i d a : su lo c u ra . S o s p e c h o q u e E g u r e n
ju e g a c a r ta s e n t r e m e d ia s lu e e s v e r d e s d e e s p e jo s y s o m b r a s , c o n r e ­
y es y so ta s, c o n a s e s d e c o p a s . E g u r e n tie n e el t e r r o r d e l h o m b r e q u e
d e s e n tr a ñ a n d o s o m b r a s h a e n c o n t r a d o s a n g re , c r im e n . E l h a v is to a lg o
e* el m u n d o q u e h a h e c h o c o r r e r lo b la n c o d e su s o jo s . D e s d e s u s
p rim e ro s a ñ o s h a s ta su lo c u r a n o h a h e c h o s in o v e r c o s a s, c o s a s, c o ­
sas.

P a rís, 1 9 2 7 .— A m é r ic a , 1929.
16 Amauta

P E R E G R IN C A Z H O O R F IG U R A S
E g u r e n e s e l im a g in e r o p o r e x c e le n c ia . R e c o r r i e n d o su p o e s ía , e s f á c il
a d v e r t i r c u á n t o t ie n e n d e im á g e n e s p l á s ti c a s su s i m á g e n e s v e r b a l e s . D e s d e “ e i
m ir a d o r d e la f a n t a s í a ” , E g u r e n h a v iv id o e n in c e s a n te d e s c u b r i m i e n t o d e un{&
¿realidad a n im a d a ,— p l á s ti c a y m u s ic a l----, h e c h a s o b r e to d o d e f i g u r a s , d e m a -
¿rionetes.
P a r a la c a p ta c ió n d e e s t a r e a l id a d , le b a s t a b a c o m o i n s t r u m e n t o la p a l a ­
b r a , la p o e s ía . P e r o E g u r e n t i e n e u n a n e c e s i d a d c a s i s e n s u a l d e v i s u a li z a r
s u s s u e ñ o s y su s m e t á f o r a s . S e p o d r í a d e c ir q u e h a v is to to d o lo q u e h a e s c r i ­
to . L o h a v is to , p o r q u e lo h a e n c o n t r a d o e n la n a t u r a l e z a o p o r q u e lo h a c r e a d o
c o m o j u g u e t e . D e s d e e s t e p u n t o d e v is ta , s e r í a e r r ó n e o a t e n e r s e d e m a s ia d o
a la s f r a s e s p o é tic a s e n q u e d á la im p r e s ió n d e m o v e r s e e n u n a a t m ó s f e r a d e
p u r a a b s t r a c c i ó n . P a r e c e a p r i m e r a v i s t a q u e e s p i r i t u a l i z a la r e a l i d a d ; p e r o ,
m á s b ie n , m a t e r i a li z a e l s u e ñ o . P o r e s to , c u a n d o h a b la d e l D io s c a n s a d o , t i e n e
q u e r e f o r z a r la id e a u n p o c o a b s t r a c t a d e q u e “ e l r i t m o p i e r d e ” , c o n a t r i b u t o s
m a t e r i a le s , p lá s tic o s , v is u a le s d e su d e c a d e n c ia . P a r a q u e lo s s e r e s v iv a n p l e ­
n a m e n t e , E g u r e n n e c e s i ta c o n c e b ir lo s e n b u l to : lín e a , v o ly m e n y c o lo r.

E l p a is a j e p a r a E g u r e n se r e s u e lv e , g e n e r a l m e n t e , e n u n a f i g u r a . U n
á r b o l p u e d e s e r u n g n o m o o u n m o c h u e lo ; la m a ñ a n a , u n a v e ; la n o c h e , u n a
L u c ié rn a g a .

E g u r e n h a p i n ta d o e s t a s i m p r e s io n e s , q u e t a m b i é n e s t á n e n s u s v e r s o s ,
d o n d e su i m a g in a c ió n c r e a d o r a s e s i e n t e n a t u r a l m e n t e m á s l ib r e , m á s s u p r e m a .
S u s d ib u jo s y s u s c u a d r o s so n p o e m á tic o s . L o s v a lo r e s p lá s tic o s e s t á n s u b o r ­
d in a d o s , e n e llo s , a io s v a lo r e s p o é tic o s . P e r o n o h a y q u e t o m a r l o s c o m o ilu s -
S ra c io n e s d e s u s p o e m a s . D e n a d a e s t á t a n d i s t a n t e su i n te n c ió n c o m o d e é s to .
L o s p o e m a s , e n g e n e r a l, n o s o n s u s c e p tib le s d e i l u s t r a c i ó n ; y lo s d e E g u r e n
m e n o s q u e to d o s . L o q u e E g u r e n h a p i n ta d o tie n e , a l la d o d e lo q u e h a e s c r i t o ,
urna e x is te n c i a s u b s id i a r ia , p e r o a u tó n o m a .
I ta m p o c o h a b a s t a d o a E g u r e n , e n su i n d a g a c i ó n , la p i n t u r a : h a a p e l a d o
a la f o t o g r a f í a . N o a la f o t o g r a f í a p r o f e s i o n a l , o r d i n a r i a , s in o a u n a f o t o g r a ­
f í a s u y a , e g u r e n i a n a . E l p r o p io E g u r e n e s e l c o n s t r u c t o r d e su s c ám ara s,
Jas m á s p e q u e ñ a s d e l m u n d o . S u s r e t r a t o s , s u s c a r i n a s , s u s p a is a j e s , s u s n o c ­
t u r n o s f o t o g r á f i c o s s o n i n v e r o s ím i lm e n te d i m in u to s . ( N o s te n e m o s q u e c o n te n »
t a r c o n la r e p r o d u c c ió n a g r a n d a d a d e a lg u n o s r e t r a t o s ) I e n e l t r a t a m i e n t o
d e s u s p la c a s , E g u r e n e m p le a u n a t é c n i c a p o é ti c a . S e g ú n e l p a i s a j e o la p e r s o ­
n a , e m p le a u r a n io , m e r c u r io , s e le n iu m , e tc .
P u b lic a m o s e n e s t e n ú m e r o d e “ A M A U T A ” la s s i g u i e n t e s s i e te a c u a r e l a s
cíe E g u r e n : “ U n b e s o ” , “ L a n i ñ a d e l a F o c a ” , “ A r b o le s d e la N o c h e ” , “ G n o m o ' <
'* L as T o r r e s d e N á c a r ” , “ E l C o n d e ” y “ U ltim o s d í a s ” .
Amauta 17

U n b eso ” , p o r Jo sé M . E g u re n

“ L a n i ñ a d e la F o c a ”
Amauta
“ A rb o le s d e la n o c h e ’
18
20 Amauta

“ L as T o rres de N a c a r”
Amauta 21

ELOGIO Y ELEGIA DE JOSE MA­

RIA EGUREH, pos* Jorge Basadle,
i

p r in c ip io s d e e s te sig lo a p a r e c e el m o d e r n is m o e n la lite ­
r a tu r a d e h a b l a c a s te lla n a . J o s é M a r ía E g u re n es c o n te m ­
p o r á n e o d e l m o d e r n is m o p e r o n o e s tá e n r o la d o e n su s fi­
las. D e n tr o d e la lit e r a tu r a p e r u a n a , d e n t r o d e la lite r a tu r a
a m e r ic a n a , c o n s e r v a la m is m a a ltitu d s e ñ e ra .
C u a n d o J o s é M a r ía E g u re n a p a r e c ió , n o se h a c ía e n el P e r ú li­
te r a tu r a n e t a m e n te m in o r ita r ia , c o m o la e n tie n d e n lo s p o e ta s n u e v o s .
E l f u g a z in te n to q u e s ig n ific a ra R o c c a d e V e r g a llo n o fu é d e n u e s tro
m e d io . A l p ú b lic o to d o e s ta b a n d e d ic a d o s lo s p o e m a s . L a s c o n s a g r a ­
c io n e s te n d ía n a s e r c o n s a g r a c io n e s d e la o p in ió n p ú b lic a , c o m o la d e
lo s p o lític o s , lo s to r e r o s , lo s b o x e a d o r e s . L a té c n ic a y la e s tr u c tu r a d e l
v e rs o e r a n c o m p r e n s ib le s p a r a e l in ic ia d o y p a r a el ig n a ro . C hocano,
el m á s d if u n d id o d e n u e s tro s p o e ta s , d e s p u é s d e h a b e r s u rg id o eíi
la p o e s ía civ il e n r e la c ió n c o n su c e so s p o lític o s o p a trió tic o s , e n s a y a b a
se r el v o c e r o c o n tin e n ta l. L a a r is to c r a c ia in te le c tu a l y e s p iritu a l d e
G o n z á le z P r a d a h a b í a b u s c a d o la tr ib u n a p a r a e x p r e s a r su s ¡d e a s li­
te ra ria s , p o lític a s y so c ia le s ( t o d o s lo s e s c rito s en p r o s a d e e s te h o m ­
b r e sin c o n d ic io n e s físic a s p a r a la o r a to r ia , so n d is c u rs o s ) ; y lo s p o e ­
m a s d e “ M in ú s c u la s ” n o e r a n p r e c is a m e n te r e v o lu c io n a rio s , m ie n tr a s
q u e “ E x ó tic a s ” , el lib r o m á s a p r o x im a d o a lo s d e E g u re n e n la lit e r a ­
tu r a n a c io n a l, te n ía m á s b ie n u n v a l o r le x ic o g rá fic o . L e o n id a s Y e r q v t
e ra , e s e n c ia lm e n te , u n p o e t a d e p e r ió d ic o . L a g e n e r a c ió n q u e e n t o n ­
ces se in ic ia b a , d e s p u é s d e u n g ir c o m o p o e t a a J o s é G á lv e z e n u n a a-
s a m b le a u n iv e rs ita r ia , lo ib a a v e r tr iu n f a r e n d o s c o n c u rso s. L u is ‘F e r ­
n á n C isn e ro s, tr a s d e e n c a n t a r a lo s le c to r e s d e “ A c tu a lid a d e s ” y a
lo s c o n c u r re n te s a v e l a d a s c o n su s v e r s o s m a d rig a le s c o s , e r a a b s o r b id o
p o r u n p e r io d is m o e p ig ra m á tic o . U r e ta p o n í a e n su s p o e m a s d e e n t o n ­
ces c o m o a h o r a , u n r e c o g im ie n to a c c e sib le . B u s ta m a n te y B a lliv iá n q u e,
p o s te rio rm e n te , d a r í a u n a p r u e b a m á s d e su s e n s ib ilid a d , a d h ir ié n d o s e
a la té c n ic a n u e v a , d e s d e e n to n c e s d a b a a su in q u ie tu d , u n a s e r e n id a d
ra z o n a d a . E s E g u re n q u ie n in ic ia la s e p a r a c ió n r a d ic a l e n tr e el p ú b lic o .
L a b u r g u e s ía in te le c tu a l e m p ie z a a s e n tir u n s e n tim ie n to in é d ito , el m a ­
le s ta r d e la in c o m p r e n s ió n y d e s d e e n to n c e s a p r e n d e a m o f a r s e y a l a ­
m e n ta r s e p o r q u e se e s c rib e “ e n d if íc il” .
P o r eso, si d o n R ic a r d o P a lm a h a lle g a d o a id e n tif ic a r s e c o n la li­
te r a tu r a q u e m ir a h a c ia el p a s a d o , si G o n z á le z P r a d a se h a id e n tif ic a d o
co n la lite r a tu r a q u e m ir a h a c ia el p o r v e n ir y si C h o c a n o se h a id e n ti­
fic a d o c o n la lit e r a tu r a “ c o n f in e n ta lis ta ” , E g u re n e s tá e n tr e lo s q u e p u e ­
d e n id e n tific a rs e c o n la lit e r a tu r a e s té tic a , c o n la lite r a tu r a q u e no
q u ie re se r sin o lite r a tu r a .
L a p o p u la r id a d , q u e n o d e b e s e r c o n f u n d id a c o n la a d m ir a c ió n
d e lo s in ic ia d o s y el m im e tis m o d e lo s s n o b s , n u n c a h a d a d o n i d a r á
sus f a v o re s a J o s é M a rfa E g u re n . S u o b r a n o e x h a la lo v u lg a r n i lo a -
e c g e . C a re c e d e e s o d e p a p a g a y o y d e c o t o r r a q u e tie n e la g a r r u le r ía
h is p a n o -c ric lla . C o ^ n o se d ijo d e la s h a b i ta n t e s d e B iza n cio , sus p o e ­
m a s v a n v e s tid o s c o m o si f u e r a n h ijo s d e re y e s. Y así ta m b ié n lo s q u e
22 Amauta
van a r e p a rtic io n e s d e p r e m io s a v e l a d a s c o n m e m o r a tiv a s , a fie s ta s
cu rsis, p u e d e n e s ta r se g u ro s d e q u e n o o irá n n u n c a d e c la m a r sus p o e ­
m a s. Q u iz á si la d e c la m a c ió n m is m a fra c a s a a n te ello s.
L a “m a y o r ía ”, p o r eso , lo ig n o ra . E n su a d m ir a b le e n s a y o , d e s ­
p u é s in c o r p o r a d o c o m o p r ó lo g o a “L a c a n c ió n d e la s fig u ra s ’, E n r i­
q u e C a rrillo r e c o g ía y a la p r e g u n ta c o m ú n . " P e r o ¿ h a y u n p o e t a E g u -
r e n ? ” P e r o a ú n g e n te v a lio s a h a s o lid o e s c a tim a rle su r e c o n o c im ie n ­
to . L a g e n e r a c ió n im p e r a n te en la é p o c a en q u e E g u re n p u b lic ó su p r i­
m e r lib ro , e r a te m p e r a m e n ta lm e n te d is tin ta d e él. C o n re s a b io s h isto -
ric ista s, q u e in ic ia ro n la m o d a n a c io n a lis ta : in f lu id a en sus s e c to r e s e u ­
r o p e iz a n te s p o r u n fra n c e s is m o q u e n o a h o n d a b a e n el s im b o lis m o c o ­
m o lo e v id e n c ia su tá c ito c u lto d e la c la r id a d , lo s v e r s o s d e E g u re n n o
la e n tu s ia s m a r o n . E ra n d e m a s ia d o a r b itr a r io s , d e m a s ia d o o b s c u ro s , d e ­
m a s ia d o a b s tru s o s . J o s é d e la R iv a - A g ü e r o c o n c lu y e su e lo g io a G a r c i-
la s o s o s te n ie n d o q u e el g e n io lite r a r io p e r u a n o es f u n d a m e n ta l m e n t e
c lá sic o y q u e c u a n d o se h a q u e r id o a p a r t a r d e su s re g la s s im é tric a s ,
so lo h a p r o d u c id o e n g e n d ro s . V e n tu r a G a r c ía C a ld e ró n , sin d e j a r d e s e r
p o r ello a c a s o el p r im e r c rític o lite r a r io d e A m é r ic a , o m ite el v a l o r d e
E g u re n e n sus e n s a y o s s o b r e n u e s tr a lite r a tu r a y en su a n to lo g ía . C le ­
m e n te P a lm a p o n e u n a n o ta d e j a n d o c o n s ta n c ia d e su d is c o n f o r m id a d
c o n el e lo g io q u e d e “ S im b ó lic a s ” h a c e P e d r o S. Z u le n e n " I lu s t r a ­
c ió n P e r u a n a ” . P o c o s so n lo s q u e to m a n en se rio al p o e ta , in ic ia lm e n ­
te. H a y q u e c ita r, en p r im e r lu g a r, a E n riq u e B u s ta m a n te y B a lliv iá n
q u e en su r e v is ta " C o n te m p o r á n e o s ” a c o g e su s p r im e ro s v e r s o s d e m a ­
d u re z , y a q u e d o s o tr e s c o m p o s ic io n e s ju v e n ile s h a b ía n s id o p u b lic a d a s
a n te r io r m e n te en " L im a I lu s tr a d o ” ; y q u e en " B a ln e a r io s ” , p e q u e ­
ñ o p e r ió d ic o d e u n p u e b lo v e c in o a L im a , h a c e el p r im e r e s tu d io s o ­
b r e “ S im b ó lic a s ” . Y h a y q u e c ita r, ta m b ié n , a P e d r o S. Z u le n , a p e s a r
d e q u e n o e r a u n lite r a to p r o fe s io n a l, sin o u n h o m b r e d e b ib lio te c a ,
u n C ultor d e e s tu d io s filo só fic o s, u n a g i ta d o r d e la r e d e n c ió n i n d íg e ­
n a. Z u le n , a d e m á s d e su e s tu d io en " I lu s tra c ió n P e r u a n a ” , c o n tr ib u y ó
a la d ifu s ió n d e E g u re n en E s ta d o s U n id o s y, p o c o a n te s d e m o rir,
d e s a fió el tr a d ic io n a lis m o u n iv e rs ita r io d e d ic a n d o u n n ú m e r o del
“ B o le tín B ib lio g r á f ic o ” d e la U n iv e r s id a d a u n a a n t o lo g ía d e lo s p o e ­
m a s d e " S im b ó lic a s ” , ‘ L a c a n c ió n d e la s F ig u r a s ” y “S o m b r a ” , v e r ­
d a d e r a m e n te im p o s ib le s d e c o n s e g u ir a h o r a . E l e s fu e rz o d e e s to s le a ­
les a m ig o s y d e u n o s c u a n to s m á s, es u n o d e lo s e p is o d io s g a lla r d o s d e
la lite r a tu r a p e r u a n a .
P e r o la g e n e r a c ió n q u e a p a r e c e en lo s p r im e r o s a ñ o s d e la g u e r r a
e u r o p e a tie n e u n a c o n te x tu r a n u e v a . Su m o v im ie n to in te le c tu a l n o se
d e s a r r o lla en la U n iv e r s id a d , c o m o el d e R iv a - A g ü e r o , sin o e n el p e ­
rio d ism o . E s é s ta u n a g e n e r a c ió n m á s p u r a m e n te lite r a r ia q u e la a n t e ­
r io r q u e e s tu v o u n p o c o a f e c ta d a d e e r u d itis m o ; e x e n ta d e p r o y e c c io ­
n es p o lític a s : m á s a u d a z al se g u ir las in flu e n c ia s e u r o p e a s : m á s r e b e ld e ,
p e r o c o n u n a r e b e ld ía e s té tic a , r e d u c id a al d e s c u b ie rto c o n s u m o de
d r o g a s , a la a c titu d e g o lá tr ic a y a la a d m ir a c ió n de G o n z á le z P r a -
d a y d e E g u re n . L a r e v is ta “C o ló n id a ” q u e s e ñ a la u n m o m e n to d e e s ­
ta g e n e ra c ió n , a c o g e el e s tu d io d e E n riq u e C a rrillo s o b r e E g u re n . A -
b r a h a m V a ld e lo m a r , la fig u ra m á s d e s ta c a d a d e lo s n u e v o s d e e n t o n ­
ces, c o n tr ib u y e a p o n e r lo d e m o d a . P o c o d e s p u é s a p a r e c e el e s tu d io
d e Is a a c G o ld b e r g ; el c rític o T r a in en el s u p le m e n to lite r a r io de
" T h e T im e s ” d e L o n d r e s e s tu d ia ig u a lm e n te a l p o e t a d e “ S im b ó licas*
y d e " L a C a n c ió n d e la s F ig u r a s ” .
Amanta 23

2
N a c id o en 1 8 8 2 , J o s é M a r ía E g u re n h a p u b lic a d o h a s ta a h o r a s o ­
la m e n te d o s lib r o s : “ S im b ó lic a s ” ( 1 9 1 1 ) y “ L a C a n c ió n d e la s F ig u ­
ra s” ( 1 9 1 6 ) . T ie n e in é d ito el lib ro “ S o m b r a " y h a a n u n c ia d o u n a n o ­
v e la fa n tá s tic a .
J o s é M a ría E g u r e n : u n lo c u a z h o m b r e c illo v e s tid o d e n e g r o q u e
c o n v e rsa en la s e sq u in a s. E n el c u e llo d e p a ja r ita , la c o r b a ta h a c e u n
n u d o d e s m e s u r a d o q u e tie n d e al d e s a s tr e . R o p a m o d e s ta . U n h o n g o
ta p a m a l el c a b e llo a b u n d a n te q u e e m p ie z a a s e r gris. L e ja n o p a r e c id o
a E d g a r d P o e a la v e z q u e u n a b s u r d o r e c u e r d o f u g a z d e C h a rle s C h a ­
plin. J o s é M a ría E g u re n : n e r v io s id a d , d e f e r e n c ia ta m b ié n p a r a el
necio. ¿ Q u é n o s c u e n ta , p o e t a ? H e le íd o n u e v o s lib ro s , h a r e c ib id o c a r ­
tas, h a e s ta d o e n f e rm o . P e r s e g u ir m o z a s , u r d ir n e g o c io s, c o n q u is ta r
p u esto s, q u e r e r s a lv a r a la p a tr ia , eso n o c u e n ta .
Su v id a es s e n c illa y s im p le . E s u n a v id a q u e ca si n o h a s id o v iv i­
d a y que, e x te r n a m e n te , n o o f re c e re sq u ic io a lg u n o p o r d o n d e h a y a
p o d id o p e n e tr a r lo q u e d e la V id a r e f le ja n sus p o e m a s . P e rs o ria lm e n -
m en te, es u n h o m b r e c illo b o n d a d o s o y a f a b le . E s, en e s te s e n tid o , u n
c o n tra ste c o n el a m b ie n te e n v e n e n a d o d e lo s c o rrillo s lite r a r io s y c o n
el to n o b e lig e r a n te y p o lé m ic o d e l a r te n u e v o . N o se c o n f u n d a , sin
em b a rg o , su se n c ille z a c o g e d o r a c o n la f a lt a d e o rg u llo . P r o f u n d a m e n ­
te o rg u llo so es e s te a r tis ta , c o m o lo r e v e la el h e c h o d e n o h a b e r s e p r o ­
d ig a d o , d e h a g e r g u a r d a d o sus c u a d r o s y d ib u jo s p o r q u e lo s e s tim ó m e ­
d io c re s, a u n q u e 1 e ó filo C a stillo , d e s c o n te n ta d iz o c rític o d e a r te , v ió
en ellos in s u p e r a b le m e n te r e f le ja d o el- p a is a je d e L im a ; y a u n q u e a l ­
g u nas d e sus m in ia tu r a s te n g a n la p u r e z a y el in fa n tilis m o q u e s o n ta n
re le v a n te s en M a ría L a u r e n c in y en N o ra h B o rg e s. H a y g e n te q u e se
ríe d e su in fa n tilism o , d e sus b a g a te la s . P e r o e n e s te p a ís d e v a c a c io ­
nes la rv a d a s , es u n e je m p lo d e d e d ic a c ió n y d e c o n tin u id a d . E n e s te
p aís d e e s p íritu s tu rb io s , es u n e je m p lo d e p u lc ritu d . E n e s te p a ís d e
im itacio n es, es u n e je m p lo d e p e r s o n a lid a d . S o b re to d a s las te n ta c io ­
nes d e las c irc u n sta n c ia s, s o b r e to d a s las in e s ta b ilid a d e s d e l a m b ie n te ,
n a d a h a sid o sin o p o e ta . Y p o e t a q u e n u n c a h a s id o v is to en lo s p r o s ­
cenios d e lo s te a tr o s y en la s a n te s a la s d e lo s p o d e r o s o s . T ím id o e
in fantil, p o r o tr a p a r te , h a s id o in c a p a z d e s e n tirs e g e n io , d e lla m a r la
aten c ió n co n e x c e n tric id a d e s e im p e r tin e n c ia s ; p e r o q u iz á si a s í h u b ie r a
p ro c e d id o , h a b r ía s id o t o m a d a m á s e n c u e n ta , su o b r a f o rm id a b le .

¿ H a y a lg o d e n u e s tro a m b ie n te en la p o e s ía d e E g u re n ? G e n e ­
ra lm e n te se h a d ic h o q u e n ó ; y p o r c ie r to q u e ta l a f ir m a c ió n es ló g ic a
L o s e le m e n to s m á s v a lio s o s d e la o b r a d e a r te , so n , a d e m á s , s ie m p ro
los in d iv id u ale s, lo s im p re v is to s . M á s e n a lg u n o s d e su s p o e m a s c a b e
re c o n o c e r c ie rta s h u e lla s lo c a le s. S in e s a v id a d e h o g a r q u e y a el tie m ­
p o está e n e rv a n d o , a c a s o la p e r s o n a lid a d y, p o r c o n s ig u ie n te , la o b r a
d e E g u re n no te n d r ía n e x p lic a c ió n d e n t r o d e la r e a lid a d p e r u a n a . L a
v id a d e h a c ie n d a , n ó d e la h a c ie n d a m o d e r n a d e tip o y a n q u i c o n m a ­
q u in a ria y co n c o n fo rt, sin o la q u e en su e d ific io , e n sus m u e b le s , en
su a tm ó sfe ra r e v e la el r e s p e to a u n p a s a d o f a m ilia r, le s irv e p a r a c ie rta s
24 Amaiuta
r e m in is c e n c ia s e n “ V is io n e s d e E n e r o ” . “ C a s a v e t u s t a ” , e tc ., e s tiliz a n d o
se e n “ C o lo n ia l” . E s ta v i d a tr a n q u ila , p r o p ic i a a la s u p e r s tic ió n , e n m e ­
d io d e la c a m p iñ a lim e ñ a sin e x u b e r a n c ia s , s in c o lo r e s d e t o n a n te s ,
¡ c u á n to n o se im p r im ir ía s o b r e el e s p ír i tu d e E g u r e n d e s d e n iñ o !
O tr a in f lu e n c ia p e r s o n a l m á s p u e d e s e r d e t e r m in a b le . M u y t e m p r a ­
n o e n la v i d a d e E g u r e n d e b e d e h a b e r h a b i d o u n tr u n c o e p is o d io a -
m o r o s o . A u n a n iñ a m u e r t a se r e f ie r e n lo s p o c o s m o m e n to s c o n f i d e n ­
c ia le s d e su p o e s ía : e n “ V is io n e s d e E n e r o ” , “ L a m u e r t a d e m a r f il” ,
“ L ie d V I ” , “ N o c h e 1” y o tr a s .
E n su s n o ta s c a m p e s in a s c a b e r e c o n o c e r , p u e s , a v e c e s , a lg o d e
la v ie ja v i d a d e h a c ie n d a y e c o s le ja n o s d e l p a i s a j e lim e ñ o ; p e r o e n
su f a n ta s ía h a y f o r m a s n e t a m e n te g e r m á n ic a s , m e d i o v e a l e s ; c a s tillo s
ro q u e r o s , la b a n d a m a c r o b ia , la s E d d a s , la s W a lk y r ia s , s o n in g r e d i e n ­
te s d e a lg u n o s d e su s p o e m a s , s o b r e to d o e n la p r i m e r a é p o c a , e n
“ S im b ó lic a s ” . G ó tic o s s o n lo s m u ñ e c o s d e su s v e r s o s f a n t a s i s t a s ; y
c o n a c e n to s d e “ lie d s ” a lg u n o s p o e m a s c o m o el q u e e m p ie z a : “ C a v a s
p a n t e o n e r o t u m b a d e d o l o r ” . P e r o e s te g e r m a n is m o m e d io e v a l e s s ó lo
p a r a d e c o r a r la f a n ta s ía : n o h a y a q u í n i l a r u d e z a n i el m is tic is m o m e ­
d io e v a le s . Y ta n to la s r e m in is c e n c ia s lo c a le s c o m o la s a d a p t a c i o n e s g ó -
tic s s u e le n u n ir s e a la té c n ic a d e l s im b o lis m o f ra n c é s .
C u a tr o s o n la s f a c e ta s e n q u e , a r b it r a r ia m e n te , p u e d e d iv id i r s e la
p o e s ía d e E g u r e n : u n liris m o r o m á n tic o , el p a is a jis m o , el s im b o lis m o
p r o p i a m e n t e d ic h o y e l c r e a c io n is m o .
E l s e c to r ú n ic a m e n te líric o , li n d a e n el m is tic is m o . N o h a y e n n u e s ­
tr a l it e r a tu r a to s c a , c o m u n m e n te , e s e a c e n t o p u r ís im o . E s a q u í d o n d e
m á s f r e c u e n te m e n te s u r g e la m u je r . E lla n o es la h e m b r a y n o e s la
d a m a . E l e x tr e m e c im ie n to d e la c a r n e , d e l s e x o , n o a p a r e c e n u n c a a -
q u í. E n el e s p ír itu e v a n e s c e n te , c u y o s p a s o s o y e e n l a “ N o c h e 1” c o m o
lo s “ a z u le s llo r o s la s o s ” q u e d ió a l p ia n o a n t e s d e m o r ir , e s l a v ir g e n so l,
la m u e r t a d e m a r f il d e o tr o s p o e m a s . C o m o “ S y n h a la b l a n c a ” , a c a s o
slla tie n e la s a n g r e c e le s te . C o m o “ E r o s ” , su s s e n o s lilia le s s o n n o t a s
d e lu n a . E s a q u e lla a q u ie n o f r e n d a su c a n c ió n , “ c o m o u n ja z m í n d e
e n e q u e tu v ie r a tu s o jo s y tu c o r a z ó n ” . A c c e s ib le y m o n d a d o c o n
r e la c ió n a l r e s to d e su s p o e m a s “ L ie d V ” , r e p r e s e n t a e s te e s p ír i tu r o ­
m á n tic o , p e r o d e u n r o m a n tic is m o c o m p a r a b l e a l in g lé s.
E n s e g u n d o lu g a r p o d r í a s e r d if e r e n c ia d o , a d e m á s , u n s e c to r p a i­
s a jis ta . A llí r e a liz a lo q u e C a r r illo lla m a b a “ la tr a s p o s ic ió n m u s ic a l d e l
p a is a je ” .
P e r o lo m á s típ ic o e s e l s e c to r p r o p i a m e n t e s im b o lis ta , d o n d e se
f u n d e n la s c u a lid a d e s d e su s o tr a s f a c e ta s . E g u r e n im p r im e u n s e llo a
la s in n o v a c io n e s a p o r t a d a s p o r e l s im b o lis m o f r a n c é s e n e l q u e e l p o e ­
m a n o lle g a n u n c a a s e r u n a t o t a l s u p e r p o s ic ió n d e im á g e n e s y d e
e s c e n a r io s f a n tá s tic o s . N o e s u n a d a p t a d o r n i u n in tr o d u c to r , p u e s ta n
so lo . A ú n q u e d a n e n n u e s tr a s p o e s ía s lír ic a s e im p e r a b a n e n la é p o c a
e n q u e E g u r e n c o m e n z ó a p u b lic a r , lo s r e c u e r d o s . R e s u lta n e llo s s e d i­
m e n to o c r is ta liz a c ió n d e e s c e n a s e n s o l e d a d r e f le x i v a o e n c o m p a ñ í a
e m o c io n a d a . T o d o lo a j e n o a l y o e s s u b a lte r n o o in ú til e n to n c e s . E s a
e s la m a n e r a fá c il y d i r e c t a : c o n t a r lo q u e a u n o le p a s a . A lo s u m o , e n
f o r m a d e c o m p a r a c io n e s , s u e le i n te n ta r s e l a p i n t u r a d e la s f o r m a s v is u a ­
le s d e l a r e a l i d a d ; p a r a r e f l e j a r lo n o r m a l, lo v is ib le , lo q u e l a h is to r ia
o la n a t u r a le z a h a n h e c h o . R e p r e s e n t a t i v a d e l s im b o lis m o e n l a l i t e r a ­
tu r a a m e r ic a n a y p e r u a n a a l a v e z q u e h o n d a m e n t e o r ig in a l, l a p o e s ía
d e E g u r e n n o e m p le a e s o s p r o c e d im ie n to s . N i e s l a c o n f e s ió n d ir e c ta
Amaula 25

n i es el r e f le jo d e la s f o r m a s e x te r io r e s d e la r e a lid a d . H a s u p r im id o
la á s p e r a im p u r e z a d e la s c o s a s. P o e s ía d e " c o r r e s p o n d e n c ia s ” , d is t a n te
d e to d o in te le c tu a lis m o . N u n c a e s tá en tr a n c e d e e x p lic a r. N u n c a o f r e ­
ce so lu c io n e s. T r a e a la lit e r a tu r a p e r u a n a el e s o te r is m o . P o e s ía g e n e ­
r a lm e n te h e r m é tic a , a la v e z q u e e x e n ta d e to d o a f á n te o r iz a n te y d e
to d a s o le m n id a d d e rito . L a a r id e z le e s tá v e d a d a p o r su s e n tid o d e l
c o lo r y d e la m ú s ic a v e r b a le s .
F in o s y tr a s c e n d e n ta le s s o n e s to s p o e m a s . S e p r u e b a a q u í q u e la
d e lic a d e z a n o s ir v e s ó lo p a r a u r d ir b a n a lid a d e s d e s a ló n y q u e la h o n ­
d u r a n o só lo c a b e e n el a c e n to s o le m n e o r ijo s o . ‘‘C o n E g u re n ----e s c ri­
b e J o s é C a rlo s M a riá te g u i----a p a r e c e p o r p r im e r a v e z e n n u e s tr a l it e r a ­
tu r a la p o e s ía d e lo m a r a v illo s o ” . P e r o ta m b ié n a p a r e c e p o r p r im e r a v e z
un v ita l a c e n to tr á g ic o . N o d e lo tr á g ic o d e l su c e so , d e la p e r ip e c ia : es
lo trá g ic o in te r io r. E n su m u n d o e n c a n t a d o , p o b l a d o d e m ú ltip le s se re s
só lo p o r él v is to s , ( la s S e ñ a s , la D a m a I, P e d r o d e A c e ro , S y n h a la
b la n c a la T a r d a , la n iñ a d e la lá m p a r a a z u l y ta n to s m á s ) c a b e h a lla r
u n e s c a lo frío c ó s m ic o . P o e s ía d e v is io n a r io y d e in tu itiv o q u e h a v is to
seres y c o s a s q u e n a d i e v ió ja m á s , r e p r e s e n ta n d o lo q u e se h a lla e n el
f o n d o m á s ín tim o d e to d o s . B a r a tija s q u e d e s g a r r a n .
A u n la d o e s tá el h e c h o e te r n o , v ita l, r u d o ; y a l o tr o la d o , la
fig u lin a d e lic io sa . E l n e x o e n t r e a m b o s c o r r e s p o n d e c a p ta r lo a la s e n ­
sib ilid a d d e l le c to r . P a r a e x p r e s a r , p o r e je m p lo , y y e n d o a a q u e llo s
m o m e n to s d e n t r o d e lo s p o e m a s d e E g u r e n e n q u e h a y u n s e n tid o f á ­
cil y casi e x p r e s o , la b u r la q u e h a c e la m u je r d e l h o m b r e , n o h a b l a d e
la “ in g r a ta d e p e c h o d e p ie d r a : p in ta a l p e le le d e la g ib a r e d o n d a a
q u ie n la s p r in c e s a s r u b ia s m a r e a n e n c á lid a r o n d a . P a r a r e f e r ir s e a la
lu ch a, q u e es el f o n d o d e la v id a , n o p r o r r u m p e e n e x c la m a c io n e s s o ­
b re la c r u e ld a d d e la n a t u r a le z a : p in ta a lo s r e y e s r o jo s c o m b a ti e n d o
d e s d e la a u r o r a . S e h a o p e r a d o u n a tr a s m u ta c ió n m á g ic a . L a o b r a d e
a r te b u sc a su s m á x im a s p o s ib ilid a d e s d e d e p u r a c ió n , n o tie n e n a d a
d e las b a z o f ia s q u e n o s r o d e a n e n la v id a c o t id ia n a ; y, a l m is m o tie m ­
p o , en su m u n d o im p r e v is ib le , in d e p e n d ie n te , e s tá r e f le j a n d o e n f o r m a
m á s e fe c tiv a q u e e n la fa s e e lo c u e n te , la r e a l i d a d c o n q u e c h o c a m o s a
c a d a in s ta n te . L o s m u ñ e c o s d e E g u re n se m u e v e n c o m o lo s se re s c o ­
rrie n te s ; p e r o tie n e n u n in n a ta n o b le z a e s té tic a , u n a b s o lu to a le ja m ie n to
d e la im ita c ió n r e a lis ta . P e r te n e c e n a l m u n d o d e lo s c u e n to s . C r e a r lo s
es y a o b r a d e b e l le z a ; y p o n e r le s b a j o la s e d e r ía d e su s v e s tid o s fa u s-
tu o so s u n la tid o v ita l, es h a c e r c u lm in a r e s a o b r a d e a rte .
T a lv e z , p o r e llo , el n o m b r e c e r te r o p a r a e s te s e c to r d e la p o e ­
sía d e E g u re n n o d e b e r í a r e f e r ir s e a l s im b o lis m o , p a l a b r a q u e se p r e s ­
ta a e q u ív o c o s p o r su g e n e r a liz a d a a p lic a c ió n e n u n m o m e n to d e la
h isto ria lite r a r ia d e l m u n d o ; q u iz á p o d r í a d e c ir s e q u e es u n a p o e s ía
a le g ó ric a . G r a m a tic a lm e n te , la a le g o r ía s ir v e p a r a h a c e r e n t e n d e r u n a
co sa e x p r e s a n d o o tr a c o s a d if e r e n te . U s a d a en lit e r a tu r a v ie n e a s ig n i­
ficar la m e tá f o r a c o n tin u a d a . E s m u y a n tig u o el u so d e e s te m e d io d e
e x p re sió n lite r a r ia ; y lo s m a n u a le s d e R e tó r ic a c ita n s ie m p r e la c é le ­
b re o d a d e H o r a c io e n la q u e el e m b le m a d e u n a n a v e e n t r e g a d a a
los e m b a te s d e lo s v ie n to s y la s o la s, m u e s tr a a la R e p ú b lic a p r ó x im a
a su m irse e n lo s h o r r o r e s d e la g u e r r a c iv il, a s í c o m o el r o m a n c e d e
L o p e “ L a b a r q u illa ” y lo s v e r s o s d e F r a y L u is d e L e ó n , p in ta n d o la
v id a d e l c ie lo q u e e m p ie z a n :
A lm a r e g ió n lu c ie n te
p r a d o d e b ie n a n d a n z a q u e m i a n h e l o ............
26 Amauta
P e r o es la m ito lo g ía la q u e p r o p o r c io n a a la lit e r a tu r a y, e n ge­
n e r a l, a to d a s la s a r te s y a ú n a la c o n v e r s a c ió n d ia r ia , lo s m á s fre­
c u e n te s te m a s d e la a l e g o r ía : V e n u s , M a r te , C u p i d o . . . .
E n E g u re n , la a le g o r ía tie n e la o r ig in a lid a d d e n o s e r in c id e n ta l,
p u e s a p a r e c e e n la m a y o r p a r t e d e su o b r a . A d e m á s , es to t a l m e n t e
p e r s o n a l, n o v u lg a r, in e s p e r a d a , s ie m p r e d if e r e n te .

Q u e d a a ú n o tr o s e c to r en la p o e s ía d e E g u r e n : el p u r o im a g in is ­
m o . A lg u n a s d e sus c o m p o s ic io n e s p u e d e n s ig n ific a r u n a l a r d e d e p r i­
m o r ú n ic a m e n te : a u n q u e a lg u ie n p u e d a in te r p r e ta r la s m á s a m b ic i o s a ­
m e n te . A d e m á s d e s e r u n in tim is ta o c u lto , ¿ e s E g u re n u n im a g in is ta p u ­
r o ? S í c o m o O r t e g a y G a s s e t d ic e d e M a lla rm é , su p o e s ía c o n s is te e n
c a lla r lo s n o m b r e s d ir e c to s d e la s c o s a s, h a c ie n d o q u e su p e s q u is a s e a
u n d e lic io s o e n ig m a , ¿ h a q u e r id o a v e c e s h a c e r d e la o b r a d e a r t e u n
v a lo r en sí, p u r a m e n te m u s ic a l y c o lo r is ta ? P o r lo m e n o s , r e s p o n d e a -
f ir m a tiv a m e n te m á s d e u n a b u r d a s e n s ib ilid a d . L a t e o r í a d e la “ d e s h u ­
m a n iz a c ió n d e l a r t e ” h a lla en a lg u n o s m o m e n to s d e la o b r a d e E g u r e n
u n a p r e v ia r e a liz a c ió n . Si a s í fu e ra , ¿ p o r q u é d e j a r s e lle v a r p o r el d e s ­
p e c h o d e l c e r e b r o , s ó r d id o y m a n iá tic o ?
L a p o e s ía d e E g u re n tie n e , a s í r e m a n s o s e m o c io n a le s q u e e v o c a n a
la s m á s p u r a s e fu s io n e s r o m á n tic a s ; c o n su s im á g e n e s d o b le s y m ú lti­
p le s, in te r p r e ta t iv a s y tr a s c e n d e n te s a u n q u e sin c a r á c t e r e x p lic a tiv o , se
a filia al s im b o lis m o ; y tie n e ta m b ié n a v iz o r e s p r e s a g io s d e la lib e r a c ió n
p o s te rio r. D e l r o m a n tic is m o c o n s e r v a la a c titu d e s tr e m e c id a a n t e la
v id a , c ie r ta s a p ie n c ia s o b r e la h u m a n a n a d e r ía . D e l s im b o lis m o a d o p t a
la d e lic a d e z a , el s e n tid o d e l m a tiz , la e x p r e s ió n f ig u r a d a . Y a n te s d e q u e
a l b o r e a r a n la s e s c u e la s d e v a n g u a r d ia , p r e s c in d e a b s o lu ta m e n te d e la
a n é c d o ta , d e la r e p r e s e n ta c ió n o b je tiv is ta , s u p e r a n d o la r e a lid a d a l in ­
tu ir fo rm a s p o é tic a s d is tin ta s d e la s q u e la r e a lid a d e x h ib e , a l d e s d e ñ a r
p o r m a n id a e in f e r io r la r e p r o d u c c ió n s im p le d e la v id a p a r a o te a r la
s u p e ra c ió n d e la v id a p o r el a r te m is m o . S in e m b a r g o , n o lle g a a la
s u p re s ió n d e l p la n líric o , d e l te m a c o n c r e to ; c o n s e r v a a ú n lo q u e J e a n
E p s te in h a lla m a d o e n su lib r o s o b r e la p o e s ía d e h o y “ el p e n s a m ie n to
f r a s e ” , c a r e c e d e l “ p e n s a m ie n to a s o c ia c ió n ” , in s ta n tá n e o , v e r tig in o s o ,
a n tig r a m a tic a l. S u r u p tu r a c o n la ló g ic a a c o s tu m b r a d a e s tá en su s t e ­
m a s y n o en sus fra se s, e s tá p r e c is a m e n te e n el d e s a r r o llo d e q u e p r e s ­
c in d e la p o e s ía p o s te r io r ; g r a m a tic a lm e n te c o r r e c to s , su s p o e m a s m á s
o b s c u ro s lo so n p o r su s ig n ific a d o a p a r e n te . F r e n te a l a r te n u e v o e s tá n ,
a d e m á s , su a r is to c r a tis m o y su m e la n c o lía . N o p o d r í a d e c ir, ta m p o c o ,
c o m o la e s c u e la c r e a c io n is ta , a la q u e m á s se a s e m e ja e n tr e lo s ism o s n u e ­
v o s, q u e el a r tis ta d e b e c r e a r su o b r a c o n la in d e p e n d e n c ia c o n q u e la
n a t u r a le z a c r e a el á r b o l.

E g u re n es in fa n til, p e r o n o jo v ia l y d e p o r ti v a m e n te c o m o la p o e ­
s ía a c tu a l. S u a lm a sig u e s ie n d o d e n iñ o p e r o c o n o c e t o d a la a m a r g u ­
r a d e la v id a . S u m u s a tie n e la p u r e z a d e la in o c e n c ia a la v e z q u e la
c o n c ie n c ia d e la h o r r e n d a m is e ria h u m a n a . S u s p o e m a s p o d r í a n fig u ­
r a r en u n a a n to lo g ía p a r a n iñ o s, y y a lo h a c o m e n z a d o a h a c e r G a r c í a
M o n g e e n C o s ta R ic a ; p e r o p o d r í a n f ig u r a r ta m b ié n e n la a n t o lo g ía
d e l d e s e n g a ñ o . I n fa n til es h a s ta e n m u c h o s d e sus te m a s , q u e s o n t e ­
m a s d e c u e n to s d e n iñ o s ; p e r o a v e c e s i n te r p r e ta e n e llo s a c a s o la in -
Amaina 27
c o n s c ie n c ia y la f u g a c id a d d e la in fa n c ia . Y ju n to a la p e rs o n if ic a c ió n
d e lo s ju g u e te s , g u s ta la d e lo s e s c e n a r io s v e tu s to s o ru in o so s. L a n o ­
c h e s o b r e to d o , in te r v ie n e e n su s v isio n e s. A c a s o n o s ie m p r e le g u ía “ la
n iñ a d e la lá m p a r a a z u l’’ en la n o c h e , y a q u e e lla c o b ija la s lá g rim a s de
io s d if u n to s d e l c o n v e n to e n el te m p lo d e l o lv id o , la r o n d a d e e s p a d a s ,
la c e n a d e l d o m in ó v a c ío p e r o a n im a d o , la s s e ñ a s q u e lo lla m a n e n la
p u r p ú r e a y fe s tiv a n o c h e , el m o n je d e la p la z o le ta . N o es, p u e s, el de
la c o m e ta “ q u e g o z a d e v e r s e e s c la v a ” y “ V a c a n ta n d o fe lic e s s u p e rs ­
tic io n e s ” , le it m o tiv p r e d ile c to . D e su v e r s o d ic e : “ T ú lo p u e d e s o ir
p o r q u e h a s p e c a d o ” . P e r o p a r a e n t e n d e r lo se n e c e s ita r ía s e g ú n su f ra s e
e n “ L o s D e lf in e s ” , “ s u frir p o r el p e c a d o d e la n a tiv a e le g a n c ia ” .
¿ E s E g u re n u n h u m o r is ta ? E s m á s b ie n u n m in ia tu r is ta su til, en
c u y o p in c e l d im in u to la ir o n ía es u n c o lo r m á s. N o es h u m o r is m o lo
q u e h a y en la p o e s ía d e E g\»ren, a u n q u e te n g a el s e n tid o d e lo g r o te s ­
co e n el d e t a ll e : lo q u e h a y es g ra c ia . A lg o in d e fin ib le q u e n o es p r e c i­
s a m e n te lo m is m o q u e la d o n o s u r a o el g a r b o . N o p r o v o c a , n i s iq u ie ra ,
la s o n ris a e n el r o s tr o : q u ie n s o n r íe es el e s p íritu . E s u n a f o r m a d e l g u s ­
to,

6
E n el v a lo r a t r i b u id o a la m e tá f o r a , es fá c il n o ta r o tr a d if e r e n c ia e n
tr e E g u re n y lo s n u e v o s . E l p r o c e d im ie n to d e la s im á g e n e s ju n ta s q u e
él e m p le a , n o es fá c il a s id e r o p a r a la m e tá f o r a in c o n e x a , hoy en
boga.
T a m b ié n e n c o n tr a p o s ic ió n d e l a r te n u e v o , p a r a el c u a l la p a l a b r a
h a p e r d id o su v a l o r d e c a lid a d , d e d is tin c ió n , h a y e n la p o e s ía d e E g u ­
re n e s e n c ia lm e n te u n v a lo r m u sic a l. D e la m ú s ic a d e D a r ío p u e d e d e ­
c irs e q u e fu é m ú s ic a d e o r q u e s ta , p u e s h a s ta en la s n o ta s c iv ile s o é p i­
ca s, s u p o p o n e r el lirism o d e f la u ta s y v io lin e s. L a m ú s ic a d e C h o -
c a n o es a v e c e s , n o s ie m p re , m ú s ic a d e b a n d a . L a m ú s ic a d e E g u re n
e v o c a só lo a u n in s tr u m e n to p e r o a rc a ic o . E s u n a r m o n ía a la s o r d in a
q u e , sin e m b a r g o , lle g a a lo r e c ó n d ito m e jo r q u e t o d o o s te n to s o e s tr u e n ­
d o . N o p a r e c e q u e e s tu v ie r a e s c rita e n c a s te lla n o p o r la tr a d ic io n a l r u ­
d e z a d e e s te id io m a q u e U n a m u n o lla m a r a h u e s u d o ; y p o r q u e lo s h o m ­
b re s v u lg a re s lo o ím o s y lo u s a m o s to d o s lo s d ía s . E n v e r d a d , a ú n si
e s tu v ie ra e s c r ita e n el id io m a m á s a r m o n io s o y s u a v e , s ie m p r e d a r ía
e sa s e n sa c ió n , p o r q u e c o n fre c u e n c ia sus p a l a b r a s p a r e c e n n o ta s . ( M e n ­
d e lsso h n , S c h u m a n n , C h o p in , p o d r ía n s e r lo s c o m p o s ito r e s a c ita r a h o r a
p e ro n o lo s n u e v o s : ni S tra w in s k y , n i S a tie , n i E r n e s t S e h e llin g ) .
L a r iq u e z a m e ló d ic a n o s ó lo p r o v ie n e d e l c o m p á s d e la s s íla b a s , d e
in v e ro s ím il s u a v id a d y ta n a r m o n io s a s a p e s a r d e d e s a s ir s e a v e c e s d e
la m é tr ic a c o m ú n , sin o d e la s p a l a b r a s m is m a s. E g u re n n a d a tie n e d e
b a r d o ; n o h a c e c a n to s sin o p o e m a s ; y su e s té tic a q u e es v e r d a d e r a m e n ­
te e s té tic a r e c h a z a to d a s la s p a l a b r a s p le b e y a s (en una anécdo-
ta b u r lo n a a p a r e c e c a lif ic a n d o a “ b o t ó n ” c o m o p a l a b r a m a la )
S u tiliz a el c a s te lla n o en m u c h o m a y o r g r a d o q u e D a r ío ; n o lo e n jo y a
ni lo a d o r n a , lo re f in a , lo e n f e rm a . A v e c e s n o a s im o s el s e n tid o d e su
b a lb u c e a r p o r q u e s o m o s d e m a s ia d o s b u r d o s o p o r q u e es h a r to e v a n e s ­
c e n te . D e s d e el á n g u lo d e la v i d a e s ta p o e s ía a p a r e c e c o m o u n a p o e s ía
la r v a d a , e n v a n e s c e n te , e n f e rm iz a . P e r o a la v illa n a p e s q u is a d e d is la te s
es p r e f e r ib le la c o n s ta ta c ió n d e a c ie rto s g e n ia le s q u e flu y e n d e la lim ita ­
c ió n m ism a . R e s u lta r ía b a n a l, p o r e je m p lo , b u s c a r la s v e c e s e n q u e la
 ftmauta
tir a n ía d e la r im a fu é d e c is iv a ; d e c ir q u e el " d io s c a n s a d o ” n o t e n d r í a
la " b a r b a v e r d e ” o n o h a b r ía n e c e s id a d d e m e n c io n a r la , as: c o m o a su
c o lo r c a r m in a d o , sin la im p o s ic ió n d e la r im a ;

P lo m iz o , c a r m in a d o ,
y c o n la b a r b a v e r d e ,
el r itm o p ie r d e
el d io s c a n s a d o .

F á c il s e ría e n c o n tr a r lo s m o m e n to s e n q u e p a r e c e h a b e r s e f ru s tra -
«Jo el v a lo r p o é tic o d e l p o e m a . A u n q u e E g u re n h a c u i d a d o d e p u b lic a r
ta n so lo a q u e llo d o n d e a la v e z q u e n o se v ie r a la h u e lla d e la im ita c ió n ,
se c u a ja r a la e x p re s ió n a d e c u a d a tie n e m o m e n to s e n q u e p u e d e no
g u s ta r. A lg u n a v e z p u b lic ó u n a “ in c a ic a ” q u e d e s o ló a su s a m ig o s . H a y
q u e se r m u y b e n é v o lo c o n E g u re n c u a n d o p a r e c e q u e n o a c ie r ta , p e r c
es p o b r e to d o e lo g io c u a n d o a c ie rta . M e jo r es e s to q u e la c o n s ta n t e
m e d io c r id a d p a s a b le .
B u rd o es q u e r e r e x p lic a r, d e fin ir, m e d ir la s e n s ib ilid a d . U n in s t a n ­
te d e fru ic ió n a r tís tic a es m á s e lo c u e n te q u e la rg o s p á r r a f o s . Y es q u e le e r
v e rs o s n o es o p e r a c ió n id é n tic a a le e r el p e r ió d ic o . N o c re o q u e s ie m p r e
q u e p a e q u ip a r a r al a r tis ta y a l p o lític o . E l a r ti s ta p u e d e c r e a r lib r e m e n ­
te : el p o lític o só lo v a le e n el g r a d o e n q u e es n a c io n a l. L o s e le m e n to s
d e lo s g r a d o s m á s a r tís tic o s d e l a r te so n v a r ia b le s , p e r s o n a le s ; e x t r a ­
ñ o s al a l b e d r ío d e l p o lític o s o n lo s p r o b le m a s q u e tie n e q u e e n c a r a r . E l
a r tis ta e s c o g e a su a u d ito r io , m e jo r d ic h o el a u d ito r io lo e s c o g e a él, u n
a u d ito r io q u e p u e d e se r e s c a so e n su p a t r i a y d is p e rs o p o r t o d o el m u n ­
d o y ta n p e q u e ñ o en c o n ju n to a c a s o , c o m o lo s q u é p u e d e n c o n o c e r la s
n u e v a s p ro y e c c io n e s d e la g e o m e tr ía n o e u c lid ia n a ; m ie n tr a s la o b r a d e !
p o lític o in te re s a , q u ié ra lo él o n o , a to d o s su s c o n n a c io n a le s c o n s c ie n te s ,
q u ie n e s d e b e n p e d ir le c u e n ta s d e e lla im p e r a tiv a m e n te . L o p o lític o y lo
so c ial, a v ec es, p u e d e n n o in te r v e n ir p a r a n a d a e n la n o v e l a p o e m á tic a ,
e n el p o e m a , e n el c u a d r o , e n la s in fo n ía .
E je m p lo d e lo in a sib le , d e lo a u tó n o m o d e l a r tis ta es E g u re n . E s ­
ta s o b s e rv a c io n e s c a r iñ o s a s n o lo a p r e h e n d e n . H a y e n su o b r a u n h a lo
in d e fin ib le . N o s h a c e r e c o r d a r , p o r eso , a a lg u n o s p a s a je s d e la “ V ita
N u e v a ” , a a lg u n o s c u a d r o s d e D a n te G a b r ie l R o s s e tti; a la v e z q u e , p o r
su g ra c ia , a a lg u n o s tr o z o s d e “ G a s p a r d e la N u it” d e L o u is B e r t r a n d .
E n A m é r ic a tie n e a lg ú n p a r e c id o c o n la o b r a d e E n riq u e B a n c h s , el a -
r is to c rá tic o p o e t a a r g e n tin o . Q u iz á E g u re n , B a n c h s y “ M a r ía ” d e J o r g e
Isa a c s te n g a n u n sig n ific a d o a n á lo g o d e n t r o d e la lit e r a tu r a a m e r i­
cana.
A s í m is m o , a lg u n o s p o e m a s r e c ie n te s d e G a r c í a L o r e a c o in c id e n
v a g a m e n te c o n su m a n e r a .
Y si n u e s tra a r is to c r a c ia lo f u e r a h o n d a , in tr ín s e c a m e n te , h u b ie ­
r a a c e p ta d o c o n fru ic ió n a e s te p o e t a : lo h u b ie r a h e c h o el f a v o r ito d e lo s
s a lo n e s m á s r e f in a d o s , d e la s d a m a s m á s e le g a n te s .

7
C é s a r V a lle jo es, c r o n o ló g ic a m e n te , n u e s tr o s e g u n d o “ p o e t a d if í­
cil ’. C o n fo q u e v ie n e , n e c e s a r ia m e n te , u n a c o m p a r a c ió n e n t r e V a ll e jo
y E g u re n . L a re a c c ió n d e l p ú b lic o es a n á lo g a a n te a m b o s . E n el f o n d o ,
a m b o s tr a e n a n u e s tr a lite r a tu r a , p o r c a m in o s in h o lla d o s , el s e n tid o d e
Amanía 29
lo trág ico c o tid ia n o , q u e p o r m á s q u e se a h o n d e s ie m p r e a p a r e c e c o m o
in éd ito . P e r o E g u re n tie n e u n s ig n ific a d o v e r b a l d is tin to a l d e V a lle jo .
M usical y p ic tó r ic a m e n te a r is to c r á tic o es el v e r s o d e E g u r e n ; fu e r te ,
criollo, sin tr a b a s el d e V a lle jo . L a s m u je r e s q u e a m a n lo s v e r s o s y q u e
tie n en g u sto , a m a r á n , s e g u r a m e n te lo s d e E g u r e n ; e n c a m b io , lo s d e
V a lle jo n o d e b e n g u s ta rle s , p o r b r o n c o s y rijo s o s . L o s te m a s p r e d o m i­
n a n te s d e E g u re n so n , a d e m á s , s ím b o lo s in d e s c if r a d o s ; V a lle jo só lo lle ­
g a a las im á g e n e s. L o in in te lig ib le e n E g u re n s u e le s e r el s e n tid o d e su s
p o e m a s y en V a lle jo o la s fra s e s m is m a s sin s in d é re s is . V a ll e jo e s tá p l a n ­
ta d o en m e d io d e la v id a ; E g u re n e n u n m u n d o d e m ila g r e r ía q u e só lo
en lo p r o f u n d o r e c o je lo v ita l d e la v id a . ( A s í ta m b ié n m ie n tr a s la v id a
d e E g u re n es u n a v id a s u b te r r á n e a , e n la b io g r a f ía d e V a ll e jo se c u e n ­
ta n la p risió n , la d ia r ia b o h e m ia d e la p o b r e z a ) . L a m e la n c o lía d e E g u -
re n h ie re ; el d o lo r d e V a ll e jo d e s g a r r a . L a u n a p e n e tr a c o m o u n a n ie ­
b la ; el o tro e s tr u ja c o m o u n a z a r p a . E g u re n n o c o m p r e n d e q u e V a lle jo
p o n g a la p a l a b r a “ c o b r a d o r ” p a r a s u g e rir u n a e m o c ió n e s té tic a a u n ­
qu e sea lír ic a m e n te ; V a ll e jo n o c o m p r e n d e q u e E g u re n se s o la c e p i n ­
ta n d o la lig a d e la m a r q u e s ita d e “ C o lo n ia l” . V a ll e jo v ie n e d e la sie ­
rra , d el p u e b lo c o n u n se llo d e a u t o c ío n i s m o ; E g u re n es u n p r o d u c to a-
risto c rá tic o , ta n a r is to c r á tic o q u e n o tie n e c o n ta c to c o n n u e s tr a r e a lid a d
a b ig a rra d a . V a lle jo es m á s h u m a n o y E g u re n m á s a r tis ta . L o s p o e m a s
d e V a lle jo d a n la s e n s a c ió n d e a lg o n o c o n c lu id o , d e a lg o a m e d io h a ­
cer, p e ro c o n u n e s tu p e n d o f r a c a s o ; lo s p o e m a s d e E g u re n d a n la s e n ­
sación d e a lg o a c a b a d o . S in e m b a r g o , g e n é r ic a m e n te , p u e d e d e c ir s e q u e
el a rte d e E g u re n h a t r a m o n t a d o m ie n tr a s q u e V a ll e jo e s tá a c tu a lm e n ­
te en P a rís , y es a ú n jo v e n .
P o d r á d e c irs e q u e es u n e lo g io e s te e n s a y o . A l m is m o tie m p o es,
sin e m b a rg o , u n a e le g ía . S o m o s m u c h o s lo s q u e a m a m o s a l p o e t a y , sin
em b a rg o , v e m o s en su s ú ltim a s p r o d u c c io n e s u n a g lo s a a la s a n t e r io ­
res, u n in ú til in te n to d e s u p e r a r la in te n s id a d d e o tr o r a . E l a r te n u e v o ,
n u e s tra s e n s ib ilid a d ju v e n il s o n m á s c o m p le jo s , m á s a m p lio s . E llo n o
im p o rta m u c h o . C in c o o seis d e su s p o e m a s b a s t a n p a r a q u e s ie m p r e
n o s a s o m b re m o s d e q u e e s te a r ti s ta v iv a a l l a d o n u e s tro .

“RAMONA” Y JOSE MARIA EGU­

REN, pot Leáis A l b e r t o S á n e l e * .
U A N D O m a y o r e r a el a u g e d e l a p o s to lis m o a m e r ic a n is ta ,
a p a r e c ió e s ta p o e s ía a p a r e n te m e n t e d e s a m e r ic a n iz a d a . E n
d e r r e d o r a lz á b a s e el tu m u lto d e R o d ó . P a r a c o n c e b ir la p o e ­
sía p r e c is a b a , tim b r e d e b la s ó n , el c isn e r u b e n ia n o . E g u re n
p re s c in d ió d e l C isn e y d e “ A r i e l” . A d e m á s , se p r e s e n tó ai
m a rg e n d e la u n iv e r s id a d . N o tu v o p a r e n te s c o c o n lo s p e r ió d ic o s .
H u é rfa n o d e a m b ie n te d e r e d a c c ió n . S in s o s p e c h o s a s v is ita s a L o rr a in .
Ni u n a “ f o n ta n a ” , ni u n a “ lu n a ” c o m o r im a f o r z a d a , n i u n “ p a r q u e
a b a n d o n a d o ” . E x ilio d e J u a n R a m ó n , el d e lo s “ J a r d in e s le ja n o s ” . Y n i
u n a so la fra se d e N ie tz s c h e c o m o le m a d e u n a e s t r o f a . . . .
E g u re n r e p r e s e n tó lo s c a r a c te r e s n e g a tiv o s d e la p o e s ía d e e n t o n ­
ces. Se le p u e d e d e f in ir — a su a p a r ic ió n — p o r lo q u e n o fu é. N in g u n a
a firm a c ió n a lc a n z a a r e tr a t a r lo m e jo r . N o s u rg ió a la lit e r a tu r a c o m o
30 Amanta
u n a c o m p o n e n d a c o n el g u s to a m b ie n te sin o , al c o n tra rio . P e r o , es
m e jo r q u e n o s o r d e n e m o s u n p o c o , y a tr u e q u e d e ta n to elo g io , h a g a ­
m o s el b a la n c e :
E g u re n n o fu é p o e t a c rio llista ,
N o fu é a m e r ic a n is ta ;
N o h iz o v e r s o s c o n m e m o r a tiv o s ;
N o fu é p o e ta u n iv e rs ita r io ;
N o fu é p o e ta d e a r r e b a to s lú b r ic o s ;
N o fu é lu n á tic o .
F u é in f a n til y p u r o ; e x tra u n iv e r s ita r io e in te m p o r a l, p o r lo m is ­
m o s o r p r e n d e m á s. D ió a l a r te c a te g o r ía e s té tic a sin p r e te n d e r lo .
L e f a ltó v ita liz a r, se g ú n d o g m a , su e s tro fa . A c a m b io d e v ita liz a c ió n
e n el s e n tid o d e d e s g a r r a m ie n to , le d ió la v ita lid a d d e la n iñ e z . P a r a
él y p a r a su v e rso , la v id a se q u e d a en lo s sie te a ñ o s . D e a h í q u e es
im p o s ib le d e d u c ir q u e se a p a r t a d e la v id a . L o n a tu r a l es te r m in a l
e n q u e se a p a r t a d e la m a d u re z .
E g u re n se p r e s e n ta a la lite r a tu r a c o m o u n p o e t a n iñ o . Si te rm i-
m in a así, c o r r e el p e lig r o d e u n a in fa n c ia d e m a s ia d o p r o lo n g a d a . E s
u n a n iñ e z n o tr a v ie s a sin o c o n te m p la tiv a : la h is to ria d e l q u e e s c u c h a
c u e n to s y v u e la c o m e ta s sin fija rs e en lo s p a n d o r g o s r iv a le s q u e c a b e ­
c e a n , la c u c h illa p r e s ta . “ J u a n V o la t ín ” a p a r e c ió c o m o u n r e p r o c h e
al u n iv e rs ita r is m o d e l a r te d e e n to n c e s . T o d o el g r u p o c o e tá n e o a d o le -
le c ió d e u n iv e rs ita ris m o . N o d e j a b a n u n a c ita d e N ie tz s c h e y G u y a u p o r
n a d a d e l m u n d o . L a “ c u ltu r a ” se a ir e a b a a fu e r z a d e p a s e a r la p o r
lo s p e r ió d ic o s . P o c o s c o n s e n tía n p a s e a r la en silen c io . Y e s te E g u re n
a p a r e c ió sin a p a r a t o c u ltu ra l. S u s a u to r e s p r e d ile c to s e r a n el D u q u e
N u ez, P e r e g r in C a z a d o r d e F ig u ra s . E n tr e su s p r o ta g o n is ta s fig u ­
r a b a n h a d a s m a d rin a s . M ie n tr a s t o d a v í a se d is c u tía la e s ta tu a d e B o-
lo g n e si, el B o lo g n e s í d e E g u re n se lla m a b a J u a n V o la tín . U n o d e I03
a p ó s to le s d e su h u m a n id a d fu é P e r r a u lt. E n tr e R o u s s e a u y P e r r a u lt, n o
titu b e ó n u n c a .
M ie n tr a s lo s e s c r ito r e s a c u d ía n a d e s c r ib ir lo s tr a je s d e lo s in v i­
ta d o s al b a ile d e M is te r R o o t, la r e c e p c ió n en h o n o r d e S á e n z P e ñ a ,
el b a n q u e te a l C o m is a rio R e g io M e n é n d e z P id a l, él se a d i e s t r a b a — •
m á s p r á c tic o a l fin y a l c a b o si se t r a t a b a d e p o m p a , d e fe s te jo , d e a-
n im a c ió n ,— en d e s c r ib ir c ó m o ib a D u q u e N u e z y c o m o se a liñ a b a la
P rin c e s a Ilu sió n .. N in g ú n to c a d o se c o m p a r ó al d e sus a m ig o s. S u C lu b
N a c io n a l e s ta b a m á s c o n c u r r id o q u e c u a lq u ie r o tro . E l te n ía e s c a lin a ­
ta s a m p lia s , e s p e jo s d e m a r c o d o r a d o , p a je s , to d o , a l só lo a n t o jo d e
su v o z . F u é u n a a p a r ic ió n f a s tu o s a y u n a v id a p r ó d ig a la d e l p o e ta
E g u re n .
L ó g ic a m e n te lo s d e m á s c o n c ib ie ro n e n v id ia p o r e s te P o e ta ta n
s u n tu o s a m e n te a c o m p a ñ a d o . E n to n c e s le h ic ie r o n la r e v o lu c ió n f r a n c e ­
sa, c o n d is c u rs o s s o n o r o s y f o r m a r o n su c lu b d e ja c o b in o s . L a c o n s e ­
c u e n c ia , r e p itie n d o la h is to ria , fu é el d e r r o c a m ie n to d e l D u q u e N u ez,
p e r o q u e d ó su d u e ñ o m ir a n d o a b s o r to c o m o se g u illo tin a b a n e n tr e sí
lo s o tro s . D e e n to n c e s a c á h a n q u e d a d o m u c h o s sin c a b e z a . E g u re n
c o n s e r v a t o d a v í a la su y a , y n o se h a h e c h o el a u to d e fe q u e p id ie r o n ,
c o n su s v e rs o s . S i a l c o n tr a r io , lo s e s ta m o s r e e d ita n d o , r e le y e n d o , r e ­
s u c ita n d o ...............
C o m o n o c a n tó e n to n o m a y o r, d ije r o n q u e n o se le o ía . E l o tr o
d ía , u n f o n ó g r a f o t o c a b a " R a m o n a ” y o tr o la “ P a v a n e p o u r u n e in f a n te
d e f u n te ” . N a tu r a lm e n te el v o to m a y o r ita r io , ca si u n á n im e fu é : “ R a -
Amauta 31

m o n a ” . Y es p r o b a b l e q u e a “ R a m o n a ” la s u c e d a c u a lq u ie r “ V a le n ­
c ia ” , m ie n tr a s q u e la " P a v a n e ” t o d a v í a se c r is p a a la s o r d in a p a r a lo s
p o c o s q u e a c u d e n a e s c u c h a r le . N o es m o ti v o s u f ic ie n te p a r a e n t e n ­
d e r la el h a b e r id o a u n c o n c ie r to d e R u iz D ía z . U n a m ig o m e r e f ie r e
q u e s a lie ro n , d e s p u é s d e e s c u c h a r a E ric k S a tie y R a v e l, d o s h o m b r e s
y a e n t r a d o s e n a ñ o s , y el u n o d ijo , m o le s to :
— E s to n o lo e n t ie n d o y o .
— Y o ta m p o c o — r e s p o n d ió el o t r o . . . . p e r o c u á n to d a r í a p o r e n ­
te n d e r lo . . . .
M ie n tr a s s o n a b a n lo s d in a m ita z o s p a r a d e s c u a ja r u n tr o z o de
m o n ta ñ a a n d in a , E g u r e n se e n t r e t e n í a e n f o to g r a f ia r el p a n o r a m a c o n
su m á q u in a m in ia tu r e s c a , d e su e x c lu s iv a in v e n c ió n , t o d o a sí, m in ia d o ,
p ro lijo , a p a r e n t e m e n t e im p e r c e p tib le , p e r o c o n t e n ie n d o t o d a la p e r s ­
p e c tiv a , lo s p e r s o n a je s to d o s , b a j o su a p a r ie n c ia d e ju g u e te .
H iz o d e la p o e s ía ju g u e te , p e r o sin a c r ó s tic o , s is te m a q u e a l g u ­
n o s to m a n p o r ju e g o , c o n f u n d ie n d o la m a j a d e r í a y la m o n o m a n ía c o n
el e n tr e te n im ie n to .
H a n p a s a d o , d e s d e e n to n c e s , m u c h o s 2 d e m a y o , m u c h o s 2 8 d e
ju lio , m u c h o s 12 d e o c tu b r e , m u c h o s 2 5 d e d ic ie m b re , y E g u r e n n o
h a c o n m e m o r a d o t o d a v ía , n i s iq u ie r a la m u e r te d e V a l d e l o m a r a q u ie n
v iv ió ta n lig a d o . P u e d e s e r q u e le o c u r r a n m u c h o s m a le s c r ític o s a
J o s é M a ría , p e r o e s to y s e g u r o d e q u e , p o r lo m e n o s , n a d i e d ir á d e
é l: e s c rib ió u n a n e c r o lo g ía p a r a F u la n o d e T a l, o to m ó p a r t e e n el
c o n c u rso d e v e r s o s a lu s iv o s a la a p e r t u r a d e l C a n a l d e N ic a r a g u a .
T o d a la p u r e z a q u e r e s p ir a b a n su s v e r s o s es la d e u n n iñ o . N o
h a y h e r o ís m o s d e A n to n io t e n t a d o p o r m il m u je r e s tu r b a d o r a s , sin o
p u r e z a d e L u is G o n z a g a . L a s m u je r e s s o n s o m b r a s , c r e a c io n e s in c o r p ó ­
rea s, L ig e ia s c o m o e n P o e . P o c a s v e c e s d ic e “ m u j e r ” , p r e f ie r e e s c r ib ir
“ n iñ a ” . L a d e la “ L a m p a r a a z u l” d e b ió s e r l l a m a d a “ d o n c e lla ” , p e r o
a él n o le g u s ta r e f e r ir s e a la s c u e s tio n e s d e l se x o .
E n su r e ti r o d e B a r r a n c o p u d o e s c r ib ir v e r s o s lu n á tic o s . M u c h o s
lo h ic ie ro n . L a s o la s, el m a r , la s p la y a s , la lu n a , l a t r i s t e z a ............P e r o ,
n o se r e c o n o c e n lo s sitio s d e lo s v e r s o s d e E g u r e n . E s p o c o fá c il r e ­
c o n s tru ir u n a c r o n o lo g í a y u n a to p o g r a f í a d e su s p o e m a s c o m o e n c a s i
to d o s lo s d e m á s . D e v o lv ió al a r t e su c a te g o r ía in te m p o r a l y e x tra s o c ia l.
P a r a m u c h o s n o tie n e o tr a s ig n ific a c ió n q u e la d e p o e ta . S in e m b a r g o ,
y o le e n c u e n tr o la d e r e a c io n a r v i o le n ta m e n t e c o n t r a el m e d io u n iv e r ­
sita rio y a p a t r o n a d o d e su é p o c a . D e a h í q u e , in c o n s c ie n te m e n te , b u s ­
c a ra a p o y o e n el ú n ic o q u e p o d í a e n t e n d e r lo p o r s e r u n d e s a d a p t a d o :
P ra d a . A v e c e s , su s v e r s o s , su s p a l a b r a s , su a c tit u d e s p e c ia lm e n te , tr a e n
a la m e m o r ia el S h e lle y q u e n o s p in ta M a u ro is . V iv e f u e r a d e l tie m ­
p o , d e la h o r a , d e l m in u to . S i a lg u n a c r o n o lo g í a a d m ite es la te o s ó f ic a
de k h arm as.
M u c h o s a c ie r to s r e c u e r d o d e l p o e ta . Q u is ie ra r e c o g e r a lg u q o s . P r e ­
fiero r e p e tir s o lo u n v e r s o d e “ J u a n V o l a t í n ” :

el d u e n d e v i d a v a n a ;

y n o o irle ja m á s e x p lic a r su s v e r s o s , p o r q u e h a y s ím b o lo s y r a z o n e s
q u e só lo el e s p ír itu a d v i e r t e c u a n d o e s tá e n su h o r a . C o m o e s a h o r a
no h a lle g a d o p a r a to d o s , es ju s to q u e t o d a v í a se le n ie g u e . E l c a s o
d e “ R a m o n a ” y la “ P a v a n e p o u r u n e in f a n t e ” .
32 Amaula

ENSAYO SOBRE UNA ESTETICA

DEL COLOR EN LA POESIA DE
EGUREN? p o t Estibafd© Nttñe^.
L c o lo r a d q u ie r e m u c h a s y c a r a c te r ís tic a s p o s ib ilid a d e s en
la p o e s ía d e E g u re n . C o m o q u e el p o e t a n o es a je n o a la
p in tu r a , a la m a n ip u la c ió n d e l m a tiz . P e r o en su p o e s ía ,
E g u re n s ó lo e m p le a lo s c o lo re s n e to s , p u r o s : el az u l, el v e r ­
d e , el r o jo , e tc . E n E g u re n se o b s e r v a el u so a l te r n a d o d e
o s c o lo re s d e la m a te r ia — r o jo , a m a r illo y d e lo s d e l e s p a c io y el
tie m p o , lo s a b s tr a c to s — az u l, v e r d e .— S e o b s e rv a , a s im ism o , u n a tr a n s ­
p o sic ió n . E l r o jo le s irv e p a r a o b je tiv a r e le m e n to s f a n tá s tic o s , c o m o
L O S R E Y E S R O J O S , c o m o r e y c o l o r a d o e n E R O E . L o s a b s tr a c to s
lo s u sa p a r a id e a liz a r la m a te r ia , p a r a f a n ta s e a r s o b r e el o b j e t o ; así, en
la “ O ra c ió n d e la c o m e t a : " : b a y a d e r a a z u l- fla v a . E g u re n , p o r lo d e ­
m á s, p o c o e m p le a el c o lo r c o m o c a r a c te r ís tic a n a tu r a l d e a lg o . S u
c o lo ris m o es in d iv id u a liz a n te ; p r o p o r c io n a c a lid a d p o é tic a al o b je to a
q u e se a p lic a . C a si n u n c a es el p r o p io d e l o b je to , n u n c a es tr iv ia l y c o ­
m ú n . E g u re n m a la b a r iz a c o n el c o lo r. L o s a c a d e d o n d e ló g ic a m e n te
d e b e e s ta r y lo lle v a a d o n d e p o é tic a m e n te q u ie re p o n e r lo .
E l c o lo r “ fa ú s tic o ” — el a z u l— es el q u e m á s p r e d o m in a . Y a G o e ­
th e , en su “ T e o r ía d e lo s c o lo re s ” , h a lla m a d o al a z u l “ u n a n a d a e n ­
c a n t a d o r a ” . N o s d a la s s e n s a c io n e s d e im p re c is ió n , d e ir r e a lid a d , d e l e ­
j a n í a d e in fin itu d . F ra d ic io n a lm e n te se h a u s a d o el a z u l en su s ig n ifi­
c a c ió n d e p u r e z a . T a m b ié n lo u s a a sí e n “ E l P e le le ”

y c a n ta e l a r o m a a z u l v ir g in a l;

P e r o p a r a E g u re n el a z u l tie n e u n sig n ific a d o m á s h o n d o , m e n o s

c o m ú n , tr á g ic o . E l a z u l se v in c u la a la id e a d e m u e rte , d e tr is te z a .
En LA S SEÑ A S:

A llí, s e n t a d a ju n to a l q u in o ,
s e m ir a a z u l y m u e r ta

En SA Y O N A R A :

Y o te n g o u n a a ñ o r a n z a d e u n tr is te c ie lo ,
y d e u n a m u e r ta r o s a e n tu a l m a a z u l

E n V IS IO N E S D E E N E R O :

l a n iñ a a z u la d a q u e n u n c a v o lv ie r a

E n H E S P E R I A a s o c ia el a z u l a la s c ru c e s. E N M A R C H A F U N E ­
B R E se r e f ie r e el p o e t a a la a z u l m e la n c o lía . E n L A S B O D A S V IE N E -
S A S s o n a z u le s la s f lo re s d e in s a n ia .
C u a n d o n o , a z u l s ig n ific a id e a lid a d , v a p o r o s id a d , c o m o e n A N A N -
KE:
Amauta 33

tienes l a f r e n te azul y matutina;

com o en E R O E :

Y nube azulea divinos fanales

E n P E D R O D E A C E R O a z u le a n lo s s u e ñ o s , e n L O S A L C O T A ­
N E S s o n a z u le s la s s o m b r a s . D o n d e a z u l a d q u ie r e a m b o s s ig n ific a d o s
es en el L IE D I:

Los amores
de la chinesca tarde fenecieron
nublados en la música azul

L a s m ir a d a s s o n s u s c e p tib le s d e h a c e r s e m á s a z u le s, m á s h o n d a s ,
el p r e lu d io d e C h o p ín p u e d e lle g a r a s e r ta m b ié n a z u l. ( V I S IO N E S
D E E N E R O ) .----P e r o e n u n o d e lo s m á s g r a n d e s a c ie r to s d e l p o e ta ,
en L A N IÑ A D E L A L A M P A R A A Z U L , es d o n d e el a z u l v e r d a d e ­
r a m e n te d e v ie n e el d e lic a d o to n o d e “ n a d a e n c a n t a d o r a ” , d e v a g u e ­
d a d , d e im p re c is ió n . Y a n o es el g ir o p a r tic u la r , sin o e l p o e m a t o ­
do.
E l v e r d e — o tr o c a lo r f á u s tic o ” — e n t r a ñ a c ie r to r e lie v e d e m is te ­
rio so , d e s o b r e n a tu r a l. A s í d ic e e n L A D A M A I:

Va en su góndola encantada
de papel a la misa
verde de la mañana.

E L D IO S C A N S A D O :

Plomizo, carminado
y con la barba verde.

D a lo s c o lo r e s “ a n tig u o s ” — r o jo , a m a r illo — , c o m o lo s lla m a

S p e n g le r, el r o jo tie n e s ig n ific a tiv a im p o r ta n c ia e n la p o e s ía d e E g u -
ren . E l r o jo e s el c o lo r a n im a l, d e l a m u ltitu d , d e la s a n g re , d e la v i d a
a g ita d a . Y a h e m o s v is to c ó m o E g u r e n e m p le a el r o jo p a r a o b je tiv a r
sus id e a liz a c io n e s , su s reyes e x tr a ñ o s . E n S Y H N A LA B L A N C A ;

mudos rojos
cierran la ventana

E n D IO S A A M B A R I N A , lo s v a m p ir o s

con signos rojos,

la miran con sus tristes ojos.

E n H E S P E R I A , la s l á m p a r a s d e la a b a d í a s ig u e n
 34 Amauta
con las cruces a z u le s
y pensamientos rojos

En EL D O LO R DE LA N O C H E:

¡ El coro que sube remoto a los cielos

será de la muerte la roja palabra,

E l r o jo n o lo e m p le a n u n c a E g u re n p a r a r e s a lta r la m a te r ia . El
rojo es p a r a e s ta b le c e r la im p r e s ió n d e a m e n a z a , p a r a d a r la s e n s a ­
ción d e m ie d o . E g u re n n o tr a t a d e r e f le ja r n o s lo c r u d o sin o d e d a r ­
nos la e m o c ió n d e lic a d a .
El “d o r a d o ”, q u e se g ú n S p e n g le r, es u n c o lo r m á g ic o , n e t a m e n ­
te á r a b e , o f re c e m a n if e s ta c io n e s o rig in a le s. E l d o r a d o v a m á s a llá d e
todo c o lo rid o n a tu ra l, h a c ia el m is te rio . T o d o s lo s p e r s o n a je s d e E g u ­
ren s o n e x ó tic o s, d e a llí q u e s e a n b lo n d o s , d o r a d o s , m is te rio s o s c o m o
lo s p e r s o n a je s g e r m á n ic o s d e L A S B O D A S V 1 E N E S A S , c o m o la blon­
da de ojos morados d e L IS , c o m o la b lo n d a indostana d e A V A T A R A ,
como los duendes rubios d e V IS IO N E S D E E N E R O .
P o r m is te rio s o s y fa n tá s tic o s so n d o r a d o s lo s in se c to s, d e c r e a ­
ción ta n p r o p ia y o rig in a l d e E g u re n , a ú n en su p in tu r a :

Con dardos agudos,

la siguen armados
cuadrillas, montones
de insectos dorados;
(Juan Volatín)

Y ta m b ié n E L D O M IN O q u e

en la luz olvida manjares dorados;

Q u e d a , p o r ú ltim o , el b la n c o q u e, c o n se r la n e g a c ió n d e to d o
color, u n n o c o lo r, lo c o n s id e r a m o s , a p e s a r d e to d o , ta m b ié n e n tr e
los d e m á s . R e p r e s e n ta la s s e n s a c io n e s m á s d isím ile s, p o r q u e si es b l a n ­
ca la tu m b a ( e n L A S S E Ñ A S ) y e x iste u n a muerte blanquecina ( e n
LOS A N G E L E S T R A N Q U I L O S ) , e n C A S A V E T U S T A

Por doquiera nos dicen

las luces blancas,
el amor misterioso,
feliz que guardan.

Y n o h a c e f a lta d e c irlo . E l c o lo ris m o p o é tic o d e E g u re n es u n o

de sus ra s g o s m á s g e n ia le s y u n o d e lo s h a lla z g o s q u e m á s p r o n to h a c e
el le c to r a te n to . P o r q u e la p o e s ía d e E g u re n es u n a p o e s ía m á g ic a , de
in tu ic io n e s, d e ilu sio n es, d e s o rp re s a s .
L im a y fe b r e r o .
ftm&uta 35

C O N T R IB U C IO N DE L A C R ITIC A
DE EG U R E N , por José Carlos Ma-
ríátegiíi.
O S E M a r ía E g u re n r e p r e s e n ta en n u e s tr a h is to ria lite r a r ia
ia p o e s ía p u r a . E s te c o n c e p to n o tie n e n in g u n a a f in id a d
c o n la te sis d e l A b a t e B re m o n d . Q u ie r e s im p le m e n te e x ­
p r e s a r q u e la p o e s ía d e E g u re n se d is tin g u e d e la m ayor
p a r te d e la p o e s ía p e r u a n a e n q u e n o p r e te n d e s e r h is to ria ,
ni filo so fía ni a p o lo g é tic a sin o e x c lu s iv a y s o la m e n te p o e s ía .
L o s p o e ta s d e la R e p ú b lic a n o h e r e d a r o n d e lo s p o e t a s d e la C o ­
lonia la a fic ió n a la p o e s ía te o ló g ic a — m a l l la m a d a r e lig io s a o m ís ti­
ca— p e ro sí h e r e d a r o n la a fic ió n a la p o e s ía c o r te s a n a y d itirá m b ic a .
El p a r n a s o p e r u a n o se e n g r o s ó b a jo la R e p ú b lic a c o n n u e v a s o d a s ,
m agras u n a s, h in c h a d a s o tra s . L o s p o e t a s p e d í a n u n p u n to d e a p o y o
p ara m o v e r el m u n d o , p e r o e s te p u n to d e a p o y o e r a s ie m p r e u n e v e n ­
to, u n p e r s o n a je . L a p o e s ía se p r e s e n ta b a , p o r c o n s ig u ie n te , s u b o r d i­
n ad a a la c r o n o lo g ía . O d a s a lo s h é r o e s o h e c h o s d e A m é r ic a c u a n d o
no a lo s r e y e s d e E s p a ñ a , c o n s titu ía n lo s m á s a lto s m o n u m e n to s d e
esta p o e s ía d e e f e m é r id e s o d e c e r e m o n ia q u e n o e n c e r r a b a la e m o ­
ción d e u n a é p o c a o d e u n a g e s ta sin o a p e n a s d e u n a fe c h a . L a p o e s ía
satírica e s ta b a ta m b ié n , p o r r a z ó n d e su o ficio , d e m a s ia d o e n c a d e n a d a
al e v e n to , a la c ró n ic a .
E n o tr o s c a so s, lo s p o e t a s c u ltiv a b a n el p o e m a filo só fic o q u e g e ­
n e ra lm e n te n o es p o e s ía ni es filo s o fía . L a p o e s ía d e g e n e r a b a en un
ejercicio d e d e c la m a c ió n m e ta fís ic a .
E l a r te d e E g u re n es la r e a c c ió n c o n t r a e s te a r te g á r r u lo y r e tó r i­
co, ca si í n te g r a m e n te c o m p u e s to d e e le m e n to s te m p o r a le s y c o n t in ­
gentes. E g u re n se c o m p o r t a s ie m p r e c o m o u n p o e t a p u ro . N o e s c rib e
un so lo v e r s o d e o c a sió n , u n so lo c a n to s o b r e m e d id a . N o se p r e o c u ­
pa d e l g u s to d e l p ú b lic o ni d e la c r ític a . N o c a n ta a E s p a ñ a , n i a A l ­
fonso X III, ni a S a n ta R o s a d e L im a . N o r e c ita s iq u ie r a su s v e r s o s e n v e ­
ladas ni fie sta s. E s u n p o e t a q u e e n su s v e r s o s d ic e a lo s h o m b r e s ú n i­
cam en te su m e n s a je d iv in o .
¿ C ó m o s a lv a e s te p o e t a su p e r s o n a lid a d ? ¿ C ó m o e n c u e n tr a y
afina e n e s ta tu r b ia a tm ó s f e r a lit e r a r ia su s m e d io s d e e x p r e s ió n ? E n ­
rique B u s ta m a n te y B a lliv ia n q u e lo c o n o c e ín ti m a m e n te nos h a da-
d ado u n in te r e s a n te e s q u e m a d e su f o rm a c ió n a r tí s tic a : “ D o s h a n si­
do lo s m á s im p o r ta n te s f a c to r e s e n la f o rm a c ió n d e l p o e t a d o ta d o d e
riquísim o te m p e r a m e n to : la s im p r e s io n e s c .i» jg e s tr e s r e c ib id a s en su
infancia en “ C h u q u i ta n t a " , h a c ie n d a d e s .ilia en la s in m e d ia c io ­
nes d e L im a , y la s le c tu r a s q u e d e s d e su n iñ e z le h ic ie ra d e lo s c lá si­
cos e s p a ñ o le s su h e r m a n o J o r g e . D ié r o n le la s p r im e r a s n o so lo el p a i­
saje q u e d á f o n d o a m u c h o s d e sus p o e m a s , sin o el p r o f u n d o s e n ti­
m iento d e la N a tu r a le z a e x p r e s a d o e n s ím b o lo s c o m o lo s ie n te la g e n ­
te d e l c a m p o q u e lo a n im a c o n le y e n d a s y c o n s e ja s y lo p u e b la de
d u en d es y b r u ja s , m o n s tr u o s y tra s g o s . D e a q u e lla s c lá sic a s le c tu ra s ,
hechas c o n c u lto c r ite r io y p o n d e r a d o b u e n g u s to , s a c ó la a fic ió n lite ­
raria, la r iq u e z a d e lé x ic o y c ie r to s g iro s a r c a ic o s q u e d a n s a b o r p e c u ­
liar a su m u y m o d e r n a p o e s ía . D e su h o g a r , p r o f u n d a m e n t e c r is tia n o
y m ís tic o , d e r e c ia m o r a l id a d c e r r a d a , o b tu v o la p u r e z a d e a lm a y la
3ó Amauta
te n d e n c ia a l e n s u e ñ o . P u e d e a g r e g a r s e q u e e n él, p o r su h e r m a n a S u ­
sa n a , b u e n a p ia n is ta y c a n ta n te , o b tu v o la a fic ió n m u s ic a l q u e e s t e n ­
d e n c ia d e m u c h o s d e su s v e rs o s . E n c u a n to a l c o lo r y a la r iq u e z a
p lá s tic a , n o se d e b e o lv id a r q u e E g u re n es u n b u e n p in to r ( a u n q u e n o
lle g u e a su a ltu r a d e p o e t a ) y q u e c o m e n z ó a p in ta r a n te s d e e s c rib ir.
H a n o ta d o a lg ú n c r ític o q u e E g u re n e s u n p o e t a d e la in f a n c ia y q u e
a llí e s tá su v ir tu d p r in c ip a l. E llo s e g u r a m e n te h a d e te n e r o rig e n
( a u n q u e d is c re p e m o s d e la o p in ió n d e l c r ític o ) e n q u e lo s p r im e ro s
v e r s o s d e l p o e t a f u e r o n e s c rito s p a r a sus s o b r in a s y q u e s o n c u a d r o s
d e la in f a n c ia e n q u e e lla s f ig u r a n ” ( 1 ) .
E n c u e n tr o e x c e s iv o o, m á s b ie n , im p re c is o , c a lif ic a r a E g u re n d e
p o e t a d e la in fa n c ia . P e r o m e p a r e c e e v id e n te su c a lid a d e s e n c ia l d e
p o e t a d e e s p íritu y s e n s ib ilid a d in fa n tile s . T o d a su p o e s ía es u n a v e r ­
s ió n e n c a n t a d a y a lu c in a d a d e la v id a . S u s im b o lis m o v ie n e , a n t e to d o ,
d e su s im p r e s io n e s d e n iñ o . N o d e p e n d e d e in flu e n c ia s n i d e s u g e s tio n e s
lite ra ria s . T ie n e su s r a íc e s e n la p r o p ia a lm a d e l p o e ta . L a p o e s ía d e
E g u re n es la p r o lo n g a c ió n d e su in fa n c ia . E g u re n c o n s e r v a í n te g r a m e n ­
te e n su s v e r s o s l a in g e n u id a d y la “ r e v e r ie ” d e l n iñ o . P o r e s o su p o e ­
s ía es u n a v isió n ta n v ir g in a l d e la s c o s a s. E n su s o jo s d e s lu m b r a d o s
d e in f a n te , e s tá la e x p lic a c ió n t o t a l d e l m ila g r o .
E s te r a s g o d e a r te d e E g u re n no a p a rece s o lo e n la s q u e e s ­
p e c íf ic a m e n te p u e d e n s e r c la s ific a d a s c o m o p o e s ía s d e te m a in f a n til, es-
E g u re n e x p r e s a s ie m p r e la s c o s a s y la N a tu r a le z a c o n im á g e n e s q u e o ”
e s fá c il id e n tif ic a r y r e c o n o c e r c o m o e s c a p a d a s d e su s u b c o n c ie n c ia o
d e n iñ o . L a p lá s tic a im a g e n d e u n “ r e y c o l o r a d o d e b a r b a d e a c e r o ”
— u n a d e la s n o ta s p r e c io s a s d e “ E r o e ” p o e s ía d e m ú s ic a r u b e n d a r ia n a
— n o p u e d e s e r e n c o n tr a d a sin o p o r la im a g in a c ió n d e u n in f a n te . “ L o s
r e y e s r o jo s ” , u n a d e la s m á s b e lla s c r e a c io n e s d e l s im b o lis m o d e E g u ­
re n , a c u s a a n á lo g o o r ig e n e n su b iz a r r a c o m p o s ic ió n d e c a lc o m a n ía :

“ Desde la a u ro ra
com baten dos rey e s rojos,
con la n za de oro.

P o r verde bosque
y en los p u rp u rin o s cerros
v ib ra su ceño.

F alcones rey e s
b a ta lla n en le jan ías
de oro azulinas.

P o r la luz cadmio,
a ira d a s se v en p eq u eñ as
sus fo rm as negras.

V iene la noche
y firm es com baten foscos
los rey e s ro jo s” .

N a c e ta m b ié n d e e s te e n c a n ta m ie n to d e l a lm a d e E g u re n su g u s ­
to p o r lo m a r a v illo s o y lo fa b u lo s o . S u m u n d o e s el m u n d o in d e s c if r a b le
y a la d in e s c o d e l a “ n iñ a d e ¡a lá m p a r a a z u l” . C o n E g u re n a p a r e c e p o r
Ar.iaiua 37
p r im e r a v e z e n n u e s tr a lit e r a tu r a la p o e s ía d e lo m a ra v illo s o . U n o d e
lo s e le m e n to s y d e la s c a r a c te r ís tic a s d e e s ta p o e s ía es el e x o tis m o .
‘ S im b ó lic a s ’’ tie n e u n f o n d o d e m ito lo g ía e s c a n d in a v a y d e m e d io e v o
g e rm a n o . L o s m ito s h e le n o s n o a s o m a n n u n c a e n el p a is a je w a g n e r ia n o
y g ro te s c o d e sus c r o m o s s in te tis ta s .

E g u re n n o tie n e a s c e n d ie n te s e n la lit e r a tu r a p e r u a n a . N o lo s tie n e

ta m p o c o e n la p r o p ia p o e s ía e s p a ñ o la . B u s ta m a n te y B a lliv iá n a f ir m a
q u e G o n z á le z P r a d a n o e n c o n tr a b a e n n in g u n a lit e r a tu r a o r ig e n al
sim b o lis m o d e E g u r e n ” . T a m b ié n y o r e c u e r d o h a b e r o íd o a G o n z á le z
P r a d a m á s o m e n o s la s m is m a s p a la b r a s .
C la sific o a E g u r e n e n t r e lo s p r e c u r s o r e s d e l p e r ío d o c o s m o p o lita
d e n u e s tra lite r a tu r a . E g u re n ----h e d ic h o y a — a c lim a ta e n u n c lim a p o c o
p ro p ic io la flo r p r e c io s a y p á l id a d e l s im b o lis m o . P e r o e s to n o q u ie re
d e c ir q u e y o c o m p a r ta , p o r e je m p lo , la o p in ió n d e lo s q u e s u p o n e n en
E g u re n in flu e n c ia s v iv a m e n te p e r c e p tib le s d e l s im b o lis m o fra n c é s . P ie n ­
so, p o r el c o n tr a r io , q u e e s ta o p in ió n es e q u iv o c a d a . E l s im b o lis m o
fra n c é s n o n o s d á la c la v e d e l a r te d e E g u re n . S e p r e te n d e q u e e n E g u ­
re n h a y tr a z a s e s p e c ia le s d e la in f lu e n c ia d e R im b a u d . M a s el g r a n R im ­
b a u d e ra , te m p e r a m e n ta lm e n te , la a n títe s is d e E g u re n . N ie tz s c h e a n o , a-
g ó n ic o , R im b a u d h a b r í a e x c la m a d o c o m o el G u ille n d e D e u c a lió n : “ Y o
h e d e a y u d a r a l D ia b lo a c o n q u is ta r el c ie lo ” . A n d r é R o u v e y r e lo d e ­
c la ra “ el p r o to tip o d e l s a rc a s m o d e m o n ia c o y d e l b la s f e m o d e s p r e c ia n ­
te ’ . M ilite d e la C o m u n a , R i m b a u d t e n í a u n a s ic o lo g ía d e a v e n tu r e r o
y d e re v o lu c io n a r io . “ H a y q u e se r a b s o lu ta m e n te m o d e r n o ” — r e p e t í a .—
Y p a r a s e rlo d e jó a lo s v e in tid ó s a ñ o s la lit e r a tu r a y P a r ís . A s e r p o e t a
e n P a rís p re f ir ió se r “ p io n n ie r ” e n A fric a . S u v ita lid a d e x c e s iv a n o se
r e s ig n a b a a u n a b o h e m ia c ita d in a y d e c a d e n te , m á s o m e n o s v e r le n ia n a .
R im b a u d , en u n a p a la b r a , e r a u n á n g e l r e b e ld e . E g u re n , e n c a m b io , se
n o s m u e s tr a s ie m p r e e x e n to d e s a ta n is m o . S u s to r m e n ta s , su s p e s a d illa s
s o n e n c a n ta d a e in f a n tilm e n te fe é ric a s. E g u re n e n c u e n tr a p o c a s v e c e s
su a c e n to y su a lm a ta n c r is ta lin a m e n te c o m o e n “ L o s A n g e le s T r a n ­
q u ilo s” :

“P asó el vendaba!; ahora

con perlas y berilos,
c a n ta n la soledad a u ro ra
los ángeles tra n q u ilo s” .

E l p o e t a d e “ S im b ó lic a s ” y d e “ L a C a n c ió n d e la s fig u ra s ” r e p r e ­
se n ta, en n u e s tra p o e s ía e l s im b o lis m o ; p e r o n o u n sim b o lis m o . Y m u ­
ch o m e n o s u n a e s c u e la s im b o lis ta . Q u e n a d ie le r e g a te e o r ig in a lid a d .
N o es líc ito r e g a te a r l a a q u ie n h a e s c rito v e r s o s ta n a b s o lu ta y r ig u r o s a ­
m e n te o rig in a le s.
P r o b a b le m e n te n o se e n g a ñ a b a . E l d e c a d e n tis m o , el p re c io s is m o , el b i-
z a n tin is m o d e su a r te s o n lo s d e l P a r ís f in is e c u la r y v e r le n ia n o d e l c u a l
el p o e ta se sin tió h u é s p e d y a m a n te . S u b a r c a , “ p r o v e n ía d e l d iv in o a s­
tille ro d e l d iv in o W a t t e a u ” . Y el g a lic is m o d e su e s p ír itu e n g e n d r a b a e l
g a lic ism o d e su le n g u a je . E g u re n n o p r e s e n ta el u n o n i el o tro . N i s iq u ie ­
r a su e s tilo se r e s ie n te d e a f r a n c e s a m ie n to ( 2 ) . S u f o r m a es e s p a ñ o la ;
n o es fra n c e s a . E s f r e c u e n te y e s s ó lito e n su s v e rs o s , c o m o lo r e m a r c a
B u s ta m a n te y B a lliv iá n , e l g iro a rc a ic o . E n n u e s tr a lite r a tu r a , E g u re n
38 Amauta
es u n o d e lo s q u e r e p r e s e n ta n la r e a c c ió n c o n t r a el e s p a ñ o lis m o p o r q u e ,
h a s ta su o r to , el e s p a ñ o lis m o e r a t o d a v í a r e to r ic is m o b a r r o c o o r o m a n ­
tic ism o g r a n d ilo c u e n te . E g u e r e n en t o d o c a so , n o es c o m o R u b é n D a ­
río , u n e n a m o r a d o d e la F r a n c ia d e l sig lo d ie c io c h o y ro c o c ó . S u e s p í­
r itu d e s c ie n d e d e l M e d io e v o , m a s b ie n q u e d e l S e te c ie n to s . Y o lo h a llo
h a s ta m á s g ó tic o q u e la tin o . Y a h e a l u d id o a su p r e d ile c c ió n p o r lo s m i­
to s e s c a n d in a v o s y g e rm á n ic o s . C o n s ta ta r é a h o r a q u e e n a lg u n a s d e su s
p r im e r a s c o m p o s ic io n e s , d e a c e n to y g u sto u n p o c o r u b e n d a r ia n o s , c o m o
“ L a s B o d a s V ie n e s a s ” y “ L is” , la im a g in a c ió n d e E g u r e n abandona
e ie m p r e el m u n d o d ie c io c h e s c o p a r a p a r ti r e n b u s c a d e u n c o lo r o u n a
n o ta m e d io e v a le s :

“ Com ienzan am biguas

añosas m arquesas
sus danzas an tig u as
y sus polonesas.

Y llegan arqu ero s

de largos bigotes
y evitan los íie ro s
de los m onigotes” .

M e p a r e c e q u e a lg u n o s e le m e n to s d e su p o e s ía ----la t e r n u r a y ef
c a n d o r d e la f a n ta s ía v e r b ig r a t ia ----e m p a r e n ta n v a g a m e n te a v e c e s a
E g u re n c o n M a e te rlin c k ----el M a e te r lin c k d e lo s b u e n o s tie m p o s . P e r o
e s ta in d e c is a a f in i d a d n o r e v e la p r e c is a m e n te u n a in f lu e n c ia m a e te r lin c -
k ia n a . D e p e n d e m á s b ie n d e q u e la p o e s ía d e E g u re n , p o r la s r u ta s d e
lo m a ra v illo s o , p o r lo s c a m in o s d e l su e ñ o , to c a el m is te rio . M a s E g u ­
r e n in te r p r e ta el m is te r io c o n la in o c e n c ia d e u n n iñ o a lu c in a d o y v i­
d e n te . Y en M a e te rlin c k el m is te r io es c o n fre c u e n c ia u n p r o d u c to d e a l ­
q u im ia lite r a r ia .
O b j e t a n d o su g a lic ism o , a n a liz a n d o su s im b o lis m o , se a b r e d e im ­
p r o v is o f e é r ic a m e n te , c o m o e n u n e n c a n ta m ie n to , la p u e r ta s e c r e ta d e
u n a in te r p r e ta c ió n g e n e a ló g ic a d e l e s p íritu y d e l t e m p e r a m e n to d e J o ­
sé M . E g u re n .

E g u re n d e s c ie n d e d e l M e d io E v o . E s u n e c o p u r o ----e x t r a v i a d o
e n el tr ó p ic o a m e r ic a n o — d e l O c c id e n te m e d io e v a l. N o p r o c e d e d e la
E s p a ñ a m o r is c a sin o d e la E s p a ñ a g ó tic a . N o tie n e n a d a d e á r a b e en
su t e m p e r a m e n to ni en su e s p íritu . N i s iq u ie r a tie n e m u c h o d e la tin o .
S u s g u s to s s o n u n p o c o n ó r d ic o s . P á lid o p e r s o n a je d e V a n D y c k , su p o e ­
s ía se p u e b l a a v e c e s d e im á g e n e s y re m in is c e n c ia s f la m e n c a s y g e r m a ­
n a s. E n F r a n c ia el c la sic ism o le r e p r o c h a r í a su f a lt a d e o r d e n y c l a r id a d
la tn a s . M a u r r a s lo h a l la r ía d e m a s ia d o tu d e s c o y c a ó tic o . P o r q u e E g u r e n
n o p r o c e d e d e la E u r o p a r e n a c e n tis ta o ro c o c ó . P r o c e d e e s p ir i tu a l m e n ­
te d e la e d a d d e la s c r u z a d a s y la s c a te d r a le s . S u f a n ta s ía b iz a r r a tie n e
u n p a r e n te s c o c a r a c te r ís tic o c o n la d e lo s d e c o r a d o r e s d e la s c a te d r a le s
g ó tic a s e n su a f ic ió n a lo g r o te s c o . E l g e n io in f a n til d e E g u re n se d iv ie r ­
t e e n lo g r o te s c o , f in a m e n te e s tiliz a d o c o n g e s to p r e n a c e n t is ta :
Amaula 39

“ Dos in ía n te s oblongos deliran

y al cielo le v an ta n sus ráp id a s m anos
y dos ru b ias g ig an tes suspiran
y el coro p relu d ian cretin o s ancianos” .

“ Y al dulzor de virgíneas cam elias

va en pos del co rtejo la b an d a m acrovia
y rígidas, fu e rte s, las tía s A delias,
y luego cojeando, cojeando la novia” .

( “ L a s B o d a s V ie n e s a s ” )

A la som bra de los estucos

llegan viejos y zancos,
en su m am elucos
los vam piros blancos” .

( “ D io s a A m b a r in a ” )

“ Los m ag n ates p ostradores

aduladores
al suelo el penacho inclinan
los corvados, los bisiestos
dan sus gestos, sus gestos, sus gestos
y la tu rb a m elenuda
esto rn u d a, esto rn u d a, e sto rn u d a” .

( “ El D uque” )

E n E g u re n su b siste , m u s tia d o p o r lo s sig lo s, el e s p íritu a r is t o c r á ­

tic o . S a b e m o s q u e en el P e r ú la a r is to c r a c ia c o lo n ia l se tr a n s f o r m ó en
b u r g u e s ía r e p u b lic a n a . E l a n tig u o “ e n c o m e n d e r o ” r e e m p la z ó f o r m a l­
m e n te sus p r in c ip io s f e u d a le s y a r is to c r á tic o s p o r lo s p r in c ip io s d e m o -
b u rg u e s e s d e la r e v o lu c ió n lib e r ta d o r a . E s te se n c illo c a m b io le p e r m itió
c o n s e r v a r sus p r iv ile g io s d e e n c o m e n d e r o y la tif u n d is ta . P o r e s ta m e ­
ta m o rfo sis, a sí c o m o n o tu v im o s b a j o el V ir r e in a to u n a a u té n tic a a-
ris to c ra c ia , n o tu v im o s ta m p o c o b a j o la r e p ú b lic a u n a a u té n tic a b u r ­
g u e sía . E g u re n — el c a so te n ía q u e d a r s e e n u n p o e t a — es ta lv e z el ú-
n ic o d e s c e n d ie n te d e la g e n u in a E u r o p a m e d io e v a l y g ó tic a . B iz n ie to
d e la E s p a ñ a a v e n tu r e r a q u e d e s c u b r ió A m é r ic a , E g u re n se s a tu r a e n la
h a c ie n d a c o s te ñ a en el s o la r n a tiv o , d e a n c ia n o s a r o m a s d e le y e n d a
S u sig lo y su m e d io n o s o f o c a n e n él d e l to d o el a lm a m e d io e v a l.
( E n E s p a ñ a , E g u re n h a b r í a a m a d o c o m o V a lle In c lá n lo s h é r o e s y lo s
h e c h o s d e la s g u e r r a s c a r lis ta s ) . N o n a c e c r u z a d o — es d e m a s ia d o ta r d e
p a r a se rlo — , p e r o n a c e p o e ta . L a a fic ió n d e su r a z a a la a v e n tu r a se
s a lv a en la g o le ta c o r s a r ia d e su im a g in a c ió n . C o m o n o le es d a d o te n e r
el a lm a a v e n tu r e r a , tie n e a l m e n o s a v e n tu r e r a la f a n ta s ía .
N a c id a m e d io sig lo a n te s , la p o e s ía d e E g u re n h a b r í a s id o ro ­
m á n tic a ( 3 ) , a u n q u e n o p o r e s to d e m é r ito m e n o s im p e r e c e d e r o . N a c i­
d o b a jo el sig n o d e ía d e c a d e n c i a n o v e c e n tis ta , te n ía q u e s e r s im b o lis ­
ta . ( M a u r ra s n o se e n g a ñ a c u a n d o m ir a e n el s im b o lis m o la c o la d e la
40 Amauta
c o la d e l r o m a n tic is m o ) . E g u re n h a b í a n e c e s ita d o s ie m p r e e v a d ir s e d e
su é p o c a , d e la r e a lid a d . E l a r te e s u n a e v a s ió n c u a n d o el a r ti s ta n o
p u e d e a c e p t a r n i tr a d u c ir la é p o c a y la r e a lid a d q u e le to c a n . D e e s to s
a r tis ta s h a n s id o e n n u e s tr a A m é r ic a — d e n t r o d e su s te m p e r a m e n to s
y su s tie m p o s d is ím ile s ----J o s é A s u n c ió n S ilv a y J u lio H e r r e r a y R e is-
sig.
E sto s a r tis ta s m a d u r a n y flo re c e n e x tr a ñ o s y c o n tr a r io s a l p e n o s o
y á s p e r o tr a b a jo d e c r e c im ie n to d e su s p u e b lo s . C o m o d ir ía j o r g e L u is
B o rg e s, so n a r tis ta s d e u n a c u ltu r a , n o d e u n a e s tirp e . P e r o s o n q u iz á
lo s ú n ic o s a r tis ta s q u e , e n c ie r to s p e r ío d o s d e su h is to ria , p u e d e p o ­
s e e r u n p u e b lo , p u e d e p r o d u c ir u n a e s tirp e . V a le r io B ru ssio w , A le ­
ja n d r o B lo ck , s im b o lis ta s y a r is tó c r a ta s ta m b ié n , r e p r e s e n ta r o n e n lo s
a ñ o s a n te r io r e s a la r e v o lu c ió n , la p o e s ía ru sa . V e n id a la r e v o lu c ió n ,
lo s d o s d e s c e n d ie r o n d e su to r r e s o la rie g a a l á g o r a e n s a n g r e n ta d a y
te m p e s tu o s a .
E g u re n , en el P e rú , n o c o m p r e n d e n i c o n o c e a l p u e b lo . I g n o r a a l
in d io , le ja n o d e su h is to ria y e x tr a ñ o a su e n ig m a . E s d e m a s i a d o o c-
c c id e n ta l y e x t r a n je r o e s p ir itu a lm e n te p a r a a s im ila r el o r ie n ta lis m o
in d íg e n a . P e r o , ig u a lm e n te , E g u re n n o c o m p r e n d e n i c o n o c e t a m p o ­
c o la c iv iliz a c ió n c a p ita lis ta , b u r g u e s a , o c c id e n ta l. D e e s ta c iv iliz a c ió n ,
le in te r e s a y le e n c a n ta ú n ic a m e n te , la c o lo s a l ju g u e te r ía . E g u r e n se
p u e d e s u p o n e r m o d e r n o p o r q u e a d m ir a el a v ió n , el s u b m a rin o , el a u t o ­
m ó v il. M a s e n el a v ió n , e n el a u to m ó v il, e tc ., a d m ir a n o la m á q u in a
sin o el ju g u e te . E l ju g u e te f a n tá s tic o q u e el h o m b r e h a c o n s tr u id o p a r a
a t r a v e s a r lo s m a r e s y lo s c o n tin e n te s . E g u r e n v é a l h o m b r e ju g a r c o n
la m á q u in a ; n o v é , c o m o R a b in d r a n a th T a g o r e , a la m á q u in a e s c la ­
v iz a r a l h o m b r e .
L a c o s ta m ó r b id a , b la n d a , p a r d a , lo h a a is la d o ta lv e z d e la h is­
to r ia d e la g e n te p e r u a n a s . Q u iz á la s ie rr a lo h a b r í a h e c h o d if e r e n te .
U n a n a tu r a le z a in c o lo r a y m o n ó to n a es r e s p o n s a b le , e n to d o c a s o , d e
q u e su p o e s ía s e a a lg o a sí c o m o u n a p o e s ía d e c á m a r a . P o e s ía d e e s ­
ta n c ia y d e in te r io r. P o r q u e a s í c o m o h a y u n a m ú s ic a y u n a p in tu r a
d e c á m a r a , h a y ta m b ié n u n a p o e s ía d e c á m a r a . Q u e , c u a n d o es la
v o z d e u n v e r d a d e r o p o e ta , tie n e e l m is m o e n c a n to .

( D e “ E l p ro c e s o d e la L i t e r a t u r a ” , c a p ítu lo d e “ 7 E N S A Y O S D E I N T E R ­
P R E T A C I O N D E L A R E A L ID A D P E R U A N A ” . )

(1 ) . — E n el “ B oletín B ibliográfico de la U niversidad de L im a No. 15

(diciem bre de 1915). N o ta crítica a u n a selección de poem as de E g u re n h e­
cha por el B ibliotecario de la U niversidad P edro S. Z ulen, uno de lo s p rim e­
ros en ap re cia r y ad m irar el genio del poeta de “ Sim bólicas” .
(2 ) . — No escasean en los versos de E g u re n los italianism os. E l gusto
de las p alab ras italian as,— que no lo latin iza,— n ace en el p o eta de su tr a to
de la poesía de Ita lia , fo m en tab a en él po r la s le c tu ra s de su h erm ano J o r­
ge que residió la rg a m en te en ese pais.
(3 ) . — U na bu en a p a rte de la obra de E g u re n es ro m án tica, y no sólo
en “ Sim bólicas” sino en “ S om bra” y aú n en “ R ondinelas” , la s dos ú ltim as
jo rn ad a s de su poesía.
Amauta 41

ELEMENTOS DE LA POESIA DE
EGUREN, pos Matía Wíesse.
R E O q u e lo s e le m e n to s p r e d o m in a n te s d e la p o e s ía d e J o s é
M a ría E g u re n ,— e s te J o s é M a ría , a q u ie n la A m é r ic a t o d a c o n ­
s id e ra c o m o u n o d e su s m á s a lto s a r tis ta s — s o n la fa n ta s ía ,
la m u s ic a lid a d y la m e la n c o lía . T a m b ié n e n tr a n e n el a r te
d e l líric o d e “ S im b ó lic a s " y d e “ L a C a n c ió n d e la s fig u ­
ra s o tro s m a te r ia le s d e c o n s tru c c ió n — si p u e d e e m p le a r s e la p a l a b r a
“ c o n s tru c c ió n " p a r a u n a o b r a d e ta n fin o s, d e ta n a é r e o s c o n to r n o s —
la te rn u ra , la in g e n u id a d , el s e n tid o tr á g ic o y la v isió n c o lo ris ta . C a ­
d a p o e m a d e E g u re n p r e s e n ta in fin ito s m a tic e s — q u e se s a b o r e a n c o n
d e le ite — c a d a e s ta n c ia s u y a n o s r e g a la c o n la s u p r e m a a le g r ía d e la
b e lle z a — y a q u í v ie n e b ie n r e p e tir la f ra s e in m o r ta l d e K e a ts : a K in g
o f b e a u ty is a jo y f o r e v e r ——p e r o su m á s p o d e r o s o e n c a n to lo c o n s ­
titu y e n lo s e le m e n to s q u e h e s e ñ a la d o ; a s a b e r la f a n ta s ía , la m u s ic a ­
lid a d y la m e la n c o lía .

L o s m o tiv o s d e la p o e s ía d e E g u re n n o so n to m a d o s d e la v id a ,
ni d e su p r o p io c o r a z ó n — a u n q u e e n a lg u n o s p o e m a s p o d r ía m o s e n c o n ­
tr a r el a c e n to d e u n d o lo r o d e u n a m o r :

..........viene aquí la muerta mía

a la estancia de los tristes cielos rasos
i cómo llegan con letal melancolía!
¡ay, sus pasos! ¡ay, sus pasos!
( N o c h e I)

La celestía de tus ojos dulces

tiene un pesar de canto
que el alma nunca olvidará
( L ie d V ) ; —
él es el c u e n te ro á r a b e q u e n o s lle v a a u n m u n d o d e m a r a v illa — su
m u n d o -—-a u n a r e g ió n d e e n c a n ta m ie n to — la r e g ió n d o n d e h a b i ta su
e s p íritu — ; él es el im a g in e ro q u e p in ta p a r a n u e s tr o s o jo s d e s lu m ­
b ra d o s , p a is a je s irre a le s, v iñ e ta s d e ilu sió n , fig u ra s to d a s e n v u e lta s en
la b r u m a d e l m is te rio . P o r e s o su p o e s ía p u e d e , a la p r im e r a le c tu r a ,
p a r e c e r h e r m é tic a , o s c u ra ; p a r a g u s ta r la h a y q u e s a b e r s o ñ a r. E g u re n
n o se r e v e la sin o al q u e c o n s e r v a , e n el a lm a , u n p o c o d e l a s o m b r o
d e l n iñ o a n te lo m a ra v illo s o .
N o h a y c o m p o s ic ió n , d e l p o e t a d e “ L a C a n c ió n d e la s fig u ra s ” ,
m á s lle n a d e l s a b o r d e la f a n ta s ía y d e l s ím b o lo q u e a q u e lla q u e se
titu la “ L a n iñ a d e la lá m p a r a a z u l” . Y c o m o s e n s a c ió n d e t e r r o r y d e
m is te rio “ L a T a r d a ” , c u y a f ra s e fin a l n o s d ic e , ta m b ié n , d e u n in ­
m e n so d e s e n c a n to y d e u n a in m e n s a la s itu d .

T o d o g r a n p o e t a es m u sic a l. V é a s e lo s d e a y e r — “ lo s d e a y e r ” es
u n a m a n e r a d e d e c ir p o r q u e la o b r a d e a r te s ie m p r e e s tá d e n t r o d e l
42 Amauta
tie m p o — V illó n y R o n s a r d , S h e lle y y K e a ts , V e r la in e , B a u d e la ir e , H e i­
n e , M o re a s , L a f o r g u e , R im b a u d , P o e , M a lla rm é , D a r ío y H e rre ra
R e issig . ( C ito d e s o r d e n a d a m e n t e , q u iz á s si o l v id á n d o m e d e a lg u n o s
g r a n d e s n o m b r e s ) . ¡Q u é s e n tim ie n to te n ía n d e l r itm o y d e la m e lo ­
d ía !
V é a s e a lo s c o n te m p o r á n e o s , r e c h a z a n to d a s la s d is c ip lin a s , p a r e ­
c e n c o m p la c e r s e en la “ in h a r m o n ía ” , p e r o h a s ta lo s m á s o s a d o s c o n s e r
v a n a q u e lla m ú s ic a in te r io r sin la q u e n o p u e d e h a b e r p o e s ía . G uy
C h a rle s C ro s, c u y a té c n ic a es d e la s m á s lib re s , es u n lír ic o d e una
m u s ic a lid a d d e lic io s a ; V ild r a c r e n u n c ia a la p a l a b r a b o n ita , p e r o n o
a la m e lo d ía ; P a u l V a lé r y o r d e n a su s s u e ñ o s s e g ú n la s le y e s s e c r e ta s
d e la m a te m á tic a m u s ic a l; É lu a rd , F a r g u e , M ilo sz, T a g o r e , t o d o s lo s
d e l e s p íritu n u e v o , a m a n el g r a n r itm o q u e p r e s id e lo s d e s tin o s d e l
a rte .
“ P e r fu m e te m b lo r o s o d e h a r m o n í a " e x h a la n lo s v e r s o s d e E g u -
re n . Si la f a n ta s ía , la im a g in a c ió n y el s e n tid o d e l m is te r io so n p r o d i g i o ­
so s en E g u re n , c u á n p u r a y e x q u is ita es su m u s ic a lid a d ! N o sé q u ié n
lo c o m p a r ó a M e n d e ls h o n , c o m p a r a c ió n d e s v e n ta jo s a p a r a el a r tis ta
d e “ S im b ó lic a s ” . M e n d e ls h o n es a m p u lo s o , s e n s ib le ro , r e v e r e n c io s o ;
E g u re n es se n c illo , s in c e ro , d e lic a d o e n la e x p r e s ió n d e l s e n tim ie n to ,
n a tu r a lm e n te e le g a n te , n a t u r a lm e n te a r is tó c r a ta . P a r e n te s c o e s p ir itu a l
e x iste m á s b ie n e n tr e E g u re n y D e b u s s y y ta m b ié n e n t r e E g u re n y F a u ­
ré , ese s o ñ a d o r m a ra v illo s o .
E g u re n , ta n m u sic a l, ta n a r m o n io s o , es p o e t a a n te to d o , j a m á s
s a c rific a ría , en a r a s d e la m o d u la c ió n d e l v e rs o , d e l s o n id o d e la f r a ­
se, la e x p r e s ió n d e l s e n tim ie n to y el p e n s a m ie n to . Y h e a llí el m ila g r o
d e su a r te ; e n c e r r a r su e m o c ió n d e n t r o u n a f o r m a m u s ic a l p e r f e c ta
c o m o en e se “ L ie d V ” , q u e y o n u n c a m e c a n s a r é d e le e r :

Y o q u is ie ra d a r v id a a e s a c a n c ió n
q u e tie n e ta n to d e tí.

A lr e d e d o r d e e s ta s c a n c io n e s p e r f u m a d a s d e a r m o n ía , f lo ta u n a
im p re c is a , s e r e n a y s u a v e m e la n c o lía . M e la n c o lía a p e n a s e x p r e s a d a ,
E g u re n es d e m a s ia d o a r is to c r á tic o p a r a la m e n ta r s e , p e r o q u e f o r m a
la a tm ó s f e r a , el “ c lim a ” — p a r a u s a r d e u n a e x p r e s ió n d e M a u r o k ----d e
e s ta o b r a d e e n s u e ñ o . M e la n c o lía q u e h a r á d e c ir al p o e t a : M e m u e r o
d e tr is te z a y d e m o n o to n í a ( “ L a T a r d a ” ) ; m e la n c o lía d e la s n o s ta l­
g ias, d e lo s r e c u e r d o s d e in fa n c ia , d e la a u s e n c ia , d e la m u e r te d e la
d u lc e n iñ a d e la s “ risa s m a tin a le s ” — e s a n iñ a c u y o s p a s o s lle g a n a él,
tr is te m e n te , e n la n o c h e d e a m a r g u r a ..................
D u lc e tr is te z a d e lo s r e c u e r d o s d e in f a n c ia ; e n “ A n t i g u a ” ----e s a
p in tu r a e j e c u ta d a c o n ta n fre sc o s, c o n ta n d e lic a d o s c o lo r e s — q u é e m o ­
c ió n d e te r n u r a y d e c a n d o r p a l p ita ; ¡c u á n g r a c io s a m e n te , c u á n s e n ti­
d a m e n te e s tá h e c h a la r e m e m b r a n z a !

A la h o r a d e la s c la s ific a c io n e s se le m e te a E g u r e n e n el m o ld e
“ s im b o lis ta ” . B ien. P e r o y o d ir ía d e él q u e es el a r ti s ta d e la s v is io n e s
fe é ric a s y d e lo s r itm o s su tile s, el p o e t a d e la e m o c ió n h o n d a — c u a n to
m á s h o n d a , c u a n to m á s se e s c o n d e — '; y o d ir ía d e él q u e es “ P e r e g r in
c a z a d o r d e f ig u ra s ” .
E n e ro , 1929.
Amauta 43

V A L O R E S V E R N A C U L O S DE LA
P O E S IA DE EG U REN , po* Gama­
liel Chinata.
N e s te p a r a d ó g ic o p a ís m á s q u e la m is m a p r o d u c c ió n lite ­
ra ria , su c r ític a , h a s u f rid o d e c irro s is p o r tu a r ia c o n a lg u ­
n a s in c o a d a s p u r g a c io n e s e u r o p e iz a n te s . A sí F e d e r ic o
M o re p u d o d e c ir d e G o n z á le z P r a d a q u e fu e el m e n o s p e ­
ru a n o d e n u e s tr o s e s c r ito r e s c u a n d o ta n se n c illo le r e s u lta b a
e x p r e s a r q u e e r a el m á s a n tilim e ñ o d e to d o s . N o e x tra ­
ñ a, pues, q u e a E g u re n se le d e p a r e u n a n d a m io e s c a n d in a v o o s a tá n ic o .
D e la p o e s ía d e A le j a n d r o P e r a lt a se d ijo q u e e r a e u r o p e a y h a s ta h u b o
ju m e n tillo q u e la c re y ó c o lo n ia l. A M a riá te g u i p o r h a b l a r c o n to n o
re s a b id o y e x h ib ir tr a b a j o d is c ip lin a d o se le h a n e g a d o , m á s d e u n a
vez, e x p e rie n c ia p e r u a n a . P o r ta n to , al p o e t a d e la C a n c ió n d e la s F i­
g u ras n o h a y h o m e ó p a ta q u e le s a n e la p u r g a c ió n e x ó tic a , y es, h a s id o
y p o s ib le m e n te sig a s ie n d o el m á s e x tr a ñ o y d e s c o n c e r ta n te lír id a d e
este p a ís d e s c o n c e r ta d o . Y eso q u e E g u re n h a e s c rito en “ C o lo n ia l”
la p o e s ía d e s a b o r n e o e s p a ñ o l p o r e x c e le n c ia , n e o e s p a ñ o l, c o lo n ia l o
v irre y n a l, c o m o se q u ie ra , y en e s te c o n c e p to te n d r í a d e r e c h o a q u e se
le ju z g a r a c o n m á s s e n tid o d e r e a lid a d q u e s e n tim ie n to lib re sc o . ( J o r .
g e B a s a d re h a e n s e ñ a d o a d is tin g u ir e n tr e sin o h is tó ric o y m ito m e s ti­
z o ) . P o rq u e n o es d e l c a s o q u e el u so d e u n a c o n s ta n te to p o n im ia n ó r ­
d ica, h a y a sid o c a u s a s u fic ie n te p a r a a r r a s t r a r el a n c e s tr o d e l p o e t a a
las m á s a p a r ta d a s re g io n e s d e la a n t r o p o l ía c u a n d o p a r a h a lla r lo r a ro ,
m iste rio so , sib ilin o b a s t a b a c a p is c a r le el lla u to b a j o la m e le n a e n s o r ­
tija d a d e c a z a d o r d e fig u ra s. P a r a n a d a se e x a m in ó la r a íz o c u lta , el
sin o h istó ric o , el p r o to p la s m a d e su in te n c ió n e s té tic a ; se c re y ó m á s d o ­
n o so ju z g a r q u e el d a t o e r u d ític o , el m o r o s o d e p o r te a tr a v é s d e l lib ro
d e a v e n tu r a s h a b í a n f o r ja d o su v is u a lid a d e x tr a o r d in a r ia , y n o se q u i­
so p e n s a r en el in f lu jo q u e s o b r e él h a b í a e je r c ita d o el im p e rio d e la
N a tu r a le z a ........... A c a s o sin b u s c a r lo — y es c o m o se d á el v e r d a d e r o
c r e a d o r — E g u re n e s c rib ió en “ L o s A n g e le s T r a n q u ilo s ” u n a lin d a y fre s c a
p o e s ía a y m a ra . P o e s ía d e tie r r a e m p a p a d a , r e m o j a d a p o r llu v ia s te m p e s ­
tu o sa s d e V e r a n o ; p o e s ía d e a la h ú m e d a , d e c o r a z ó n e s p o n ja d o , d e sie ­
r ra y d e a n d in is m o . . . . P a s a la t e m p e s ta d b a t ie n d o h ie rr o d e a ire fi­
lo en la b ig o r n ia d e la c o r d ille r a , m ie n tr a s w a iñ o s y p in k u llo s c a n ta n
la s o le d a d a u r o r a . ¡ L a s o le d a d a u r o r a ! H e a q u í u n a s ín te s is v e r b a l
d ig n a d e a r t's ta tia w a n a q u . Y q u é v e r íd ic a e x a c titu d d e n a tu r a le z a a n ­
d in a ! L o s á n g e le s tr a n q u ilo s , n o s o n o tr o s q u e lo s a c h a c h illa s — lo s
g n o m o s — d e las p a je h a s q u e, d e s d e el v ie n to p a r id o r d e l a g u a , c o n te m ­
p la n el v e n d a v a l, la s o le d a d a u r o r a . . . .

E n m a y o re s r e n g lo n e s la e x c u rs ió n se h a r ía s o r p r e s iv a t e n ta n d o u-
n a in te r p re ta c ió n v e r n a c u la r d e la p o e s ía h u m a n a d e d o n J o s é M a r ía
E g u re n ; c u y a a m e r ic a n id a d o p e r u a n id a d , s ó lo p o d r í a p o n e r s e en
d u d a c u a n d o d e s p e já r a m o s el c a m in o d e u n v e n e r a b le í d o lo : d o n R i­
c a rd o P a lm a , c o n s id e r a d o el m e jo r e s c r ito r p e r u a n is ta , y q u e só lo e3,
sin e m b a rg o , el m a y o r c a s te lla n is ta d e A m é r i c a . . . .
44 A m au ta

PROSA PARA JOSE MARIA EGU-

REN, por Julián Petrovíck.
R A N D E S ganas nos nacen de a c e r c a r n o s a J o s é M a ría , P e ­
r o J o s é M a r ía en c u a n to n o s a c e r c a m o s e m p ie z a a c r e c e r
c o m o el lla n to d e lo s n iñ o s.
Y a no nos p o d e m o s a c erca r a J o s é M a ría , p o r q u e se c r e c e
H jo se p ie rd e . E s c o m o la lu z d e la s lu c ié rn a g a s .
E g u re n es u n p o e t a c u y o n o m b r e te n e m o s q u e p r o n u n c ia r c o n
a la s d e m a r ip o s a s o c o n h o ja s d e su e ñ o .
H u e le c o m o el m a r f il o c o m o lo s o jo s d e la s n iñ a s p u r a s .
E g u re n p o r ta n to lle g a r n o s e s tá y a d is ta n te . E s tá e n e l v u e lo d e
la s a v e s.
L a s g a v io ta s a lb a s c o n su b la n c u r a ju s tific a n la e x is te n c ia d e J o ­
sé M a ría .
L o s p o e m a s d e J o s é M a r ía h a n s id o tr a d u c id o s a la le n g u a n a ú -
tic a d e la s g a v io ta s .
E s ta s a v e s c a n ta n lo s p o e m a s q u e J o s é M a r ía e c h ó a la s p la y a s
c o m o la s r e d e s p o r q u e s o n c a n to s p a r a el m a r o p a r a lo s v ie n to s .
E g u re n n iñ o c o m o el v u e lo d e la s a v e s . S u b io g r a f ía la e s c r ib i­
r á n la s g a v io ta s e n el m á s p u r o cielo .
C u a n d o E g u re n m u e r a lle g a r á n a él la s a v e s d e lo s m a re s .

JOSE MARIA EGUREN Y EL MAR,

por JííÍío cfcí Puado.
O s a b ía m o s q u é h a c e r f r e n te a l m a r . U n ju e g o d e d a m a s ,
J o s é M a r ía E g u re n tie n e c u a tr o d a m a s . D e u n a n a c ió “ L a
n iñ a d e la f o c a ” .
D o s b u r g u e s e s q u is ie ro n s a lu d a r a J o s é M a r ía p e r o se a s u s ­
ta r o n a n t e su m in ú s c u la c á m a r a fo to g rá f ic a . E lla d ijo : “ E s ­
te s e ñ o r n o d e b e r í a h a c e r e sa s c o s a s ” . M ie n tr a s ta n to , el n iñ o J u lio
c o n su r o p a d e b a ñ o h o lg a d a se e n tris te c e d e q u e n o lo r e t r a t e J o s é
M a r ía E g u re n .
L a b ic ic le ta q u e g o lp e ó a la n iñ a d e 1 5 a ñ o s le b la n q u e ó la c a b e ­
z a a E g u re n q u e se p r e p a r a b a a u n a p u n te .
“ L a N o c h e I” h a q u e d a d o p r is io n e r a e n la tie r ra .
Y C h a rlie C h a p lin e s c rib e u n a r g u m e n to d e p e líc u la p a r a q u e
J o s é M a r ía E g u re n c o m p r u e b e q u e es u n A r ta g n a n .
A l m a r le a g r a d a m u c h o la v is ita d e J o s é M a r ía E g u re n , p e r o e s­
tá a z a r o s o p o r q u e n o s a b e d ó n d e v a n a c a b e r d o s in m e n s id a d e s . P o r o -
tr a p a r te , el c a m p o p u e d e v e n ir a s a c a rlo , o lo s á n g e le s .
 Amauta 45

EL GOBIERNO SOCIALISTA DE
RUSIA, pe* César A. Ugarte.
(Véase el No. 20 de “AMAUTA” )
Declaraciones y bases fundamentales de la República Socialista
L a d e c la ra c ió n d e d e r e c h o s y la s b a s e s e n u n c ia d a s .p o r la C o n s ­
titu c ió n d e 1 9 1 8 e n sus 2 3 p r im e r o s a r tíc u lo s g ir a n a l r e d e d o r d e la
id e a c e n tra l d e l ré g im e n p o lític o b o lc h e v iq u e : la d ic ta d u r a d e l p r o ­
le ta r ia d o p a r a tr a n s f o r m a r e l ré g im e n c a p ita lis ta e n u n ré g im e n s o ­
cialista. C a re c e n d e la e le g a n c ia , c o n c is ió n y n itid e z d e la D e c la r a c ió n
d e lo s D e re c h o s d e l C iu d a d a n o f o r m u l a d a p o r la A s a m b le a N a c io n a l
d e F ra n c ia e n 1 8 7 9 ; p e r o tie n e n u n c o n te n id o m á s e x p líc ito y c o n ­
c re to q u e la d e c la r a c ió n lír ic a d e l lib e r a lis m o fra n c é s .
F2 a r tíc u lo 3 d e f in e el o b je to e s e n c ia l d e la d ic ta d u r a p r o l e t a ­
ria : a b o lir t o d a e x p lo ta c ió n d e l h o m b r e p o r el h o m b r e , a n iq u ila r la
d iv isió n d e la s o c ie d a d e n c ia se s, a p l a s t a r a lo s e x p lo ta d o r e s , in a u ­
g u ra r la o rg a n iz a c ió n s o c ia lis ta d e l m u n d o . C o m o m e d io s e s e n c ia le s
p a r a re a liz a r ese fin, d is p o n e : a ) la s o c ia liz a c ió n d e la tie r r a y la
tra n s fe re n c ia d e l u s u f ru c to d e t o d a s la s p r o p ie d a d e s r ú tic a s a la s m a ­
sas tr a b a ja d o r a s , sin in d e m n iz a c ió n T b ) la tr a n s f e r e n c ia a l d o m in io
p ú b lic o d e la s a g u a s , b o s q u e s , su e lo y s u b s u e lo ; c ) la ra tific a c ió n d e
las le y e s p r o v is io n a le s d ic ta d a s c o m o p r im e r o s p a s o s h a c ia la t r a n s ­
fe re n c ia d e la s fá b ric a s , in d u s tria s , m in a s y c a m in o s d e h ie r r o y o tr o s
m e d io s d e la p r o d u c c ió n y el tr a n s p o r te e n p le n a p r o p i e d a d a l E s ta ­
d o ; d ) la r e p u d ia c ió n d e la s d e u d a s c o n t r a íd a s p o r el r é g im e n a n t e ­
rio r c o n el c a p ita lis m o f in a n c ie r o in te r n a c i o n a l; e ) la n a c io n a liz a c ió n
d e los B a n c o s; f) el t r a b a j o o b lig a to r io ; g ) el a r m a m e n to d e lo s t r a ­
b a j a d o r e s y el d e s a r m e d e la s c la s e s p o s e s o ra s .
L o s a r tíc u lo s 4, 5 y 6 e n u n c ia n la p o lít ic a in te r n a c io n a l d e l n u e ­
v o ré g im e n : p a z d e m o c r á ti c a d e lo s tr a b a j a d o r e s , sin a n e x io n e s ni
in d e m n iz a c io n e s , s o b r e la b a s e d e l a l i b e r ta d d e lo s p u e b lo s p a r a d is ­
p o n e r d e sí m is m o s ; c o n d e n a c ió n d e la p o lít ic a d e a n e x io n e s c o lo ­
n iales.
L o s a r tíc u lo s 13 a 2 3 e n u m e r a n lo s d e r e c h o s y d e b e r e s d e lo s
tr a b a ja d o r e s : lib e r ta d re lig io s a , l ib e r ta d d e o p in ió n y d e p r e n s a , li­
b e r ta d d e r e u n ió n y a s o c ia c ió n , d e r e c h o d e o b te n e r in s tru c c ió n g e n e ­
r a l c o m p le ta y g r a tu ita , o b lig a c ió n d e tr a b a j a r , o b lig a c ió n d e l s e r v i­
cio m ilita r, c o n c e s ió n d e d e r e c h o s p o lític o s a lo s t r a b a j a d o r e s ex­
tr a n je r o s , d e r e c h o d e a s ilo e n f a v o r d e lo s e x t r a n je r o s p e r s e g u id o s
p o r d e lito s p o lític o s y re lig io s o s , d e r e c h o d e ig u a ld a d sin d is tin c ió n
d e ra z a ni n a c io n a lid a d .
H a y p o c a d if e r e n c ia e n t r e e s ta d e c la r a c ió n s o c ia lis ta y la d e c la ­
ra c ió n in d iv id u a lis ta d e l 8 9 , e n c u a n to a su c o n t e n i d o ; p e r o h a y d if e ­
re n c ia s u s ta n c ia l en c u a n to a l s u je to d e e s a s l ib e r ta d e s y a la f o r m a
d e h a c e rla s efe c tiv a s. E n la d e c la r a c ió n r u s a el s u je to d e lo s d e r e c h o s
p o lític o s y d e la s l ib e r ta d e s in d iv id u a le s n o es e l “ c i u d a d a n o ” s in o
el " t r a b a j a d o r ” . L a id e a ig u a lita r ia d e l 8 9 es s u s titu id a p o r la id e a
d e la s e p a r a c ió n d e c la s e s c o m o r é g im e n r e v o lu c io n a r io tr a n s ito r io
p a r a e s ta b le c e r el g o b ie r n o s o c ia lis ta y a n iq u ila r e l p o d e r d e la b u r ­
g u e sía . P o r eso se e x c lu y e d e t o d a p a r tic ip a c ió n e n el p o d e r y d e to -
46 A m auta
d o d e r e c h o p o lític o a la s c la se s p o s e e d o r a s . S ó lo lo s t r a b a j a d o r e s u r-
b a ñ o s y r u r a le s g o z a n d e la s lib e r ta d e s p ú b lic a s y s ó lo a e llo s e s tá r e ­
s e r v a d o “ el h o n o r d e d e f e n d e r a la R e v o lu c ió n c o n la s a r m a s e n la
m a n o " ; p e r o e s te p r iv ile g io n o e x im e a lo s d e m á s c i u d a d a n o s d e l d e ­
b e r d e c u m p lir “ o tr a s o b lig a c io n e s m ilita r e s ” .
E n c u a n to a la f o r m a d e la d e c la r a c ió n , la o r ig in a lid a d d e la
c o n s titu c ió n r u s a c o n s is te e n el r e c o n o c im ie n to d e d e b e r e s c o n c r e to s
d e l E s ta d o f r e n te a l t r a b a j a d o r e n v e z d e las a b s tr a c t a s y v a g a s f ó r ­
m u la s d e la d e c la r a c ió n fra n c e s a . A s í, la c o n s titu c ió n ru s a e s ta b le c e :
a ) p a r a g a r a n tiz a r la lib e r ta d e f e c tiv a d e c o n c ie n c ia , la s e p a r a c ió n d e
la Ig le sia y el E s t a d o ; b ) p a r a el e f e c tiv o e je rc ic io d e la lib e r ta d de
p r e n s a , la a d ju d ic a c ió n a la s c la se s p r o le t a r ia s d e lo s m e d io s té c n ic o s
y m a te r ia le s n e c e s a r io s ; c ) p a r a el e je rc ic io v e r d a d e r o d e la l ib e r ta d
d e a s o c ia c ió n , la c o n c e s ió n p o r el E s ta d o d e lo c a le s “ c o n m o b ilia ­
rio , a l u m b r a d o y c a le f a c c ió n ” .
E n la re v is ió n c o n s titu c io n a l d e 1 9 2 5 se h a s u p r im id o la “ D e ­
c la r a c ió n d e d e r e c h o s d e l p u e b lo t r a b a j a d o r y e x p l o t a d o ” q u e e s ta ­
b a c o n t e n id a e n lo s o c h o p r im e r o s a r tíc u lo s d e l te x to d e 1 9 1 8 ; p e r o
d e c la r á n d o s e e x p r e s a m e n te q u e la L e y F u n d a m e n ta l d e la R e p ú b lic a
S o c ia lis ta R u s a se b a s a e n e sa d e c la r a c ió n h is tó ric a . A d e m á s , se m a n ­
tie n e n , c o n a lte r a c io n e s f o rm a le s , la s b a s e s e n u n c ia d a s e n lo s a r tí c u ­
lo s 9 a 2 3 d e l te x to d e 1 9 1 8 ( 1 ) .
L a C o n s titu c ió n d e la U n ió n d e lo s S o v ie ts d e 1 9 2 3 c o n tie n e u -
n a d e c la r a c ió n in ic ia l en la se c c ió n p r im e r a d e su te x to . E s u n a b r e ­
v e e x p o s ic ió n d e m o tiv o s d e la U n ió n e n t r e la s R e p ú b lic a s S o c ia lis ­
ta s. A f ir m a q u e la f o rm a c ió n d e é s ta h a d iv id id o a l m u n d o e n do3
c a m p o s : el c a m p o d e l c a p ita lis m o y el c a m p o d e l s o c ia lis m o ; el p r i­
m e r o c o n el o d io e n tr e la s n a c io n e s , la d e s ig u a ld a d , la e s c la v itu d c o ­
lo n ia l y el p a tr io te r is m o , la o p r e s ió n d e la s n a c io n a lid a d e s y lo s p r o ­
g re s o s , la s c r u e ld a d e s im p e r ia lis ta s y la s g u e r r a s ; el s e g u n d o , c o n la
c o n f ia n z a r e c íp r o c a y la p a z , la l ib e r ta d y la ig u a ld a d d e la s n a c io ­
n e s, la v id a p a c íf ic a en c o m ú n y la c o o p e r a c ió n f r a te r n a l d e lo s p u e ­
b lo s . D e c la r a q u e el p o d e r d e lo s S o v ie ts es in te r n a c io n a l p o r su c o n ­
d ic ió n d e p o d e r d e c la se , y q u e e s a r a z ó n e x ig e im p e r io s a m e n te q u e
la s R e p ú b lic a s s o v ié tic a s f o rm e n u n a s o la F e d e r a c ió n , a b i e r ta ta n t o a la s
r e p ú b lic a s s o c ia lis ta s e x is te n te s c o m o a la s q u e p u d ie r a n c o n s titu irs e ,
p a s o d e c is iv o e n el c a m in o d e la u n ió n d e la s c la s e s t r a b a j a d o r a s d e
t o d o s lo s p a ís e s e n u n a R e p ú b lic a F e d e r a t i v a S o c ia lis ta M u n d ia l.

Organización del Poder Central

L a U n ió n S o v ié tic a es u n a R e p ú b lic a d e R e p ú b lic a s , cuyos

p r in c ip io s f u n d a m e n ta l e s d if ie re n a p r e c ia b le m e n te de lo s p r in ­
c ip io s c lá s ic o s del f e d e ra lis m o . S egún Y a n e ff , lo s p r in ­
c ip io s d ir e c to r e s d e l f e d e r a lis m o ru so so n lo s s ig u ie n te s : 1) li­
b r e f o r m a c ió n d e n a c io n e s y a u t o n o m ía r e la tiv a d e la s r a z a s ( c a ­
d a r a z a d is p o n e d e su d e s t i n o ) : 2 ) lib r e e n t r a d a d e la s n a c io ­
n e s en la U n ió n f e d e r a t i v a ; 3 ) d e r e c h o d e s e p a r a r s e lib r e m e n te d e la
U n ió n ; y 4 ) s u p r e m a c ía d e la U n ió n d e la s R e p ú b lic a s S o c ia lis ta s S o ­
v ié tic a s s o b r e lo s d iv e r s o s E s ta d o s f e d e r a d o s . L a d if e r e n c ia e s e n c ia l
r e s p e c to a p r in c ip io s c lá s ic o s se h a lla e n el d e r e c h o d e s e p a r a r s e lib r e ­
m e n te d e la U n ió n q u e se c o n c e d e a lo s E s ta d o s f e d e r a d o s , si b ie n
Amauta 47

este re c o n o c im ie n to te ó ric o s e r ía s e g u r a m e n te d e d ifíc il a p lic a c ió n e-

fectiv a.
C o n fo rm e al a r t. 1 d e la L e y f u n d a m e n ta l d e la U n ió n , so n d e la
c o m p e te n c ia d e lo s ó r g a n o s c e n tr a le s d e l p o d e r f e d e r a l, e n tr e o tra3 ,
las sig u ien te s a tr ib u c io n e s : la r e p r e s e n ta c ió n d e la U n ió n en el e x te ­
rio r, la m o d if ic a c ió n d e la s f r o n te r a s , la c e le b ra c ió n d e tr a t a d o s , la d e ­
c la ra c ió n d e g u e rra , la c o n tr a ta c ió n d e e m p r é s tito s e x te r n o s e in te r ­
nos, la d ire c c ió n d e l c o m e r c io e x te r io r e in te r io r, el e s ta b le c im ie n to
d e las b a s e s y el p la n g e n e r a l d e t o d a la e c o n o m ía n a c io n a l d e la U-
nión, la o r g a n iz a c ió n d e lo s tr a n s p o r te s , c o r r e o s , te lé g r a f o s , e jé r c ito y
m a rin a , e s ta b le c e r u n s is te m a u n if o rm e d e m o n e d a , c r é d ito , p e s o s y
m e d id a s , fija r lo s p rin c ip io s g e n e r a le s d e e x p lo ta c ió n y u s u f ru c to d e
la tie rra , d ic ta r la s b a s e s d e la o rg a n iz a c ió n ju d ic ia l, d e la le g isla c ió n
civil y p e n a l, d e la in s tru c c ió n , d e l r é g im e n d e l tr a b a jo , etc.
El ó rg a n o s u p r e m o d e l p o d e r d e la U n ió n es el C o n g r e s o d e lo s
S o v iets y en lo s in té r v a lo s d e sus s e s io n e s a s u m e ese p o d e r el C o m ité
C e n tra l E je c u tiv o d e la U n ió n .
El C o n g re s o d e lo s S o v ie ts d e la U n ió n se c o m p o n e d e r e p r e s e n ­
ta n te s d ire c to s d e lo s s o v ie ts u r b a n o s , a r a z ó n d e u n o p o r c a d a 2 5 ,0 0 0
elec to re s, y d e r e p r e s e n ta n t e s d e s e g u n d o , te r c e r o o c u a r to g r a d o d e
los so v ie ts ru ra le s , a r a z ó n d e u n d e l e g a d o p o r c a d a 1 2 5 ,0 0 0 h a b i­
ta n te s ru ra le s . E s c o n v o c a d o u n a v e z a l a ñ o p o r el C o m ité C e n tr a l E -
je c u tiv o y p u e d e se r c o n v o c a d o a s e s io n e s e x t r a o r d i n a r ia s a p e tic ió n
d e c u a lq u ie ra d e la s d o s r a m a s d e d ic h o C o m ité o d e d o s d e la s R e p ú ­
b licas f e d e ra d a s .
El Comité Central Ejecutivo d e la U n ió n se c o m p o n e d e l Consejo
de la Unión y d e l Consejo de las Nacionalidades. E l p r im e r o d e d i­
c h o s c o n s e jo s se c o n s titu y e p o r e le c c ió n d e l C o n g r e s o d e lo s S o v ie ts
e n tre los r e p r e s e n ta n te s d e la s R e p ú b lic a s f e d e r a d a s , p r o p o r c io n a l­
m e n te a su r e s p e c tiv a p o b la c ió n , e n el n ú m e r o f ija d o p o r e l C o n g r e s o .
El C o n s e jo d e la s N a c io n a lid a d e s se c o m p o n e d e c in c o r e p r e s e n ta n te s
p o r c a d a R e p ú b lic a f e d e r a d a y u n r e p r e s e n ta n t e p o r c a d a te r r ito r io
a u tó n o m o .
E l C o m ité C e n tr a l se r e ú n e tr e s v e c e s al a ñ o e n se sio n e s o r d i n a ­
rias y es el v e r d a d e r o ó r g a n o le g is la tiv o d e la U n ió n , c o n la s m is m a s f a ­
c u lta d e s q u e el C o n g r e s o d e la U n ió n , si b ie n sus a c to s p u e d e n s e r e n ­
m e n d a d o s p o r ese ó r g a n o s u p r e m o d e l p o d e r . L o s p r o y e c to s s o m e ­
tid o s al C o m ité d e b e n s e r a p r o b a d o s p o r su s d o s r a m a s , s o m e tié n d o s e
el a su n to , en c a s o d e d is c re p a n c ia , a u n a c o m is ió n m ix ta , y e n ú ltim o
caso a la d e c isió n d e la m a y o r í a d e a m b a s r a m a s o a la d e l C o n g r e s o
d e la U n ió n .
C a d a u n o d e lo s C o n s e jo s q u e c o n s titu y e n el C o m ité C e n tr a l tie ­
n e su ju n ta d ir e c tiv a d e n u e v e r e p r e s e n ta n t e s c a d a u n a p a r a p r e p a r a r
la s se sio n e s y d irig ir lo s tr a b a j o s d e la s m is m a s. A m b a s J u n ta s D ir e c ­
tiv a s c o n m á s o tr o s m ie m b r o s d e s ig n a d o s p o r el C o m ité C e n tr a l c o n s ­
titu y e n la Junta Directiva del Comité Central Ejecutivo d e la U n ió n ,
ó rg a n o d e l p o d e r s o v ié tic o q u e , e n lo s in te r v a lo s d e la s s e s io n e s d e l
C o m ité C e n tra l, a s u m e to d a s la s a tr ib u c io n e s le g is la tiv a s , e je c u tiv a s y
a d m in is tra tiv a s d e l m is m o .
E l ó r g a n o e je c u tiv o c e n tr a l es el Consejo de los Comisarios del
Pueblo d e la Unión. S e c o m p o n e d e u n P r e s id e n te , u n V ic e p r e s id e n te ,
co m isa rio s d e A s u n to s E x tr a n je r o s , d e G u e r r a y M a rin a , d e C o m e r c io ,
d e V ía s d e C o m u n ic a c io n e s , d e C o r r e o s y T e lé g r a f o s , d e I n s p e c c ió n o -
4S A m auta
b r e r a y c a m p e s in a , d e T r a b a j o , d e H a c ie n d a y d e l P r e s id e n t e d e l C o n ­
s e jo S u p r e m o d e E c o n o m ía N a n c io n a !. E s te p e r s o n a l es e le g id o p o r
e l C o m ité C e n tr a l E je c u tiv o .
A d s c r ita a c a d a C o m is a r io h a y u n a J u n ta c o m p u e s ta d e m ie m b r o s
d e s ig n a d o s p o r el C o n s e jo d e lo s C o m is a r io s d e l P u e b lo , til C o m is a r io
tie n e d e r e c h o d e d ic ta r p o r sí lo s a c u e r d o s q u e ju z g u e o p o r tu n o s e n
to d o s lo s a s u n to s d e su C o m is a r ía , d a n d o c u e n ta d e sus r e s o lu c io n e s a
la J u n ta . Si é s ta o a lg u n o d e sus m ie m b r o s e s tu v ie r a e n d e s a c u e r d o c o n
lo s a c to s d e l C o m is a r io p u e d e r e c u r r ir a l C o n s e jo d e lo s C o m is a rio s ,
sin q u e p o r e s to se s u s p e n d a la e je c u c ió n d e d ic h o s a c to s .
L a s C o m is a r ía s d e la U n ió n so n d e d o s c la s e s : C o m is a r ía s u n if i­
c a d a s y C o m is a r ía s f e d e ra le s . L a s p r im e r a s s o n la s d e A s u n to s E x ­
tr a n je r o s , G u e r r a y M a rin a , C o m e r c io E x te rio r , V ía s y C o m u n ic a c io ­
n e s y C o r r e o s y T e lé g r a f o s . E s ta s s o n C o m is a r ía s ú n ic a s p a r a t o d o el
te r r ito r io d e la U n ió n y e s tá n r e p r e s e n ta d a s e n lo s g o b ie r n o s d e la s
R e p ú b lic a s f e d e r a d a s p o r d e le g a d o s q u e le s e s tá n d ir e c ta m e n te s u ­
b o r d in a d o s . E n c a m b io to d a s la s d e m á s s o n C o m is a r ía s f e d e ra le s , e s to es
c o e x is te n c o n la s C o m is a r ía s a n á lo g a s d e c a d a u n a d e la s R e p ú b lic a s
f e d e r a d a s , y s o n é s ta s ú ltim a s la s q u e h a c e n e je c u ta r lo s a c u e r d o s d e
la s C o m is a r ía s r e s p e c tiv a s d e la U n ió n .

E s ta d is trib u c ió n r e s p o n d e a la d iv is ió n d e la s a tr ib u c io n e s le g is la ­
tiv a s y e je c u tiv a s e n t r e el p o d e r d e la U n ió n y lo s p o d e r e s d e c a d a
u n a d e la s R e p ú b lic a s f e d e r a d a s . L a U n ió n tie n e p o d e r e s e x c lu s iv o s e n
la s m a te r ia s en q u e e je r c e n ju r is d ic c ió n la s C o m is a r ía s u n if ic a d a s , c o ­
m o s o n g u e r r a y m a rin a , a s u n to s e x tr a n g e r o s , e tc. y tie n e p o d e r e s
c o n c u r r e n te s c o n lo s g o b ie r n o s f e d e r a d o s e n lo s d e m á s a s u n to s p a r a
c u y a g e s tió n e x is te n las C o m is a r ía s f e d e ra le s . H a y , a d e m á s , o tr o s a s u n ­
to s, en q u e la U n ió n n o tie n e c o m p e te n c ia , q u e d a n d o r e s e r v a d o s a la
c o m p e te n c ia d e c a d a u n a d e la s R e p ú b lic a s f e d e r a d a s . T a le s s o n lo s
a s u n to s r e la tiv o s a l g o b ie r n o in te r io r, ju s tic ia , a g r ic u ltu r a , in s tru c c ió n
p ú b lic a , s a lu b r i d a d y a s is te n c ia so c ia l, p a r a c u y a a d m in is tr a c ió n e x is ­
te n c o m is a ría s e s p e c ia le s e n c a d a u n a d e la s R e p ú b lic a s f e d e r a d a s ,
q u e n o e s tá n s u b o r d in a d a s e n n in g u n a f o r m a a lo s ó r g a n o s c e n tr a le s
d e la U n ió n .

P o r ú ltim o , f o r m a n p a r t e d e la o r g a n iz a c ió n g u b e r n a tiv a c e n tr a l:
el T r ib u n a l S u p r e m o d e la U n ió n y la A d m in is tr a c ió n P o lític a U n if ic a ­
d a d e la U n ió n . E l T r ib u n a l S u p r e m o d ic ta m in a s o b r e la c o n s titu c io -
n a l id a d d e lo s a c u e r d o s d e la s R e p ú b lic a s f e d e r a d a s , y s o b r e la s r e s o lu ­
c io n e s d e lo s T r ib u n a le s S u p r e m o s d e la s m is m a s c u a n d o a f e c ta n a la s
le y e s f e d e r a le s o a lo s in te r e s e s d e la s d e m á s R e p ú b lic a s ; a c tú a d e
á r b it r o en lo s litig io s e n tr e la s R e p ú b lic a s ; ju z g a a lo s a lto s f u n c io n a ­
rio s d e la U n ió n p o r lo s a c to s c o m e tid o s e n el e je r c ic io d e su s c a rg o s ,
e tc . U n a d e su s f u n c io n e s p r in c ip a le s es “a m p a r a r la s c o n q u is ta s d e la
r e v o lu c ió n y la le g a lid a d r e v o lu c io n a r ia ” y ‘‘f o r ta le c e r la d is c ip lin a s o ­
c ia lis ta d e l tr a b a jo , la s o li d a r id a d o b r e r a y su e d u c a c ió n ju r í d i c a ” .
L a A d m in is tr a c ió n P o lític a d e la U n ió n es u n o r g a n is m o o r ig in a l e n ­
c a r g a d o d e ‘‘u n ific a r lo s e s fu e rz o s r e v o lu c io n a r io s d e la s R e p ú b lic a s
f e d e r a d a s e n la lu c h a c o n la c o n tr a r r e v o lu c ió n p o lít ic a y e c o n ó m ic a ,
el e s p io n a je y el b a n d o l e r is m o " . F u n c io n a c o m o ó r g a n o e je c u tiv o a d s ­
c r ito a l C o n s e jo d e lo s C o m is a r io s d e l P u e b lo y su p r e s id e n te tie n e
v o z c o n s u ltiv a e n d ic h o C o n s e jo .
Amauta 49

El partido Comunista y su influencia en el g o b ie rn o

El P a r tid o C o m u n is ta , ú n ic o p a r ti d o p o lític o q u e se p e r m ite en

R usia, tie n e u n a fu n c ió n o r g a n iz a d o r a y d ir e c tiv a d e e n o r m e im p o r ta n ­
cia en el g o b ie rn o . E s el v e r d a d e r o in s tr u m e n to d e la “ d ic ta d u r a d e l
p r o le ta r ia d o ” y p o r eso su o r g a n iz a c ió n e s tá d ir ig id a a l m a n te n im ie n ­
to de la c o h e sió n y d is c ip lin a d e sus m ie m b r o s a fin d e q u e la v o lu n ­
ta d d e lo s d irig e n te s , in s p ir a d a en lo s id e a le s r e v o lu c io n a r io s , te n g a
la m á s c u m p lid a e je c u c ió n en lo s ó r g a n o s o fic ia le s d e l g o b ie r n o y d e
la a d m in is tra c ió n p ú b lic a .
E sa d isc ip lin a se m a n tie n e p o r m e d io d e u n s e v e r o r e g la m e n to
d e a d m isió n y f u n c io n a m ie n to . P a r a in g r e s a r a l P a r tid o n o es s u fi­
c ie n te d e c la ra r q u e se a c e p ta su p r o g r a m a y p a g a r la s c u o ta s . A s e ­
m e ja n z a d e la s s o c ie d a d e s m a s ó n ic a s , p o n e a p r u e b a a lo s c a n d id a to s
a n te s d e a d m itir lo s y les e x ig e u n a p r e p a r a c ió n d e seis m e s e s si se
tr a ta d e o b r e r o s u r b a n o s , d e u n a ñ o si s o n o b r e r o s r u ra le s y d e d o s
a ñ o s si so n a n tig u o s b u rg u e s e s . A d e m á s , lo s c a n d id a to s d e b e n s e r p r e ­
s e n ta d o s y g a r a n tiz a d o s p o r tr e s a c in c o m ie m b r o s d e l P a r tid o .
E n la s a s a m b le a s y d e lib e r a c io n e s d e l P a r tid o la o p in ió n es li­
b r e ; p e ro u n a v e z a d o p t a d a u n a r e s o lu c ió n lo s a f ilia d o s d e b e n s o m e ­
te rse e s tric ta m e n te y c o l a b o r a r a su le a l y r á p i d a e je c u c ió n . T o d a f a l­
ta g ra v e en c o n tr a d e e se p r in c ip io d is c ip lin a r io tr a e c o n s ig o la e x ­
p u lsió n d e l P a r tid o .
E l P a r tid o C o m u n is ta e s tá o r g a n iz a d o e n f o r m a a n á lo g a a l g o ­
b ie rn o , en a s a m b le a s , c o n g r e s o s y c o m ité s e s c a lo n a d o s e n lo s p u e b lo s ,
c iu d a d e s, d is trito s , g o b ie rn o s , te r r ito r io s y E s ta d o s e n la U n ió n .
A sí, la in flu e n c ia d e l P a r tid o e n el g o b ie r n o se e je r c e p o r m e d io d e
sus ó rg a n o s c e n tr a le s y lo c a le s c o r r e la tiv o s a lo s r e s p e c tiv o s ó r g a n o s
g u b e rn a tiv o s . E l a r tíc u lo 9 3 d e lo s E s ta tu to s d e l P a r tid o e s ta b le c e a l
re s p e c to lo s ig u ie n te : “ E n t o d o s lo s C o n g r e s o s , C o n f e r e n c ia s y ó r g a n o s
e le c tiv o s d e lo s S o v ie ts , S in d ic a to s , C o o p e r a tiv a s , e tc ., d e q u e f o r ­
m e n p a r te c u a n d o m e n o s tr e s m ie m b r o s d e l P a r tid o , c o n s titu ir á n é s ­
to s u n a fra c c ió n , q u e t e n d r á p o r o b je to h a c e r v a l e r e n t o d o s lo s c a s o s
la in flu e n c ia d e l P a r tid o , la p r á c tic a d e su p o lít ic a e n lo s m e d io s n e u ­
tra le s y la v ig ila n c ia d e l m is m o s o b r e e s a s o r g a n iz a c io n e s ” .
D el m is m o m o d o , e n la s e le c c io n e s , el C o m ité e le c to r a l d e l P a r ­
tid o p r o p o n e su s c a n d id a to s , y c o m o la v o ta c ió n es p ú b lic a y g e n e ­
ra lm e n te v e r b a l, e n la m a y o r í a d e lo s c a s o s s o n a c e p t a d o s lo s c a n ­
d id a to s d e l P a r tid o , ta n to p o r la n a t u r a l in f lu e n c ia d e su o r g a n iz a ­
ció n c o m o p o r el te m o r a q u e la o p o s ic ió n a lo s c a n d id a to s d e l P a r t i ­
d o se in te r p r e te c o m o u n a o p o s ic ió n a lo s p r in c ip io s r e v o lu c io n a ­
rios.

III.—-L O S D O C T R I N A S P O L I T I C A S D E L B O L C H E V IS M O

L a d ic ta d u r a d e l p r o le t a r ia d o , la r e p r e s e n ta c ió n g re m ia l, la d i­
visión c u a n tita tiv a d e l p o d e r p ú b lic o , y el m a n d a t o im p e r a tiv o s o n la s
id e a s m á s im p o r ta n te s y o r ig in a le s d e l s is te m a p o lític o b o lc h e v iq u e .
L a d ic ta d u r a d e l p r o l e t a r i a d o . — E l c o m u n is m o ru s o r e c o g e
la id e a p r á c tic a c e n tr a l d e l s o c ia lis m o m a r x is ta : la d i c t a d u r a d e l p r o l e ­
ta ria d o p a r a o r g a n iz a r la s o c ie d a d s o c ia lis ta . E n su h a b i tu a l to n o d e
a d m ir a b le p o le m is ta , L e ó n T r o tz k y , el f a m o s o o r g a n iz a d o r d e l e jé r c i­
to ro jo , la ju s tific a e n lo s s ig u ie n te s té r m in o s : “ L a d e m o c r a c ia — d ic e — <
50 Amauta
es i m p o t e n t e , in s ig n ific a n te , fala z, y só lo sir v e p a r a e n g a ñ a r a la s m a ­
sas a t r a s a d a s d e l a p o b l a c i ó n y e s p e c i a l m e n t e a la p e q u e ñ a b u r g u e ­
sía. L a e s p e r a n z a d e q u e las v i e j a s d e m o c r a c i a s n o s o f r e z c a n el e j e m ­
p l o d e u n d e s e n v o l v i m i e n t o n o r m a l h a c i a el s o c ia l is m o es la m á s a b s u r ­
d a d e la s ilu s io n e s ” . “ N o h a y e s p e r a n z a d e c o n q u i s t a r p a c í f i c a m e n t e
el p o d e r m i e n t r a s la b u r g u e s í a c o n s e r v e t o d o s los i n s t r u m e n t o s d e d o ­
m in a c i ó n . E s tr i p l e l o c u r a la e s p e r a n z a d e lle g a r al P o d e r p o r el c a ­
m i n o q u e la m i s m a b u r g u e s í a s e ñ a l a y a t r i n c h e r a s i m u l t á n e a m e n t e :
p o r la d e m o c r a c i a p a r l a m e n t a r i a ” . “ Si se a s ig n a c o m o fin la a b o l ic i ó n
d e la p r o p i e d a d p r i v a d a d e los m e d i o s d e p r o d u c c i ó n , n o h a y o t r o m e ­
d i o d e r e a l i z a r l a q u e la c o n c e n t r a c i ó n d e t o d o s los p o d e r e s d e l E s t a d o
e n m a n o s d e l p r o l e t a r i a d o , la c r e a c i ó n d e u n r é g i m e n t e m p o r a l d e e x ­
c e p c i ó n d u r a n t e el c u a l la c l a s e g o b e r n a n t e n o s e d e j e g u ia r p o r las
n o r m a s c a l c u l a d a s p a r a u n t i e m p o le j a n o , sin o p o r c o n s i d e r a c i o n e s
r e v o l u c i o n a r i a s c o n f o r m e s c o n la f i n a l i d a d q u e se p e r s i g u e ” ( 1 )
D i v e r s o s a r t í c u l o s d e la C o n s t i t u c i ó n d e 1 9 1 8 a f i r m a n c o n é n f a ­
sis el p r i n c i p i o d e la d i c t a d u r a d e l p r o l e t a r i a d o . E l inciso g d e l a r t í c u ­
lo 3, el 9 y el 1 0, d e c l a r a n , e n v a r i a d o le n g u a j e , q u e la p l e n i t u d d e l
p o d e r c o r r e s p o n d e a la s c la s e s t r a b a j a d o r a s ; q u e e n el m o m e n t o d e
l u c h a d e c is i v a d e l p r o l e t a r i a d o c o n t r a sus e x p l o t a d o r e s n o p u e d e h a ­
b e r n i n g ú n lu g a r p a r a é s to s e n n i n g ú n ó r g a n o g u b e r n a t i v o ; q u e el o b ­
j e t o p r i n c i p a l d e la C o n s t i t u c i ó n p r o m u l g a d a p a r a el p e r í o d o d e t r a n ­
sic ió n c o n s is te e n el e s t a b l e c i m i e n t o d e la d i c t a d u r a d e l p ro letariad o
u r b a n o y r u r a l y d e la s c la s e s c a m p e s i n a s m á s p o b r e s a fin d e lle g a r
a l a p l a s t a m i e n t o c o m p l e t o d e la b u r g u e s í a , a la a b o l i c i ó n d e la e x p l o t a ­
c i ó n d e l h o m b r e p o r el h o m b r e y a la in s t itu c ió n d e l so c ia lis m o , sin
d iv is ió n d e c l a s e s ni p o d e r d e l E s t a d o ; e n fin, d e c l a r a n q u e le R e p ú ­
b l i c a d e R u s i a es la s o c i e d a d s o c ia l is ta l ib r e d e t o d o s los t r a b a j a d o r e s
d e R u s ia .
L a p r i m e r a c o n s e c u e n c i a d e l p r i n c i p i o e n u n c i a d o es la p r i v a c i ó n
d e l . d e r e c h o e l e c t o r a l a c t i v o y p a s i v o a la b u r g u e s í a .
L o s a r t í c u l o s 6 8 y 6 9 d e la c o n s t i t u c i ó n r u s a d e 1 9 2 5 , a n á l o ­
g o s a u n q u e n o i d é n t i c o s a lo s a r t í c u l o s 6 4 y 6 5 d e l t e x t o d e 1 9 1 8 ,
d i s p o n e n : q u e t i e n e n d e r e c h o a e le g ir y se r e l e g i d o s p a r a lo s S o v ie ts ,
sin d is t i n c i ó n d e se x o , re lig ió n , n a c i o n a l i d a d , d o m ic ilio , etc., lo s si­
g u i e n t e s c i u d a d a n o s q u e h a y a n c u m p l i d o 18 a ñ o s d e e d a d : a ) los q u e
s e g a n e n la v i d a c o n u n t r a b a j o p r o d u c t i v o y útil a la s o c i e d a d y los
q u e e je c u te n tr a b a jo s d o m é stic o s p a r a p e rm itir a aq u ello s q u e rea li­
c e n lo s s u y o s ; b ) los s o l d a d o s d e l e j é r c i t o r o j o y d e la m a r i n a r o j a
d e lo s S o v i e t s ; y c ) lo s c i u d a d a n o s d e la s c a t e g o r í a s a ) y b ) q u e h a ­
y a n p e r d i d o , e n c i e r t a m e d i d a , la c a p a c i d a d p a r a t r a b a j a r . N o p o ­
d r á n s e r e l e g i d o s ni eleg ir, a ú n c u a n d o se h a l l e n e n a l g u n a d e las c a t e ­
g o r í a s m e n c i o n a d a s a n t e r i o r m e n t e : a ) los q u e p e r c i b a n r e n t a s d e l t r a ­
b a j o a j e n o ; b ) los q u e v i v a n sin t r a b a j a r , d e i n t e r é s d e u n c a p ita l, in ­
g r e s o d e E m p r e s a s o d e u n c a u d a l , y d e o t r o s m e d i o s a n á l o g o s ; c ) los
c o m e r c i a n t e s p r i v a d o s y c o m i s i o n i s t a s ; d ) los m o n j e s y s a c e r d o t e s
d e los d i f e r e n t e s c u lto s , p a r a q u i e n e s e s te m o d o d e v iv ir c o n s titu y a
u n a p r o f e s i ó n ; e ) lo s a g e n t e s y e m p l e a d o s d e la a n t i g u a p o lic ía , d e l
c u e r p o e s p e c i a l d e g e n d a r m e s y d e las s e c c io n e s d e v ig ila n c ia , así c o ­
m o los m i e m b r o s d e la d i n a s t í a e x r e i n a n t e e n R u s i a ; f ) la s p e r s o n a s
i n c a p a c i t a d a s a c a u s a d e d e b i l i d a d m e n t a l o l o c u r a y la s p e r s o n a s
b a j o t u t e l a ; y g ) la s p e r s o n a s c o n d e n a d a s p o r s e n t e n c i a r e g u l a r c o m o
Amanta 51

r e o s d e d e l i t o s i n f a m a n t e s o c o m e t i d o s c o n á n i m o d e lu c r o , d u r a n t e el
p la z o s e ñ a l a d o p o r la l e y o l a r e s p e c t i v a s e n t e n c i a .
D e e s t a m a n e r a la c a p a c i d a d p o l í t i c a q u e d a v i n c u l a d a a la c o n ­
d ic ió n s o c ia l y e c o n ó m i c a d e l i n d i v i d u o e n s e n t i d o i n v e r s o a la s a n t i ­
g u a s c a l i f ic a c io n e s a r i s t o c r á t i c a s u o l i g á r q u i c a s . L a p o s e s i ó n d e b i e n e s
y r e n ta s , la d e d i c a c i ó n a l c o m e r c i o p r i v a d o o l a v i n c u l a c i ó n c o n la
d in a s tía e x - r e i n a n t e , q u e e r a n a n te s req u isito s d e c a p a c id a d p olítica,
so n a h o r a m o t i v o s d e i n c a p a c i d a d e l e c t o r a l .
O t r a d e las c o n s e c u e n c i a s i m p o r t a n t e s d e l p rincipio d ic ta to ria l
es el r e c o n o c i m i e n t o d e l i b e r t a d e s y d e r e c h o s i n d i v i d u a l e s s ó lo a la
clase g o b e r n a n t e , r e s t r i c c i ó n q u e y a h ic e n o t a r al h a c e r la e x p o s i c i ó n
d e las d e c l a r a c i o n e s y b a s e s f u n d a m e n t a l e s d e la s R e p ú b l i c a s s o v i é ­
ticas.
R e a f i r m a n d o el c a r á c t e r d i c t a t o r i a l f r a n c o d e l g o b i e r n o r e v o l u ­
cio n ario , e x p r e s ó L e n i n e n 1 9 2 0 a F e r n a n d o d e lo s R í o s : “ N o s o t r o s
n u n c a h e m o s h a b l a d o d e l i b e r t a d , s in o d e d i c t a d u r a d e l p r o l e t a r i a d o ;
la e j e r c e m o s d e s d e el P o d e r , e n p r o d e l p r o l e t a r i a d o , y c o m o e n R u s i a
la c lase o b r e r a p r o p i a m e n t e d i c h a , e s t o es, la c l a s e o b r e r a i n d u s t r i a l ,
es u n a m i n o r í a , la d i c t a d u r a es e j e r c i d a p o r e s a m i n o r í a , y d u r a r á
m ie n tr a s n o s e s o m e t a n lo s d e m á s e l e m e n t o s s o c i a l e s a la s c o n d i c i o ­
nes e c o n ó m i c a s q u e el c o m u n i s m o i m p o n e , y a q u e p a r a n o s o t r o s es u n
d e lito así el e x p l o t a r a o t r o h o m b r e c o m o el g u a r d a r s e l a h a r i n a q u e
ha m enester alg u ien ” ( 2 ) .
La representación gremial y los soviets. — L a r e p r e s e n t a c i ó n
g r e m ia l e n c a r n a d a e n lo s “ s o v i e t s ” es o t r o d e lo s p r i n c i p i o s c a r d i n a l e s
d e la e s t r u c t u r a p o l í t i c a y e c o n ó m i c a d e l a s R e p ú b l i c a s s o c i a l i s t a s d e
R usia. L o s “ s o v i e t s " s o n l o s ó r g a n o s b á s i c o s d e l a d i c t a d u r a r e v o l u ­
c io n a r ia , o f i c i a l m e n t e c o n s a g r a d o s p o r la C o n s t i t u c i ó n . E l a r t í c u l o 1
-de la C o n s t i t u c i ó n d e 1918 d e c l a r a q u e “ R u s i a es R e p ú b l i c a d e lo s So­
v ie ts d e o b r e r o s , s o l d a d o s y c a m p e s i n o s ” ; y el a r t í c u l o 7 e s t a b l e c e q u e
“ el p o d e r d e b e p e r t e n e c e r í n t e g r a y e x c l u s i v a m e n t e a la s m a s a s t r a b a ­
j a d o r a s y a su r e p r e s e n t a c i ó n a u t o r i z a d a : a lo s s o v i e t s d e o b r e r o s ,
so ld a d o s y c a m p e s in o s ” .
E l “ s o v i e t ” n o e s s in o u n c o n s e j o c o n s t i t u i d o p o r r e p r e s e n t a n t e s
d e los o b r e r o s u r b a n o s y r u r a l e s d i s t r i b u i d o s p o r g r e m i o s , e m p r e s a s
o s in d i c a to s . A p a r e c e p o r p r i m e r a v e z e n R u s i a e n 1905, c u a n d o el
m o v i m i e n t o l i b e r a l o b l i g ó al Z a r a c r e a r l a D u m a y h ac er co n cesio ­
nes. E l 1 1 d e o c t u b r e d e e s e a ñ o , u n c o m i t é d e o b r e r o s d e S a n P e t e r s -
b u r g o l a n z ó u n a i n v i t a c i ó n a lo s t r a b a j a d o r e s d e la s f á b r i c a s , u s i n a s y
e m p r e s a s c o m e r c i a l e s , a s í c o m o a lo s c u e r p o s d e a r t e s a n o s y a lo s s in ­
d i c a t o s p r o f e s i o n a l e s p a r a q u e e l i g i e r a n u n d e l e g a d o p o r c a d a 500
p e r s o n a s a fin d e f o r m a r u n c o m i t é r e p r e s e n t a t i v o d e t o d o s lo s o b r e ­
ro s d e la c i u d a d p a r a d i r i g i r el m o v i m i e n t o h u e l g u i s t a . E ste co m ité
se l l a m ó i n d i s t i n t a m e n t e c o m i t é , u n i ó n y c o n s e j o o s o v i e t , s i e n d o e s t e
ú lti m o el n o m b r e q u e p r e v a l e c i ó . El so v ie t d e S a n P e te r s b u r g o lleg ó a
c o n t a r c o n 552 m i e m b r o s y p a r a la e j e c u c i ó n d e sus d e c i s i o n e s f o r m ó
un C o m ité E je c u tiv o . A s e m e j a n z a d e este so v ie t se f o r m a r o n o tro s
e n los g r a n d e s c e n t r o s i n d u s t r i a l e s ( 3 ) .
El s o v ie t, q u e d e s d e su s o r í g e n e s t u v o t e n d e n c i a s r e v o l u c i o n a r i a s ,
renació se g ú n h e m o s visto, en f e b r e r o d e 1 9 1 7 , p e r f e c c io n á n d o s e y a m ­
p l i á n d o s e su o r g a n i z a c i ó n e n i o d o el t e r r i t o r i o r u s o t a n r á p i d a m e n t e
q u e e n j u n i o d e l m i s m o a n o p u d o y a r e u n i r s e el p r i m e r c o n g r e s o p a n -
r u s o d e lo s s o v i e t s , q u e f u é e n a d e l a n t e e! ó r g a n o p o l í t i c o s u p r e m o .
 52 Amauta
M i e n t r a s lo s s o c ia lis ta s m o d e r a d o s a c e p t a b a n lo s s o v ie ts s ó lo c o m o ó r ­
g a n o s d e e d u c a c i ó n y p r o p a g a n d a p o lít ic a , i n d e p e n d i e n t e s d e la m a ­
q u i n a r i a g u b e r n a t i v a , lo s b o l c h e v i q u e s lo s c o n s i d e r a b a n c o m o el v e r ­
d a d e r o i n s t r u m e n t o d e la r e v o l u c i ó n s o c ia l y d e l a d i c t a d u r a p r o l e t a ­
ria, c o m o e n e f e c t o lo f u e r o n .
L e ó n T r o t s k y e x p l i c a m u y b i e n el p a p e l d e lo s s o v i e t s e n la r e ­
v o l u c i ó n r u s a “ L o s s o v ie ts , d ic e , s o n u n i n s t r u m e n t o d e d o m i n i o p r o ­
le tario q u e no p u e d e n ser sustituidos p o r n a d a , p re c isa m e n te p o r q u e
su s c u a d r o s s o n f le x i b le s y e l á s tic o s y t o d a s la s m a n i f e s t a c i o n e s , n o
s ó lo s o c ia le s sin o t a m b i é n p o l í t i c a s q u e se p r o d u c e n e n la p o s ic ió n
r e l a t i v a d e l a clases, p u e d e n h a l l a r i n m e d i a t a m e n t e su e x p r e s i ó n e n el
m e c a n i s m o s o v ie tis ta . E m p e z a n d o p o r las g r a n d e s f á b r ic a s , los S o v ie ts
h a c e n e n t r a r lu e g o e n su o r g a n i z a c i ó n a lo s o b r e r o s d e lo s ta lle r e s
y a los e m p l e a d o s d e c o m e r c i o ; d e a h í s e t r a s l a d a n a los p u e b l o s , o r ­
g a n i z a n la l u c h a d e lo s c a m p e s i n o s c o n t r a lo s t e r r a t e n i e n t e s , y a l z a n
m á s t a r d e a la s c a p a s in f e r i o r e s y m e d i a s d e l m u n d o c a m p e s i n o c o n ­
t r a lo s l a b r a d o r e s ricos. E l E s t a d o o b r e r o t o m a a su s e rv ic io i n n u m e r a ­
b l e s e m p l e a d o s q u e p e r t e n e c e n e n c i e r to s r e s p e c t o s a la b u r g u e s í a y
a i m u n d o i n t e l e c t u a l b u r g u é s . A m e d i d a q u e se a c o s t u m b r a n a la d is ­
c i p l i n a d e l r é g i m e n s o v ié tic o , a d q u i e r e n la p o s i b i l i d a d d e h a c e r s e r e ­
p r e s e n t a r e n el s i s t e m a d e lo s S o v ie ts . E n s a n c h á n d o s e y r e d u c i é n d o s e
a v e c e s , s e g ú n se e x t i e n d a n o d i s m i n u y a n la s p o s i b i l i d a d e s s o c ia le s
c o n q u i s t a d a s p o r el p r o l e t a r i a d o , el s i s t e m a s o v i e t i s t a s ig u e s i e n d o
el i n s t r u m e n t o d e G o b i e r n o d e l a r e v o l u c i ó n s o c ia l e n su d i n á m i c a i n ­
t e r n a , e n sus e r r o r e s y e n sus é x ito s . C u a n d o la r e v o l u c i ó n s o c ia l h a ­
y a t r i u n f a d o d e f i n i t i v a m e n t e , el s i s t e m a s o v i e t i s t a se e x t e n d e r á a t o d a
l a p o b l a c i ó n , p e r d i e n d o p o r lo m i s m o d e s d e e n t o n c e s su c a r á c t e r g u ­
b e r n a m e n ta l, y se tr a n s f o r m a r á en u n a p o d e r o s a c o o p e ra c ió n d e p r o ­
d u cto res y co n su m id o res” .
E l s i s t e m a d e c o n g r e s o s p e r m i t i ó a lo s s o v i e t s a d q u i r i r u n a o r ­
g a n i z a c i ó n s ó l i d a q u e f u é el s e c r e t o d e su é x ito . E s e s i s t e m a h a b í a s id o
y a a d o p t a d o i n s t i n t i v a m e n t e p o r t o d a s la s u n i o n e s p o l í t i c a s y e c o n ó ­
m i c a s l i b e r a l e s o r e v o l u c i o n a r i a s d e R u s ia , in c lu s iv e p o r la s U n i o n e s
d e m u n icip io s u r b a n o s y ru ra les f o r m a d a s d u r a n te la g u e rra p a r a c o o ­
p e r a r c o n el G o b i e r n o e n c i e r t o s a s p e c t o s d e la a c t i v i d a d b é lic a . T i e n e
p o r b a s e , n o el i n d i v i d u o , s in o el g r u p o p r o f e s i o n a l , a d m i n i s t r a t i v o o
p o l í t i c o , u n i d a d c o l e c tiv a , c u y o s r e p r e s e n t a n t e s f o r m a n el c o n g r e s o g e ­
n e r a l d e l a o r g a n i z a c i ó n . E s t e c o n g r e s o , q u e se r e ú n e p e r i ó d i c a m e n t e
p o r c o r t o t i e m p o , t i e n e l a p l e n i t u d d e lo s p o d e r e s ; p e r o se li m i t a a
e s t a b l e c e r la s d i r e c t i v a s g e n e r a l e s y d e l e g a su s d e r e c h o s a u n
c o m i t é d i r e c t i v o p e r m a n e n t e b a s t a n t e n u m e r o s o . E s t e ú l ti m o , a su v ez ,
e l ig e p a r a el d e s p a c h o d e lo s a s u n t o s c o r r i e n t e s u n ó r g a n o e j e c u t i v o d e
p o c o s m i e m b r o s , r e s p o n s a b l e a n t e el c o m i t é .
L a r e v o l u c i ó n d e o c t u b r e n o h iz o o t r a c o s a q u e a p l i c a r a la o r g a n i ­
zació n d el E s ta d o ese sistem a d e cong reso s, c o m ité s y c o n s e jo s q u e h a s ­
t a e n t o n c e s s ó lo h a b í a s i d o u t i l i z a d o p o r a g r u p a c i o n e s i n d e p e n d i e n t e s
d e l E sta d o .
D i v i s i ó n c u a n t i t a t i v a d e l p o d e r p ú b l i c o . — O t r o d e lo s c a r a c t e ­
r e s p e c u l i a r e s d e l r é g i m e n p o l í t i c o b o l c h e v i q u e es su r a d i c a l a p a r t a ­
m i e n t o d e la d o c t r i n a c l á s i c a d e l a s e p a r a c i ó n d e p o d e r e s . N o es r a s ­
g o o r ig in a l p o r q u e e s e p r i n c i p i o se h a a t e n u a d o m u c h o e n la p r á c t i c a
c o n s t i t u c i o n a l d e t o d o s lo s p u e b l o s y ti e n e m í n i m a i m p o r t a n c i a e n los
s i s t e m a s p a r l a m e n t a r i o s y e n el c o l e g i a d o d e S u iza . S in e m b a r g o , R u -
( Sigue en la p á g in a 5 7 )
Amauta 53

'

“El Conde” , por E gúren

Martín Adán Srta. María Koechlin^Eguren César Moro

( D e l á l b u m f o t o g r á f i c o d e J o s é M. E g u r e n )
54 Amauta

‘U ltim o s d ía s ” .

Berta Singermann Jorge Basadre Juana de Ibarbourou

Srta. Lala Eguren Nomi Miilstein Blanca Luz Brum

( D e l á l b u m f o t o g r á f i c o d e J o s é M. E g ú r e n . A g r a n d a d a s )
Amauta 55

ARTE M E X IC A N O .— “ i - r u t e r a ” , d ib u jo al lápiz p o r E r a s to C ortez.

el á n g e l y l a r o s a
(A José María Eguren claro y sencillo)

v o z d e á n g e l ro sa recién c o r ta d a

p ie l d e r o s a u n á n g e l m i r a n d o el m a r

c r e c e el b r a z o d e u n a r o s a p o r e s o u n a e s t r e l l a n i ñ a l lo r a

y a e n c o n t r é t u f lo r a y e r m i r a b a s d e m a s i a d o el p a r q u e
 Amaula

“ F áb rica” , por E rasto C ortez.

el n iñ o c r e e q u e la c e b r a es u n a n i m a l

la c e b r a es u n j a b ó n v e j e t a l

y la r o s a es u n b o t ó n d e n á c a r

o u n a g o l o n d r i n a p i n t a d a e n el m a r el á n g e l s o lo

C. Oquendo de Amat.
Amaina 57

sia h a a c e n t u a d o m á s q u e I n g l a t e r r a y S u iz a , la c o n f u s i ó n e i n t e r d e p e n -
d e n c i a d e la s f u n c i o n e s l e g i s l a t i v a y e j e c u t i v a . S e g ú n Y a n e f f , “ lo s ju r i s ­
c o n s u l t o s s o v i é t i c o s e s t i m a n q u e e s t a d iv is ió n c a p i t a l i s t a d e l p o d e r p ú ­
b l i c o es i n c o m p a t i b l e c o n u n a d i c t a d u r a e f ic a z d e l p r o l e t a r i a d o . A l
d o g m a d e la s e p a r a c i ó n d e p o d e r e s d i f u n d i d o p o r M o n t e s q u i e u o p o ­
n e n u n a c o n c e p c i ó n n u e v a d e la r e p a r t i c i ó n d e p o d e r e s , c o n c e p c i ó n
l l a m a d a d e la “ d i m e n s i ó n d e l p o d e r ” ( 5 ) . E n e f e c to , n o h a y d i f e ­
r e n c i a e s e n c ia l d e n a t u r a l e z a e n t r e la s a t r i b u c i o n e s d e l C o n s e j o d e los
C o m isario s d el P u eb lo , del C o m ité E jecu tiv o C e n tral y del C o n g reso
d e lo s S o v ie ts . L a d i f e r e n c i a s é h a l l a e n l a d i m e n s i ó n d e l p o d e r d e t e r ­
m i n a d a p o r l a s u b o r g a n i z a c i ó n j e r á r q u i c a e x i s t e n t e e n t r e lo s d i v e r s o s
órganos.

E s t a d o c t r i n a c o n s t i t u c i o n a l im p l ic a , e n r e a l i d a d , u n a s u s t itu c i ó n
d e la c l á s i c a d i v is ió n c u a l i t a t i v a d e l p o d e r p ú b l i c o c o n u n a d iv is ió n
s i m p l e m e n t e c u a n t i t a t i v a . C a d a u n o d e lo s ó r g a n o s g u b e r n a t i v o s e j e r ­
c e f u n c i o n e s le g i s l a t i v a s y e j e c u t i v a s , q u e d a n d o p r á c t i c a m e n t e a b o l i d a
la tr a d ic io n a l distinción e n tre “ le y es” y “ d e c r e to s ” u “ ó r d e n e s ” ; p e ­
r o l a a m p l i t u d y p r e e m i n e n c i a d e sus p o d e r e s s o n m a y o r e s c u a n t o m á s
a l t a es su s i t u a c i ó n e n l a j e r a r q u í a a d m i n i s t r a t i v a . G r á f i c a m e n t e , p o ­
d r í a n r e p r e s e n t a r s e lo s ó r g a n o s g u b e r n a t i v o s d e la U n i ó n y d e lo s E s ­
t a d o s s o v i é t i c o s p o r m e d i o d e c í r c u l o s c o n c é n t r i c o s , s i e n d o el c í r c u lo
e n v o l v e n t e el C o n g r e s o P a n r u s o d e lp s s o v ie ts , a u t o r i d a d s u p r e m a d e
l a U n i ó n d e lo s S o v ie ts .
M a n d a t o im p e r a tiv o y r e v o c a b le . — Es ta m b ié n u n c a rá c te r ori­
g i n a l d e l s i s t e m a p o l í t i c o b o l c h e v i q u e l a d e t e r m i n a c i ó n d e la s r e l a c i o ­
n e s e x i s t e n t e s e n t r e lo s f u n c i o n a r i o s r e p r e s e n t a t i v o s y su s e l e c to r e s .
E sas relaciones, se g ú n Y a n e ff, se c a ra c te riz a n p o r tres n o cio n es e s e n ­
ciales: m a n d a t o im p e ra tiv o , r e s p o n s a b i l i d a d d e l d i p u t a d o a n t e sus e-
l e c t o r e s v p o s i b i l i d a d d e r e v o c a c i ó n d e l m a n d a t o a n t e s d e la e x p i ­
r a c i ó n d e l t i e m p o p a r a el c u a l f u é c o n f e r i d o .
L a a s a m b l e a e l e c t o r a l , e n c a d a c a s o , s e ñ a l a a sus d i p u t a d o s u n a
l í n e a d e c o n d u é l a i m p e r a t i v a , y n o les r e c o n o c e el p o d e r d e d e t e r m i ­
n a c i ó n p r o p i a q u e lo s s i s t e m a s c l á s ic o s d e g o b i e r n o d e m o c r á t i c o dan
a los r e p r e s e n ta n te s d el p u eb lo .

E n c o n f o r m i d a d c o n es e p r i n c i p o s lo s r e p r e s e n t a n t e s e s t á n e n r e ­
lación m á s d ire c ta e in m e d ia ta c o n sn seelecto res y tie n en u n a r e s p o n ­
s a b i l i d a d m á s e s t r e c h a . D e n t r o d e lo s d í s d í a s p o s t e r i o r e s d e l a c l a u ­
s u r a d e la s s e s io n e s d e l s o v ie t, lo s d i p u t a d o s t i e n e n l a o b l i g a c i ó n d e
p r e s e n t a r un, i n f o r m e s o b r e su l a b o r , y a n t e s d e l a a p e r t u r a d e la s s e ­
s i o n e s e s t á n o b l i g a d o s a d is c u t i r c o n su s e l e c t o r e s la s c u e s t i o n e s q u e
h a n d e r e s o l v e r s e e n el s o v ie t.

C u a n d o lo s e l e c t o r e s n o e s t á n s a t i s f e c h o s d e l a l a b o r o d e la s o-
p i n i o n e s d e su d i p u t a d o p u e d e n r e v o c a r su m a n d a t o a n t e s d e l t é r m i ­
n o e s t a b l e c i d o p a r a su d u r a c i ó n , t é r m i n o q u e , a d e m á s , es g e n e r a l m e n ­
t e c o r t o , n o m a y o r d e u n a ñ o . S e e v i t a a s í q u e o t r o s i n te r e s e s , p r o p i o s
o a j e n o s , d e s v í e n a lo s d i p u t a d o s d e l a d e f e n s a d e lo s i n t e r e s e s d e
su s e l e c t o r e s . A ú n lo s j u e c e s s o n e l e g i d o s p o r u n a ñ o y pueden ser
r e v o c a d o s a n t e s d e e s e p l a z o , a s e m e j a n z a d e lo s d e m á s f u n c i o n a r i o s
p o lít ic o s .
5* Amauta
IV. APRECIACIONES CRITICAS
El valor histórico de la obra política del bolchevismo

El sistem a p o lítico es ta b le c id o en R usia d e b e ju z g a rse d e s d e d o s

p u n t o s d e v i s t a d i f e r e n t e s : el d e su v a l o r h i s t ó r i c o y el d e su v a l o r
d o c t r i n a r i o y u n iv e r s a l.
D e s d e el p r i m e r p u n t o d e v is ta , lo s h e c h o s p e r m i t e n a f i r m a r q u e
el b o l c h e v i s m o , l e j o s d e se r c a u s a n t e d e l c a o s y la r u i n a d e R u s ia ,
h a s a l v a d o a su p u e b l o d e m a y o r e s d e s a s tr e s . R e c o r d e m o s b r e v e m e n ­
t e su l a b o r r e c o n s t r u c t i v a .
L a s i t u a c i ó n e n q u e el b o l c h e v i s m o a s u m i ó el p o d e r f u e d e s e s ­
p e r a n t e . L a d e s c r i b e m u y b i e n el g r a n e s c r ito r in g lé s H . G . W e l l s :
“ E l z a r i s m o h a b í a d e s p i l f a r r a d o l a tie r r a , p e r d i d o el c o n t r o l d e su e-
j é r c i t o y la c o n f i a n z a d e t o d o su p u e b l o . S u s i s t e m a d e p o l i c í a h a b í a
d e g e n e r a d o en un ré g im e n d e violencia y b a n d id a je . C a y ó in e v ita b le ­
m e n te , y n o h a b í a g o b ie rn o p r e p a r a d o p a r a su ced erle. D u r a n te g e n e ­
r a c i o n e s la s p r i n c i p a l e s e n e r g í a s d e l z a r i s m o se h a b í a n d i r i g i d o a d e s ­
tr u i r t o d a p o s i b i l i d a d d e c a m b i o d e g o b i e r n o . S e h a b í a m a n t e n i d o
s o b r e e s a b a s e . M a l o c o m o era , n o h a b í a o t r o q u e p u d i e r a r e e m p l a ­
z a r lo . L a p r i m e r a r e v o l u c i ó n , p o r c o n s i g u i e n t e , c o n v i r t i ó a R u s i a e n u n a
a s a m b l e a d e t u m u l t u o s o s d e b a t e s y e n u n a c o n f u s a m a s a p o lít ic a . L a s
tu e rz a s lib e rale s d el país, n o a c o s t u m b r a d a s a la a c c i ó n o la r e s p o n ­
s a b i l i d a d , se d e d i c a r o n a c l a m o r o s a s d is c u s io n e s s o b r e si R u s ia d e b í a
ser u n a m o n a rq u ía con stitu cio n al, una r e p ú b l i c a l ib e r a l, u n a r e p ú ­
b l i c a s o c ia l is ta u o t r a c o s a ” . “ D e u n e x t r e m o a o t r o d e R u s i a y e n la s
p o b l a c i o n e s d e h a b l a r u s a d e t o d o el m u n d o s ó lo h a b í a u n g r u p o d e
h o m b r e s q u e te n ía ciertas id e a s g e n e ra le s p a r a e la b o r a r un p r o g r a m a
c o m ú n y u n a v o l u n t a d c o m ú n : e r a el P a r t i d o C o m u n i s t a . M i e n t r a s q u e
el r e s t o d e R u s i a e s t a b a e n t r e g a d o y a s e a a l a a p a t í a , c o m o lo s c a m ­
p e s in o s , y a a e s té r ile s d is c u s io n e s , o a la v i o l e n c i a y el m i e d o , lo s c o ­
m u n i s t a s t e n í a n u n a fé y e s t a b a n p r e p a r a d o s p a r a a c t u a r e n s e r v ic io d e
ella. E r a n s ó lo u n a p e q u e ñ a p a r t e d e la p o b l a c i ó n r u s a ; p e r o c o m o su
p a r ti d o fué en esos te rrib le s d ía s la ú n ic a o rg an iz ac ió n q u e g u ia b a a
lo s h o m b r e s h a c i a u n a a c c i ó n c o m ú n y lo s s o s t e n í a c o n u n a p r o g r a m a
d e c o n f i a n z a m u t u a , p u d o a d u e ñ a r s e d e l p o d e r y r e t e n e r el c o n t r o l d e l
a rru in ad o im p erio " ( 6 ) .
U n a v e z e n el p o d e r , el p a r t i d o c o m u n i s t a se e n c o n t r ó f r e n t e a
lo s m á s t e r r i b l e s p r o b l e m a s . P a r a c o m p r e n d e r la m a g n i t u d d e ellos,
h a y q u e r e c o r d a r q u e g o b e r i ’ r b a u n p u e b l o d e cienr o t r e i n t a m i l l o n e s
d e h a b i t a n t e s , d i s e m i n a d o s e n u n t e r r i t o r i o e n o r m e , a c o s a d o s p o r et
h a m b r e y el f río i n v e r n a l , d e s i l u s i o n a d o s p o r la s p e n a l i d a d e s d e u n a
g u e r r a d e tr e s a ñ o s , d e s m o r a l i z a d o s p o r el f r a c a s o d e t o d a s las a u t o ­
r i d a d e s y t o d o s lo s p r i n c i p i o s q u e h a s t a e n t o n c e s h a b í a n m a n t e n i d o el
o r d e n . El g o b ie rn o sov iético h u b o d e d e s p le g a r e x c e p c io n a l e n e r g ía y
c a p a c i d a d o r g a n i z a d o r a p a r a sa lir d e l c a o s d e v e n g a n z a , d esórdenes
y a r b i t r a r i e d a d d e lo s p r i m e r o s m e s e s d e l a R e v o l u c i ó n . A m e d i a d o s
d e 1 ^ 1 8 es e p r o p ó s i t o e s t a b a e n g r a n p a r t e r e a l i z a d o y se h a b í a o b ­
t e n i d o ia c o n c e n t r a c i ó n d e l p o d e r p ú b l i c o e n lo s ó r d e n e s m il ita r , p o ­
lítico y e c o n ó m i c o . V i n o e n t o n c e s l a g u e r r a c iv il; el e s f u e r z o p a r a
contrarrestar lo s a t a q u e s r e a c c i o n a r i o s d e a v e n t u r e r o s sin p r i n c i p i o s
n i prestigio c o m o D e n i k i n , K o l c h a k y W r a n g e l , a p o y a d o s p o r lo s g o ­
b i e r n o s a l i a d o s ; l a f o r m a c i ó n d e l e j é r c i t o r o j o y el r é g i m e n d e t e r r o r
p a r a m a n t e n e r la o b e d i e n c i a y el o r d e n . A l m i ' m o t i e m p o , e n el c a m -
Amauta 59

p o e c o n ó m i c o , s e e n s a y a b a el c o m u n i s m o e n f o r m a e x t r e m a : n a c i o n a ­
l iz a c ió n d e las in d u s t r ia s , s u p r e s i ó n d e l c o m e r c i o p r i v a d o , m o n o p o l i o
d e lo s p r o d u c t o s a g r í c o l a s p o r el E s t a d o ; y, p a r a s a l v a r los a p u r o s
fiscales, se h a c í a n d e s o r d e n a d a s e m is io n e s d e p a p e l m o n e d a .
T e r m i n a d a la g u e r r a civil a p r i n c i p i o s d e 1 9 2 0 , el g o b i e r n o d ir i­
g ió su a t e n c i ó n a la r e c o n s t r u c c i ó n e c o n ó m i c a e i n t e n t ó e s t a b l e c e r u n
p i a n u n i f o r m e d e a c t i v i d a d e n t o d o el p a ís, b a s a d o e n la e l e c t r i f i c a ­
c i ó n d e las i n d u s t r i a s y la c o n c e n t r a c i ó n d e la p r o d u c c i ó n i n d u s t r i a l
y a g r í c o l a , d e las v í a s d e c o m u n i c a c i ó n , el c o m e r c i o e x t e r io r , la r e p a r ­
tic ió n y el c o n s u m o , a p l i c a n d o el p r i n c i p i o d e l t r a b a j o o b l i g a t o r i o p o r
m é t o d o s d e c o a c c i ó n m ilita r.
L a e c o n o m í a r u s a su f rió d u r a n t e e s o s e n s a y o s g r a v e s t r a s t o r n o s
y q u e b r a n t o s , e n p a r t e s e m e j a n t e s a los s u f r i d o s p o r t o d a E u r o p a p o r
c a u s a s g e n e r a l e s d e r i v a d a s d e la g u e r r a , y e n p a r t e p o r el f r a c a s o d e l
c o m u n i s m o e x t r e m o . H e a q u í c o m o r e c o n o c e ese f r a c a s o el m i s m o
L e n i n , e n su f a m o s o d i s c u r s o d e 17 d e o c t u b r e d e 1 9 2 1 , a n t e el C o ­
m ité d e E d u c a c ió n P o lítica del X C o n g re so del P a r tid o C o m u n ista :
“ E n teo ría, d e s d e 1918 n u e s tra literatu ra s u b r a y a b a c la r a m e n te que
l a s o c i e d a d c a p i t a l i s t a p a s a a la c o m u n i s t a p r e v i o u n l a r g o p e r í o d o d e
c o n t r o l y d e r e g l a m e n t a c i ó n so c ia lis ta , m á s e s to lo h e m o s o l v i d a d o ,
p o r d e c i r l o así, e n la f ie b r e d e la g u e r r a c i v i l ........... “ N u e s t r a d e r r o ­
t a e n el f r e n t e e c o n ó ,iico n o d a l u g a r a d u d a s y es u n a d e r r o t a m u y
g r a v e ; p l a n t e a m o s , p u e s la c u e s ti ó n d e la n u e v a p o l í t i c a e c o n ó m i c a
c o n p l e n a c o n c i e n c i a ” . . . . " E s t á c o m p r o b a d o q u e n u e s t r a p o l í t i c a e-
c o n ó m i c a , ta l c o m o e r a c o n c e b i d a p o r lo s ó r g a n o s d i r e c t o r e s , n o c o ­
r r e s p o n d í a e n m o d o a l g u n o a lo q u e p a s a b a e n la s m a s a s , y q u e n o
e r a c a p a z d e l e v a n t a r la s f u e r z a s p r o d u c t o r a s . L a r e h a b i l i t a c i ó n d e las
f u e r z a s p r o d u c t i v a s e r a d i f i c u l t a d a p o r la s r e q u is a s e n las a l d e a s y p o r
l a i n t r o d u c c i ó n i n m e d i a t a d e los m é t o d o s c o m u n i s t a s e n la s c i u d a d e s .
E s t a p o l í t i c a es la q u e h a p r o v o c a d o la crisis p r o f u n d a , e c o n ó m i c a
y p o l í t i c a , q u e h a h e c h o e s t r a g o s e n la p r i m a v e r a d e 1 9 2 1 ”
E l c i t a d o d i s c u r s o y o t r o s q u e p r o n u n c i ó L e n i n a n t e el X C o n ­
g r e s o d e l P a r t i d o C o m u n i s t a m a r c a n u n c a m b i o f u n d a m e n t a l e n la p o ­
l ít ic a d e l g o b i e r n o s o v ié tic o . S e in ic ia la l l a m a d a n u e v a p o l í t i c a e c o ­
n ó m i c a ( l a N e p ) . E l m o n o p o l i o d e l E s t a d o s o b r e lo s p r o d u c t o s a g r í ­
c o l a s es a b o l i d o y r e e m p l a z a d o .
S i g u i e - d o e s a p o l í t i c a m o d e r a d a y r e a l i s t a q u e se m a n t i e n e h a s t a
h o y , el g o b i e r n o s o v i é t i c o h a s a n e a d o el s i s t e m a m o n e t a r i o d e R u s i a
e n f o r m a a n á l o g a a o t r o s p u e b l o s c a p ita lis t a s , y h a a v a n z a d o t a n t o
c o m o é s to s e n la t a r e a d e su r e c o n s t r u c c i ó n e c o n ó m i c a . Sin p e r j u i c i o
d e e s t a l a b o r , l l e v a a d e l a n t e su p r o g r a m a s o c ia l is ta d e e d u c a c i ó n p o ­
p u l a r y r a d i c a l t r a n s f o r m a c i ó n d e la s in s t itu c io n e s j u r í d i c a s y e c o n ó ­
m i c a s y p l a n t e a a n t e el m u n d o u n p r o g r a m a p a c i f i s t a m á s a v a n z a d o
q u e lo s t í m i d o s p r o y e c t o s d e la d i p l o m a c i a o c c id e n ta l .
E ste r á p id o esb o zo d e la o b r a re c o n stru c tiv a r e a liz a d a p o r el
g o b i e r n o b o l c h e v i q u e e n m e d i o d e la s c i r c u n s ta n c ia s m á s d e s f a v o r a ­
b le s es su m e j o r j u s t if i c a c ió n a n t e la h is to ria . E s in ú til d is c u tir s o b r e
h i p ó t e s i s t a le s c o m o la p o s i b l e s u p e r i o r i d a d d e u n g o b i e r n o dem o­
c r á t i c o l ib e r a l, o la c o n v e n i e n c i a d e q u e R u s ia h u b i e r a e v o l u c i o n a ­
d o g r a d u a l m e n t e d e l z a r i s m o al s o c ia l is m o . E l h e c h o es q u e e n m e ­
d i o d e la i m p o t e n c i a y a n a r q u í a g e n e r a l , el b o l c h e v i s m o i m p u s o el
o r d e n y la o r g a n i z a c i ó n , s a l v ó a su p u e b l o d e a v e n t u r e r o s i n c a p a c e s ,
l o d e f e n d i ó d e la h a m b r u n a , d e la i n v a s i ó n e x t r a n j e r a y d e l b l o q u e o .
60 Amauta
s e c o n s a g r ó c o n e n e r g í a y b u e n a f é a r e a l i z a r su p r o g r a m a social, y,
f i n a l m e n t e , s u p o r e c tif ic a r a t i e m p o sus p r o p i o s e r r o r e s , a d o p t a n d o
c o n f r a n q u e z a y v a l o r u n a n u e v a p o l í t i c a m e n o s e x t r e m is t a , sin s a c r i­
f ic a r lo s p r in c i p i o s e s e n c ia le s d e la r e v o lu c ió n .
L a h is t o r i a d e b e r á r e c o n o c e r a d e m á s u n g r a n s e r v ic io q u e el b o l ­
c h e v i s m o h a p r e s t a d o a la h u m a n i d a d . E s i n e s t i m a b l e el v a l o r d e su s
a u d a c e s e x p e r i e n c i a s e n el c a m p o d e l d e r e c h o , la e c o n o m í a , la e d u c a ­
c ió n y l a p o lít ic a . P e r o , s o b r e t o d o , h a s id o d e e n o r m e t r a s c e n d e n c i a
l a h o n d a c o n m o c i ó n q u e la r e v o l u c i ó n r u s a h a p r o d u c i d o e n l a c o n ­
c i e n c ia h u m a n a . L o s p o l í t i c o s e i d e ó l o g o s , q u e p r e d i c a n la c o n s e r v a ­
c ió n d e lo e x i s te n te , el r e s p e t o a las t r a d i c i o n e s i n m u t a b l e s , la p e r p e ­
t u a c i ó n d e los p r iv ile g io s d e a r i s t o c r a c i a s y o lig a r q u ía s , h a n v is t o c ó m o
f u e i m p o t e n t e la s o b e r b i a y el o r g u llo d e lo s a r i s t ó c r a t a s p a r a c o n ­
t e n e r l a a v a l a n c h a d e los o p r i m i d o s , c ó m o t o d a s la s in s t itu c io n e s y
lo s h o m b r e s s o n e f í m e r o s y v u l n e r a b l e s c u a n d o su f u e r z a d e s c a n s a e n
l a o p e r a c i ó n , el e n g a ñ o y la in ju stic ia. E s u n a t e r r i b l e le c c ió n q u e h a
h e c h o v e r c o n l u c i d e z la u r g e n c i a d e e s c u c h a r y s a t i s f a c e r la s j u s t a s
a s p i r a c i o n e s d e la s c la s e s t r a b a j a d o r a s y r e m e d i a r lo s m a l e s d e l a a c ­
t u a l o r g a n i z a c i ó n social.

Crítica de la dictadura del proletariado ( * )

L a ju s t i f i c a c i ó n h i s t ó r i c a d e l b o l c h e v i s m o n o sig n ific a u n a a-
p o l o g í a d e sus m é t o d o s r e v o l u c i o n a r i o s d e a c c i ó n p o lít ic a .
D e n t r o d e lo s l í m i t e s d e e s te e s t u d i o n o p u e d o h a c e r u n a c r í t i c a
a m p l í a d e lo s m é t o d o s p o l í t i c o s d e l b o l c h e v i s m o p o r q u e n e c e s i t a r í a
d is c u tir , e n su s i n d i s o l u b l e s a s p e c t o s e c o n ó m i c o y p o l í t i c o , el p r o g r a m a
d e l s o c ia l is m o e n sus a n t a g ó n i c a s d ir e c c io n e s , r e f o r m i s t a y r e v o l u c i o n a ­
ria, p r o c l a m a d a s , r e s p e c t i v a m e n t e , p o r l a 11 I n t e r n a c i o n a l d e P a r í s
d e 1 9 0 0 y p o r la T e r c e r a In te rn a c io n a l d e M o sc o u d e 1919. M e c o n ­
c r e t a r é a e x p o n e r b r e v e m e n t e m i c r it e r io y a s u g e r i r a l g u n a s o b j e c i o ­
nes.
M e a d h i e r o p l e n a m e n t e a lo s i d e a j e s s o c ia l is ta s d e tra n sfo rm a ­
c i ó n so c ial. C r e o q u e l a e v o l u c i ó n d e lo s h e c h o s y d e la s i d e a s c o n ­
d u c e a la h u m a n id a d a u n ré g im e n p o lítico y e c o n ó m ic o r a d ic a lm e n ­
te d i f e r e n t e d e l n a c i o n a l i s m o e s t r e c h o y d e l i n d i v i d u a l i s m o extrem o
q u e n o s l e g ó el sig lo X I X . L a s o c i e d a d f u t u r a p r o b a b l e m e n t e h a d e
f u n d a r s e e n la o r g a n i z a c i ó n i n t e r n a c i o n a l d e l a v i d a e c o n ó m i c a y j u ­
r í d i c a y e n la s o c i a l i z a c i ó n d e lo s m e d i o s d e p r o d u c c i ó n . E n e s a t r a n s ­
f o r m a c i ó n so c ia l, el f a c t o r m á s i m p o r t a n t e es la a c c i ó n c o l e c t i v a o r g a ­
n i z a d a d e la s c la s e s t r a b a j a d o r a s . L a o r g a n i z a c i ó n s in d i c a l de é s ta s
p a r a o b t e n e r e n el r é g i m e n a c t u a l el r e s p e t o d e sus d e r e c h o s y el m e ­
j o r a m i e n t o d e su c o n d i c i ó n , y al m i s m o t i e m p o p a r a a c t u a r e n l a v i ­
d a p o l í t i c a y c o n q u i s t a r el p o d e r , es el v e r d a d e r o m e d i o d e a l c a n z a r
el t r i u n f o d e l s o c i a l i s m o e n el m u n d o .
P e r o n o c r e o q u e el i d e a l s o c ia l is ta d e b a v i n c u l a r s e a la s i d e a s
d e l u c h a s d e c l a s e s y d i c t a d u r a d e l p r o l e t a r i a d o . S in e n t r a r a l a d i s c u ­
s ió n d e e s t a s d o s i d e a s f u n d a m e n t a l e s d e l s o c i a l i s m o r e v o l u c i o n a r i o ,
q u i e r o s ó lo d e j a r c o n s t a n c i a d e q u e e n m i o p i n i ó n el p r o g r e s o e d u c a ­
ti v o y p o l í t i c o d e la s c l a s e s t r a b a j a d o r a s , l a p a r t i c i p a c i ó n c a d a v e z
m á s e f e c t i v a y v i g o r o s a d e l p u e b l o e n el g o b i e r n o , l a p r o p a g a n d a li­
b r e d e la s i d e a s y el d e s a r r o l l o d e l e s p í r i t u d e c o o p e r a c i ó n y s o l i d a r i ­
d a d , p u e d e n p e r m i t i r a m u c h o s p u e b l o s t r a n s f o r m a r r a d i c a l m e n t e su 8
Amauta 61
in s t itu c io n e s e c o n ó m i c a s y so c ia le s sin su frir los t r a s t o r n o s y v io le n c ia s
d e u n a rev o lu ció n y u n a d ic tad u ra.
L a d i c t a d u r a b o l c h e v i q u e , la d i c t a d u r a fa sc is ta y o t r a s s e m e j a n ­
tes, s o n f r u t o d e l c a o s y la d e s o r i e n t a c i ó n e s p iritu a l p r o d u c i d o s p o r
la g u e r r a . N o h a y r a z ó n p a r a c o n v e r t i r l a s e n s is te m a s n o r m a l e s d e a c ­
c ió n s o c ia l y p o lític a . L a r e v o l u c i ó n y la d i c t a d u r a d e l p ro letariad o
n o e s tá n e x e n t a s d e los m a l e s y p e l ig r o s d e t o d a s la s r e v o l u c i o n e s y
d i c t a d u r a s : la f a c i l i d a d d e in c u r r ir e n e r r o r e s i r r e p a r a b l e s p o r la f a l­
t a d e c r ít ic a l ib r e d e n t r o d e l a p a s i o n a m i e n t o d e la lu c h a y el f a n a t i s ­
m o d e t o d a r e v o l u c i ó n t r i u n f a n t e ; lo s a b u s o s e in ju s tic ia s q u e s u r g e n
e n t o d o g o b i e r n o q u e n o r e s p e t a la s l i b e r t a d e s in d iv i d u a le s , ni tie n e
c o n t r o l e f e c t i v o d e sus a c t o s ; el p e l ig r o d e las r e a c c i o n e s v i o l e n t a s ; la
p o s i b i l i d a d d e q u e se a p o d e r e n d e l p o d e r y se m a n t e n g a n e n él p o r
la f u e r z a m i n o r í a s a u d a c e s , i n c a p a c e s e in e s c r u p u l o s a s ; la t e n d e n c i a
d e lo s g o b i e r n o s d i c t a t o r i a l e s a p e r p e t u a r s e a u n q u e h a y a n p a s a d o las
c i r c u n s ta n c ia s t r a n s i t o r i a s q u e les d i e r o n o r i g e n ; e n fin, t o d o s los p e ­
lig r o s y c o n s e c u e n c i a s d e los g o b i e r n o s q u e n o se a p o y a n e n el c o n ­
s e n t i m i e n t o lib r e d e lo s g o b e r n a d o s .
S o c ia lis m o y d e m o c r a c i a , s o l i d a r i d a d y l i b e r t a d , s o n t é r m i n o s q u e
n o se e x c lu y e n , s in o se c o m p l e t a n . C o n t o d a s sus im p e r f e c c i o n e s , la
d e m o c r a c i a , e n t e n d i d a e n su v e r d a d e r o s e n t i d o y n o e n el s e n t i d o r e s ­
t r i n g i d o d e d e m o c r a c i a p a r l a m e n t a r i a i n d iv i d u a li s ta , es la ú n i c a s o ­
lu c ió n i m a g i n a b l e d e l p r o b l e m a p o l í t i c o q u e se a r m o n i z a c o n la a s ­
p i r a c i ó n h u m a n a a su s titu ir e n t o d o s lo s ó r d e n e s la c o o p e r a c i ó n a la
l u c h a , la p a z a la g u e r r a , la e d u c a c i ó n a la c o m p u l s i ó n , la l i b e r t a d al
d e s p o t i s m o . A s í c o m o es u n a a s p i r a c i ó n h u m a n a , c a l u r o s a m e n t e a f i r m a ­
d a p o r el s o c ia lis m o , d e s t e r r a r l a g u e r r a c o m o m e d i o d e s o lu c ió n d e
lo s c o n f li c to s i n t e r n a c i o n a l e s , d e b e a s p i r a r s e t a m b i é n a e l i m i n a r la
g u e r r a y la v i o l e n c i a c o m o m e d i o s d e s o lu c ió n d e los c o n f li c to s s o c i a ­
les. L a r e v o l u c i ó n d e b e se r s ó lo el r e c u r s o s u p r e m o d e lo s m o m e n t o s
c r ític o s , q u e s i r v a p a r a a b r i r el c a m p o a la s n u e v a s in s t itu c io n e s c r e a ­
d a s e n el p r o c e s o n a t u r a l y l e n t o c o n q u e t e r m i n a n y se d e s a r r o l l a n
t o d a s las f o r m a s d e la v i d a .

L im a, e n e ro d e 1929.

(1 ) . — E l E stado de los Soviets por M. Ludw ig Sehelesinger.

(1 ’ ). — T errorism o y Com unismo. — M adrid Bibl. N ueva.
(2 ) . —1 F ern an d o de los Ríos — Mi v iaje a la R usia Sovietista —
Bibl. Calpe.
(3 ) . — L ydia Bach. — Ob-cit.
(4 ) . — O bra citada.
(5 ) . — Y an eff. — O bra citada.
(6 ) . — R ussia in th e Shadow — The N ew Y ork-T im es — N oviem­
b re, 1920.

( * ) — N. d e la R. — L a s a p re c ia c io n e s so b r e el socialism o y la R ev o lu ció n
q u e el d o c to r C é s a r A. U g a r t e h a creíd o n e c e s a r io a ñ a d i r a su i n t e r e s a n t e
e s tu d io so b r e el g o b ie r n o s o cialista d e los Soviets, n o c o inciden con n u e s t r o s
p u n to s de v ista. L a d is c r e p a n c i a es o b via y casi no ha c e f a l t a s u b r a y a r l a e x ­
p r e s a m e n t e . E l d o c to r U g a r t e se r e s is t e a a c e p t a r las c o n se c u e n c ia s lógicas
62 A mau la
d e la e x p e r i e n c i a b o l c h e v i q u e e n la p r a x i s s o c i a l i s t a . S u s r e s e r v a s . r e f l e j a n
a n t e t o d o , su p r e o c u p a c i ó n d e la m e d i d a y la d i s c r e c i ó n e n s u s j u i c i o s . B a j o
e s t e a s p e c t o , so n u n a c u e s t i ó n d e t e m p e r a m e n t o . P e r o n u e s t r o d i s t i n g u i d o a~
m i g o e x t r e m a e s t a s r e s e r v a s s o b r e la a c c i ó n r e v o l u c i o n a r i a h a s t a i n c l u i r e n la
c o n c e p c i ó n q u e d e s a p r u e b a , la p r o p i a l u c h a d e c la s e s . S e t r a t a i n d u d a b l e m e n t e
d e u n a c o n c l u s i ó n e x c e s i v a p a r a su p r o p i a c r í t i c a . E l d o c t o r U g a r t e c o n s i d e r a
q u e e n la a c c i ó n p o r el s o c i a l i s m o “ e l f a c t o r m á s i m p o r t a n t e e s la a c c i ó n
c o l e c t i v a o r g a n i z a d a d e la s c la s e s t r a b a j a d o r a s , la o r g a n i z a c i ó n s i n d i c a l d e
é s t a s p a r a o b t e n e r e n el r é g i m e n a c t u a l el r e s p e t o d e s u s d e r e c h o s y e l m e ­
j o r a m i e n t o d e s u c o n d i c i ó n y a l m i s m o t i e m p o p a r a a c t u a r e n la v i d a p o l í t i c a
y c o n q u i s t a r el p o d e r ” . N o c o n s i s t e , e n o t r a c o s a , la l u c h a d e c la s e s , en
t é r m i n o s g e n e r a l e s . C o n e l s o c i a l i s m o r e v o l u c i o n a r i o p a s a e n t r e los i n t e l e c t u a ­
les, lo q u e c o n la r e v o l u c i ó n r u s a . L o r o d e a u n p r e j u i c i o h e c h o d e s u p e r s t i ­
c i o n e s y t e m o r e s . C o n la p r o b i d a d y l a i n t e l i g e n c i a q u e lo d i s t i n g u e , el d o c ­
t o r U g a r t e se h a a c e r c a d o a l E s t a d o s o v i é ti c o , la h a e s t u d i a d o desde los
p u n t o s d e v i s t a d e la c ie n c i a d e l d e r e c h o co n stitu cio n al y ha d escu b ier­
to q u e no e r a u n fe n ó m e n o a b s u r d o . E s to es u n m é r ito q u e sus o tr a s a p r e ­
c i a c i o n e s n o d i s m i n u y e n . Y q u e , a l m i s m o t i e m p o , d e s c u b r e la p o s i b i l i d a d de
e m p l e a r , c o n i g u a l é x i t o , el m i s m o m é t o d o e n el e x a m e n d e la p o l í t i c a s o c i a ­
l i s t a g e n e r a l . — J . C. M.

JRom a n e e del veran o inculto

A Jo s é D iez C anseco.

E n las conchas del oleaje, E n la m a ñ an a que am engua

V enus de m aíillot vestidas, de sexo, rom pe la risa
p o r sol p erin ten so en ju tas, como u n a ola, en b lan cu ras
posan de pie las bañistas. de adolescencias lam piñas.
T ienen el tr a je earnado A gua de cristal de roca,
de carn e de m uerto fría , sobre u n a base v erdina,
y están desnudas, e ig n o ran p lanea en su seno tonos
el vestido, que tirita . de la color relativ a.
Con la m añana, que pulsa, La m area convulsiona
ellas, que se asexualizan su vidrio en u n a supina
de puro sexualizarse, posición de olas en p u n ta
hacen diosas m asculinas. que desplom an aguas tiñ as.
T u rg e n quilos cen ten ares, N au frag io de com edor,
afocados, los bañistas, encalla en la a re n a fin a
los bigotes cerdirralos, de polvo azul de g ra fito
b arb ad as las p an to rrillas. boíe de p ro ra perdida.
V asto pellejo plomizo, Al fondo, bajo los m uelles,
triu n f a la ca latería, se desnucan los b añistas,
y b ram a un frío siniestro, en ristrá n d o se en m anojos
m edio som bra, m edio c ría . . . de legum bres de lascivia
M ovilidad e inm ovili­
dad absolutas del día, — C aracol puntipolícrom o
en un patio de la m ar, de la m a ñ a n a caliza,
ju e g a n a las cu a tro esquinas. e n c u rru ja d a de asolo
(E l hijo del re y pasó y de m areo p u lid a . . .
caballero en nu b e equina, — P o r sus tro m p as y repliegues,
d escascarando m anís m in e ral o re ja lírica,
y lloriqueando de r is a ) . van ondas del aire oscuro
Amauta
a los tím panos del día.
Y la ciudad, en un trípode
de ficus, sucia, cueriza,
e ra u n a K odak rev ieja
q u e enfocaba a los bañistas.
G óngora bizquea, fraile,
subiendo la escalerita
que asciende a la en red ad era
que toca sus cam panillas.
Se van a casar los novios,
F abio él, ella A m arinda,
él p astor, p astora ella,
p asto res de olas estivas.
— B ajo rob res de fo llaje
de a sp erjes de agua m arin a
y troncos de rem olino
de la resaca m arítim a.
E l casam iento de b u rla
suena, huele y y a se m ira
b a ja r por oscuridades
a la hnidera rnatina.
(E n una tro m b a celeste,
todas las aguas subían,
paquiderm as, elevando
una pelota am arilla.
— Febo, red o n d a -color
que en los ojos se deslinda,
fugado en curvas cerrad as
i e concéntricos b a ñ i s t a s . . . )
E n cabeza de cordero,
b ala m am á eglogicísim a,
av ellonada de espum a,
co rn u d a de p rete rid a.
Sube G óngora, sotana,
c ru jien d o la escalerilla
y pensando anacronism os
que se le escapan arrib a.
M aletín de hule en la m ano
y estilad a la sonrisa
h a s ta volverse la tín
de g ram á tic a latin a.
Los zap ato n es le m an an
a g u a de g ru a clarísim a
a l resb a lárse le en m usgos
de te n ta c ió n am b arin a.
D o cto r en H um anidades,
casado con su so rtija ,
q u e se le aviuda y a p rie ta ,
deseosa de am atista.
L e pesa el dedo an u lar,
p o rq u e todo en él se anilla
el h orizonte del m undo,
63
redondo de noche y dia.
— P ied ra, ni blanca ni neg'ra— :
¡la du ra esm eralda p rístin a
del m ar que talló Balboa,
y aun con m anchas de b añ ista s!. . .
G óngora, soltero, sube,
y a sin sintaxis, a rrib a ;
c ru je el peldaño, c ru je él,
m ad era y anatom ia.
Se le a fo ra n cu atro pelos,
untado s de brillan tin a,
nuncios de calva p erfecta,
san ta, sucia, sapientisim a.
Y sobre don Luis de Góngora
b ate las alas fatíd icas
el som brerazo de paja,
cuervo de plum aje a tin ta.
Cae, m oral y en sentencia,
u n a ola encanecida,
ahuecando la g arg a n ta
y tap an d o p an to rrillas.
N adadores cap itales
del estu ario se deslizan
como en hielo, a la c a rre ra
de fru ta s despavoridas.
N a ra n ja s b im aternales,
panzab ajo , p an zarrib a,
zum an ju g o s de T eresas,
ab ren gajos de L ucilas. . .
R uge el m ar, em botellado,
con m arcas, en la c a n tin a ;
tiem b la el establecim iento
de baños; don L uis vacila
G ravidad del m eridiano,
lá m p ara del m ediodía,
aceite que flo ta en agua,
y el sol, la m echa encendida.
(E n la ro d a ja de corcho,
dársen a de solterías,
con n ad a m ás que los dedos,
a Fabio pescó A m arin d a).
Sobre el fusco to rm eg al
donde a n te s el m a r b atia,
se secan al sol los novios
y to d a la com itiva.
(L a novia se re sta ñ a b a
sa n g re de n upcial h erid a
que de espesa m alla ro ja
po r los m uslos la vestía.
Y el novio se estaba, idiota,
con la f r u ta pro h ib id a
en las g ran d es m anos trém u las,
64
denteando por la sem illa).
U n aire casero, gordo,
a rm a en la m ar sus cam piñas
de colcha y em papelado
y alfo m b ra y oleografía.
•— T odas las flo res son tréb o les;
todos los colores, pintas,
y el fondo, albiduro olor
de to h alla lim piecita.
E l sol, en la g rey de nubes,
u n a v aco ta barcin a
que suena esquilín de 'cobre
y los cielos em boñiga.
(P ia b a n tram boyos alados
en las algas donde an id an ;
horizonte de llan u ra,
•— la cola de la co rv in a ).
— N eptuno, dios de las aguas,
ilu stració n de las tías,
éxito m unicipal
y moco de alba m a r i n a .. .
(Con el trid e n te torcido,
lim pió de esponjas y g ru ta s,
a n te s que don L uis llegara,
la honda a re n a m a rin a ).
H a rem a tad o los cobros
en e n tra d a s y salidas,
b igote garibaldino,
alquilón de rop ería.
L e piden las posaderas
tro n o de pasados días,
z a r de S iberias en rollos
que son las olas estivas.
Y el viejo dios, en exilio
de h um anidad se adulciga
el ren c o r ju g a n d o a P o n th o s
con baldes y bacinicas.
(D on L uis en la en re d ad era,
adonde llegado había,
e ra la flo r de lo absurdo
que a rra ig a b a en carn e viva.
L a p ie d ra dábale savia
a ese árb o l de m alicias
de lecho y tu m b a ; — ¡don Luis
volviéndose c a m p a n illa ...
— Con su san g re generosa,
la p la n ta p e rc re c e ría
h a s ta alca n za r al E m píreo,
que era su p a tria n ativ a.
R en acim ien to s de R einach
fra c a sa b a n a la vista,
to n ta s fá b ric a s de are n a,
Amanta
de g u ija rro s, de sa liv a . . .)
Mil novecientos veintiocho,
año de m em oria im pía
porque en él don Lu:s de fjó n g o ra ,
difunto , ya se suicida,
Y de u n a m u e rte flo ral,
y con pose episcopicia;
— don Luis, u n a flo r m orada,
p eru la costa su b id a. . .
E n la ciudad, y en la plaza,
y de la fu e n te en la pila,
navega abarquillam ientos
de papel u n niño niña.
(P iños de ja c a ra n d á ,
cargand o lágrim as lindas
de te m o r de solitud,
n a u fra g a b a n a la o rilla).
C ostas de an tig u o cemento,
y un m o n stru o que sim boliza,
cola y fau ces acuevadas,
las to rm e n tas de la vida.
— ¿P o r qué te h a dejado solo,
ay, F ederico G arcía,
don Luis de G óngora, el clérigo
p o eta que am onaguillas?
— ¡Oh, noches in co n stelad as
con la lu n a red o n d ita
ce n tran d o la in fin itu d
óptica de b ic rs m ía !
¡ Oh, noches que yo dispongo
p a ra lin d arlas en rim as!,
¡oh, noches de sólo luna!,
¡ oh, noches de la rg a v is ta !
Mas hoy, don Luis, no me en g añ as
que las som bras son m en tira,
el m ar es ag u a que suena
y la lun a está v acía. . .
(A la h o ra de cen ar,
cuando el últim o tra n v ía
y el óm nibus m ás ta rd ío
h ubiero n llegado a Lim a— .
A esa h o ra, a la lu n a,
alzó la b a ñ iste ría
los ojos enrojecidos
de sal, de pisco, de risa.
E l m a r estab a en su sitio;
to d a botella, vacía;
del p resb ítero o fician te,
ni el rec u erd o ellos veían.
L a su copa de cham paña
 Amauta 65

sonaba en vano, porque ib a quedaba su signación

entonces don Luis de G óngora en claridad m a tu tin a — .
al cielo en e te rn a v id a ). Bendición m atrim onial
en bu rlesca astronom ía,
(A la m a ñ an a siguiente, cruz a stra l de hum o azuloso
sobre to d a la bahía, de tab aco de V irg in ia ).
M a rtín Adán.

A S P E C T O S DE L A E S T A B IL IZ A ­
C I O N C A P IT A L IS T A , Ricardo
Marííne* de la Torre.
A b u rg u esía in tern acio n al d isp o n e d e p o d e ro so s m e d io s de
e n g a ñ a r a la s m a s a s . L o s m á s i m p o r t a n t e s s o n la p r e n s a y
el c a b l e . C o n ta le s i n s t r u m e n t o s , el c a p i t a l i s m o se s ie n te m o ­
m e n t á n e a m e n t e s e g u r o y c a p a c i t a d o p a r a c o m b a t i r , n o s o lo
c o n el s a b le , la c á r c e l y el d e s tie r r o , s in o c o n el l ib r o y el p e ­
r i ó d i c o el i n c o n t e n i b l e d e s a r r o l l o d e u n a c u l t u r a y u n a c o n c i e n c i a d e c l a ­
se p ro letarias.
V e m o s q u e d e u n t i e m p o a e s t a p a r t e , el c a p i t a l p o l í t i c a m e n t e i n ­
f l u y e n t e , i n t e r e s a d o e n u n a c a m p a ñ a d e d i f a m a c i ó n antiruS a , a p r o v e c h a
a su m a n e r a el v i e j o c o n f l i c t o e n t r e T r o t z k y y S ta lin , t r a n s m i t i e n d o a la
p r e n s a b u rg u e sa del m u n d o , so ste n id a in fo rm a c ió n te n d en c io sa, c r e a d a
e s p e c i a l m e n t e p a r a e n g a ñ a r a la s m a s a s o b r e r a s , d e s o r i e n t a r l a s , d e s a n i ­
m a r l a s , o c u l t á n d o l e s el v e r d a d e r o s e n t i d o d e lo s a c o n t e c i m i e n t o s .
L a b u rg u e sía n o p u e d e p e r m a n e c e r in d ife re n te a n te esta d isp u ta de
la q u e t a n b u e n p a r t i d o d e b í a s a c a r . T o m a r á p i d a m e n t e p o s i c i o n e s e s ­
t r a t é g i c a s , a fin d e a b r i r u n v i o l e n t o f u e g o d e a r t i l l e r í a c o n t r a la d i c t a ­
d u r a d e l p r o l e t a r i a d o r u so . ¡ Q u é m e j o r o p o r t u n i d a d q u e a g i t a r el n o m ­
b r e T r o t z k y , h a c i é n d o l e a p a r e c e r a n t e los o b r e r o s d e O c c i d e n t e c o m o
u n a v í c t i m a d e la v i o l e n c i a p e r s o n a l d e u n t i r a n o , b a j o el cual, l ó g i c a ­
m e n te , g im e R u sia entera!
L a s a g e n c i a s oficio sas, l a p r e n s a a m a r i l l a , lo s o p o r t u n i s t a s de
A m s t e r d a m , d e la O f i c i n a P a n a m e r i c a n a d e l T r a b a j o , t o d o s los a-
¡ i a d o s d e q u e d i s p o n e el c a p i t a l e n su g u e r r a a m u e r c c c o n t r a la s m a ­
sa s p r o d u c t o r a s , e n t r a n e n a c c ió n . L a p r e n s a m u n d i a l es i n u n d a d a d e
n o t i c i a s c a t a s t r ó f i c a s s o b r e lo s s u c e s o s ru so s. L o s p e r i o d i s t a s al s e r v ic io
d e la b u r g u e s í a e x p r i m e n sus c e r e b r o s p a r a f o r j a r p a v o r o s a s n o v e ­
las.
L a r e a c c i ó n se a p o d e r a e n t o n c e s d e T r o t z k y . L e v is t e c o n t r a j e s
a d e c u a d o s a sus fines. L a n z a al m e r c a d o d e l a p r e n s a n o t i c i a s q u e
g i r a n s o b r e e s to s t e m a s c e n t r a l e s :
1. ---- T r o t z k y e s t á e n la m á s h o r r i b l e m is e r ia .
2. — S e i n t e n t a a s e s i n a r l o v a r i a s v e c e s . L o s a s e s in o s f r u s t r a d o s
s o n m i e m b r o s d e la G . P . U .
3. ---- T r o t z k y es s e c u e s t r a d o . N a d i e s a b e su p a r a d e r o .
4. — S t a l i n o r d e n a la e x p u l s i ó n d e T r o t z k y a n t e el t e m o r d e
q u e s u m u e r t e s i r v a d e a r m a a su s e n e m ig o s .
5. — T r o t z k y , a b o r d o d e l K r a s s in , v i a j a a C o n s t a n t i n o p l a e s ­
c o l t a d o p o r d o s g u a r d i a s r o jo s .
6. — T r o t z k y n o e s t á a b o r d o s in o e n u n a c á r c e l d e M o s c ú .
úó A maula
7. — T r o t z k y s a le r u m b o a A l e m a n i a .
8. — N o es c i e r to q u e T r o t z k y se m u e r a d e h a m b r e . C o n el
p r o d u c t o d e sus lib ro s, q u e le es r e m i t i d o p u n t u a l m e n t e p o r el S o v ie t,
p u e d e v iv ir h o l g a d a m e n t e .
S e r e c u e r d a n sus m é r i t o s c o n t r a í d o s c o n la r e v o l u c i ó n p a r a h a c e r
m á s r e s o n a n t e su c a í d a . S e a n u n c i a a los c u a t r o v i e n t o s q u e el r é g i m e n
s o v i é t i c o t o c a a su fin. S e h a b l a d e u n N a p o l e ó n r o j o d i s p u e s t o a d e ­
r r i b a r la d i c t a d u r a . E l m u n d o c o m u n i s t a v a a h u n d i r s e , p o r c o n v e n i r
a s í a los i n te r e s e s d e l c a p ita l.
E s t a s y o t r a s f á b u l a s s ir v e n d e p ó l v o r a p a r a d i s p a r a r t o d a s las
b a t e r í a s d e la c a l u m n i a b u r g u e s a c o n t r a los S o v ie ts . D esde P a r ís ,
L o n d r e s , R o m a , N e w Y o r k , T o k i o y B e rlín , los c o r i f e o s y á u lic o s d e
io s p a t r o n o s s o p l a n h a s t a r e v e n t a r las t r o m p e t a s d e l J u ic io F in a l.
E n el f o n d o , el e m p e ñ o i n m e d i a t o d e la r e a c c i ó n es d e s c o n e c t a r
a l p u e b l o r u so v ic t o r i o s o d e l r e s t o d e l p r o l e t a r i a d o o p r i m i d o d e l m u n ­
d o . P r e p a r a r el t e r r e n o p a r a u n a c o l a b o r a c i ó n o b r e r o - c a p i t a l i s t a , uti-
l iz a b l e e n la a g r e s i ó n a r m a d a c o n t r a la R e p ú b l i c a S o c ia lis t a a q u e se
la n z a rá en u n a ac titu d d e s e s p e ra d a d e v id a o m uerte.
E n ta l l a b o r r e v o l u c i o n a r i a c o l a b o r a n lo s s o c i a l - p a t r i o t a s , lo s s o ­
c ia l d e m ó c r a t a s , lo s c a tó lic o s , los p r o t e s t a n t e s , los o p o r t u n i s t a s d e t o ­
d o s los p a ís e s , los s e d i c e n t e s r e v o l u c i o n a r i o s y a m i g o s d e la c l a s e o-
b r e r a , los l í d e r e s d e A m s t e r d a m , d e W a s h i n g t o n , t o d o s lo s a s a l a r i a d o s
d e l c a p i t a l y m a y o r d o m o s d e l i m p e r ia li s m o .

ESTABILIZACION CAPITALISTA Y ESTABILIZACION PROLE­

TARIA

A s i s t i m o s a u n a v i g o r o s a r e c o n s t r u c c i ó n c a p ita lis t a , c u y o s a l c a n ­
c e s n o p o d e m o s m a r x í s t i c a m e n t e d e s c o n o c e r . A la v e z , p a r a l e l a m e n t e se
p r o d u c e e n R u s i a u n e n o r m e c r e c i m i e n t o d e sus r e c u r s o s t é c n i c o s y e-
c o n ó m i c o s . L a d i f e r e n c i a e s t r i b a e n q u e la e s ta b i liz a c i ó n d e l m u n d o c a ­
p i t a l i s t a es falsa. “L e n i n d e c í a q u e la e v o l u c i ó n d e l c a p i t a l i s m o e n las
c o n d i c i o n e s d e l i m p e r i a l i s m o , c o n s t i t u y e u n d o b l e p r o c e s o : d e u n la d o ,
h a y un d esarro llo del cap italism o en alg u n o s países y p o r o tra p arte ,
s e d a la p u t r e f a c c i ó n d e l c a p i t a l i s m o e n los o t r o s p a ís e s . ¿ E s t a tesis
d e L e n i n es j u s t a ? E n c a s o p o s it iv o , ¿ n o es c i e r to q u e la e s t a b i l i z a c i ó n
d e l cap italism o no p u e d e ser m á s p r e c a r ia ? ” ( 1 ) .
L a s c o n t r a d i c c i o n e s n a c i o n a l e s e i n t e r n a c i o n a l e s a u m e n t a n . E l a-
fia n z a m ie n to d el c a p ita l tr a e c o m o co n sec u en cia in e v ita b le la cre ació n
d e u n p r o l e t a r i a d o c a d a v e z m á s f u e r te , m e j o r o r g a n i z a d o , m a d u r o
p a r a la c o n q u i s t a d e l p o d e r .
“ A l p a s o q u e d i s m i n u y e el n ú m e r o d e lo s p o t e n t a d o s d.el c a p i ­
ta l, q u e u s u r p a n y m o n o p o l i z a n t o d o s los b e n e f i c i o s d e e s te p e r í o d o
d e e v o l u c i ó n so c ial, a u m e n t a n la m is e r ia , la o p r e s i ó n , la e s c la v itu d ,
la d e g r a d a c i ó n , la e x p l o t a c i ó n ; p e r o t a m b i é n a u m e n t a la r e s is te n c ia
d e la c l a s e o b r e r a , m á s n u m e r o s a c a d a v e z y m e j o r d i s c i p l i n a d a , u n i d a
y o r g a n i z a d a p o r el p r o p i o m e c a n i s m o d e l a p r o d u c c i ó n c a p i t a l i s t a . E l
m o n o p o l i o d e l c a p i t a l h a l l e g a d o a s e r u n o b s t á c u l o p a r a el s i s t e m a a c ­
t u a l d e p r o d u c c i ó n , q u e h a c r e c i d o y p r o s p e r a d o c o n él y p o r él. L a
s o c i a l i z a c i ó n d e l t r a b a j o y la c e n t r a l i z a c i ó n d e su s r e s o r t e s m a t e r i a l e s
h a n lle g a d o a un g r a d o e n q u e n o p u e d e n y a c o n te n e rs e en la e n v o ltu ­
r a c a p i t a l i s t a . E s t a e n v o l t u r a e s t á p r ó x i m a a r o m p e r s e ; la h o r a p o s t r e ­
r a d e la p r o p i e d a d c a p i t a l i s t a h a s o n a d o y a ; a su v e z , lo s e x p r o p i a d o -
res v a n a ser e x p ro p ia d o s ” . ( 2 ) .
Amauta 67

t r a r q u e el c a p i t a l i s m o tie n e a ú n u n p r o m e t e d o r c a m i n o a r e c o r r e r , la
s it u a c ió n m u n d i a l d e la b u r g u e s í a es d e z o z o b r a . S u a p a r e n t e f o r t a l e c i ­
m i e n t o , a la v e z q u e p r e p a r a el a d v e n i m i e n t o d e u n a r d e n so c ia lis ta ,
n o d e s c a n s a s o b r e b a s e e f e c t i v a a l g u n a . L a s c o n t r a d i c c i o n e s se a g r a v a n
a m e d i d a q u e e s ta a p a r e n t e e s ta b i liz a c i ó n a u m e n t a , a c u m u l a n d o al
c a p ita l, c e n t r a l i z a n d o el p o d e r p o l í t i c o y e c o n ó m i c o e n m a n o s d e u-
nos cu an to s p o te n ta d o s . E ste e je m p lo b a s ta a p r o b a r lo : La elec­
c i ó n d e H o o v e r a la p r e s i d e n c i a d e lo s E s t a d o s U n i d o s , es u n h e c h o
ló g ic o e n las a c t u a l e s c irc u n s ta n c ia s . L a r e p ú b l i c a y a n k e e n e c e s i t a b a a
H o o v e r , el h o m b r e d e los tru sts, q u ie n “ c o n s t i t u y e u n a e x p r e s i ó n p o ­
lítica d e l p r o c e s o d e f u s ió n e n t r e las o r g a n i z a c i o n e s t r u s t i f i c a d a s del
c a p i t a l y la s o r g a n i z a c i o n e s g u b e r n a m e n t a l e s p o l í t i c a s de este ú lti­
m o ” . (3)
A u m e n t a , es c ie r to , la p r o d u c c i ó n c a p i t a l i s t a , el c o m e r c i o e x t e ­
r i o r ,el c a m b i o i n t e r n a c i o n a l se l e v a n t a . P e r o d e o tr o , t e n e m o s s u p e r ­
p r o d u c c i ó n , lu c h a p o r los m e r c a d o s y z o n a s d e in f lu e n c ia , d e c r e c i m i e n ­
to d e l p o d e r a d q u i s i t i v o d e las m a s a s , i n t e n s if ic a c ió n d e la g u e r r a d e
clases, r o z a m i e n t o s p r o n u n c i a d o s e n t r e los e s t a d o s , e x i s t e n c i a d e la
U n i ó n S o v ié ti c a , c o n t r i b u y e n d o a q u e la s it u a c i ó n a c t u a l d e l c a p i t a ­
lis m o s e a p o c o e n v i d i a b l e .
El fa c to r m á s im p o r ta n te q u e h a c e im p o s ib le u n a e s ta b ilid a d p e r ­
f e c ta , es, sin la m e n o r d u d a , el c r e c i e n t e a n t a g o n i s m o e n t r e el j o v e n
i m p e r i a l i s m o y a n k e e , q u ie n d i s p u e s t o a g a n a r la b a t a l l a c o l o c a al
f r e n t e d e su g o b i e r n o a u n h o m b r e d e n e g o c io s , d i n á m i c o , a g r e s i v o ,
y el a n c i a n o p o d e r í o in g lé s e n d e c a d e n c i a . “ E l a n t a g o n i s m o a n g l o - a -
m e r i c a n o es a c t u a l m e n t e el e j e d e t o d o s los a n t a g o n i s m o s q u e e x i s te n
e n t r e los E s t a d o s c a p i t a l i s t a s ” . ( 4 ) . E n t o r n o d e e s to s d o s p o d e r o s o s
e n e m i g o s se p o l a r i z a n a m b i c i o n e s i g u a l m e n t e d e c is iv a s . R e n a c e A l e ­
m a n i a , s u r g e c o n u n a v i t a l i d a d e x h u b e r a n t e d e la r u i n a d e p o s t - g u e -
r r a , i n c u b a n u e v a s a m b i c i o n e s c o l o n ia l e s . E l J a p ó n l u c h a p o r d o m i n a r
en C hina, en c o m p e te n c ia c o n In g laterra , E s ta d o s U n id o s, F ran­
cia.
L o s p a í s e s c o l o n i a l e s y s e m i - c o l o n i a l e s se e s t r e m e c e n c o n u n í m ­
p e t u n u e v o q u e r o m p e r á d e f i n i t i v a m e n t e el y u g o q u e le s o p r i m e . C h i ­
n a , la I n d ia , A m é r i c a L a t i n a , se a p r e s t a n a l u c h a r c o n t r a los i m p e r i a ­
listas. L a a g i t a c i ó n e n lo s p a í s e s a m e r i c a n o s a u m e n t a d í a a d ía . L a
s a l v a j e o c u p a c i ó n d e N i c a r a g u a c o n t r i b u y e a r o b u s t e c e r e s te justo
s e n t i m i e n t o a n t i - y a n k e e , i m p u l s a n d o el a v a n c e d e la s m a s a s p r o l e t a ­
r ia s h a c i a la iz q u i e r d a .
L a s p o t e n c i a s i m p e r i a l i s t a s d e t o d o s lo s g r a d o s d e s c o n f í a n u n a s
d e o tr a s . S e v o t a n g r a n d e s p a r t i d a s e n lo s p r e s u p u e s t o s p a r a g a s t o s d e
g u erra. Se firm an p a c to s se creto s d e ag re sió n y d efen sa. L a d ip lo m a ­
c ia i n t e r n a c i o n a l se a g i t a p a r a a s e g u r a r u n a t r e g u a q u e g a r a n t i c e el a -
f i a n z a m i e n t o f in a n c ie r o . E l p a c t o K e l l o g g es, e n p a r t e , el t e m o r d e la
b u r g u e s í a a la g u e r r a , t e m o r c l a r a m e n t e j u s t i f i c a d o , p u e s e l la a c e l e ­
r a r í a el tr i u n f o d e la r e v o l u c i ó n p r o l e t a r i a . L o s p u e b l o s t i e n e n q u e s o ­
p o r t a r el a u m e n t o i l i m i t a d o d e i m p u e s t o s , la d i s m i n u c i ó n r e a l d e lo s
s a la r io s , la p é r d i d a d e sus c o n q u i s t a s s o c ia l e s a n t e r i o r m e n t e g a n a d a s .
S e d i c t a n l e y e s q u e c o l o c a n la d e f e n s a d e lo s o b r e r o s e n el t e r r e n o d e
la i l e g a l i d a d : a r b i t r a j e o b l i g a t o r i o , p r o h i b i c i ó n d e ! d e r e c h o d e h u e l ­
g as, a u m e n t o d e h o r a s . d e t r a b a j o . C o n l a r a c i o n a l i z a c i ó n m i l l a r e s d e
t r a b a j a d o r e s s o n a r r o j a d o s d e l a s f á b r ic a s , c o n d e n a d o s a l a m is e r ia .
L a e x p l o t a c i ó n d e la s m u j e r e s y n i ñ o s l l e g a a e x c e s o s v e r d a d e r a m e n ­
t e c r im in a le s .
68 Amauta
A s is t im o s , p u e s , a la in ic ia c ió n d e l d e r r u m b a m i e n t o c a p ita lis ta .
L a a g r a v a c i ó n d e la lu c h a d e c l a s e se c a r a c t e r i z a p o r la i m p l a n t a c i ó n
v i o l e n t a d e d i c t a d u r a s b u r g u e s a s , c o m o e n Italia, F r a n c i a , E s p a ñ a , I n ­
g l a t e r r a , J a p ó n , p a í s e s a m e r i c a n o s d o n d e lo s g o b i e r n o s s o n s im p le s
a g e n te s del im perialism o y an k e e. L a c o n c e n tra c ió n del p o d e r p o líti­
co, la acum ulación de c a p ita le s , p r e p a r a v e l o z m e n t e el t e r r e n o p a r a la
gestación del régim en s o v ié tic o u n iv e r s a l. C i e r t a m e n t e “ la h o r a p o s ­
t r e r a d e la p r o p i e d a d c a p i t a l i s t a h a s o n a d o y a ” .
E n c a m b i o , el c r e c i m i e n t o d e la e c o n o m í a s o v ié tic a se ll e v a a c a ­
b o e n u n a f o r m a firm e , c r e c ie n te , d e f in itiv a . S o c i a l i z a d a la p r o d u c ­
c ió n , t o m a d a s las r i e n d a s d e l p o d e r p o lít ic o , p a s a n d o a m a n o s d e l
p r o l e t a r i a d o lo s i n s t r u m e n t o s d e l t r a b a j o , c o n v e r t i d o el c a p i t a l i n d u s ­
tr ia l e n u n m e d i o d e p r o g r e s o y n o d e e x p l o t a c i ó n , p u e d e R u s i a a-
f r o n t a r s e r e n a m e n t e lo s a c o n t e c i m i e n t o s f u tu r o s . Y m i e n t r a s t o d o v a ­
c i la e n su to r n o , m i e n t r a s se p r o d u c e n g r a v e s crisis i n d u s t r i a l e s q u e
a m e n a z a n d e r r i b a r la t r a b a j o s a r e c o n s t r u c c i ó n d e lo s p a í s e s d e s v a s ­
t a d o s p o r la g u e r r a , m i e n t r a s las m a s a s se a g i t a n e n h u e l g a s p o d e r o ­
sas, el r é g i m e n s o v ié tic o se f o r t a l e c e d í a a d ía , s e g u r a m e n t e , sin crisis,
sin p e r t u r b a c i o n e s so c iales, c o n u n a s e r e n a c o n f i a n z a e n su v ic to r ia . El
p a r t i d o , s i g u i e n d o la o r i e n t a c i ó n t r a z a d a p o r L e n i n , lu c h a c o n é x i to
c r e c i e n t e p o r a l c a n z a r y sobrepasar a los p aíses capitalistas.
V e a m o s c o m o se v e r if ic a e s t a r e c o n s tr u c c i ó n .
“ D e s p u é s d e h a b e r r e s t a b l e c i d o su e c o n o m í a , la U . R . S. S. se
p r o p u s o c o m o o b j e t i v o p r i n c i p a l la i n d u s t r i a l i z a c i ó n d e l p a ís , c i ñ é n -
d o s é p a r a e llo a u n p l a n q u i n q u e n a l e l a b o r a d o p o r la C o m i s i ó n N a ­
c i o n a l d e P r o y e c t o s ( “ g o s p l a n ” ) . E n el t r a n s c u r s o d e es e p e r í o d o
( 1 9 2 6 - 2 7 a 1 9 3 1 - 3 2 ) se p r o y e c t a i n v e r t i r c e r c a d e 2 2 0 0 0 m i l l o n e s d e
r u b l o s e n la n u e v a a c u m u l a c i ó n i n t e r n a e n las e m p r e s a s d e l E s t a d o .
A l r e d e d o r d e 35 p o r c i e n t o d e e s t a s u m a s e i n v e r t i r á e n el d e s a r r o l l o
d e lo s t r a n s p o r t e s , a p r o x i m a d a m e n t e el 3 0 p o r c i e n to e n la c o n s t r u c ­
c i ó n d e n u e v a s f á b r i c a s y ta l l e r e s y e n la r e f a c c i ó n d e las a n t i g u a s ;
c e r c a d e l 6 5 p o r c i e n t o e n la c o n s t r u c c i ó n d e v i v i e n d a s ; m á s o m e n o s
7 p o r c i e n to e n la e l e c tr i f i c a c ió n ; c e r c a d e l 7 p o r c i e n t o e n l a i n d u s ­
tr ia liz a c i ó n d e la e c o n o m í a r u r a l y u n 6 p o r c i e n t o e n la s e m p r e s a s
m unicipales.
“ S e g ú n el p l a n a r r i b a m e n c i o n a d o , la p r o d u c c i ó n i n d u s t r i a l y a-
g r o p e c u a r i a p a r a 1 9 3 1 - 3 2 , c o m p a r a d a c o n la d e los a ñ o s 1 9 1 3 y
1 9 2 6 - 7 , se c a l c u l a e n la f o r m a s i g u i e n te :

1913 1926-27 1931-32

1. ---- P r o d u c c i ó n a g r í c o l a g lo b a l,
en m e lo n e s d e ru b lo s (p re­
cio s d e a n t e g u e r r a ) . . . . 1 2 .380 12.775 1 4 .786
2. ---- P r o d u c c i ó n g l o b a l d e la g r a n
in d u s t r ia , e n m i l l o n e s d e r u ­
b lo s (p re cio s d e a n te g u e rr a ) . 6.391 6 .6 5 2 12.2 6 0
a ) extra cc ió n d e c a rb ó n de
p ie d ra (m ile s d e to n e la d a s ) . 2 9 .9 0 0 32 .1 0 0 5 3 .5 9 5
b) extra cc ió n d e petróleo
(m iles d e to n e la d a s ) . . . . 9 .2 1 5 8 .3 1 8 1 1 .106
3. — P o t e n c i a l i d a d de las u s in a s e-
lé c tr ic a s ( m i l e s d e k i l o w a t s ) . 1.540 3 .7 4 0
fimauta 69

4. — E la b o ra c ió n d e en e rg ía eléc­
tr ic a ( m i l l o n e s d e k ilo w a ts -
h o r a s ) ................................................................. 4 .1 1 2 12.3 8 8
5. — L o n g i t u d d e la r e d f e r r o v i a r i a
( e n k i l ó m e t r o s ) .......................... 5 8 .5 0 0 76 .2 0 0 8 3 .6 0 0

“ E stos p o c o s p e ro elo cu e n tes d a to s d a n u n a id e a a c a b a d a del p r o ­

y e c t a d o d e s a r r o l l o d e la e c o n o m í a s o v ié tic a , d e s a r r o l l o q u e se b a s a ,
c o m o e n los a ñ o s a n t e r i o r e s , s o b r e los p r o p i o s r e c u r s o s ; es d e c ir, n o se
c u e n t a p a r a n a d a c o n el a p o r t e d e l c a p i t a l e x t r a n j e r o ” ( 5 ) .
A g r e g u e m o s a e s ta s c o n s i d e r a c i o n e s , los d a t o s q u e n o s p r o p o r ­
c i o n a B u j a r i n e n su i n f o r m e :
“ L a a g r i c u l t u r a e n la U n i ó n S o v ie ti s ta , a c o n s e c u e n c i a d e l a g u e ­
r r a y l a r e v o l u c i ó n , h a b í a c a í d o ca si a la m i t a d d e l n i v e l d e a n t e g u e ­
r r a , m i e n t r a s q u e e n lo s p a í s e s d e E u r o p a o c c i d e n t a l la a g r i c u l t u r a j a ­
m á s d e s c e n d i ó , d u r a n t e t o d o el p e r í o d o 1 9 1 4 - 1 9 2 5 , a ta l n iv e l. S in
e m b a r g o , d e s d e 1 9 2 5 , la a g r i c u l t u r a d e la U n i ó n S o v ié ti c a , e n c u a n t o
a su g r a d o d e r e s t a b l e c i m i e n t o , se h a e n c o n t r a d o d e l a n t e s o b r e F r a n ­
c ia y ca si al n iv e l d e I n g l a t e r r a y d e A l e m a n i a . H e a q u í el c u a d r o
q u e lo p r u e b a :

Superficie sem b rad a en relación an 1909 13 en %

1909- 1913 1922 1923 1924 1925

U n ió n S o v ietista 100 6 3 .6 77 .0 83 .2 8 6 .4
F ran cia . . . . 100 8 0 .0 8 1 .8 8 1.2 8 1.7
A le m a n ia . . . 100 82 .1 8 7.2 88 .9 9 0 .7
In g laterra . . . 100 1 0 5 .3 9 1 .6 8 2 .8 8 9 .4

“ C o m o se v e , g r a c i a s a l c r e c i m i e n t o c o n s t a n t e y r á p i d o d e l a s u ­
p e r f i c i e s e m b r a d a e n l a U n i ó n S o v i e t i s t a y el c r e c i m i e n t o v a c i a n t e y
l e n t o d e la s s u p e r f ic ie s s e m b r a d a s e n los p a í s e s c a p i t a l i s t a s , la U n i ó n S o ­
v i e t i s t a los h a a l c a n z a d o , e n s u m a , e n el r e s t a b l e c i m i e n t o d e la a g r i c u l ­
tu r a .
“ U n h e c h o m u y i m p o r t a n t e es q u e , e n E u r o p a , e in c lu s o lo s E s t a ­
d o s U n i d o s , l a p r o d u c c i ó n q u e tie n e , e n s u m a , u n a t e n d e n c i a al a lz a ,
s u f r e d e t i e m p o e n t i e m p o p e r í o d o s d e crisis, d e p a r a l i z a c i ó n , d e b a j a ,
m i e n t r a s q u e e n la U n i ó n S o v i é t i c a la l í n e a es s i e m p r e a s c e n d e n t e , n o
d a n d o d e s d e 1921 ni b a j a ni d e t e n c i ó n .

P ro d u cció n d e acero y d e carb ón en % d e 1 9 1 9

A cero

1919 1920 1921 1922 1923 1924 1925

E u r o p a ( s i n la U . R . S. S . )

100 1 2 4.3 104 .0 1 3 0 .7 13 3 .3 165 .8 1 7 0 .5

U n ió n S ov ietista

100 8 1 .9 9 2 .0 1 8 1 .7 3 4 6 .8 5 7 1 .4 1 0 6 6 .0
70 Amauta

C arbón

E u r o p a ( s in la U. R . S. S .)

100 1 07.7 9 3 .8 1 1 8 .2 113 .6 1 2 7 .7 123.1

U n ió n S ovietista

100 9 1 .3 101 .8 1 08.3 159.3 192.1 2 1 0 .8

" D e e s te h e c h o , c o m o d e lo s q u e p r e c e d e n , r e s u lt a c o n t o d a c l a r i­
d a d la c o n f i r m a c i ó n r u i d o s a d e la v e n t a j a d e n u e s t r o s m é t o d o s s o c ia lis­
t a s d e p l a n s o b r e los m é t o d o s b u r g u e s e s y c a p i t a l i s t a s ” . ( 6 ) .
E s ta s c o n c lu s i o n e s c i e n tífic a s d e l r á p i d o y s e g u r o p r o c e s o d e e s t a ­
b ili z a c ió n p r o l e t a r i a , s o n c o n f i r m a d a s r e c i e n t e m e n t e p o r el e s tu d io s o ­
b r e " L a S itu a c ió n d e la U n i ó n S o v i é t i c a " d e F . V i n o v :
D ic e el a u t o r a q u e m e r e f i e r o :
" L a s conquistas m á s im p o rta n te s son:
“ E n la in d u s t r ia , u n a in te n s if ic a c ió n r á p i d a d e la e le c tri fi c a c ió n d e
la b a s e té c n ic a d e la i n d u s t r i a so c ialista . L a i n d u s t r i a p e s a d a e v o l u c i o n a
m á s d e p r i s a q u e la i n d u s t r i a lig e ra , la i n d u s t r i a s o c i a l i z a d a p r o g r e s a
c o n m a y o r r a p i d e z q u e la i n d u s t r i a p r i v a d a , ca si p a r a d a . L a s i n v e r s i o n e s
d e c a p i t a l e n la i n d u s t r i a r e a l i z a d a s p o r n u e s t r a s p r o p i a s f u e r z a s se e l e ­
v a n y a , d u r a n t e el a ñ o a c tu a l, a 1 , 6 5 0 m i l l o n e s d e r u b lo s .
" E n la a g r ic u ltu r a , el p r i m e r g r a n p a s o h a s id o h e c h o p a r a la c r e a ­
c i ó n d e u n r i t m o f o r z a d o d e los b i e n e s s o v ié tic o s so c ia lis ta s q u e se a-
p o y a n s o b r e el m a q u i n i s m o , y p o r la c o l e c tiv iz a c ió n f o r z a d a d e las e c o ­
n o m í a s c a m p e s i n a s i n d iv i d u a le s .
" E n el c o m e r c io , las c o o p e r a t i v a s y las o r g a n i z a c i o n e s c o m e r c i a l e s
d e l E s t a d o t i e n e n e n sus m a n o s la m a y o r p a r t e d e t o d o el tr á f ic o . L a
p r o p o r c i ó n d e l c o m e r c i o p r i v a d o c o n r e la c ió n al c a m b i o t o t a l d e la s
m e r c a n c í a s se r e d u c e d e a ñ o e n a ñ o .
“ E n lo q u e c o n c i e r n e a la s it u a c ió n d e lo s o b r e r o s , el s a la r io r e a l
n o só lo es c o n s i d e r a b l e m e n t e m á s e l e v a d o ( a l r e d e d o r d e 3 0 a 4 0 p o r
c i e n to , c o m p r e n d i d a s las a d q u i s ic io n e s s o c ia l e s ) q u e a n t e s d e la g u e r r a ,
s in o q u e e n el c u r s o d e l ú lt i m o a ñ o , se h a h e c h o el p r i m e r p a s o p r á c tic o ,
c o n c r e t o p a r a p a s a r d e la j o r n a d a d e o c h o h o r a s a la d e 7, sin d i s m i ­
n u ir el a u m e n t o d e s a la rio s. E s to es u n a c o n t e c i m i e n t o s o l a m e n t e p o s i b l e
e n u n p a í s p r o l e t a r i o q u e e d i f i c a el s o c i a l i s m o ” ( 7 ) .
N o n ec esitam o s p a r a n u estro o b je to m a y o re s inform aciones. E stos
d a t o s , c o g i d o s al a z a r d e la v o l u m i n o s a d o c u m e n t a c i ó n d e q u e d i s p o n e
R u s i a p a r a d e m o s t r a r a sus e n e m i g o s el é x ito c r e c i e n t e d e su p r o l e t a r i a ­
d o e n la i m p l a n t a c i ó n d e l s o c ia lis m o , b a s t a n p a r a p r o b a r q u e la e s t a b i ­
liz a c ió n e c o n ó m i c a s o v ié tic a es u n a r e a l i d a d . U n a r e a l i d a d i n o b j e t a b l e .
S u s o li d e z es c o m p a c t a , d e l a b a s e a la c ú s p id e .
E n t a le s c o n d i c i o n e s es p o s i b l e s o p o r t a r l a c o m p e t e n c i a , la h o s t i ­
l i d a d d e l m u n d o c a p i t a l i s t a d e u n l a d o ; el a u m e n t o d e lo s s a la rio s, l a
r e d u c c i ó n v o l u n t a r i a d e la j o r n a d a d e t r a b a j o a 7 h o r a s , p o r o t r o ; el
d e s c a n s o a n u a l d u r a n t e 3 0 d í a s p a r a t o d o s lo s o b r e r o s c o n g o c e d e s u e l­
d o , e n c a s a s d e r e p o s o , etc. E s t e m i l a g r o es c a p a z ú n i c a m e n t e b a j o el
r é g i m e n d e l p r o l e t a r i a d o o r g a n i z a d o c o m o c la se d o m i n a n t e .
Amauta 71

RUSIA, ACLERADOR DE LA VICTORIA PROLETARIA

E n sus lu c h a s c o n t r a el c a p ita l, el p r o l e t a r i a d o ti e n e p u e s t a su es
p e r a n z a y su fe e n la U. R. S. S., q u e h a c o l o c a d o t o d a s las p r e m i s a s
d e ! s o c ia l is m o e n el t e r r e n o d e la r e a l i d a d , a n u l a n d o la s d is c u s io n e s t e ó ­
ricas, las a r g u m e n t a c i o n e s y p o l é m i c a s s u s c i t a d a s p o r los s o c ia l is ta s a-
g e n t e s d e la b u r g u e s í a p a r a d i s t r a e r la a t e n c i ó n d e la s m a s a s , b u r l a n d o
los o b j e t i v o s fin a le s d e la lu c h a o b r e r a .
L a b u r g u e s í a c r e e q u e, a p l a s t a n d o a R u s i a p r o l e t a r i a se s o l u c i o n a
el p r o b l e m a d e su p r o p i a e x is te n c ia . A p a r t e d e q u e s o n i m p r o b a b l e s la s
v e n t a j a s q u e p u e d a n v e n i r l e d e u n a a g r e s i ó n a r m a d a c o n t r a lo s So­
v iets, la d e s a p a r i c i ó n d e é s to s n o i m p l i c a r í a e n f o r m a a l g u n a e s t a b i l i z a ­
c ió n i l i m i t a d a d e l m u n d o c a p i t a l i s t a . L a s c o n t r a d i c c i o n e s in s a l v a b l e s , el
m o r b o m o r t a l lo ti e n e la c l a s e e x p l o t a d o r a e n sus p r o p i a s v e n a s . E s
u n a c o n s e c u e n c i a ló g ic a d e la e s t r u c t u r a e s t a t a l d e l r é g i m e n d e b a n q u e ­
ros.
E l ciclo h is t ó r ic o d e l c a p i t a l lle g a a su fin. N i n g ú n a c t o h e r o i c o y
d e s e s p e r a d o p o d r á p r o l o n g a r l o . L a n u e v a e t a p a p e r t e n e c e a la clase
p r o d u c t o r a . E l f u tu r o , m á s o m e n o s c e r c a n o , es d e lo s o b r e r o s .
E l c a s o r u s o p e r m i t e al p r o l e t a r i a d o c o m b a t i e n t e m a r c h a r d i r e c t a ­
m e n t e y sin v a c i l a c i o n e s a la c o n q u i s t a d e l p o d e r . Y a n o h a y q u e d i s c u ­
tir la p o s i b i l i d a d d e l s o c ia l is m o . L a d i c t a d u r a p r o l e t a r i a ex iste .
¡ C u á n c l a r o s y c o m p r e n s i b l e s n o s r e s u l t a n a h o r a lo s m ó v i l e s d e
u n a y o t r a c la s e ! ¡E l p r o l e t a r i a d o q u e a s c i e n d e a la c i m a c o n t o d a s la s
f u e r z a s d e l p r o g r e s o y d e la ju s t ic i a e n sus m a n o s y la b u r g u e s í a q u e
se r e sis .e , c o n t o d o s lo s i n s t r u m e n t o s d e la e x p l o t a c i ó n y d e l e s t a n c a ­
m i e n t o a sus o r d e n e s ! S e e x p l ic a , lu e g o , su e m p e ñ o e n d e s t r u i r el p r i ­
mer e s t a d o o b r e r o d e la h is t o r ia . El e m p l e o d e t o d o s los m e d i o s , in c l u ­
s iv e l a d e f e n s a d e T r o t z k y , u n T r o t z k y a d u l t e r a d o c o n fin e s d e p r o p a ­
ganda.
P e r o R u s i a p r o l e t a r i a e s t á allí, e n pié. L i s t a c o n sus m i l l o n e s d e s o l ­
d a d o s r o j o s , p a r a t r a n s f o r m a r la p r ó x i m a g u e r r a i m p e r i a l i s t a e n u n a r e ­
v o lu c ió n victoriosa. Y fre n te a este g ra n a c o n te c im ie n to , p a r a to d o
r e v o l u c i o n a r i o v e r d a d e r o , las d i s c r e p a n c i a s d e T r o t z k y y S ta li n , c a r e c e n
d e im p o rta n cia .
Ricardo Martínez de la Torre.
(1 ) . — D iscurso p ronunciado por S talin en la P re sid en c ia del C. E. de la I.
C. el 19 de diciem bre de 1928. — C o rresponden cia In te rn a c io n a l, añ o 2o.—
No. 3.— 17 enero 1929.
( 2 ) . — C arlos M arx : E L C A PIT A L .
(3 ) . — L a situ ació n in te rn a tio n a le e t les tá eh e s de I. I. C. — R a p p o rt
de N. I. B o ukharine. — L a C o rrespondanee In te rn a tio n a le , No. 72.— 8 an-
née. 1er. A o u t 1928.
( 4 ) . — Id.
(5 ) . — A. A. S a n ta lo ff. U RSS. B oletín de in fo rm acio n es sobre com ercio in ­
d u stria , a g ric u ltu ra , fin a n z a s y vida c u ltu ra l de la U nión S o v iética No. 4. —
P u b . del R e p re se n ta n te com ercial de la U. R. S. S. en U ru g u a y . M ontevideo,
1928 .
(6 ) . — B o ukharine. — “ E sta b ilizació n c a p ita lista y rev o lu ció n p r o le ta ­
r ia ” . In fo rm e p re se n ta d o a la V II Sesión del E je cu tiv o A m pliado de la I n te r ­
n acional C om unista. — C o rresp o n d e n cia S u d am e rican a Nos. 25-25. 61-15 a b ril
1927 .
(7) . —L a C o rresp o n d en cia in te rn a c io n a l. A ño 1. No. 1. 13 de d iciem b re
1928.
72 Amauta

Quítales el sol . . . .
U Í T A L E S el sol, b u r g u é s ,
p a r a q u e a l m a c e n e s el c a l o r

q u í t a l e s el a ire
p a r a q u e c o n tro le s la resp iració n .

Q u í t a l e s el a g u a d e u n a v e z ,
burgués,

Q u í t a l e s t o d o sin d i l a c i ó n
y después
lo p o n e s a l s e r v ic io d e l a C i v iliz a c ió n !

B u r g u é s , c a si d io s,
y a sa b e s q u e tu m a n o n u n c a y e r r a :
q u í t a l e s el a g u a , e l ’v i e n t o y el sol,
c o m o le q u i t a s t e la t i e r r a . . . .

C. Gutiérrez CRUZ.

DEFENSA DEL MARXISMO, Jo­

sé Carlos Matíátegtfh
(C o n tin u ació n . V é a s e el N o . 2 0 d e ‘‘A M A U T A ” )

Y n ó se d ig a , d e o t r o l a d o , q u e el m a r x i s m o c o m o p r a x i s se a t i e ­
n e a c t u a l m e n t e a lo s d a t o s y p r e m i s a s d e la e c o n o m í a e s t u d i a d a y d e ­
f i n i d a p o r M a r x , p o r q u e la s te sis y d e b a t e s d e t o d o s sus c o n g r e s o s n o
s o n o t r a c o s a q u e u n c o n t i n u o r e p l a n t e a m i e n í o d e lo s p r o b l e m a s e c o ­
n ó m i c o s y p o lí t i c o s , c o n f o r m e a lo s n u e v o s a s p e c t o s d e l a r e a l i d a d .
L o s s o v ie ts , q u e a l r e s p e c t o p u e d e n i n v o c a r u n a v a r i a d a y e x t e n s a e x ­
p e r i e n c i a , h a n s o s t e n i d o e n la ú l t i m a C o n f e r e n c i a E c o n ó m i c a E u r o p e a ,
el p rin c ip io d e la co e x iste n c ia le g ítim a d e E s ta d o s d e e c o n o m ía so cia­
lis ta c o n lo s E s t a d o s d e e c o n o m í a c a p i t a l i s t a . P a r a e s t a c o e x i s t e n c i a q u e
h o y se d á e n la h i s t o r i a c o m o h e c h o , r e c l a m a b a n el r e c o n o c i m i e n t o c o ­
m o d e r e c h o , a fin d e l l e g a r a l a o r g a n i z a c i ó n j u r í d i c a y e c o n n ó m i c a
d e s u s r e l a c i o n e s . E n e s t a p r o p o s i c i ó n , el p r i m e r E s t a d o s o c i a l i s t a se
m u e s t r a m u c h o m á s l i b e r a l q u e lo s E s t a d o s f o r m a l m e n t e li b e r a l e s . L o
q u e c o n f i r m a r í a la c o n c l u s i ó n a q u e a r r i b a n lo s p e n s a d o r e s l i b e r a l e s c u a n ­
d o a f ir m a n q u e la fu n ció n d e l lib e ralism o , h istó ric a y filo só fic am e n te,
h a p a s a d o a l s o c i a l i s m o y que, s i e n d o el l i b e r a l i s m o u n p r i n c i p i o d e e v o ­
l u c i ó n y p r o g r e s o i n c e s a n t e s , n a d a es h o y m e n o s l i b e r a l q u e lo s v i e j o s
p a r tid o s d e este n o m b re .
 Amauta 73
11
L r e c i e n t e l i b r o d e M a x E a s t m a n “ L a C i e n c i a d e la R e v o l u ­
c i ó n , c o i n c i d e c o n el d e H e n r i d e M a n e n la t e n d e n c i a a
e s t u d i a r e l m a r x i s m o c o n lo s d a t o s d e la n u e v a P s ic o l o g ía .
P e r o E a s t m a n q u e , r e s e n t i d o c o n los b o l c h e v i q u e s , n o e s t á
e x e n t o d e m ó v i l e s r e v is i o n is ta s , p a r t e d e p u n t o s d e v i s t a d i s ­
t i n t o s d e los d e l e s c r i t o r b e l g a y, b a j o v a r i o s a s p e c t o s , a p o r t a a la c r í ­
t ic a d e l m a r x i s m o , u n a c o n t r i b u c i ó n m á s o r ig in a l. H e n r i d e M a n es u n
h e r e j e d e l r e f o r m i s m o o la s o c i a b - d e m o c r a c i a ; M a x E a s t m a n es u n h e ­
r e j e d e la r e v o l u c i ó n . S u c r it ic is m o d e i n t e l e c t u a l s u p e r - t r o t k y s t a , lo d i ­
v o r c i ó d e lo s S o v i e t s a c u y o s je fe s , e n e s p e c i a l S ta lin , a t a c ó v i o l e n t a ­
m e n t e e n su l ib r o “Depuis la morte de Lenin”
M a x E a s t m a n e s t á l e j o s d e c r e e r q u e la p s i c o l o g í a c o n t e m p o r á ­
n e a e n g e n e r a l , y la p s i c o l o g í a f r e u d i a n a e n p a r t i c u l a r , d i s m i n u y a n la
v a l i d e z d e l m a r x i s m o , c o m o c i e n c ia p r á c t i c a d e la r e v o l u c i ó n . T o d o
lo c o n t r a r i o : a f i r m a q u e la r e f u e r z a n y S eñ ala i n t e r e s a n t e s a f i n i d a d e s e n ­
tre el c a r á c t e r de los d escu b rim ien to s esenciales de M arx
y el d e lo s d e s c u b r i m i e n t o s d e F r e u d , así c o m o d e las r e a c ­
c i o n e s p r o v o c a d a s e n la c i e n c ia o fic ia l p o r u n o y o tr o . M a r x d e m o s t r ó
q u e la s c la s e s i d e a l i z a b a n o e n m a s c a r a b a n sus m ó v i l e s y q u e , d e t r á s d®
su s i d e o l o g í a s , e s to es d e sus p r i n c i p i o s p o l í t i c o s f ilo s ó f ic o s o r e lig io so s,
a c t u a b a n sus i n t e r e s e s y n e c e s i d a d e s e c o n ó m i c a s . E s t a a s e r c ió n , f o r m u ­
l a d a c o n el r i g o r y el a b s o l u t i s m o q u e e n su o r i g e n t i e n e s i e m p r e t o d a
t e o r í a r e v o l u c i o n a r i a , y q u e se a c e n t ú a p o r r a z o n e s p o l é m i c a s e n el d e ­
b a t e c o n sus c o n t r a d i c t o r e s , h e r í a p r o f u n d a m e n t e el i d e a l i s m o d e I03
in telectu ales, rea cio s h a s ta h o y a a d m itir c u a lq u ie r n o ció n científica q u e
i m p l i q u e u n a n e g a c i ó n o u n a r e d u c c i ó n d e la a u t o n o m í a y m a j e s t a d
d e l p e n s a m i e n t o , o, m á s e x a c t a m e n t e , d e lo s p r o f e s i o n a l e s o f u n c i o n a ­
r io s d e l p e n s a m i e n t o .
F r e u d i s m o y m a r x i s m o , a u n q u e lo s d i s c í p u l o s d e F r e u d y d e M a r x
n o s e a n t o d a v í a lo s m á s p r o p e n s o s a e n t e n d e r l o y a d v e r t i r l o , se em pa-
r e n t a n , e n sus d i s t i n t o s d o m i n i o s , n o s ó lo p o r lo q u e e n sus t e o r í a s h a b í a
d e “ h u m i l l a c i ó n ” , c o m o d i c e F r e u d , p a r a la s c o n c e p c i o n e s i d e a l i s t a s d e
l a h u m a n i d a d , s in o p o r su m é t o d o f r e n t e a lo s p r o b l e m a s q u e a b o r d a n
“ P a r a c u r a r lo s t r a s t o r n o s i n d i v i d u a l e s , — o b s e r v a M a x E a s t m a n — el p s i ­
c o a n a l i s t a p r e s t a u n a a t e n c i ó n p a r t i c u l a r a la s d e f o r m a c i o n e s d e la c o n ­
c i e n c i a p r o d u c i d a s p o r lo s m ó v i l e s s e x u a l e s c o m p r i m i d o s . E l m a r x i s t a q u e
t r a t a d e c u r a r los t r a s t o r n o s d e l a s o c i e d a d , p r e s t a u n a a t e n c i ó n p a r t i ­
c u l a r a la s d e f o r m a c i o n e s e n g e n d r a d a s p o r el h a m b r e y el e g o í s m o ” . E l
v o c a b l o “ i d e o l o g í a ” d e M a r x es s i m p l e m e n t e u n n o m b r e q u e s i r v e p a ­
r a d e s i g n a r la s d e f o r m a c i o n e s d e l p e n s a m i e n t o s o c ia l y p o l í t i c o p r o d u ­
c i d a s p o r lo s m ó v i l e s c o m p r i m i d o s . E s te v o c a b l o t r a d u c e la i d e a d e los
f r e u d i a n o s , c u a n d o h a b l a n d e r a c i o n a l i z a c i ó n , d e s u b s t i t u c i ó n , d e tras*
paso, d e desplazamiento, d e s u b l i m a c i ó n . L a i n t e r p r e t a c i ó n e c o n ó m i c a
d e la h i s t o r i a n o es m á s q u e u n p s ic o a n á lis i s g e n e r a l i z a d o d e l e s p í r i t u
s o c ia l y p o l í t i c o . D e e llo t e n e m o s u n a p r u e b a e n la r e s i s t e n c i a e s p a m ó -
d i c a e i r r a z o n a d a q u e o p o n e el p a c i e n t e . L a d i a g n o s i s m a r x i s t a e s c o n s i ­
d e r a d a c o m o u n u l t r a j e , m á s b i e n q u e c o m o u n a c o n s t a t a c i ó n c i e n tí f ic a .
E n v e z d e ser a c o g id a c o n es p íritu crítico v e r d a d e r a m e n t e c o m p re n s i­
vo, tro p ie z a c o n ra c io n aliza cio n e s y “ rea ccio n es d e d e fe n sa ” d el c a rá c ­
te r m á s v io le n to e in fan til” .
F r e u d , e x a m i n a n d o la s r e s i s t e n c i a s a l P s ic o a n á l is is , h a d e s c r i t o y a
e s t a s r e a c c i o n e s , q u e n i e n lo s m é d i c o s n i e n lo s f i l ó s o f o s h a n o b e d e c i d o
 74 Amauta
a r a z o n e s p r o p i a m e n t e c i e n tí f ic a s ni filo só fic as. E l P s ic o a n á l is is e r a o b ­
je ta d o , an te to d o , p o rq u e c o n tra ria b a y so liv ian tab a u n a espesa ca p a d e
s e n t i m i e n t o s y s u p e r s t i c i o n e s . S u s a f i r m a c i o n e s s o b r e la s u b c o n c ie n c ia ,
y e n e s p e c ia l s o b r e la l i b i d o , in f l i g í a n a lo s h o m b r e s u n a h u m i l l a c i ó n
t a n g r a v e c o m o la e x p e r i m e n t a d a c o n la t e o r í a d e D a r w i n y c o n el d e s ­
c u b r i m i e n t o d e C o p é r n i c o . A l a h u m i l l a c i ó n b i o l ó g i c a y a la h u m i l l a ­
ción co sm o ló g ic a, F r e u d p o d r ía h a b e r a g r e g a d o un te rc e r p r e c e d e n te ;
el d e la h u m i l l a c i ó n i d e o l ó g i c a , c a u s a d a p o r el m a t e r i a l i s m o e c o n ó m i ­
co , e n p l e n o a u g e d e la f ilo s o f ía id e a lis ta .
L a a c u s a c i ó n d e p e n - s e x u a l i s m o q u e e n c u e n t r a la t e o r í a d e F r e u d ,
t i e n e u n e x a c t o e q u i v a l e n t e e n la a c u s a c i ó n d e p a n - - e c o n o m i c i s m o q u e
h a l l a t o d a v í a la d o c t r i n a d e M a r x . A p a r t e d e q u e el c o n c e p t o d e e c o ­
n o m í a es e n M a r x t a n a m p l i o y p r o f u n d o c o m o e n F r e u d el d e lib id o ,
el p r i n c i p i o d i a l é c t i c o e n q u e s e b a s a t o d a la c o n c e p c i ó n m a r x i s t a e x c l u í a
la r e d u c c i ó n d e l p r o c e s o h i s t ó r i c o a u n a p u r a m e c á n i c a e c o n ó m i c a . Y
l o s m a r x i s t a s p u e d e n r e f u t a r y d e s t r u i r la a c u s a c i ó n d e p a n - - e c o n o m i c i s -
m o , c o n la m i s m a ló g i c a c o n q u e F r e u d d e f e n d i e n d o el P s ic o a n á l is is
d i c e q u e “ se le r e p r o c h ó su p a n - - s e x u a l i s m o , a u n q u e el e s t u d i o p sic o --
a n a l í t i c o d e lo s i n s t i n t o s h u b i e s e s i d o s i e m p r e r i g u r o s a m e n t e d u a l i s t a
y n o h u b i e s e j a m á s d e j a d o d e r e c o n o c e r , al l a d o d e lo s a p e t i t o s s e x u a ­
le s, o t r o s m ó v i l e s b a s t a n t e s p o t e n t e s p a r a p r o d u c i r el r e c h a z o d e l in s ­
t i n t o s e x u a l ” . A s í m i s m o e n lo s a t a q u e s al P s ic o a n á l is is n o h a in f l u i ­
d o m á s q u e en la* r e s i s t e n c i a s a l m a r x i s m o , el s e n t i m i e n t o a n t i —s e m ita .
Y m u c h a s d e la s i r o n í a s y r e s e r v a s c o n q u e e n F r a n c i a se a c o g e al P s i c o ­
a n á lis is p o r p r o c e d e r d e u n g e r m a n o , c u y a n e b u l o s i d a d se a v i e n e p o c o
c o n la c l a r i d a d y la m e s u r a , l a t i n a s y f r a n c e s a s , se p a r e c e n s o r p r e n d e n ­
t e m e n t e a la s q u e h a n e n c o n t r a d o s i e m p r e el m a r x i s m o , y n o s o lo e n ­
t r e lo s a n t i- - s o c ia l is ta s , e n e s e p a í s , d o n d e u n s u b c o n s c i e n t e n a c i o n a l i s ­
m o h a i n c l i n a d o h a b i t u a l m e n t e a la s g e n t e s a v e r e n el p e n s a m i e n t o
d e M a r x el d e u n “ b o c h e ” o s c u r o y m e t a f í s i c o . L o s i t a l i a n o s n o le h a n a-
h o r r a d o , p o r su p a r t e , lo s m i s m o s e p í t e t o s ni h a n s i d o m e n o s e x t r e m i s t a s
y c e l o s o s e n o p o n e r , s e g ú n lo s c a s o s , el i d e a l i s m o o el p o s i t i v i s m o l a t i n o
»1 m a t e r i a l i s m o o la a b s t r a c c i ó n g e r m a n a s d e M a r x .
A l o s m ó v i l e s d e c l a s e y d e e d u c a c i ó n i n t e l e c t u a l q u e r i g e n la r e ­
s i s t e n c i a al m é t o d o m a r x i s t a , n o c o n s i g u e n s u s t r a e r s e , e n t r e lo s h o m b r e s
d e c ie n c ia , c o m o lo o b s e r v a M a x E a s t m a n , lo s p r o p i o s d i s c í p u l o s d e
F r e u d , p r o c l i v e s a c o n s i d e r a r la a c t i t u d r e v o l u c i o n a r i a c o m o u n a s i m ­
p l e n e u r o s is . E l i n s t i n t o d e c l a s e d e t e r m i n a e s t e ju ic io d e f o n d o r e a c ­
cionario.
E l v a l o r c i e n t í f i c o , ló g ic o , d e l l i b r o d e M a x E a s t m a n , — y e s t a
e s la c u r i o s a c o n c l u s i ó n a la q u e s e a r r i v a a l f in a l d e su l e c t u r a r e c o r d a n ­
d o lo s a n t e c e d e n t e s d e su “ D e p u i s la M o r t e d e L e n i n ” y d e s u r u i d o s a
e x - c o m u n i ó n p o r lo s c o m u n i s t a s r u s o s , — r e s u l t a m u y r e l a t i v o , a p o c o
q u e s e i n v e s t i g u e e n lo s s e n t i m i e n t o s q u e i n e v i t a b l e m e n t e l o i n s p i r a n .
E l p s i c o a n á lis i s , d e s d e e s t e p u n t o , p u e d e s e r p e r j u d i c i a l a M a x E a s t m a n
c o m o e l e m e n t o d e c r í t i c a m a r x i s t a . A l a u t o r d e ‘‘L a C i e n c i a d e l a R e ­
v o l u c i ó n ” le s e r í a i m p o s i b l e p r o b a r Que e n s u s r a z o n a m i e n t o s n e o —r e ­
v is i o n i s t a s , e n su p o s i c i ó n h e r é t i c a y, s o b r e t o d o , e n su s c o n c e p t o s s o b r e
el b o l c h e v i s m o , n o i n f l u y e n m í n i m a m e n t e s u s r e s e n t i m i e n t o s p e r s o n a l e s .
E l s e n t i m i e n t o s e i m p o n e con demas a d a f r e c u e n c i a al razo n am ien to
d e este e scrito r q u e ta n a p a s io n a d a m e n te p r e te n d e situarse en un te rre n o
o b je tiv o y científico.
Jímauta 75

12
P U E S T A M E N T E a lo q u e p r e t e n d e u n a c r ít ic a s u p e r f ic ia l
y a p r i o r í s t i c a , el d e s a r r o l l o d e l s o c ia l is m o in g lé s i m p o r t a la
c o n f i r m a c i ó n m á s i n a p e l a b l e d e la t e o r í a m a r x i s t a , q u e n ó
e n b a l d e d e s c a n s a e n el e s t u d i o d e la e c o n o m í a , t e ó r i c a y
p r á c t i c a , d e I n g l a t e r r a . M a r x y su escuela-— -de L e n i n a H il-
f e r d i n g — • s o s t i e n e n q u e la e v o l u c i ó n d e l c a p i t a l i s m o conduce a la s
c o n d i c i o n e s m a t e r i a l e s y e s p ir i tu a l e s d e u n o r d e n s o c ia lista , Y h o y n o
s o n p o c o s los r e v is i o n is ta s y p o l e m i s t a s d e l g é n e r o d e H e n r i d e M a n
q u e , c o n t e n t á n d o s e c o n a n o t a r el c a r á c t e r e s e n c i a l m e n t e b r i t á n i c o y
n u l a m e n t e m a r x i s t a d e l m o v i m i e n t o s o c ia lis ta d e la G r a n B r e t a ñ a , lo
in d ic a n c o m o un testim onio c o n tra rio a la d o c trin a d e M arx . B a s ta ,
sin e m b a r g o , a h o n d a r u n p o c o e n los h e c h o s , p a r a c o m p r o b a r q u e el
t e s t i m o n i o es, m á s b ie n , f a v o r a b l e .
L o s o r í g e n e s d e l m o v i m i e n t o s o c ia lis ta in g lé s n o s o n d o c t r i n a r i o s ,
in te l e c t u a l i s t a s , c o m o los d e l a s o c i a l - d e m o c r a c i a a l e m a n a ni c o m o los
d e l b o l c h e v i s m o ru so . E n I n g l a t e r r a , el L a b o u r P a r t y n a c e d e las “ t r a ­
d e - u n i o n s " q u e a p a r e c e n y se d e s e n v u e l v e n c o m o a s o c i a c i o n e s d e n a t u ­
ra le z a e x tric ta m e n te e c o n ó m ic a y p rofesional. El "tra d e-u n io n ism o ”
c r e c e i n d i f e r e n t e y h a s t a h o s til al d o c t r i n a r i s m o p o l í t i c o y e c o n ó m i c o .
E n a b s o l u t o a c u e r d o c o n el e s p í r i t u b r i t á n i c o , le i n t e r e s a n los h e c h o s ,
n ó las te o r í a s . L o s n ú c l e o s i n t e l e c t u a l e s s o c ia lista s, carecen d u ran te
m u c h o t i e m p o d e a r r a i g o e n lo s s in d i c a to s . El “ I n d e p e n d a n t L a b o u r
P a r t y , n o o b s t a n t e su m o d e r a c i ó n , s o lo se c o n v i e r t e e n el e s t a d o m a ­
y o r d e l m o v i m i e n t o o b r e r o , d e s p u é s d e la g u e r r a . Y el p r o p i o p a r t i d o
l a b o r i s t a s o lo e n t r a e n su e d a d a d u l t a e n e s te siglo. A n t e s , la m a y o r
p a r t e d e lo s v o t o s o b r e r o s n o se s e n t í a a ú n v i n c u l a d a a su p o lít ic a . El
p r o l e t a r i a d o b r i t á n i c o , o r g a n i z a d o e n las " t r a d e - u n i o n s " , n o h a b í a r e i ­
v i n d i c a d o t o d a v í a su a u t o n o m í a p o l í t i c a e n u n p a r t i d o d e clase. P e r o ,
a m e d i d a q u e el c a p i t a l i s m o d e c lin a , ----y q u e la f u n c ió n d e l p a r t i d o l i ­
b e r a l p i e r d e su s e n t i d o c l á s i c o — y q u e el p o d e r y la m a d u r e z p o l í t i c a s
d e l p r o l e t a r i a d o s e a c r e c e n t a n — c r e c e el a l c a n c e d e las r e i v i n d i c a c i o n e s
o b r e r a s h a s t a d e s b o r d a r y r o m p e r su m a r c o p r im it iv o . L a s r e i v i n d i c a ­
cio n es c o rp o ra tiv a s, in m e d ia ta s, se tra n s f o r m a n g r a d u a lm e n te en rei­
v i n d i c a c i o n e s d e c lase . L a in f l u e n c i a d e lo s l í d e r e s c o n v i c t o s d e s o ­
c i a lis m o , se s o b r e p o n e a la a u t o r i d a d d e u n a b u r o c r a c i a m e r a m e n t e s in ­
d ic a l. E l L a b o u r P a r t y se d e s c u b r e , p o c o a p o c o , u n f in a l is m o s o c i a ­
lista. Q u i e r e la s o c ia l iz a c ió n d e los m e d i o s d e p r o d u c c i ó n , c o m o los
o t r o s p a r t i d o s so c ia lista s. Y a u n q u e la q u i e r e c o n p a r s i m o n i a y p r u ­
d e n c ia b ritá n ica s p r o p u g n á n d o la en le n g u a je s im p le m e n te refo rm ista,
lo c i e r t o es q u e la r e c o n o c e c o m o su m e t a n a t u r a l y le g ítim a . L o s o t r o s
p a r t i d o s r e f o r m i s t a s d e E u r o p a , e m p l e a n d e s d e su n a c i m i e n t o u n l e n g u a ­
j e d is t in to . S e a t r i b u y e n , e n g r a d o m á s o m e n o s e n é r g ic o , u n a o r t o ­
d o x ia m a rx ista. P e r o si é s t a h a s i d o su t e o r í a , su p r a x i s — y su m i s m o
e s p í r i t u — n o h a e s t a d o m u y d i s t a n t e d e la d e l r e f o r m i s m o inglés. H o y
m i s m o la d i s t a n c i a e n t r e u n a y o t r a p r á c t i c a es i n s i g n if i c a n te si existe.
E l P a r t i d o s o c ia l is ta f r a n c é s p u e d e c o n v e r t i r s e , e n c u a l q u i e r m o m e n t o ,
e n u n p a r t i d o m i n i s t e r i a l c o m o el l a b o r i s t a . Y entre un discurso d e
P a u l B o n c o u r y o t r o d e R a m s a y M e D o n a l d , a la o r illa d e l L a g o L e m a n
n o h a b r á n u n c a n i n g u n a d i f e r e n c i a s u s t a n c i a l. A m b o s, p o r o tra p a r ­
te , t i e n e n el m i s m o a i r e m u n d a n o y e m p o l v a d o d e f iló s o f o s d e la E n ­
c ic lo p e d ia y de p rim e ro s m in istro s del Rey.
76 Amanta
E l p r o l e t a r i a d o b r i t á n i c o h a l l e g a d o a la p o l í t i c a soc ialista , p o r e s ­
p o n t á n e o im p u l s o d e su a c c i ó n d e c lase , m a l g r a d o su s u p e r s t ic i o s a y
c o n s e r v a d o r a a p r e n s i ó n a c e r c a d e l s o c ia l is m o y sus te ó ric o s . L o s s in ­
d i c a t o s y la s g ild a s , d e s c i e n d e n d e las c o r p o r a c i o n e s m e d i o e v a l e s . Y
e n el p r o c e s o d e su c r e c i m i e n t o , s e h a n i m p r e g n a d o h o n d a m e n t e d e lo s
p r i n c i p i o s d e u n a e d u c a c i ó n y u n a e c o n o m í a lib e r a le s . M á s a ú n : su
v o l i c i ó n h a s id o r e f r a c t a r i a al so c ia lis m o . L o s “ t r a d e - u n i o n s ” e n p a r t e
p o r e m p i r i s m o b r i t á n i c o , e n p a r t e p o r r e p r e s e n t a r e n el m u n d o e n l a
é p o c a d e e x p a n s i ó n y p r o s p e r i d a d d e l i m p e r i o d e la G r a n B r e t a ñ a u n a
a r i s t o c r a c i a o b r e r a , e n p a r t e p o r el a s c e n d i e n t e d e u n c a p i t a l i s m o v i g o ­
r o s o y p r o g r e s is ta , h a n t e m i d o y e v i t a d o el d o c t r i n a r i s m o so c ialista . S in
e m b a r g o , a c e n t u a d a s la s c o n t r a d i c c i o n e s in te rn as del c a p ita lis m o ,
p l a n t e a d a la c u e s t i ó n d e su i m p o t e n c i a p a r a r e s o l v e r l a crisis d e la p r o ­
d u c c ió n , es e p r o l e t a r i a d o n o e n c u e n t r a o t r o c a m i n o ni a d o p t a o t r o p r o ­
g r a m a q u e el d e l so c ia lis m o .
E s t a c u a n t i o s a e x p e r i e n c i a , c u m p l i d a e n el m a y o r E s t a d o c a p i t a ­
lis ta d e E u r o p a , d e m u e s t r a , c o n t r a lo q u e p u e d a n s o f is ti c a r r e v is i o n is ta s
y c o n f u s i o n i s t a s t a n b a r a t o s c o m o p e d a n t e s , q u e , p o r la v í a d e l c a p i t a ­
lis m o y sus in s t itu c io n e s , e m p í r i c a o d o c t r i n a l m e n t e , se m a r c h a hacia,
el s o c ia l is m o . L o q u e n o q u i e r e d e c ir , a b s o l u t a m e n t e , q u e a n t e s d e q u e
el p r o l e t a r i a d o a d q u i e r a c o n s c i e n c i a d e su m is ió n h is t ó r ic a , y se o r g a n i ­
c e y d is c ip li n e p o l í t i c a m e n t e , el s o c ia l is m o s e a p o s ib l e . L a p r e m i s a p o ­
lítica , i n t e le c tu a l, n o es m e n o s i n d i s p e n s a b l e q u e la p r e m i s a e c o n ó m i ­
ca . N o b a s t a la d e c a d e n c i a o a g o t a m i e n t o d e l c a p i t a l i s m o . E l s o c ia ­
lis m o n o p u e d e s e r l a c o n s e c u e n c i a a u t o m á t i c a d e u n a b a n c a r r o t a ; t ie ­
n e q u e s e r el r e s u l t a d o d e u n t e n a z y e s f o r z a d o t r a b a j o de ascen­
sión.
E l c a s o in g lé s n o p r u e b a s in o q u e , a ú n n e g a n d o a p r io r i al s o c ia lis ­
m o d o c t r i n a l y p o l í t i c o , s e a r r i b a i n e l u c t a b l e m e n t e a él, a p e n a s el p r o ­
l e t a r i a d o e n t r a , c o m o f u e r z a p o lít ic a , e n su m a y o r e d a d . L a r e s is te n c ia
a e s te s o c ia l is m o e n el m o v i m i e n t o t r a d e - u n i o n i s t a , d e o t r o l a d o , se e x ­
p l i c a p e r f e c t a m e n t e p o r lo s f a c t o r e s y a e n u m e r a d o s . I n g l a t e r r a , e n el
t e r r e n o filo só fic o , se h a a t e n i d o s i e m p r e al h e c h o , a la e x p e r ie n c ia . Ha
sid o un p a ís rec elo so a n te to d a m etafísica. “ El espíritu g e n e ra l d e la
c u l t u r a i n t e l e c t u a l y d e la f ilo s o f ía a n g l o - s a j o n a ----o b s e r v a f u n d a d a m e n ­
t e M a x E a s t m a n ---- h a s i d o s i e m p r e , a p e s a r d e l p e q u e ñ o p e t a r d o l a n ­
z a d o , e n n o m b r e d e la d i v i n i d a d , p o r el o b i s p o B e r k e le y , “ t e r r e r - a - t e -
r r e ” y c i e n t í f i c a ” . L a p o l í t i c a in g le s a h a p r e f e r i d o se r p r á c t i c a a se r
teórica. C o m o c o n s e c u e n c i a , el e m p i r i s m o b r i t á n i c o se d o b l a d e c o n -
s e r v a n t i s m o . Y a e s to s e d e b e , a l a v e z q u e la s e g u r a m a r c h a d e l c a p i t a ­
lis m o e n I n g l a t e r r a , su i n c a p a c i d a d d e r e s o l v e r su a n t i n o m i a c o n in s ti­
t u c i o n e s y p r i v i l e g i o s s u p é r s t i t e s q u e n o lo e m b a r a z a b a n e x c e s i v a m e n t e
e n su d e s a r r o l l o . E s t a h a s id o , d e s d e c i e r t o p u n t o d e v is ta , y h a s t a u n
d a d o m o m e n to , la fu e rz a d e l c a p ita lism o b ritá n ic o ; p e ro esta h a sid o
t a m b i é n su d e b i l i d a d .
( C o n c l u i r á e n el p r ó x i m o n ú m e r o ) .
Amanta 77

j u n t o s n o s o t r o s
U E p u r a e r e s d e so! o d e n o c h e c a í d a ,
q u e tr iu n f a l, d e s m e d i d a , tu ó r b i t a d e b l a n c o ,
y t u p e c h o d e p a n , a l t o d e clim a ,
tu c o r o n a d e á r b o l e s n e g r o s , b i e n a m a d a ,
y tu n a r iz d e a n i m a l so lita r io , d e o v e j a s a lv a j e ,
q u e h u e l e a s o m b r a y a p r e c i p i t a d a f u g a tir á n ic a !

A h o r a , q u e a r m a s e s p l é n d i d a s m is m a n o s ,
d i g n a su p a l a d e h u e s o y su lirio d e u ñ a s ,
y el p u e s t o d e m i r o s tr o , y el a r r i e n d o d e m i a l m a ,
e s t á n s i t u a d o s e n lo ju s t o d e la f u e r z a te r r e s tr e .

Q u é p u r a m i m i r a d a d e n o c t u r n a in f lu e n c ia ,
c a í d a d e o j o s o s c u r o s y f e r o z a c ic a te ,
m i s i m é t r i c a e s ta tu a ' d e p i e r n a s g e m e l a s
s u b e h a c i a e s tre lla s h ú m e d a s c a d a m a ñ a n a ,
y m i b o c a d e exilio m u e r d e la c a r n e y la u v a ,
m is b r a z o s d e v a r ó n , m i p e c h o t a t u a d o
e n q u e p e n e t r a el v e l lo c o m o a l a d e e s t a ñ o ;
m i c a r a b l a n c a , h e c h a p a r a la p r o f u n d i d a d d e l sol,
m i p e l o h e c h o d e rito s, d e m i n e r a l e s n e g r o s ,
m i fre n te p e n e tr a n te co m o g o lp e o cam ino,
m i p ie l d e h jjo m a d u r o , d e s t i n a d o al a r a d o ,
m is o jo s d e sal á v i d a , d e m a t r i m o n i o r á p i d o ,
mi lengua, a m ig a b la n d a del d iq u e y del b u q u e,
m i s d i e n t e s d e h o r a r i o b l a n c o , d e e q u i d a d s is te m á tic a ,
la p ie l q u e h a c e a m i f r e n t e u n v a c í o d e h ie lo s
y e n m i e s p a l d a se t o r n a y v u e l a e n m is p á r p a d o s ,
y s e r e p l i e g a s o b r e m i m á s p r o f u n d o e s tím u l o ,
y c r e c e h a c i a las r o s a s e n m is d e d o s ,
e n m i m e n t ó n d e h u e s o y e n m is p ie s d e r iq u e z a .

Y tú, c o m o u n m e s d e estre lla , c o m o u n b e s o fijo,

c o m o e stru c tu ra d e ala o com ienzos d e O to ñ o ,
n iñ a , m i p a r t i d a r i a , m i a m o r o s a ,
la lu z h a c e su l e c h o b a j o tu s g r a n d e s p á r p a d o s ,
d o r a d o s c o m o bueyes, y la p a lo m a r e d o n d a
h a c e sus n i d o s b l a n c o s f r e c u e n t e m e n t e e n tí.

Q u é p o m p a j o v e n d e o r o o r e u n i d a s fru ta s ,
y q u é d i s p o s i c i ó n d u lc e , q u e f u l g o r d e f i n i d o
d e u ñ a , d e s e d a s ú b it a y f u e r z a s e d i e n t a ,
y u n o l o r d e p e r l a a r d i e n d o c o r r e p o r tu c a d e r a
h a s t a tu s p ie s c e r r a d o s e n r i b e t e d e es tío .

H e c h a d e o l a e n li n g o t e s y t e n a z a s b l a n c a s ,
tú saluch d e m a n z a n a f u r io s a se e s tir a sin lím ite ,
el t o n e l t e m b l a d o r e n q u e e s c u c h a tu e s t ó m a g o ,
t e s m a n o s h i j a s d e l a h a r i n a y d e l cielo.
78 Am a u la

Q u é p a r e c i d a e r e s al m á s l a r g o b e s o ,
su s a c u d i d a f ija p a r e c e n u tr ir te ,
y su e m p u j e d e b r a s a , d e b a n d e r a r e v u e l t a ,
v a l a t i e n d o e n tu s d o m i n i o s y s u b i e n d o t e m b l a n d o ,
y e n t o n c e s t u c a b e z a se a d e l g a z a e n c a b e l lo s ,
y su f o r m a g u e r r e r a , su c í r c u lo se co ,
se d e s p l o m a n d e s ú b i t o e n h ilo s lin e a le s
c o m o filos d e e s p a d a s o h e r e n c i a d e l h u m o .
R a n g o o n 1928.

S E G U N D A E S T A C IO N DE L A B IO ­
G R A FIA DEL N IÑ O JULIO, p o t
Jtilío del Prado.
(—v i—)
O D A S e s ta s m a ñ a n a s el sol a l u m b r ó . C o n la c a r a s u c ia y el
b o l s ó n r e p l e t o d e f r u ta , el n i ñ o J u l i o i b a al C o l e g io . (N o
se c o r t a b a las u ñ a s y t o d o él e r a t i n t a ) . A n tes h a b ía hecho
p r o t e s t a s y f o r m a l p r o m e s a d e p o r t a r s e m a l e n el a ñ o , p u e s
la m a m á n o lo q u is o p o n e r e n c o l e g io d e h o m b r e s ( a p e s a r
d e q u e él q u e r í a m u c h o a las m u j e r e s , r e c o r d a b a q u e d e 2 o 3 a ñ o s le
h a b í a d i c h o a u n p i n t o r p o r a l a b a r su c u a d r o : ‘ ¡ Q u é b o n i t o ! Si p a ­
rece m u je rcita” ). P e r o t u v o q u e ir, p o r q u e t a m b i é n d e c h ic o , d i j o a
su h e r m a n o J o r g e c u a n d o d e s p r e c i ó la m i t a d d e la m a n z a n a d e la t í a
E n r i q u e t a : ¿ n o la q u i e r e s ? , m e la c o m e r é y o . E s to e r a u n a r a z ó n c o n ­
v i n c e n t e t a n t o p a r a él c o m o p a r a la m a m á .
Y e m p i e z a : e n c l a s e j a m á s o y ó la v o z d e l p r o f e s o r y él, L u lo , S o ­
fía, M a n u e l , E l e n a y R o s i t a , se p a s a b a n la s h o r a s e n lo s c u e n t o s d e
Q uevedo. P o r si e s to f u e r a p o c o , su c u a d e r n o d e h i g i e n e e r a el m á s
m anchado. E n in g lé s s o l a m e n t e e r a f o r m a l : le i n t e r e s a b a n s i e m p r e ias
c o s a s e x t r a ñ a s ; e n c o s t u r a t a m b i é n : él y L u lo a y u d a b a n a b o r d a r a H i l ­
d a , m i e n t r a s le p e l l i z c a b a n la s p ie r n a s . ( H i l d a lo h a c í a m u y m a l ) . E n
d i b u j o t u v o u n é x i t o : el p r o f e s o r d e l “ c u a d r o a lo m u j e r c i t a ” , p r o p u s o
u n g r u p o d e l a t r a y e n t e n i ñ o J u l i o y d e la d e l i c a d a L u c i l a : c u c h ic h e o s ,
to se s, a p l a u s o s , L u c i la s e “ e m p a v a ” y llo r a , n o sa le, J u l i o sí: y c o n u n a
c a r a d e triu n fad o r, d e T en o rio .
( C o s a s i m p á t i c a : la h e r m a n a d e l n i ñ o J u li o y M a r u j a e r a n c o m a ­
d r e s en M a ria n ito q u e a n a d ie qu isiero n p re se n ta r. M a ria n ito m u rió
m uy p ro n to ).
E j e r c i c i o s e s p i r i t u a l e s : al c u r a n o s e le o ía , al n i ñ o J u l i o t a m p o c o :
m i e n t r a s t a n t o , I d a , l a c o q u e t a , le p a s a b a u n p a p e l “ d e c l a r a t o r i o ” . A -
rre g lad o s. ( P a s ó la s i m p á t i c a p r i m e r a c o m u n i ó n d e los n iñ o s , J u l i o
c a n t ó , B l a n c a t a m b i é n , d e s p u é s , el c h o c o l a t e y la b a n d a d e m ú s i c o s ) .
J u l i o y a s a b í a . I d a lo b e s a b a t o d a s la s n o c h e s e n l a p u e r t a d e su c a s a .
J u a n , el m a e s t r o , r i e n d o a c o m p a ñ a b a al n i ñ o J u lio . P e r o h a b í a c o n s e ­
jo s. A l fin t o d o t e r m i n ó . B o b b y h a b í a c o n t a d o m u c h a s cosas. El
“ c o l o r a d o ” f u é c o n el c h is m e . C o n s e jo d e B lan c a y la D ire c to ra , m is ­
t e r i o , i t e r r o g a t o r i o , el n i ñ o J u l i o h e r o i c a m e n t e c a l l a d o , I d a lo c o n f e s ó
t o d o . ( L o i n d i g n a n t e p a r a el n i ñ o J u l i o : I d a d i j o q u e s ó l o u n a v e z se h a ­
b í a n b e s a d o , ( r i s a s d e la s m a e s t r a s ) y q u e le e c h a b a t i e r r a a los o j o s a su
m a m á , ( p e r o n o t i e r r a d e la d e l j a r d í n , s in o q u e a s í se d i c e ) . A n t o n i e -
Amauta 79
ta , la a m ig a , y B la n c a , la h e r m a n a , g o z o s a s . F u é u n a tr a g e d ia . E l n i­
ñ o J u lio e s c r ib ió “ E l d ia r io d e u n p o b r e n iñ o “ . Si B la n c a y la m a m á
se h u b ie r a n r e í d o d e l a n te d e él, el n iñ o J u lio h u b ie r a a s e s in a d o su t a ­
le n to .
F in d e a ñ p , t o m a d u r a d e p e l o : " P r e m io d e a s is te n c ia ” : S r. D . J u ­
lio Z u t a n o ” . N o h a b í a d e r e c h o . ¡S i é l se h a b í a h e c h o “ la s im a ” m u ­
c h a s v e c e s ! Q u e lo c u e n te n B la n c a , A n to n ie ta , Id a , H o r te n s ia , M a ría ,
L u lo . Y la m is m a s e ñ o r ita d ir e c to r a , ¿ n o lo h a b í a lle v a d o u n a v e z
d e la m a n o a l c o le g io ? P e r o n o h a b í a tie m p o d e in d ig n a r s e : A r c h i
a c a b a b a d e r e c ita r y J u lio te n ía q u e b a i la r u n h u a in ito c o n L u c ila . ¡ Q u é
e m o c ió n ! E s ta r ía la m a m á d e I d a e n la R e p a r tic ió n d e P re m io s ?

I d a e r a m u y g e n e r o s a : m á s ta r d e , a p r o v e c h a n d o d e su F á b r ic a ,
c o n t a b a a la s a m ig a s q u e J u lio le h a b í a r e g a la d o c h o c o la te s ( y e n s e ñ a ­
b a la s c a j a s ) . H a d e b i d o h a c e r lo el n iñ o J u lio . P e r o n u n c a tu v o m ed io »
L o q u e sí t e n d r á y a p a r a s ie m p r e , e s g r a ti tu d y a m o r a la m u je r.

(— V I I— )
L e x ic o g r a f ía d e l n iñ o Ju lio .
Q u é b o n ita s e r a n la s p a l a b r a s p a r a e l n iñ o J u lio !
P A L A B R A , c a m p a n a d e N a v id a d , s illa r m a r a v illo s o d e l M isti
d e su p e c h o , e n la R c a r r o m a to . Y a tie n e el n iñ o J u lio c o n q u e a s u s ­
t a r al c u c o : P A L A B R A .
C A T A F A L C O , s o n o r id a d d e n o sé d o n d e : C A T A , r u s o ; F A L C O ,
d e s fa lc o , p e r r o fla c o , a c a s o el g a lg o d e l b o x e a d o r d e lo s p o r ta l e s d e
A r e q u ip a .
C H O C O L L O , e n e l c o le g io p a l a b r a m a la , en el n iñ o J u lio u n e j e r ­
c ic io b u c a l.
A B R A C A D A B R A N T E , o tr o e je r c ic io b u c a l q u e c a u s a b a a d m i r a ­
c ió n e n t r e lo s lite r a to s d e l C írc u lo D e p o r tiv o .
A C T U A L I D A D , p a l a b r a a c tu a l. N u n c a se h a b í a r e g o c ija d o t a n ­
to el n iñ o J u lio q u e c u a n d o v ió e n u n a p e l u q u e r ía el l e tr e r o : “ P e lu c a s
d e a c tu a lid a d ” . P e lu c a s - A c tu a lid a d , p a l a b r a s p r im a s h e r m a n a s . Lo
m is m o q u e . d ijo el h e r m a n ito P a c o : “ P ic a p o te y G u ta p e c h e s o n a m i­
gos” .
A R E Q U I P A , u n a c h iq u ita g o r d a s a tis f e c h a d e su P O C O N T I .
E N A M O R A D A , ¿ a c a s o u n a d e la s m o r a s q u e c o m ía e n C h ilin a ?
P e r o e se E n a e r a m u y im p e r tin e n te .
H O R T E N S IA , p erfu m e.
C A T A R R O , ig u a lito al p a y a s o d e l S h ip y F e ltu s . J a , J a , j a .
J U L I O - J U L I O , J U L IO , lo m á s a g r a d a b le p a r a la v a n i d a d .
S IN C E R ID A D , u n a c a m p a n illa e n el v a c ío .
C o n to d a s la s p a l a b r a s ju e g a el n iñ o J u lio c o m o c o n la s c a r r e ti­
lla s, J U L IO , J U L IO , J U L I O , ib a a c a z a r m a r ip o s a s c o n S IN C E R I D A D
y se q u e d a b a c o n u n p o c o d e H O R T E N S I A e n la s m a n o s .
J u lio se p a s e a b a c o n su a m ig o C A T A R R O d á n d o l e E N A M O R A ­
D A S.
E l n iñ o J u lio h a b l a b a in g lé s c o n C A T A F A L C O .
Y el g e n e r a l d e l e jé r c ito d e J u lio e r a P A L A B R A a p e s a r d e
f a ld a s .
N a d a , el n iñ o J u lio e r a u n R A M O N 1 S T A sin s a b e r lo y se h u b ie r a
g a s t a d o m e d io e n c o m p r a r u n a l f a jo r p a r a la p o b r e c ita p a l a b r a L IR I O
q u e se m o r ía d e tisis.
80
Panorama Moví!
M A R G I N A L I A
GLOSA DE ORTEGA Y GASSET,
au to r de “Las A tlán tid as”
p o r L u ís E. V alcárcel.
No os el filósofo o ptim ista y son­
r ie n te ; no es el germ an izad o r de las
h u estes in telectu ales iberoindias que
nos descubre ta n p ro n to a Scheler co­
m o a D riesch y nos p rese n ta a Spen-
g ler y revaloriza a H egel; nó, quien se­
r á ob jeto de n u e stra atención es el
sim p atizan te con las v iejas cu ltu ras
desaparecidas, el que escribió “ L as A t­
lá n tid a s”, bello libro de ag u d as suge­
ren cias.
Y cómo no in te resa rn o s a cuantos
consagram os lo m e jo r de n u e s tra ju ­
v en tu d a d e s e n tra ñ a r el m isterio de
la s ex tin ta s civilizaciones del P e rú !
Mucho a n te s que en la h o ra ac tu a l
en que “ el europeo siente la a tra c ­
ción p o r las épocas hum an as m ás r e ­
m o ta s o las civilizaciones m ás d istan ­
te s ”.
L a excavación
M odestísim os arqueólogos, fam ilia­
riza d o s con la m om ia y el huaco que
o tro s desdeñan desde las nubes, oímos
con p lacer cuando O rteg a y G asset
d ic e :
“ La excavación es u n acto m ágico.
E s u n a n u ev a e in e sp erad a fo rm a de
ag ric u ltu ra . Se cava p a ra reco g er co­
sechas sem bradas hace m iles de años.
T ro y a h a sido el espléndido tu b ércu lo ,
la g ig a n tesca tr u f a histó rica que nos
h a ab ierto el a p e tito ” .
C o n to rn o y d in to rn o
P oniendo en curso ideas selladas en
A lem ania, en u n cia el postulado de que
“ cada ser pesee su paisaje propio, en
rela ció n con el cual se co m p o rta” ; que
“ la vida es un diálogo con el co n to r­
n o ” ; que “vivir es convivir, y el otro
Amauta
que con nosotros convive es el m undo
en d erre d o r” . P arec e que oyéram os
con to d a claridad a V on U exkull.
C h i n o s , e g ip c i o s , i n k a s
¿No p arece escrito p a ra el P erú
preibérico este p árrafo ?
“ E l chino y el egipcio, en la época
de su génesis, se creen la hum anidad.
E n to rn o suyo h allan solo algunas
trib u s b árb a ra s, sin p oder n i p re sti­
gio, que co n trib u y en únicam en te a sub-
r ra y a r la sin g u larid ad de su g ran na­
ción. P o r esto, to d a la civilización e-
gipcia y china p a rte en sus principios
básicos de suponer que es cada uno
de ellos el pueblo c e n tra l” .
A m é r i c a el c e n t r o fu tu ro
Como todos los g ran d es pensadores,
O rtega y G asset cree en el destino a-
m ericano, piensa que n u estro co n ti­
n en te será “el cen tro de un universo
f u tu ro ” , descalificado el universo ac­
tu a l, “ condenado a d esap arecer” del
cielo de las cu ltu ras. P ercib e su til­
m ente “la g rav itació n h acia el p orve­
n ir” que c a ra c te riz a al hom bre de este
hem isferio.
E tn o lo g ía y p re h isto ria
E l fino o lfato de o ccidental q uin­
taesenciad o le hace in tu ir el g ra n psu-
pel que ju e g a n en n u estro tiem po los
estudios arqueológicos y etn o g ráfico s
que han revolucionado el conocim ien­
to del p re té rito hum ano.
“ No h ab ía m ás que u n a c u ltu ra — di­
ce O rteg a— la n u estra , del p resen te.
L a E dad M edia, E gipto. G recia, Rom a
e ra n solo etap a s al trav é s de las cua­
les se h ab ía llegado a la ac tu al p e r­
fección. C ualquier otro sistem a de
fo rm as religiosas, in telectu ales, po líti­
cas e ra n au to m áticam en te desv alo ra­
das como in cu ltas. H abíam os, pues, h e­
cho de la c u ltu ra u n concepto estim a­
tivo y u n a norm a. P ero el etnólogo o-
Amaufca
bilgado a p e n e tra r en el secreto de
pueblos com pletam ente dispares de
los europeos y m e d iterrán eo s, h a te ­
nido que in tim a r con sus m odos de
se n tir y p en sar. Poco a poco fu é ad ­
v irtie n d o que aquellos usos “ b á rb a ro s”
y a u n “ salv ajes” , aquellas ideas g ro ­
te sca s o ab surdas, T E N IA N UN PR O ­
FUN D O SEN TID O , U NA E X Q U IS I­
T A CO H ESIO N . E ra n , a la postre, u-
n a m a n e ra de resp o n d e r al cosmos
c irc u n d a n te m uy distinto de la n ues­
tr a , pero no m enos resp e tab le. E ra n ,
en sum a, o tra s c u ltu ra s” .
E l v a lo r d e lo i n s i g n i f ic a n t e
Como corresponde a u n verd ad ero
filó sofo, O rteg a y G asset no in c u rre
en el e rro r de d esdeñar la inquisición
arq u eo ló g ica que b usca la in te r p re ta ­
ción del le n g u a je m udo, pero s a tu ra ­
do de alm a, de las cosas g ran d e s y
p equ eñ as. “ . . . . E n cada región
ex iste u n re p e rto rio ín te g ro de f o r ­
m as c u ltu ra le s— desde el utensilio h as­
t a la religión, que es exclusivo de élla.
E sto indica que cada pro d u cto hu m a­
no— m a te ria l o m oral— tie n e u n a m is­
te rio sa afin id ad con todo u n sistem a
de ellos, que solo a p a rece no rm al­
m e n te ju n to con los dem ás” .
Asi, pues, u n fra g m e * to de c e rá ­
m ica, u n am uleto, u n b a stó n de m a n ­
do, u n a casa, u n him no g u e rre ro , u n a
canción am orosa, c u a lq u ie ra in g en u a
su p e rstició n tie n e n el valo r de lo in­
sig n ific an te que g ra d ú a e in te rp re ta
la arqueología.
Todos son signos o como con ta n ­
t a elocuencia dice O rte g a : “ cada ele­
m e n te etn o g rá fic o d e ja de se r uri ob­
je to histó rico in d e p en d ie n te y se con­
v ie rte en m ero a trib u to o s í n t o m a de
u n a c u ltu ra , lo mismo que el color y
el sabor, la fo rm a y el peso no son
cosas p o r si, sino m eros in g red ien te s
o cualidades de u n a cosa” .
C u ltu ra s o rg an ism o s
Y lle g a donde debía lle g a r: a los
dom inios de F ro b e n iu s y S pengler, a
81
la te o ría de las cu ltu ra s como g ra n ­
des seres biológicos que nacen, cre­
cen, decaen y m u eren . “ E ncontram os,
pues— co n tin ú a— las cu ltu ras como or­
bes ce rrad o s h acia d en tro de si m is­
mos, sistem as com pletos y h erm é ti­
cos, sin com unicación e n tre si, u n a in­
te r n a u n id ad p a re ja a la que ac tú a
éh la sim iente, les da vida, expansión,
desarrollo. Todo hecho hum ano es un
b ro te de éllas y en éllas rad ic a su sen­
tido. P o r eso, el etnólogo, el h isto ria­
dor, tie n e n que aco stu m b rarse a con­
sid e ra r las c u ltu ra s como los fen ó m e­
nos fu n d am e n tales. Lo dem ás es so­
lo fra g m e n to de éllas” .
L a H istoria
Como conclusión, el a u to r de “ Las
A tlá n tid a s in sin ú a u n concepto nuevo
de la h isto ria. Como consecuencia de
los g ran d e s d escubrim ientos arq u eo ­
lógicos, el m étodo histórico “ se h a a-
b ie rto como u n a nu ev a p u p ila” . La
h isto ria y a no tr a ta de explicar los f e ­
nóm enos como la física.
P re te n d e algo m ás: tr a t a de en ten ­
derlos, b u scar el sentido de las cosas,
“ de lo que p a ra n osotros no tie n e sen­
tid o ” .
R elativ ism o y R evalorización
C onsecuencia b eneficiosa de este
cam bio de rum bos de la h isto ria es
la posición re la tiv ista . P o r algo S pen­
g le r y F ro b e n iu s son en el m undo hu­
m ano, a esta hora, io que E in stein p re ­
ten d ió ser en la astro n o m ía. Con el n u e ­
vo criterio , O rteg a cree que “ v erosí­
m ilm en te h allarem os que ca d a c u ltu ra
ha gozado de u n a g en ialid ad so b resa­
lie n te p a ra alg ú n te m a v ital . . . Ca­
da época, cada pueblo será n u estro
m a estro en algo, se rá en u n o rd en i»
otro n u estro clásico. C esará el p riv ile­
gio a rb itra rio que otorgam os a n u estro
rin có n del espacio y el tiem po, p riv i­
legio que co n v ierte en a b su rd a su p er­
flu id a d la ex isten cia de pueblos y e-
dades “ b á rb a ro s” , “ salv ajes” . L a “ b a r­
b a rie ” , el “ salv ajism o ” a d q u irirá n su
82
p u n to de raz ó n de in su stitu ib le m a­
g iste rio ” .
T rasnundo
E l m etafísico no podía c e r ra r el li­
b ro sin d a r de si. ¿T odo te rm in a con
la Vida, se p re g u n ta el psicólogo? ¿T o ­
do te rm in a en el u niverso con las m ile­
n a ria s d esapariciones de la c u ltu ra ?
¿S on acaso como e s tre lla s e rra n te s
sin sentido que u n día b rilla n p a ra
no a p a re c e r ja m á s en las tin ieb la s cós­
m icas? O rteg a no se resig n a y fo rm u ­
la su teoxúa del “ trasm u n d o ab so lu to ” .
A si la en u n c ia :
“ Más allá de las c u ltu ra s está u n
cosm os ete rn o e in v a riab le del cual
v a el hom bre alcanzando vislum bres
en un esfu erzo m ilenario e in te g ral
que no se e je c u ta solo con el p en sa­
m iento sino con el organism o en tero ,
y p a ra el cual no b a s ta el p o d er indi­
vidual sino que es m e n e ste r la colabo­
ra c ió n de todo un pueblo. P eriodos y
ra z a s— en u n a p a la b ra las c u ltu ra s—
son los ó rganos g igantescos que logran
p e rc ib ir alg ú n b re v e tro zo de ese
tra sm u n d o absoluto. M al pu ed e ex istir
u n a c u ltu ra que sea la v e rd a d e ra ,
cuando to d a s ellas poseen solo u n sig­
n ificad o in stru m e n ta l y son sensorios
am plísim os exigidos po r la visión de
lo ab so lu to ” .
Y te rm in a en este como him no de
m isticism o teleológico el a u to r de “ L as
A tlá n tid a s” .
Cuzco-1928.
L u is E. V alcárcel.
D O C U M E N T O S
2o. M A N IFIE ST O T R E IN T A T R E IN -
T I S T A C O N T R A : I. — L O S
A C A D E M I C O S , II. — L O S C O ­
V A C H U E L IS T A S , III. — LOS
SALTEADORES DE PUESTOS
P U B L IC O S Y IV . — E N G E ­
NERAL CONTRA TODA CLA­
SE D E SA B A N D IJA S Y Z A N ­
GANOS IN T E L E C T U A L O ID E S
A N T E TODO D ECLA RA M O S Q U E :
A m a u tf t
L a p u g n a que hace tiem po se in i­
ció e n tre los p in to re s in dependiente»
y académ icos, se h a agudizado en el
m om ento del cam bio de p o d er p re s i­
d en cial; esto sig n ifica qu e la que e r a
lucha p ictó rica, h a llegado a se r de
p a rte de los alum nos y p ro fe so re s de
la E scu e la de B ellas A rte s que son
los que p ro v o caro n los últim os inci­
dentes, u n a lu ch a por los pu esto s p ú ­
blicos en cab ezad a p o r cierto a s p ira n ­
te an tig u o y co n stan te a la dirección
de la E scu e la : Jo sé F ern án d e z U rb in a
en cuya casa re d a c tó él m ism o las ac u ­
saciones que “los alum nos d esco n ten ­
to s” hiciero n c o n tra el P ro fe so r R a­
m os M artín ez, secundado p o r alg u n o s
elem entos d estrip ad o s e incapaces, que
han a rra s tra d o a la Sociedad de alum ­
nos de la E scu ela a la g rite ría y ex al­
tació n actu ales. L a lu c h a y a no e»
solam en te a rtís tic a sino p o lítica, y
en esa m ism a lín e a ten em o s que re3-
po n d er y p rev e n ir al público y a los
g o b ern an tes.
E sos señ o res h a n creído el m om en­
to o portu n o p a ra m e d ra r a co sta del
E ra rio y a qu e no p u ed en v iv ir de o tr a
cosa. E ste es el m ovim iento de loa
politiq u ero s, de to d a s las san g u iju ela»
del p resu p u esto , de todos los cam aleo
nes de la reg ió n m exicana. E llos eo-
mo o tro s individuos p ro fu n d a m e n te
reaccio n ario s, clam an por u n a re v o lu ­
ción que h a n traicio n ad o , p o r u n t r a ­
b ajo que n u n ca d e sa rro lla rá n , y en
especialidad, p o r la r u p tu ra de las p o ­
cas co n q u istas que se co n sig u iero n en
la sm o n tañ as, y que ah o ra se t r a t a
de liq u id ar. L a reacció n en todos loa-
te rre n o s le v a n ta la cabeza, y nosotro»
debem os a p la stá rse la con to d a e n e r­
gía. E sos alum nos de B ellas A rtes no
son sino las capas m ás d eg en erad a»
del po rfirism o en d ecadencia, del
h u ertism o que aú n se extrem ece. M ás
de u n a vez se h an querid o le v a n ta r a
m edias, p ero ah o ra lo h acen d escara­
d am ente, y n u e s tra lu ch a es h a s ta su
ex term in io definitivo.
L as d eclaracio n es n u e s tra s qu e s a ­
lie ro n en los p eriódicos h an sido leí­
das p o r todos y se g u ra m e n te qu e se
 Amanta
en c u en tra la opinión de n u e stra p a r­
te : nadie discute ahora, si no es po r
cretinism o, que la producción de la E s­
cuela de Bellas A rtes es de una calidad
pésim a y pequeña, ta n to en p in tu ra
como en escu ltu ra , y tam b ién es u n a
afirm ació n in c o n tro v ertib le que las es­
cuelas de p in tu ra al A ire L ibre, ta n to
como la de T alla D irecta, h an p ro d u ­
cido en el tiem po que llevan de f u n ­
dadas u n a cantidad enorm e de v erd a­
d eras obras de a rte m ás b a ra ta s, m ás
p e rfe c ta s y más populares que las ace­
días académ icas.
N u estra adhesión al P ro fe so r R a­
mos M artínez, no es incondicional: h e­
mos visto que no claudica, que lucha
in cansablem ente, pero si él claudicara,
nosotros seguiríam os n u e s tra línea re ­
v o lucionaria con toda seguridad, den­
tro o fu e ra de las E scuelas de P in tu ­
r a al A ire L ibre. N u e stra tr iu n fo ha
llegado, pero p a ra consolidarlo te n d re ­
m os que luchar. E n estos m om entos
m uchos de los que dud ab an de noso­
tro s se han venido a la carg ad a, al sol
que m ás calienta. A esos o p o rtu n ista s
ta m b ié n los com batirem os im placable­
m ente.
L a C ám ara de D iputados ha re c h a ­
zado la L ey de A dm n istía: ese es u n
gesto rev olucionario que d em u estra
que c o n tra los tra id o re s de la R evolu­
ción, co n tra los saltead o res de puestos
públicos, desde las presidencias h a sta
las direcciones de E scuelas y C onser­
je ría s, c o n tra los que especulan con
la san g re de los tra b a ja d o re s y de los
cam pesinos, la lucha debe ser a b ie rta
sin c u a rte l: nosotros por eso exigim os
de u n a vez la clau su ra de la A cade­
m ia de San Carlos, in ú til, d erro ch ad o ­
r a y g an g re n ad a. M uchos m etro s de
te la tie n e n los académ icos te la que
d esp erd ician ; m uchos botes de color
que solo les sirven p a r a e m b ad u rn ar
las p aleta s, el que q u ie ra puede en ­
tr a r a la A cadem ia p a ra m ira rlo con
sus propios ojos. H ac er este “ tr a b a ­
jo ” señores se n tim e n tales, es sola­
m e n te d esp erd iciar el dinero que Uds.
no producen.
L a A cadem ia ha recibido en su se­
83
no a elem entos a quienes los rem oli­
nos han traíd o del ex tra n je ro , impo­
te n tes, perniciosos, fascistas de las l e ­
giones de la G u e rra E u ro p e a ; p a ra
ellos proponem os el cese y el a rt. 33.
N osotros no estam os con lo que h a»
llam ado a ú ltim as fech as “ trad ició n
académ ica” , eso que se lleva como t r a ­
dicional en la A cadem ia no es sino im­
po rtació n y la p aro d ia de las obras de
peor g u sto eu ro p e iza n te; el derecho de
E u ro p a se nos q u iere p re se n ta r como
bueno, in su p erab le p o r algunos escri-
torzzuelos, pero si hablam os de cu lto
a la trad ició n debem os m en cio n ar m e­
jo r que los secto res b u rg u eses de la
A cadem ia, a los tra b a ja d o re s de las E s­
cuelas al A ire L ib re: ellos no e stá n
contam inados, tie n e n u n p ro fu n d o s e n ­
tido p ro letario , son hum ildes y no sa
acercan por m oda a n u estro se n ti­
m iento p o p u lar. E n tre los p in to re s dé­
las E scuelas al A ire L ibre, con su
p ro fu n d a y en érg ica trad ició n , y los
pintorcillos de la A cadem ia, con su
p o r m al nom bre llam ad a “ c u ltu ra t r a ­
dicional” , hay ta n ta d iferen c ia como
e n tre los cam pesinos a n n a d o s de la
revolución m ex ican a y sus enem igos
los id o am erican istas, desde el p ro p a­
g an d ista del im perialism o inglés, H a ­
ya de la T o rre , h asta los últim os a r ­
p istas vividores de la pob reza de la i
m asas in d íg en as (1 ).
L a c r e a c i ó n d e la E s c u e l a C e n t r a l
d e A r t e s y C i e n c i a s d e la s A r t e s es
u n a idea que debe llevarse inm edia­
ta m e n te a la re a lid a d : n u e stra p ro d u c­
ción será conocida y ap ro v ech ad a en
to d a s las reg io n es en que sea n ecesa­
ria y se con seg u irá, adem ás, que ios
m ercados de n u e s tra p roducción d e ­
je n de e s ta r bajo el co n tro l de a lg u ­
nos co m ercian tes sin resp o n sab ilid ad ,
p a ra e s ta r b ajo el dom inio de la p in tu ­
r a revo lu cio n aria.
F re n te a las dem andas reaccio n a­
ria s de los A cadém icos, que son, se­
g ún d eclaració n que le hem os oído
a F ern án d e z U rb in a ; r o tu ra de las E s­
cuelas de P in tu ra al A ire L ib re, d e s ­
tru c c ió n de la E scu ela de T alla D i­
r e c ta y “ huesos” p a ra los sostenedo-
84
re s del a rte reacio n ario , nosotros sos­
ten em os y sostendrem os a to d a costa
estas voces de orden.
C lausura d efin itiv a de la E scuela
de B ellas A rtes de San C arlos; c re a ­
ción de E scuelas de P in tu ra y T alla
d ire c ta en todas las regiones del P aís;
sa b o taje oficial co n tra los reacciona­
rios que encabezan el m ovim iento, des­
titu ció n de los reaccionarios en las
E scuelas de A rte.
Pedim os el cese de los profesores
académ icos siguientes a la m ayor b re­
v ed ad : S ostenes O rtega, E du ard o So­
lares, Rom ano G uillerm ín, G uilberto
Chávez,. Ignacio A sunsolo, J . M. F e r­
nán dez U rbina, A belardo G ariel C arri­
llo, G erm án Gedovius, F rancisco Con­
cha, L eandro Iza g u irre, Luis A lb arrán ,
Jo sé T ovar, C arlos Lazo, y A rm ando
D rechsler. Como com plem ento exigi­
m os que no se les de tra b a jo en nin­
g u n a de las f u tu ra s labores estéticas,
desde las E scuelas P rim arias, hasta
n u estro proyectado I n s tit u to d e A r te s
y de C iencias de las A rte s .
Los académ icos quieren d estru ir
to d o al gasto de dinero y de sangre
que costó la revolución. T ap an sus
erro re s con la fra s e “ La A cadem ia ha
costado m ucho y debe conservarse”
a ella nosotros respondem os: “ LA
ACA D EM IA HA COSTADO MUCHO
Y ES PR O FU N D A M EN TE R E A C C IO ­
N A R IA ; PO R ECONOM IA, PO R L O ­
GICA REV O LU C IO N A RIA , D EB E
D E ST R U IR S E PA R A QUE E L A RTE
PU E D A PR O G R E SA R ” .
La lu ch a se ha ab ierto y nosotros
desenm ascararem os a todos aquellos
que con fraseo lo g ía revolucionaria
q u ieran d a r golpes a u n a revolución
que ellos no hicieron, y que tr a ta n
fu rio sam e n te de d e stru ir. N osotros
d efenderem os rad icalm en te to d a s sus
reivindicaciones p ro letarias. , al e x tra n je ro . Los pequeños p ro p ie ta ­
E L G RU PO DE P IN T O R E S ¡30-30!
( 1 ) . ---- N. de la R. —- T ra s c r ib i m o s
e ste d o c u m e n t o con el e s t r ic t o p r o p ó ­
sito in f o r m a t i v o de d a r sitio en e ste
P a n o r a m a Móvil a la v e h e m e n c ia p o ­
lé m ic a con q u e se c o m b a t e n e n Méxi
c® r e v o l u c io n a r io las b a ta l la s d el A r ­
Amauta
t e y c o n q u e se m e z c l a a la d i s p u t a
e s t é t i c a e l s e n t i m i e n t o p o l ít i c o . P e r o
no podem os a b ste n e rn o s de declarar
i m p e r t i n e n t e la a l u s i ó n a H a y a d e la
T o rre, al que aca b a de d e p o rta r de
P a n a m á el i m p e r i a l i s m o y a n q u i .
P O L I T IC A A M E R IC A N A
B O L IV IA Y LA N A C IO N A LIZ A C IO N
D E L A S M IN A S
por T ristan M arof
E l problem a de Bolivia resid e en
sus m inas. P aís n etam e n te m inero a n ­
te s que ag ricu lto r, vive de sus ex­
portacio n es de m ineral. No es posible
p en sar en otros problem as bolivianos
sino no se pien sa en sus m inas. Su
evolución se d esarro lla en sentido in ­
verso. E n lu g a r de ir de ab ajo a a rri­
ba, en fo rm a lógica, v a de a rrib a ab a­
jo. A ntes de p en sar por la ag ric u ltu ra
— tru n c a d a la a g ric u ltu ra por los con­
q uistado res— la p eq u eñ a in d u stria y la
g ra n in d u stria , de hecho, ap arece la
explotación m in era como un fenóm eno
desarticu lad o que es el ax a de to d a
su econom ía. Y vem os espectáculos
curiosos: ju n to al arad o de palo p ri­
m itivo y m ilenario, el m o to r eléctrico
Diesel. Al lado de g ran d es co n c en tra­
ciones de m ineros asalariados, el a r te ­
sano del m edioevo, que a ú n tie n e su
ta lle r y su tra b a jo libre. De ahí, de
estas contradicciones, es la im p o rta n ­
cia que tie n e Bolivia, a p esar de vivir
am u rallad a en sus m o n tañ as, como
fa c to r económ ico crecien te, y por en­
de, como fa c to r revolucionario en A-
m érica.
M ientras que la peq u eñ a p ropiedad
m in e ra desaparece, la g ra n e x p lo ta ­
ción asom a m o stran d o sus g a rra s, a-
rra n c a n d o riq u eza de las m o n tañ as de
la tie r ra boliviana, p a ra tra n sp o rta rla
rios de m inas, sin capital, después de
v en d er sus p erten en cias, se tra n s fo r­
m an en c o n tra tista s, es decir, al ser­
vicio del g ra n ca p ita l y co n tra el a>
salariad o . (1 ).
E sto p asa n a tu ra lm e n te en todo
d istrito m in ero donde está P atin o o
A m au ía
d o n d e h a a c a m p a d o e l c a p ita l y a n q u i;
d o n d e e x is te n r ic o s y a c im ie n to s d e e s ­
ta ñ o , d e p la ta , c o b r e , de a n tim o n io ,
d e p lo m o . E n lo s d is tr ito s p o b r e s, la
p e q u e ñ a p r o p ie d a d , o m á s b ie n , la
p e r te n e n c ia m in e r a , a p e n a s y e r g u e la
c a b e z a , p ero ta m b ié n e s t á a b s o lu ta ­
m e n te c o n tr o la d a p o r c o m p r a d o r e s a-
m e r ic a n o s, co m o H o lsc h ild , q u e c o ti­
z a r á — s e g ú n su h u m o r— al p r e c io q u e
le c o n v e n g a .
P e r o . a n te s d e p a sa r m á s a d e la n te ,
v e a m o s e n p o d e r d e q u ié n e s se en­
c u e n tr a n la s m in a s. Y a to d o s sa b e n
e n B o liv ia q u e la s m in a s p e r te n e c e n a
d o s d o c e n a s d e in d iv id u o s , e x a g e r a n ­
d o e l té r m in o . T a l v e z , u n a m e d ia
d o c e n a d e e n tr e e llo s , e je r c e a b so lu ta
p r e p o n d e r a n c ia y d o m in io , im p o n ié n ­
d o se a ú n so b r e e l E sta d o . G ra cia s a
la s e q u ív o c a s le y e s “ lib e r a le s ” y co n
s e n tid o in d iv id u a lis ta , so b r e la q u e s e
fu n d ó la R e p ú b lic a de B o liv ia , to d a s
la s r iq u e z a s se e n c u e n tr a n en p o d er
de P a tiñ o , m u ltim illo n a r io de le y e n d a
c u y a fo r tu n a só lo co m p a r a b le c o n la
d e A la d in o , n o t ie n e p a r a le lo e n A m é ­
r ic a ; u n h o m b re c u y a r e n ta a n u a l e s
d o b le d e la r e n ta q u e p e r c ib e e l E s ­
ta d o , y q u e e je r c e p or e s t e h e c h o , m á s
p o te n c ia q u e e l m ism o E s ta d o , p o r
m e d io d e p r é sta m o s o p o r tu n o s y le o ­
n in o s. T a m b ié n se e n c u e n tr a n la s m i­
n a s e n m a n o s d e l se ñ o r A r a m a y o , de
lo s G u g g e n h e im , d e l f r a n c é s S o u x ,
d e l a c a u d a la d o M e n d ie ta d e P o to s í,
d e S u á r e z , d e la s e ñ o r a A r g a n d o ñ a .
“ P r ic e s a d e la G lo r ie ta ” , p r in c e s a
p o r a n to n o m a sia e n u n p a ís r e p u b li­
c a n o ; d e o tr a s c o m p a ñ ía s y d e a lg u ­
n o s a b o g a d o s in f lu y e n t e s . P a tiñ o f u é
p o b r e h a r á e l e sp a c io d e v e in t e a ñ o s,
c a r g ó e l m in e r a l co m o sim p le p e ó n ;
p e r o , s e s o r p r e n d e r á e l le c to r , c u a n ­
do le d ig a q u e , a P a tiñ o s o la m e n te ,
s e g ú n la e s ta d ís tic a d e P e d r o D a le n -
c e , c o n sid e r a d a c o m o u n a d e la s m á s
fo r m a le s , le c o r r e sp o n d e e l 72 p or
c ie n to d e la e x p o r ta c ió n m in e r a . H u ­
g o S tin n e s , e n A le m a n ia , c o n to d o su
tr a b a jo in d u s tr ia l o r g a n iz a d o , no c o ­
n o c ió ja m á s la p o te n c ia e c o n ó m ic a de
e s te C reso c r io llo . O tro de lo s s e ñ o r e s
fe u d a le s d e B o liv ia , e s d o n A v e lin o
85
A r a m a y o , p r o p ie ta r io de m in a s de b is ­
m u to , ta l v e z ú n ic a s e n e l m u n d o . T e n ­
g o q u e a d v e r tir q u e la o fic in a p r in c i­
p a l d e A r a m a y o y C o m p a ñ ía , s e e n ­
c u e n tr a en L o n d r e s. H a b ie n d o te n id o
g r a n d e s b e n e fic io s d u r a n te la é p o c a
d e la g u e r r a , la fir m a A r a m a y o f u é
o b lig a d a a p a g a r u n m illó n d e lib r a s
p o r e l G o b iern o in g lé s , c a n tid a d q u e
s e g u r a m e n te ja m á s h a p a g a d o e n B o ­
liv ia p o r c o n c e p to de im p u e s to s . L a
r e n ta d e e s te se ñ o r A r a m a y o a lc a n z a
a s ie t e u och o m illo n e s s e m e s tr a le s .
S u m in a e stá c u b ic a d a en s ie te m illo ­
n e s d e lib r a s e s te r lin a s .
E l f r a n c é s S o u x e s ta l v e z u n o de
lo s m á s r ic o s m in e r o s d e P o to s í. I n ­
g e n ie r o e x tr a n je r o , lle g ó a la s m in a s
h a c e m u c h o s a ñ o s. Y a e n e se tie m p o ,
la s fa m o s a s m in a s e sta b a n u n ta n to
r e s e n tid a s p or la e x p lo ta c ió n c o n ti­
n u a de m á s d e c u a tr o sig lo s. S e le o-
cu r r ió la id e a de e x p lo ta r d esh ech os
d e m in e r a l a r r o ja d o s f u e r a de la m i­
n a y r á p id a m e n te tu v o é x ito . S o u x ,
p o c o a p o co , h a lle g a d o a a c a p a r a r la
p r o d u c c ió n m in e r a d e P o to s í, f r e n t e
a “ B e b in H n o s .” , o tr a c o m p a ñ ía f r a n ­
c e sa , y a M e n d ie ta , se ñ o r a fo r tu n a d o
d e P o to sí.
P e r o la p r o d u c c ió n m in e r a d e P o t o ­
sí, r e q u ie r e c a d a d ía m á s f u e r t e s c a ­
p ita le s . S o u x , d e s p u é s de h a b e r g a n a ­
do m u c h o s m illo n e s en la s m in a s, p ie n ­
sa en la n a tu r a l r e tir a d a . E x tr a n je r o ,
sin m a y o r e s v ín c u lo s e n e l p a ís, le p a ­
r e c e ló g ic o . E sto n o tie n e n a d a d e p a r ­
tic u la r ; lo g r a v e e s q u e e l c a p ita l a-
m e r ic a n o a tis b a la s m in a s de P o to s í,
y S o u x , al in s ta n te co m o p r im e r a p a ­
la b r a , s e ñ a la u n a c ifr a d e v e in t e m i­
llo n e s d e d ó la r e s p o r s u s p e r te n e n c ia s
m in e r a s e n e l C erro. P e r o lo s y a n q u is ,
a c o stu m b r a d o s a v e r el te r r e n o lim p io ,
s e d a n c u e n ta d e q u e e n la s p a r te s
a lt a s d e l c e r r o e x is te n a ú n p e q u e ñ o s
p r o p ie ta r io s. D e ah í e s q u e S o u x , cors
la co m p lic id a d d e la s a u to r id a d e s y
p r o te g id o p or la so m b r a a m p lia d e su
c a p ita l, h a c e in c u r s io n e s e n la s p r o p ie ­
d a d e s d e su s p e q u e ñ o s v e c in o s . D o s
so n la s a m e n a z a s : “ o la v e n ta d e la
m in a o e l a s a lto ” . L u e g o se in n v e n t a r á
u n a s e r ie de tr iq u iñ u e la s ju d ic ia le s-—
 86
c o m e e n e l c a so d e M e d in a c e li, le g í­
tim o p r o p ie ta r io d e u n a p e r te n e n c ia
m in e r a — p a ra q u e a n d e p e r s e g u id o
p o r la ju s tic ia . . . .
In s ta la d o s lo s y a n q u is e n P o to s í, t o ­
d o e l d is tr ito m in e r o d e l su r c a e r ía e n
s u s m a n o s. E l p r o c e d im ie n to p a ra que
e l c e r r o d e P o to s í le s p r o d u je s e e l m a ­
y o r r e n d im ie n to s e r ía d e str u id o p or su
b a se . T o d a la le y e n d a é p ic a , lo q u e r e ­
p r e s e n ta e l c e r r o , se r ía c o n v e r tid o e n
d ó la r e s , p ara b e n e fic io de lo s se ñ o r e s
G u g g e n h e im B r o th e r s, q u e t ie n e n su s
o fic in a s e n N u e v a Y o rk . D u e ñ o s d e
las' m in a s d e e s ta ñ o d e In q u is iv e , por
la v e n ta q u e h iz o d e e lla s su a n tig u o
p r o p ie ta r io , e l c h ile n o G u zm án , e s to s
y a n q u is , a n te n a s d e l c a p ita lism o m i­
n e r o en lo s d o s C o n tin e n te s , e c h a n
p la c e s p a r a c o n tr o la r a b s o lu ta m e n te
la p r o d u c c ió n e s t a ñ ífe r a d e e s ta p ar­
te d e A m é r ic a .
H a c e u n a d o c e n a d e a ñ o s la e x p lo ­
t a c ió n m in e r a d e B o liv ia n o te n ía la
ittvp ortan n cia q u e t ie n e h o y . L a p r o ­
d u c c ió n a lc a n z a a 5 0 m il, y e n 1 9 2 7
p a sa d e e s ta c ifr a . S a b id o e s q u e la
p r o d u c c ió n m u n d ia l d e e s ta ñ o n o tr a s ­
p a sa d e c ie n to c in c u e n ta m il to n e la ­
das ( 2 ) .
A h o r a b ie n : co m o ca d a día la d e-
■manda d e e s te m e ta l s e h a c e m á s g r a n ­
d e , p u e s to q u e s e r e q u ie r e p a r a u n a
c a n tid a d d e u so s , lo s y a n q u is y lo s in ­
g le s e s , r iv a le s e c o n ó m ic o s, s e a p r e su ­
r a n a c o n q u is ta r lo s m e r c a d o s p r o d u c ­
to r e s . D e s d e h a c e m u ch o tie m p o lo s
in g le s e s h a n te n id o c a si la e x c lu s iv a
d e la p r o d u c c ió n e s t a ñ ífe r a d e l m u n ­
do. G ra cia s a s u s c o lo n ia s d e l T r a n s ­
v a l y la s I s la s M a la y a s, h a n p o d id o
c o m p e tir c o n c u a lq iu e r o tr o p a ís r iv a l
e n e s t e a r tíc u lo .
L a e s t a d ís t ic a en 1 9 1 8 n o s da n o ti­
c ia s c o n c r e ta s so b r e la e x p o r ta c ió n m i­
n e r a . E i 57 p o r c ie n to d e la e x p o r ta ­
c ió n s e d ir ig e a I n g la te r r a y e l 3 2 p or
c ie n t o a E s ta d o s U n id o s. P e r o r e s u lta
q u e lo s y a n q u is e m p le a n e l e s ta ñ o en
c a s i ig u a l p r o p o r c ió n q u e lo s in g le s e s
■y d e ah í v ie n e la Ip ch a e c o n ó m ic a por
e s t e m e ta l. L o s M anquis in m e d ia ta ­
m e n t e a b r e n lo s o jo s y s e d ir ig e n a
B o liv ia — p a ís v ir g e n e in g e n u o , en
A m auta
c ie r to s a s p e c to s h a sta la b o te r ía -— y
c o m p ra n m in a s d e e s ta ñ o p o r v a r io s
m illo n e s d e d ó la r e s , q u e le s p e r m ita
a c a p a r a r la p r o d u c c ió n e s ta ñ ífe r a . D e s­
d e lu e g o e s el p r o y e c to d e G u g g e n ­
h e im B r o th e r s, ju d ío s d e N u e v a Y ork .
P e r o no s a tis fe c h o s co n e s to , in s ta la n
e n to d o s itio a g e n c ia s co m p r a d o r a s de
m in e r a l de e sta ñ o a p r e c io s b a jo s. L os
a g e n te s y a n q u is m a n ip u la n b a jo e l am -
p ero d e u n a e q u ív o c a le y m in e r a e n
v ig e n c ia q u e p e r m ite e l r e s c a te de m e ­
ta l sin a v e r ig u a r el le g ítim o p r o p ie ta ­
rio.
A e s to s e a g r e g a , co m o m ie l so b re
h o ju e la s , la c o m b in a c ió n d e l se ñ o r P a -
t-iño, e l m á s g r a n d e p r o d u c to r d e e s ta ­
ñ o , q u e s e a lía c o n lo s y a n q u is , f o r ­
m a n d o la c é le b r e c o m p a ñ ía a n ó n im a :
“ P a tiñ o M in es y C ía ” . D e d o n d e r e su l­
ta q u e to d a la p r o d u c c ió n d e e sta ñ o ,
en lu g a r d e to m a r la r u ta d e L o n d res
te n d r á q u e to m a r e n a d e la n te la de
N u e v a Y ork .
E s ta o fe n s iv a d e p a r te d e lo s y a n ­
q u is e s v ie ja . E n to d o s itio e l c a p ita ­
lism o a m e r ic a n o se e n fr e n ta a l in g lé s
y le da b a ta lla . C om o In g la te r r a tie n e
e l “ tr u s t” d e l c a u c h o , y E sta d o s U n i­
dos n e c e s ita d e e s t e p r o d u c to e n m a ­
y o r c a n tid a d , n a d a m á s ú til q u e f o r ­
m a r a su v e z e l “ tr u s t” d el e s ta ñ o p a ­
ra h a c e r f r e n t e a In g la te r r a , sir v ié n ­
d o se e n e s t e c a so d e la p r o d u c c ió n b o ­
liv ia n a . L o s 2 9 p u n to s d e l M in istro d e
H a c ie n d a , M r. H o o v e r — h o y a c tu a l
c a n d id a to a la p r e sid e n c ia d e E sta d o s
U n id o s— d ic e u n a u to r m u y a tin a d a ­
m e n te , s ig n ific a r o n e n e s e tie m p o , u n a
e s p e c ie d e u ltim á tu m p a c ífic o c o n tr a
u n a d e la s p r im e r a s p o te n c ia s e c o n ó ­
m ic a s d e E u r o p a . C h u rch il, m in istr o
in g lé s , p e s e a su fo g o s id a d , tu v o q u e
h a c e r u n g e s t o a g r io y so n r e ír . . .
Lo m ism o su c e d e c o n la c u e s tió n
p e tr o le r a . V o y a dar u n a n o ta b r e v e
y p r e c is a so b re e sta c u e s tió n , p u e sto
q u e e s d e in te r é s p a ra M é x ic o . T e n g o
q u e c o n fe s a r c o n tr is te z a q u e la S ta n ­
dard O il ha e x te n d id o ta m b ié n su s a la s
d e c u e r v o so b re B o liv ia . E n u n co­
m ie n z o , la c o n c e s ió n d e y a c im ie n to s
p e tr o lífe r o s se a d ju d ic ó a u n in g lé s
lla m a d o B a u c k u s , q u ie n se d u c id o p or
J&mauta 87

Ja c o d ic ia , r e v e n d ió s u s a c c io n e s a la
S ta n d a r d O il. L a R o y a l D u tc h S c h e ll,
q u iso tener' a lg u n a s c o n c e s io n e s d e s ­
p u é s, p e r o la S ta n d a r d O il l e c e r r ó el
p a so a p r e su r á n d o s e a com p rar to d a s
la s a c c io n e s d e d if e r e n te s c o m p a ñ ía s
y p a r tic u la r e s q u e s e fo r m a r o n , y q u e,
c á n d id a m e n te c r e y e r o n r e a liz a r u n e x ­
c e le n t e n e g o c io v e n d ie n d o su s títu lo s
e n c ie n y d o s c ie n to s m il p e so s , c a n ti­
d a d e s q u e r e su lta n in s ig n ific a n t e s si
s e c o n sid e r a e l v a lo r d e la s c o n c e s io ­
n e s a c tu a le s .
R e s u lta d o : h o y d ía , la S ta n d a rd O il,
e s la ú n ic a q u e s e h a lla e sta b le c id a
s ó lid a m e n te e n B o liv ia . M ás o m e n o s,
la s c o n c e s io n e s q u e tie n e a lc a n z a n a
d o s g r a d o s g e o g r á fic o s ; e s d e c ir , la
S ta n d a r d , p o se e u n te r r ito r io m ás
g r a n d e q u e B é lg ic a . P o r o tr a p a r te , la
S ta n d a r d O il, m a n tie n e e n r e s e r v a la
e x p lo ta c ió n d e l p e tr ó le o h a sta el m o ­
m e n t o q u e le c o n v e n g a , p e r ju d ic a n ­
do a s í lo s in t e r e s e s d e l p aís.
E s te e s u n p u n to q u e e s p r e c is o tr a ­
ta r lo c o n c u id a d o y q u e in t e r e s a p a r­
t ic u la r m e n t e a M é x ic o , co m o n o s in t e ­
r e s a a to d o s lo s in d o a m e r ic a n o s. N u e s ­
tr a s c u e s t io n e s n o so n p o lític a s , n o
p u e d e n s e r lo , y e s p r e c is o q u e e s tu d ie ­
m o s e n e l m ism o p la n o q u e lo s a m e r i­
c a n o s, e s d ecir, e n e l te r r e n o e c o n ó ­
m ic o . M ie n tr a s M é x ic o s e d e b a te so ­
b r e e s ta c u e s tió n y d e se a r e a liz a r u n o
d e lo s p u n to s d e su p r o g r a m a e c o n ó ­
m ic o , E s ta d o s U n id o s, q u e t ie n e e x ­
p lo t a c io n e s e n e l r e s to d e S u d -A m é r i-
c a , le d ic e c o h fr ia ld a d : M u y b ie n ;
d e s e a s r e a liz a r la n a c io n a liz a c ió n d e
t u s p e tr ó le o s ; q u é d a te c o n e llo s. Y o
e x p lo ta r é e n V e n e z u e la , en e l P e r ú ,
e n B o liv ia y e n o tr o s s itio s . (N a tu r a l­
m e n te , e s a fr a s e “ q u é d a te co n e llo s ” ,
e s só lo u n a fr a s e ; su b te r r á n e a m e n te
fo m e n ta d istu r b io s y e n v a le n to n a c o n
a r m a s y con d in e r o a r e v o lu c io n a r io s
q u e no f a l t a n ) . D e e sta m a n e r a p la n ­
t e a u n a d e lic a d a s itu a c ió n e c o n ó m ic a
y sig u e ju g a n d o su r o l p rep o n d era n ­
t e y a r b itr a r io . N o p a sa r ía lo m ism o si
to d o s lo s p a ís e s d e l C o n tin e n te , d erro ­
ta n d o la s o lig a r q u ía s a lia d a s d e l c a p i­
ta l y a n q u i, tu v ie r a n la m ism a v is ió n
de M éx ic o y n a c io n a liz a r a n s u s f u e n ­
te s de p r o d u c c ió n . E l p r o b le m a e stá
a q u í y só lo lo s c ie g a s n o lo v e n , o m i­
rá n d o lo , s e a r r a n tr a n a lo s p ie s d el a-
c a u d a la d o y a n q u i co m o p er r illo s.
P a t i n o , a r b i t r i o d e la s m i n a s e n
B o l iv i a
S i P a tiñ o t ie n e e l 7 2 por c ie n to de
la e x p o r ta c ió n , h a y q u e c a lc u la r c u á n ­
to p e r c ib e e s t e h o m b re a fo r tu n a d o a-
n u a lm e n te . E s p r e c is o a n o ta r a lg u n a s
c ifr a s co m o te s tim o n io . L a e x p o r ta ­
c ió n e s t a ñ ífe r a g ir a a lr e d e d o r de 80
a 9 0 m illo n e s p or añ o . D a d o e l sa la r io
p o c o c r e c id o d e l tr a b a ja d o r y e l b a ­
jo c o sto d e la e x p lo ta c ió n en B o liv ia ,
te n e m o s q u e P a tiñ o o b tie n e u n a su m a
q u e no p u e d e v a r ia r e n tr e s e s e n ta y
s e t e n ta m il m illo n e s a n u a le s.
E n ca m b io e l E sta d o no a p r o v e c h a
g r a n c o s a de e s ta e x p o r ta c ió n , com o
s e p u e d e c o m p ro b a r e x a m in a n d o el si­
g u ie n t e c u a d r o d e e x p o r ta c ió n m in e r a
de d ie z a ñ o s:

A ños T o n e la d a s V a lo r e s D e r e c h o s f is c a le s

1914 3 7 ,2 5 9 B s. 4 2 .4 7 9 ,8 3 7 B s. 1 .9 4 8 ,9 0 0 .0 0
11 19
1915 36,49.2 4 4 .8 8 5 ,4 5 0 2 .1 5 8 ,5 5 0 .6 9
11 11
1916 3 5 ,5 4 3 4 2 .6 5 2 ,2 5 8 2 .5 3 9 ,4 1 7 .7 4
99 11
1917 4 6 ,4 3 0 8 5 .2 5 9 ,4 3 2 4 .9 0 9 ,9 7 0 .3 9
19 19
1918 4 8 ,8 0 1 1 2 9 .6 1 1 ,1 3 9 7 .3 8 0 ,6 5 2 .8 5
19 11
1919 4 8 ,4 9 9 9 9 .9 2 4 ,4 4 3 5 .9 5 1 ,2 0 6 .4 0
19 11
1920 4 7 ,0 5 2 1 1 2 .2 8 2 ,4 9 6 6 .2 0 7 ,6 4 5 .5 2
19 11
1921 3 1 ,8 1 1 4 2 .9 0 9 ,3 0 3 1 .9 9 5 ,1 1 4 .6 1
19 _ 11
1922 5 3 ,4 8 0 6 7 .9 1 0 ,9 3 0 3 .0 5 7 ,6 5 8 .3 4
19 11
1923 5 0 ,4 2 5 8 0 .6 1 2 ,4 6 8 4 .2 3 5 ,7 1 6 .8 7
 88
U n h o m b r e co m o P a tin o , q u e t ie n e
e l 7 2 p o r c ie n to d e la e x p o r ta c ió n m i ­
n e r a , se c o m p r e n d e q u e s e a m á s p e r ­
n ic io s o q u e tr e in t a tir a n o s y tir a n illo s ,
m á s r a p a z q u e c in c u e n ta m in is tr o s di­
la p id a d o r e s y n e g o c ia n t e s ; se c o m p r e n ­
d e q u e P a tin o te n g a a c o g o ta d a a B o li­
v ia en e l g a r r o te . Q u é p u e d e h a c e r
f r e n t e a é s t e c o lo s o fin a n c ie r o u n E s ­
ta d o p a r a lític o y d é b il, c u y a p o lític a
e c o n ó m ic a c o n s is te e n el e m p r é s tito
e x tr a n je r o y e l e te r n o d é fic it? P a tin o ,
a lia d o d e lo s y a n q u is , p u e d e m a ta r al
E s ta d o de u n p u n ta p ié ta n s ó lo c o n
c o b r a r su s d e u d a s.
E l p u e s to de “ p r e s id e n tillo d e B o ­
liv ia ” , a l la d o d e P a tiñ o , a lia d o d e lo s
y a n q u is , e n e s t e ú ltim o tie m p o , v ie n e
a q u e d a r d is m in u id o y sin c r é d ito . P a ­
tiñ o , q u e n o e s in t e lig e n t e , p e r o q u e
t i e n e u n a c o h o r te d e a b o g a d o s y t é c ­
n ic o s h á b ile s m a n e ja in c o n s c ie n te m e n ­
te al E s ta d o b o liv ia n o , im p o n ié n d o le
u n a d ic ta d u r a fin a n c ie r a e n b e n e fic io
p r o p io . C u a q u ie r “ p r e s id e n tillo ” e le g i­
d o — y a se a p o r f ic c io n e s d e m o c r á tic a s
o p o r “ f r ic c io n e s fa m ilia r e s ” ,— tie n e
q u e c o n s e r v a r su p u e s to m a n te n ie n n d o
r e la c io n e s ilim ita d a s y s e r v ile s c o n P a ­
tiñ o y c o n tr a e l p u e b lo . P a tiñ o d e sd e
su “ b u r ó ” d e P a r ís im p o n e s e n a d o r e s
y d ip u ta d o s q u e s o s tie n e n su c r ite r io .
E s d e c ir , p r e s io n a d e t a l m a n e r a al
E s ta d o p a ra q u e no a u m e n te im p u e s ­
t o s so b r e la m in e r ía . L a b u r g u e s ía n a ­
c io n a l, c o m p u e s ta d e la t ifu n d is ta s ,
s o s tie n e e s t a p o lític a p o r q u e o b tie n e
u tilid a d e s d e l c a p ita l y a n q u i a lia d o
c o n P a tiñ o . L o s p r o p ie ta r io s d e h a c ie n ­
d as s e b e n e f ic ia n e n c ie r ta m e d id a .
M u c h a g e n t e d e la c la s e m e d ia , en
c o la b o r a c ió n c o n e l m ism o y a n q u i e n ­
c u e n tr a e m p le o f u e r a d e lo s r a n g o s
p o lític o s . P e r o e s to n o e s d u r a b le . E l
c a p ita l a m e r ic a n o d e s p u é s d e d e r r o ta r
a l p e q u e ñ o c a p ita l y c u a n d o te n g a la s
m a n o s lib r e s , se e n fr e n ta r á a P a tiñ o
p a r a d a r le la b a ta lla . L a f o r t u n a d e
P a tiñ o q u e tie n e q u e c o n v e r tir s e en
e s c la v a d e l y a n q u i si q u ie r e c o n s e r ­
v a r s e e l m á s la r g o tie m p o p o s ib le , c o ­
m o s e c o n v ir tió ig u a lm e n te a l s e r v ic io
d e c o m p a ñ ía s e x tr a n j e r a s , la f o r t u n a
Amanta
de d on A n ic e to A r c e , h a c e u n o t r e in ­
t a a ñ o s a tr á s.
P a tiñ o se h a c e ilu s io n e s e x tr a o r d i­
n a r ia s se d u c id o p o r la s s ir e n a s q u e t o ­
c a n a su a lr e d e d o r lo s q u e fo r m a n su
c o h o r te d e a b o g a d o s. S i, p o r lib r a r se
de la s im p o s ic io n e s d e l E s ta d o b o li­
v ia n o h a id o a d ar a m a n o s de lo s y a n ­
q u is, e llo s le s r e s e r v a n s o r p r e s a s in e s ­
p era d a s.
E n e s ta s c ir c u n s ta n c ia s , la s itu a c ió n
d e l q u e e s e le g id o “ p r e s id e n tillo ” de
la R e p ú b lic a , e s a lg o m á s q u e d e s a i­
ra d a . E l p r e s id e n te sin f u e r z a m o r a l
y sin r e p r e s e n ta r la e s e n c ia d e l E s ta ­
d o, d ic ta r á d e c r e to s q u e n o s e c u m ­
p le n , le y e s o b r e r a s q u e so n to r c id a s in
m e d ia ta m e n te p o r e l c a p ita l e x tr a n j e ­
ro y n a c io n a l. E s to e s ta n e v id e n te
q u e , lo s j u e c e s y d e m á s e m p le a d o s ad ­
m in is tr a tiv o s , r e c ib e n y a c a lla n su s
c o n c ie n c ia s . E n tr e r e c ib ir u n su e ld o de
la E m p r e sa c a p ita lis ta , y u n “ su e ld o
d e l E s ta d o ” , e l c u a l s e h a c e p r o b le m á ­
tic o p o r la e te r n a c r is is e n q u e v iv e ,
lo s e m p le a d o s de la a d m in is tr a c ió n se
d e c id e n p o r e l p r im e r o . . . .
I g n o r a n c i a d e la e c o n o m í a m i n e r a d a
p a r t e d e los h o m b r e s d i r i g e n t e s
L a r e f l e x ió n e c o n ó m ic a n o e s tá al
a lc a n c e d e lo s h o m b r e s d ir ig e n te s p o r
d e sg r a c ia . S o s te n e d o r e s d e u n s is te m a
“ lib e r a l-e c o n ó m ic o ” , c o n p r iv ile g io s p a ­
ra e l in d iv id u o , a ú n c o n tr a e l in t e r é s
d e la c o le c tiv id a d , le s p a r e c e n a tu r a l.
D e a h í la e c o n o m ía a n á r q u ic a y e s ­
c a n d a lo s a , d e to d o s e s to s p a ís e s g o b e r ­
n a d o s p o r h o m b r e s q u e n o so s p e c h a n
a b s o lu ta m e n te la e v o lu c ió n d e l c a p ita l.
M ie n tr a s e llo s s e p a r a p e ta n e n u n f a l ­
so “ c o n te n id o -d e m o c r á tic o -lib e r a l” , la
e c o n o m ía h a h e c h o p r o g r e s o s e n o r m e s ,
q u e e llo s , p o r su p u e s to , d e s c o n o c e n .
E l c a so d e P a tiñ o , de A r a m a y o , d e
S u á r e z — g r a n d e s m a g n a te s — le j o s de
so r p r e n d e r le s c o m o fe n ó m e n o s m o n s­
tr u o s o s d e n tr o d e u n E s ta d o p o b r e ;
c o m o e n fe r m e d a d a s d e l c a p ita l, le s e n ­
tu s ia s m a , q u ie b r a n la s m a n o s e n a-
p la u s o s y se r in d e n a s u s p ie s.
A la m a y o r ía d e lo s h o m b r e s p ú b li­
c o s le s in te r a s a m u c h o m á s q u e la e-
Amauta
c o n o m ía u n d isc u r so e le c to r a l y u n a
e le c c ió n p le b isc ita r ia . T o d o s d is c u te n
e l p r e s e n te fu r io s a m e n te , en la f o r ­
m a m á s c a n ib a le s c a y m ise r a b le , lu ­
ch a n d o a m u e r te p o r u n r a q u ític o p r e ­
su p u e s to q u e no a lc a n z a n u n c a a c u a ­
r e n ta m illo n e s y q u e, d e b e m o s p a g a r
p o r la e n o r m e d e u d a y a n q u i d e 1 7 2
m illo n e s , q u e d a r e d u c id o a 1 6 m illo ­
n e s. M ás o m e n o s e s e s t a la c o n d ic ió n
d e l p r e su p u e s to de B o liv ia ( 3 ) .
P r e s u p u e s to n o m in a l: 40 m illo n e s.
S e r v ic io d e R . E x te r io r e s 1 .5 0 0 ,0 0 0
I n t e r e s e s q u e se d e b e n
p a g a r a lo s y a n q u is . . 2 4 .5 0 0 ,0 0 0
P r e s u p u e s to de g u e r r a . 1 2 .0 0 0 ,0 0 0
S e r v ic io in te r io r . . . . 5 ,0 0 0 ,0 0 0
S e r v ic io d e d e I n s tr u c ­
c ió n ....................................... 3 .0 0 0 ,0 0 0
O tro s e r v ic io s, fo m e n to ,
.................................................. 4 .0 0 0 ,0 0 0
T o t a l : ............................. 5 0 .0 0 0 ,0 0 0
D é f ic it : 1 0 .0 0 0 ,0 0 0 .
C om o se v e , e l 50 p o r c ie n to d el
p r e su p u e s to s e v a e n p a g a r in te r e s e s
d e la d eu d a y a n q u i. E s d e a d v e r tir q u e
e s t a su m a q u e se r e c a u d a p o r c o n c e p to
d e in t e r e s e s e s a r r a n c a d a d e la s r e n ­
t a s m á s sa n e a d a s y m á s v e r a c e s . A l e-
f e c t o , lo s a c r e e d o r e s y a n q u is , h a n cr e a -
d e u n a “ C o m isió n F is c a l P e r m a n e n te ” ,
q u e c o n ojo a te n to v ig ila y c o n tr o la
la s e n tr a d a s d e la s a d u a n a s. N o h a y
d u d a, si h a b la m o s co n e n te r a fr a n q u e ­
za, y y o c r e o q u e h a lle g a d o e l in s ta n ­
t e e n In d o a m é r ic a , d e h a b la r co n to d a
fr a n q u e z a : B o liv ia e s u n a c o lo n ia e c o ­
n ó m ic a de E s ta d o s U n id o s al ig u a l q u e
el P e r ú , V e n e z u e la y C uba. L o s p r e ­
s id e n te s d e e s ta s p se u d o -r e p ú b lic a s,
fic h a s in te r a s n te s d e sd e e l p u n to de
v is ta g r o te s c o , n o r e p r e s e n ta n o tr o p a ­
p e l q u e el d e s ir v ie n te s d e l c a p ita lis ­
m o a m e r ic a n o . P e r o e n tr e to d o s el m á s
in s ig n ific a n t e , e l m á s o b scu ro , e l m á s
ig n o r a n te , e s se g u r a m e n te H e r n a n d o
S ile s. “ T h e R e v ie w o f S o u th A m é r i­
c a ” , cu a n d o h a b la de B o liv ia , a p e sa r
d e q u e t ie n e e s p e c ia l e m p e ñ o d e h a ­
c e r e l e lo g io de to d o s lo s g o b e r n a n te s
d el C o n tin e n te , h a b la p rim ero d e P a -
89
tiñ o y le a r b itr a to d a s la s c u a lid a d e s
q u e p u e d e te n e r u n h o m b re c u y a r e n ­
t a a n u a l p a sa d e c ie n m illo n e s . . .
Caso p a ra d o ja l
P e r o m ie n tr a s el p r e su p u e s to a a -
c io n a l s e e le v a a c u a r e n ta m illo n e s
n o m in a le s, la e x p o r ta c ió n b o liv ia n a
tr a s p a sa la c if r a d e 1 8 0 m illo n e n s. E s
d e c ir , q u e a n u a lm e n te e l v a lo r de
n u e s tr o s m in e r a le s s e e le v a a e s ta su ­
m a, no e x p o r ta n d o B o liv ia o tr a c o sa
q u e e sta ñ o , b ism u to , a n tim o n io , p lo ­
m o y u n a c a n tid a d r e d u c id a de oro.
H a y q u e a g r e g a r a e s ta e x p o r ta c ió n
c ie r to s p r o d u c to s c o n ta d o s y q u e no
su m a n u n a g r u e s a c a n tid a d , ta le s c o ­
m o c u e r o s, c o c a y p ie le s.
E n ca m b io d e e s t a e x p o r ta c ió n de
1 8 0 m illo n e s, la im p o r ta c ió n d e m e r ­
c a d e r ía s n o a lc a n z a u n a su m a m a y o r
d e 5 0 m illo n e s. E n 1 9 1 8 , p o r e je m p lo ,
a 1 6 0 m illo n e s d e e x p o r ta c ió n c o r r e s­
p o n d ió , s e g ú n la e s ta d ís tic a , u n a im ­
p o r ta c ió n de 3 0 m illo n e s, q u e d a n d o u-
n a d if e r e n c ia d e 1 3 0 m illo n e s. N a tu ­
r a lm e n te , to d o s lo s a ñ o s la d ife r e n c ia
de e x p o r ta c ió n q u e r e s u lta en fa v o r
d e l E sta d o e s e n o r m e . B a s te in d ic a r
e l d e ta lle s ig n ific a tiv o q u e, en 2 4 a-
ñ o s de d e so r d e n e c o n ó m ic o , h a n s a li­
do f u e r a d e l p a ís s e g u r a m e n te , 1 .0 0 9 ,
0 5 6 .4 4 m illo n e s , c a n tid a d im p o r ta n te
p a r a c u a lq u ie r n a c ió n y c o n la c u a l
p o d r ía m o s t e n e r en to d o e l p a ís p or
c u e n ta p r o p ia , r ie le s , fá b r ic a s y co m o ­
d id a d e s d e to d a c la se .
R e s u lt a d o : u n p r e su p u e s to a g ó n ic o ,
m ise r a b le , e l m á s p o b re d e A m é r ic a
d e l S u r y u n a e x p o r ta c ió n fo r m id a b le
q u e n o ig u a la n i a v e n ta ja n in g ú n p a ís
a m e r ic a n o , e n r e la c ió n c o n su im p o r ta ­
ció n .
im p u e sto m iserab le q u e p ercib e
el E stado
E n tie m p o d e la c o lo n ia , e l r e y p er­
c ib ía la q u in ta p a r te d e la p r o d u c c ió n
m in e r a . C ie z a d e L e ó n , se m a r a v illa
en su s c r ó n ic a s de lo q u e p u e d e h a ­
b er p e r c ib id o la c o r o n a e sp a ñ o la c o n
el d e sc u b r im ie n to de la s m in a s d e P o -
90
t o s í, a s e g u r a n n d o q u e lo q u e d ió A ta -
h u a lp a p o r su lib e r ta d f u é in s ig n i f i­
c a n te en c o m p a r a c ió n co n e l q u in to
q u e r e s u ltó d e la s m in a s d e l A l t o -
P erú.
E n tie m p o d e la R e p ú b lic a , e l E s­
ta d o n o a lc a n z a a p e r c ib ir n i la d é c i­
m a p a r te . “ P a tiñ o y C ía .” , d e b e t e n e r
3a c r e e n c ia ; la t ie n e n ta m b ié n lo s d o c ­
to r e s a lto p e r u a n o s , d e q u e la R e p ú b li­
c a p u e d e v iv ir e x c lu s iv a m e n t e d e a li­
m e n t o t e ír ic o , P a r a la R e p ú b lic a , d i­
c e n e llo s : d is c u r so s, e le c c io n e s d e m o ­
c r á tic a s , lib e r ta d g a s e o s a y u n a C o n s­
tit u c ió n a b su r d a ; p a r a P a tiñ o y C ía.,
to d a s la s r iq u e z a s , to d a la f o r t u n a n a ­
c io n a l, e d if ic a d a s o b r e la ig n o r a n c ia y
lo s o b r e r o s q u e r e v ie n ta n en la s m in a s
e x p lo ta d o s p or la d in a m ita .
P e r o e l c a s o s e a g r a v a a lg o m á s. A l­
g u n a s e m p r e s a s m in e r a s r e s p a ld a d a s
p o r la in f lu e n c ia q u e le s da su c a p i­
t a l , s e a b s t ie n e n d e p a g a r im p u e s to s ,
b u r la n d o d e m il m a n e r a s e l o jo d e l
F is c o . U n in fo r m e d e l s e ñ o r R isc o s k y ,
d e le g a d o d e l G o b ie r n o p a ra in s p e c c io ­
n a r la s m in a s d e P o to s í h a c e a ñ o s, n o s
c o m p r u e b a h a s ta la s a c ie d a d , q u e la
C a sa S o u x n o p a g ó im p u e s to s d u r a n te
v a r io s a ñ o s m e d ia n te u n a h á b il s im u ­
la c ió n . N o m e p r iv o d e tr a n s c r ib ir lo
q u e e n n c u e n tr o en un f o l le t o d e l s e ­
ñ o r R e n é G u tié r r e z G u e r r a , p r o fe s o r
d e fin a n z a s : “ S i e s tu d ia m o s la s u t i li­
d a d e s liq u id a s d e c la r a d a s d e la s e m ­
p r e s a s m in e r a s y lo s im p u e s to s e r o g a ­
d o s e n 1 9 1 9 , lle g a m o s a o b se r v a r c a s o s
d e p a g o in c r e íb le m e n te in j u s to s y h a s­
t a d is p a r a ta d o s. Y a v im o s q u e la c u o ­
t a d e l im p u e s to , s e g ú n la le y d e 1 9 1 9
e r a u n if o r m e d e l 8 p o r c ie n t o ; p u e s
b ie n : la C o m p a ñ ía L la lla g u a p a g ó e n
e s e a ñ o el 3 p or c ie n t o d e su u tilid a d
líq u id a q u e su b ió a m á s de u n m illó n
d e b o liv ia n o s ; e l s e ñ o r P a tiñ o e r o g ó
e l 4 p o r c ie n t o ; lo s s e ñ o r e s P enny
D u n c a n e l 3 p o r c ie n t o ; la C o m p a ñ ía
H a u n c h a c a c e r c a d e l 7 p o r c ie n t o .
C ie r ta m e n te q u e e s t a d iv e r s id a d e n la s
c u o t a s n o e r a j u s t a n i r a z o n a b le , e n ­
c o n tr á n d o s e e n d e s a c u e r d o c o n e l e s ­
p ír itu m ism o d e la le y q u e p r e sc r ib ía
g r a v a r c o n u n a ta s a u n if o r m e (la d e l
8, p or c ie n t o ) la s u tilid a d e s líq u id a s ” .
A m auta
Y a ñ a d e , la m e n ta n d o la situ a c ió n :
“ ¿ E s p o sib le q u e u n a e m p r e s a m in e r a
(la d e C o r o e o r o , d e B o liv ia ) , d e sp u é s
d e o b te n e r u n b e n e fic io líq u id o de B s.
4 7 1 ,0 7 9 a b o n e a l F is c o la su m a de B s.
3 7 ,4 2 3 .6 3 , c u a n d o la C a sa S o u x , c u y a
g a n a n c ia f u é d e B s. 5 0 9 ,6 4 5 .0 8 no
c o n tr ib u y e c o n u n so lo c e n ta v o al E -
ra r io n a c io n a l? ” .
H a c i a la n a c i o n a l i z a c i ó n d e las m i n a s
E l fu t u r o d e B o liv ia e s la n a c io n a ­
liz a c ió n d e s u s m in a s. E l p r o b le m a e s ­
tá a q u í y n o en o tr a p a r te . G o b ern a n ­
t e s m ic r o sc ó p ic o s y p o lític o s d e a ld e a
c o n c ib e n p la n e s tr u c u le n to s p a ra c u r a r
la s e n n fe r m e d a d e s d e l p a ís. Y e l p a ís
c o n tin ú a e n fe r m o y p o b r e , p e s e a t o ­
d a s la s r e c ta s . A p lic a n la m e d ic in a al
p ie , c u a n d o r e a lm e n te d e lo q u e e s tá
e n fe r m a B o liv ia e s d e l e s tó m a g o . P a ís
r ic o y a b u n d a n te q u e d e sd e h a c e s ig lo s
h a e n r iq u e c id o al e x tr a n je r o c o n su s
p r o d u c to s , sin q u e to d a v ía h a y a e s t r e ­
n a d o u n b u e n tr a je , n i u n a b u e n a c a ­
r r e te r a , n i u n m u s e o , n i a lg o d e lo q u e
p u d ie r a e s ta r o r g u llo so . B o liv ia e s a l­
g o a sí c o m o un R e y m in a s sin c a m i­
sa , p is a n d o su s te s o r o s .
P e r o , p r á c tic a m e n te , lo s q u e s u fr e n
m á s c o n e s t o s r e m e d io s c u r io s o s y a-
p lic a d o s sin n in g u n a r e f le x ió n ,s o n lo s
tr a b a ja d o r e s y e l E sta d o . Y y o p r e g u n ­
to ¿ q u é e s lo q u e h a o b te n id o B o liv ia
c o n su r iq u e z a m in e r a d e sd e el sig lo
X V ? S u s c iu d a d e s so n in fo r m e s y p r o ­
v in c ia n a s , n i s iq u ie r a c o m p a r a b le s a
u n a p o b la c ió n a r g e n tin a d e se g u n d o
o rd en . Y , q u é e s lo q u e h a n o b te n id o
g e n e r a c io n e s y g e n e r a c io n e s d e tr a b a ­
ja d o r e s c o n e l d e sa r r o llo y la e x p lo ta ­
c ió n d e la s m in a s? N a d a m á s q u e m i­
s e r ia y a g o ta m ie n to . P o b la c io n e s n u ­
m e r o s a s h a n sid o d ie z m a d a s sin p ied a d
e n e l tr a b a jo m in e r o , r e c o m p e n s a d a s
a n g u s tio s a m e n te c o n u n sa la r io d e
h a m b r e , la m a y o r p a r te d e la s v e c e s
p a g a d o c o n e f e c t o s de p u lp e r ía .
L o s p a tr o n e s , e s c la v is t a s d e c u ñ o a n ­
t ig u o , in m is e r ic o r d e s y n e g r e r o s , h a n
c o m p r o b a d o h a s ta la e v id e n n e ia que
s o la m e n te e l a lc o h o l pm ede co r r o m p e r
a e s ta s m u c h e d u m b r e s q u e tr a b a ja n
 Amauta
a c u a tr o m il m e tr o s d e a ltu r a , y por
e so n o s e e x c u s a n de fo m e n ta r e l a l­
c o h o lism o co m o in g r e d ie n te d e tr a b a ­
jo . P a tin o v e n d e a lc o h o l al tr a b a ja ­
d o r , le p a g a p a r te de su sa la r io en a l­
coh ol. L o m ism o h a c e n la s d e m á s e m ­
p r e sa s. A l h a c e r e s to , n o s ig u e n sin o
la p a u ta d e la c iv iliz a c ió n o c c id e n ta l
e x te n d ie n d o s u s m é to d o s. P o s ib le m e n ­
te lo s m in e r o s en tie m p o d e lo s In c a s,
n o c o n o c ie r o n e l a lc o h o l d e c u a r e n ta
g r a d o s y e l b á r b a r o tr a b a jo d e h o y
d í a . . C om o n o e x is te le y q u e p r á c tic a ­
m e n te e s tip u le el tr a b a jo d e o ch o h o ­
r a s, lo s m in e r o s e stá n s o m e tid o s a jo r ­
n a d a s d e 12 y 16 h o r a s. E l tr a b a jo e s
ta m b ié n n o c tu r n o , y n o se e x c lu y e n ,
n i h a y im p e d im e n to fo r m a l, p r o h ib ie n ­
do q u e lo s n iñ o s y la s m u je r e s e s té n
s o m e tid o s a d u r a s fa e n a s . T a l e s la s i­
tu a c ió n d e lo s m in e r o s en B o liv ia .
T a m p o c o le s p e r m ite n o r g a n iz a r s e e n
s in d ic a to s d e d e fe n s a o b r e r a y d e c la ­
s e , y lo s q u e e x is te n , to le r a d o s p or lo s
p a tr o n e s y e l E s ta d o a c tu a l, so n e s tr ic ­
ta m e n t e c o n tr o la d o s p o r la s e m p r e sa s.
P e r o v o lv a m o s a lo m ism o . D e q u é
l e sir v e n su s m in a s a B o liv ia ? D e lo s
1 8 0 m illo n e s q u e s a le n p o r c o n c e p to
d e e x p o r ta c ió n , a p e n a s s e q u e d a en
e l p a ís u n a d o c e n a d e m illo n e s , d is-
x tib u íd o s e n sa la r io s y c o n tr ib u c io n e s .
E l r e s to v u e la a E u r o p a y f o m e n ta el
p r o g r e so d e e x tr a ñ o s y le j a n o s p a íse s.
E s d e c ir , q u e , c o n la r iq u e z a b o liv ia ­
n a , c o n e l e s f u e r z o d e m ile s d e tr a ­
b a ja d o r e s b o liv ia n o s , en e l e x tr a n j e ­
ro s e c o n s t r u y e n a v e n id a s , te a t r o s ,
fe r r o c a r r ile s , in d u s tr ia s , e n t a n t o q u e
la p o b la c ió n b o liv ia n a no t ie n e n a d a
n a c io n a l; e n ta n t o q u e B o liv ia p a r a su
s u b s is t e n c ia tie n e q u e im p o r ta r h a r i­
n a s d e C h ile y la A r g e n tin a , a r r o z d e
I t a lia y d e S ia m y m a n te c a y c o n s e r ­
v a s d e E u r o p a y E s ta d o s U n id o s. E l
e s c r ito r J a im e M o lin n s, t ie n e r a z ó n
c u a n d o d ic e : “ B o liv ia e s u n a n a n c ió n
v ir t u a lm e n t e a v itu a lla d a p o r e l e x tr a n ­
j e r o ” . S in e m b a r g o , to d o s e s t o s p r o ­
d u c to s s e p r o d u c e n e n e l p a ís e n a-
b u n d a n te c a n tid a d ; p e r o la s d if ic u lt a ­
d e s d e tr a n s p o r te , la c a r e n n c ia d e u n a
p o lít ic a fe r r o v ia r ia h á b il, t ie n e e n e l
91
a is la m ie n to a p o r c io n e s f e r a c e s y r i­
fa s .
L a g e n te d ir ig e n te , p or e g o ís m o y
p o r ig n o r a n c ia ; c o n se r v a d o r a y d e u -
n a m e n ta lid a d r e ta r d a d a y fe u d a l, no
d e s e a c o n v e n c e r s e q u e el ú n ic o r e c u r ­
so q u e le q u e d a a B o liv ia p a ra sa lv a r ­
se d e l n a u fr a g io f in a l e s la n a c io n a ­
liz a c ió n d e s u s m in a s.
P e r o lo s m ic r o sc ó p ic o s g o b e r n a n te s ,
le j o s de te n e r u n a m e n ta lid a d d e su
tie m p o , in c a p a c e s d e s u t ile s o b se r v a ­
c io n e s , a u s e n te s de to d o p e n sa m ie n to
e c o n ó m ic o , s ig u e n c o m p r o m e tie n d o al
p a ís c o n e m p r é s tito s c o n s e c u tiv o s . E n
1 9 2 0 , B o liv ia só lo d e b ía s e s e n ta m i­
llo n e s de p e so s , q u e y a p a r e c ie r o n en
e sa é p o c a u n a c a r g a p e sa d a d eja d a
p or e l G o b ie r n o lib e r a l; h o y d ía , co n
el g o b ie r n o r e p u b lic a n o ( s ic ) e sa d e u ­
da h a a u m e n ta d o a 1 7 2 m illo n e s d e
p e so s. E n e s t o s d ía s, la p r e n sa n o s da
c u e n ta q u e , e l G o b iern o de H e r n a n d o
S ile s , c o n tr a ta u n n u e v o e m p r é s tito
d e E s ta d o s U n id o s p o r v e in t e m illo n e s
d e d ó la r e s m á s q u e tie n e q u e a g r e g a r s e
a lo s 1 7 2 m illo n e s . A l m ism o tie m p o
la c if r a de in te r e s e s a u m e n ta r á se ló ­
g ic a m e n te . S i B o liv ia d e s tin a el 50 p or
c ie n to d e su p r e s u p u e s to p a r a p a g a r
in te r e s e s a c tu a lm e n te , e l n u e v o e m ­
p r é s tito le lle v a r á u n d ie z p o r c ie n to
m ás. D e d o n d e s e a r b itr a r á r e c u r so s
e l E sta d o ? N o e s p o sib le q u e la c a p a ­
cid a d f in a n c ie r a d e B o liv ia lle g u e a
so p o r ta r n u e v o s im p u e sto s . V ir tu a l­
m e n t e e stu d ia d o e l -a su n to d e l p r e su ­
p u e sto , te n e m o s q u e , e sa c a p a c id a d ,
p e r fe c t a m e n te p u e d e lle g a r c o n m u ch o
tr a b a jo a 3 5 m illo n e s a n u a le s . P r e s u ­
p u e s to s in fla d o s c o m o lo s a ñ o s in f e r io ­
r e s n o s c o n d u c e n ta m b ié n a d é fic its e-
n o r m e s co m o lo s d e 1 9 2 0 y 1 9 2 2 . N o
e s p o sib le g r a v a r a l p u e b lo c o n p e s a ­
d a s c o n tr ib u c io n e s d e sd e e l in s ta n te
q u e n o h a y p o sib ilid a d e c o n ó m ic a n i
d e sa r r o llo e c o n ó m ic o . B o liv ia v iv e de
s u s m in a s e x c lu s iv a m e n te . L a a g r ic u l­
tu r a e n e s ta d o p r im itiv o n o e s s u f i­
c ie n t e p a r a la s m ism a s n e c e s id a d e s d e l
p a ís ; lu e g o , n o e s p o s ib le b u s c a r r e c u r ­
s o s a q u í. G ra v a r e l a r tíc u lo e x t r a n j e ­
r o , e s ta n d o y a g r a v a d o cort e l 2 0 0 y
3 0 0 p o r c ie n t o , e s ir d ir e c t a m e n te co n -
92
tr a la s c la s e s p o b res. S in e m b a r g o , el
G o b iern o e n c o n tr ó u n r e c u r so p a r a e s ­
ta b le c e r su e c o n o m ía . L la m ó a u n a c o m i
sió n d e y a n q u is , q u e d e sp u é s d e h a b er
a r r e g la d o “ s o it D is a n t” la s fin a n z a s
de C h ile y e l E c u a d o r , se p a se a b a p or
el P a c ífic o . E n e f e c t o , lle g a la c o m i­
s ió n y a n q u i, p r e sid id a p o r K e m m e r e r ,
d o c to r e n fin a n z a s y c o n m u c h a s o tr a s
c a m p a n illa s. S e e n c ie r r a n d u r a n te d os
m e s e s en u n a r e s e r v a a b so lu ta ; e s t u ­
d ian lo s p r o b le m a s e c o n ó m ic o s d e l p a ís
r e tr ib u id o s a m p lia m e n te p or u n a su m a
q u e no v a r ia b a e n tr e o c h e n tn a y n o ­
v e n ta m il d ó la r e s , y al fin a l, e le v a n
u n in fo r m e so b re la situ a c ió n fin a n ­
c ie r a , in d ic a n d o e n p r im e r té r m in o el
a lz a d e t a r ifa s so b r e a r tíc u lo s d e p r i­
m e r a n e c e sid a d . T a m b ié n t ie n e b u e n
c u id a d o la c o m isió n d e fin a n c ie r o s de
a d v e r tir c u á le s d e lo s p r o d u c to s a m e ­
r ic a n o s so n c o m p e tid o s p o r su s sim ila ­
r e s e u r o p e o s y a c o n s e ja e le v a r lo s im ­
p u e s to s d e a d u a n a s p a ra e so s a r tíc u lo s.
S o b r e la s m in a s n o h a b la n u n a só lo
p a la b r a . D e e s to er a lo q u e d e b ía n h a ­
b lar. P r e c is a m e n te r a d ic a to d a la e c o ­
n o m ía de B o liv ia e n su s m in a s. A c o n ­
s e ja n n u e v o s im p u e s to s p a r a lo s a r ­
tíc u lo s d e p r im e r a n e c e s id a d q u e c o n ­
su m e el p u e b lo y o lv id a n in te n c io n a l­
m e n te la s m in a s so b r e la s q u e r e p o sa
la e c o n o m ía d e l p a ís. H e a q u í u n m é ­
to d o s im p lis ta y d e sc o n o c id o . P e r o es
f á c i l a d v e r tir d o n d e e s tá la in c ó g n ita
d e e s te a su n to . E l G o b ie r n o , e n v ir tu d
d e u n p r é sta m o d e P a tiñ o , e s t á a su
d is c r e c ió n . U n a c lá u s u la e x p líc ita —
a u n q u e s e a in c o n s titu c io n a l— a d v e r ti­
r á a l E sta d o , q u e no le p u e d e g r a v a r
c o n n u e v o s im p u e s to s h a s ta 1 9 3 2 . E n ­
t o n c e s la fa m o s a c o m isió n y a n q u i p r e ­
sid id a p o r K e m m e r e r , s e c o n c r e tó a c a ­
lla r y so n r e ír , a to m a r e l a su n to e c o ­
n ó m ic o p o r la s r a m a s y e m b o ls illa r lo s
o c h e n ta m il d ó la r e s , d ir ig ié n d o s e in m e ­
d ia ta m e n te a o tr o p a ís su r a m e r ic a n o
d e ig u a l b o b e r ía q u e B o liv ia , q u e t e n ­
g a n e c e s id a d d e a r r e g la r s u s f in a n ­
z a s ..............................
P e r o e l G o b ie r n o d e B o liv ia , a c u ­
y a c a b e z a e s t á e l p e q u e ñ o S ile s , s e ha
id o m á s le j o s . N o s a t is f e c h o c o n e n tr e ­
g a r la s a d u a n a s a lo s y a n q u is ; lo s c o ­
A m au ta
r r e o s y te lé g r a f o s a u n a c o m p a ñ ía in ­
g le s a ,— “ M a r c o n i”— in s a c ia b l e d e su
sed de c o n tr a ta r e m p r é s tito s , ig n o r a n ­
te d e la ca p a c id a d fin a n c ie r a d e l p a ís,
n o le q u e d a o tr a c o s a q u e a r r e n d a r a l
m e jo r p o sto r la “ b a n d a p r e s id e n c ia l” ,
c o n lo q u e le g a liz a r ía a m p lia m e n te su
p o lític a su ic id a . T e n g o r a z ó n , p u e s e n
d e c ir q u e e l p u e s to d e “ p r e s id e n tillo ”
de B o liv ia , e s tá su b o r d in a d o a lo s y a n ­
q u is en p r im e r lu g a r , y a P a tiñ o y A -
r a m a y o d e sp u é s . N o r e p r e s e n ta e l p r e ­
s id e n te al E sta d o , s in o a u n g r u p o d e
c a p ita lis ta s , y c o n tr a lo s in t e r e s e s d e
la m a y o r ía .
E s ta situ a c ió n , e x p lic a d a y r e v is a ­
d a e n su s m e n o r e s d e ta lle s , n o t ie n e
o tr a s o lu c ió n q u e la “ N A C IO N A L IZ A ­
C IO N D E L A S M I N A S ” . P e r o e s ta n a ­
c io n a liz a c ió n no p u e d e se r u n e f e c t o
de g o b ie r n o s in te r e s a d o s e n s o s te n e r
u n a m in o r ía p a r á sita . N o s e p u e d e t e ­
n e r e s p e r a n z a de p a r te d e l P a r la m e n ­
to q u e r e p r e s e n ta u n a f i c c ió n d e m o ­
c r á tic a ¡d ip u ta d o s e le g id o s d ir e c ta m e n ­
t e p o r e l G o b ie r n o o p o r la s e m p r e s a s.
D is m in u id o e l p a p e l d e P a r la m e n to ,
d e s a c r e d ita d o c o m o r e p r e s e n t a n te l e ­
g a l d e l p u e b lo , e s a p e n a s h o y , u n a silo
de e m p le a d o s d e G o b ie r n o s in id e a s
p r o p ia s y sin r e s p o n s a b ilid a d a lg u n a
T a l v e z , e n o c a s io n e s e x c e p c io n a le s s e
c u e la en su s e n o a lg u n o q u e o tr o h o m ­
b r e in d e p e n d ie n te , p e r o e s to s q u e se
c u e la n , a p e n a s t ie n e n u n a m e n ta lid a d
“ p e q u e ñ o -b u r g u e s a -lib e r a l” , tím id o s y
p r u d e n te s , q u e c o n fía n to d o e l p r o b le ­
m a a la e v o lu c ió n p a c íf ic a y m ila g r o ­
sa , c o n tr a to d a s la s r e g la s b io ló g ic a s .
E s a g e n t e “ f ila n tr ó p ic a ” y q u e e n g a ­
ñ a a l p u e b lo , n o so s p e c h a s e g u r a m e n ­
t e q u e e s a e v o lu c ió n d e q u e ta n t o h a ­
b la n , e s c o n te n id a — se r á sie m p r e c o n ­
te n id a — to d o e l tie m p o q u e s e p u e d a ,
p o r la m in o r ía u s u f r u c tu a r ia l e to d a s
la s r iq u e z a s , y p o r e l G o b ie r n o , s e r v i­
d or in c o n d ic io n a l d e l c a p ita l e x t r a n j e ­
ro y n a c io n a l.
L a N A C IO N A L IZ A C I O N D E L A S
M IN A S t ie n e q u e s e r u n fe n ó m e n o
r e v o lu c io n a r io q u e f a t a lm e n t e t ie n e
q u e p r e s e n ta r s e e n B o liv ia . E l G o b ie r ­
n o a c tu a l o to d o s lo s g o b ie r n o s , n o p o ­
d r á n ja m á s c u r a r la c r is is e te r n a s in o
Amauta
a b a s e d e e m p r é s tito s ; n o p o d r á n n i­
v e la r s u s g a s t o s sin o a b a se d e e m p r é s­
t it o s ; n o p o d r á n d ar u n p a so sin o e m ­
p u ja d o s p or lo s m ism o s e m p r é s tito s.
L u e g o e l p r o b le m a se s im p lific a . L le ­
g a r á u n d ía q u e la ca p a c id a d f in a n ­
c ie r a d e B o liv ia no p u e d a r e s is tir su s
d e u d a s ; e n to n c e s a p a r e c e r á la in t e r ­
v e n c ió n d e l a c r e e d o r y al a p a r e c e r la
in t e r v e n c ió n a p a r e c e r á ta m b ié n la R e ­
v o lu c ió n . S ile s , e l g o b e r n a n te a c tu a l,
r e p r e s e n t a su a lia d o in c o n s c ie n te .
M é x ic o .— 1 9 2 8 .
( 1 ) . — C o n tr a tis ta e s e l m in e r o
p r á c tic o q u e s e c o m p r o m e te a e n tr e ­
g a r u n a p o r c ió n d a d a d e m in e r a l p or
u n a su m a d e d in e r o c o n v e n id a .
( 2 ) . — L a p r o d u c c ió n m u n d ia l d e
e s ta ñ o e n 1 9 2 6 , a lc a n z ó a 1 4 3 ,5 2 2 to ­
n e la d a s m é tr ic a s , d e la s c u a le s c o r r e s ­
p o n d e n a B o liv ia , 5 3 ,7 4 0 . E n e s t e m is­
m o a ñ o , E s ta d o s U n id o s c o n su m e n por
1 7 2 ,8 3 6 lib r a s, n o tá n d o s e la d e sp r o ­
p o r c ió n e n o r m e si s e ñ a lá r a m o s q u e e n
1 9 1 4 , só lo e m p le ó su in d u s tr ia p or
9 5 ,0 5 0 .
U n p a ís q u e h a c e u n c ie r to n ú m e r o
d e a ñ o s h a c ía le s f u e r t e c o m p e te n c ia
a B o liv ia , e r a la c o lo n ia in g le s a d e la s
I s la s M a la y a s. S u p r o d u c c ió n d e e s t a ­
ñ o e s co m o s ig u e : e n 1 9 1 3 , 5 2 ,7 3 0 t o ­
n e la d a s . L u e g o v a d e c r e c ie n n d o c o n s i­
d e r a b le m e n te . P o r e je m p lo , e n 1 9 2 2 ,
a lc a n z a la e x p lo t a c ió n n a d a m á s q u e
a 3 7 ,2 2 3 to n e la d a s . E n 1 9 2 3 , su b e a
3 9 ,3 7 6 . E n t a n t o q u e la p r o d u c c ió n
b o liv ia n a v a e n a u m e n to c o n s id e r a b le
a ñ o p o r a ñ o , h a s ta lle g a r a c o n s titu ir
m á s d e l te r c io d e la p r o d u c c ió n m u n ­
d ia l.
( 3 ) . — E s t o s d a to s n u m é r ic o s so n
a p r o x im a d o s . N o te n g o a la m a n o la
m e m o r ia e n lo s d if e r e n t e s se r v ic io s .
H a g o n o ta r o tr o d e t a l l e : y e s q ’ la c a n ­
tid a d d e 4 0 m illo n e s e s p u r a m e n te n o ­
m in a l. H a h a b id o a ñ o s q u e e l d é f i c it
p r e s u p u e s ta r io h a a s c e n d id o a 2 1 m i­
llo n e s c o m o e n 1920, y a 18 e n 1 9 2 2 .
93
T E S T I M O N I O S
C A R T A D E C E S A R A. R O D R IG U E Z
Q u erid o a m ig o J o s é C a rlo s M a riá te-
g u i:
S ie m p r e m e h a sid o g r a to su p e r fil
de h o m b re g e r m in a tiv o . Y o lo c o n o z ­
co a u s te d m u c h o m á s d e lo q u e se
s u p o n e . D e s d e su in ic ia c ió n p e r io d ís­
tic a , h e se g u id o c o n g r a n in t e r é s la s
p e r ip e c ia s d e su e sp ír itu . L o h e v is to
d a r se c o n a b u n d a n c ia lír ic a en lo s
m o m e n to s m á s a cei'b o s d e n u e s tr a d e s­
c o m p o s ic ió n lite r a r ia . S u c a p a c id a d
d e e sc r ito r h a id o flu c tu a n d o d e n tr o
d e la s sin u o s id a d e s m ó r b id a s d e l m e ­
d io a m b ie n te , p a r a h a c e r s e m a j e s tu o ­
sa e in c o n fu n d ib le d e sp u é s d e su r e ­
g r e s o d e E u r o p a . P u e d e d e c ir s e q u e
su v e r d a d e r a f ig u r a c o n c lu y ó su d ib u ­
jo e n a q u e l v ia j e a D a m a sc o , e n
d o n d e co m o P a b lo su p o u s te d a sp ir a r
a p u lm ó n lle n o lo s v ie n t o s t o n if ic a n ­
t e s de su f é . C om o a P a b lo , la op or­
tu n id a d d e su v ia j e ,— E u r o p a era e n ­
to n c e s u n m a n a d e r o d e s u g e r e n c ia s
m e s iá n ic a s — le is u fló la p r o v id e n te e -
b rie d a d a p o s tó lic a , p u r ific á n d o lo de
p a sa d o s se n s u a lis m o s r e tó r ic o s. Y h a s­
ta su d o le n c ia m a r tir iz a n te , q u e le
im p id e d is p e r sa r su e n e r g ía v ita l, le
h a e n r iq u e c id o su c e r e b r a c ió n .
E n m is c h a r la s c o tid ia n a s , cuando
m e e n t r e t e n g o e n r e v is a r e l p a n o r a m a
lite r a r io d e l P e r ú , so n d o s h o m b r e s
ú n ic o s lo s q u e v e r d a d e r a m e n te p r e o ­
c u p a n m i a te n c ió n : d o n M a n u e l G o n ­
z á le z P r a d a y u s te d . S o n lo s d o s ú -
n ic o s a q u ie n e s , d e sd e m u y d iv e r s o s
p u n to s d e v is ta , le s h a c a b id o la su e r ­
t e d e e n n o b le c e r n u e s tr a lite r a tu r a e
in te r p r e ta r la “ r e a lid a d n a c io n a l” .
D o n M a n u e l G o n z á le z P r a d a , m a e s ­
tr o d e a d u lto s , f u é u n á tic o ; u n p r o ­
f e s o r d e p lá s tic a r e v o lu c io n a r ia ; un
s e v e r o N a r c is o , q u e , a l m ir a r su a p o s ­
tu r a e n e l f a n g o d e la P a tr ia , h iz o
u n a m u e c a d e a sc o , p r o r r u m p ie n d o e n
im p r e c a c io n e s m a r m ó r e a s; s in q u e su
g e s t o p a s a r a d e lo s lím ite s e s t é tic o s .
S i a v e c e s su p a la b r a tu v o in te n c io -
94 Amaufts
nes se n tim en tales, fu é ta n sólo p a ra r ia colectiva, sin p re s ta r aten ció n al
ca er en el rom anticism o político, que com plejo económ ico, base de to d a r e ­
lo obligó a am alg am ar la p a trio te ría fo rm a su stan cial y nudo g o rdiano de
e x a lta d a con u n no disim ulado a n a r­ las v ie ja s arm a d u ra s g u b ern ativ as,
quism o. Su p o pularidad la fo rjó , m ás F u é u n político ap rio rista. E l d ata
qu e con la su stan cialid ad de su doc­ científico no le in te ra sa b a mucho. Sus
tr in a , con sus arro g an c ias de ateo y investigaciones en el orden fin an ciero
su re c a lc itra n te clerofobia, en épocas fu e ro n m uy ru d im e n ta ria s, y sin t e ­
en que p o r in stin to el m undo y sobre m or a equivocarm e, nulas. E ra un
todo A m érica n ec esitab an sacudirse p o eta a q uien le b a sta b a su im agina­
la p re p o n d e ra n cia te o crática . P o r o tra ción y su d ecencia p a ra tra d u c ir pan-
p a rte , la filiació n social de G onzález fle ta ria m e n te todo u n proceso de cul­
P ra d a es casi a risto c rá tic a . Su voz tu ra . E l d eleite de u n a fra se bien es­
fu é oída en los círculos in te le ctu a les c rita su p e ra b a en él la m olestia de
d el país, cuando los in te le ctu a les p e r­ u n a investigación p ac ie n te y el aquli-
te n e c ía n de lleno a la b u rg u esía y ta ra m ie n to de u n a id ea c o n s tru c to ra
vieron en él u n posible caudillo po­ o por lo m enos el sondeo in te rp re ta -
lítico que ib a a d a r pábulo a sus in ­ to rio de los hechos so rp ren d id o s en
co n fesadas asp iracio n es al era rio . La p len a rea lid ad sociogénica. P arec e que
m ay o r p a rte de sus discípulos se r e ­ tuvo el pen sam ien to su b rep ticio , suc­
c lu ta ro n en las fila s de ad u lto s que cionado en R enán, de que el gobierno
h ab ían m edrado ya a la som bra de los de los pueblos se e n tre g a ra a u n a es­
o tro s p a rtid o s y que v eían re ta rd a rs e pecie de a risto crac ia de in telectu ales,
el logro de sus am biciones po r vivir o de elit, de donde q u ed a ra elim inada
un ta n to p o stergados. No quiero de­ to d a rep rese n tac ió n po p u lar. Su ca ri­
cir con esto que no tu v ie ra p a rtid a ­ ño al pueblo fu é ab so lu ta m en te lite ­
rio s sinceros, de acriso lad a m oralidad, rario . Sin em bargo, se le debe a Gon­
de inequívoco do ctrin arism o , y que él zález P ra d a los m ás fu e r te s p iq u e ta ­
fu e r a po r sobre to d a s la s cosas u n zos en la m u ralla co n serv ad o ra y u n a
h o m bre inm aculado. lite r a tu r a g e ra rq u iz a d a que salva a l
E l aticism o de P ra d a e ra frígido. Su P e rú de su m isérrim a co n trib u ció n es­
lite r a tu r a , u n a de las m ás atild ad es té tic a.
de A m érica, su g e stio n a b a por el lado U sted, a d iferen c ia de P ra d a , es
retó rico . Los p arn a sian o s fu e ro n los m aestro y an im ad o r de adolescentes,
b iz an tin o s de la re tó ric a . — Su ideo­ M uchos de sus discípulos no h an cum ­
logía, si la tu v o , fu é sim plem ente apo- plido v einticinco años. N inguno de
díctica. Su f ra s e dem oledora no le dió ellos está m aculado p o r el cieno de la
tiem po p a r a d e te n e rse en las estilacio­ v ie ja política. Son su stan cialm en te
nes conceptuales. Lo que prop o n ía no poetas. Ju n to a u sted se sien ten ac ti­
e ra m ás que el re b o te de lo que des­ vos, se dinam izan sintiéndolo vivir, se
tro z a b a ; era el escom bro vu elto del hacen precoces fecu n d ad o s p o r su p a ­
rev és, sin in ten cio n es de volver a ju n ­ la b ra. Su fig u ra tru n c a d a les im pone
t a r sus a ris ta s p a ra c re a r u n nuevo resp eto . Su c u ltu ra p an o rám ica loa
edificio. E l m étodo de su crític a lite ­ em boba. E l trivialism o lim eño está
r a r ia , h incando el d ien te en la fla tu - rendido a sus p la n ta s como u n galgo
le n cia c a ste la ria n a , p ersistió ta m b ié n de co stillares exhaustos. D esde su in ­
en la c rític a sociológica: se c o n te n ta ­ m ovilidad fisiológica es u ste l el d in a ­
b a con a g u je re a r los tu m o re s n ac io n a­ mo que alim e n ta y cohesiona las f u e r ­
les, p a ra d ejarlo s en exhibición y m a­ zas jó v en es del país. Y en la A m érica
n an d o el pus de su viciosa te ra to lo ­ toda, su p eq u e ñ a e s ta tu ra de hom bre,
gía. Como re fo rm a d o r social, creyó de y a es u n a de la s m ás a lta s g lo rific a ­
m u y b u e n a f e que con m o d ificar la es­ ciones p en san tes.
tr u c tu r a po lítica de la nación, se m o­ L ite ra ria m e n te es u ste d u n e sc rito r
d ific ab a au to m ática m en te la m a q u in a ­ sin postizos retó ric o s. Se ex p resa us-
 Amauta
te d con la sequedad te re b ra n te de la
época. C onserva u ste d del p erio d ista
la facilid ad de concepción y el pulso
acelerado que le im prim en los sucesos.
E s u sted un ap urado. Su cinem ató­
g ra fo in te rio r tr a b a ja p o r trac cio n e s
ráp id as. T em e u sted que la c in ta se
le a rra n q u e y se h ag a u n vacío de luz
inocua. P o r eso, a veces, su g ráfico
m e n tal es un ta n to m onótono. E n su
fra se o activo no cabe la delectación
m orosa de la p a la b ra alm izclada. Más
bien prop en d e la p a la b ra a docilizarse
b ajo lo tá c til de su pensam ien to o-
b rero , em p u ján d o la y subsum iéndo­
la.
Como ideólogo, ta m b ié n se a p a rta
u ste d de P ra d a e n cu a n to a la in te r ­
p reta ció n de la toxem ia nacional. B us­
ca u sted en la e n tra ñ a p o p u la r y en
los conflictos de la ra z a los p ró d ro ­
m os de sus calidades asépticas. T ra ­
ta u ste d de p e rc ib ir el ritm o de la bio­
logía cósm ico-sociológica, p a ra dedu­
c ir las p rem isas de su docencia. Los
d eterio ro s de la h isto ria le sirv en a
u sted de reactiv o , g ritá n d o le en la
san g re la fra se d en u n c ia d o ra de “ pe-
ru a n iz a r al P e r ú ” . Todos los tópicos
de la n acionalidad se em p u jan en su
p lum a de u n a m a n e ra a p re su ra d a , b u s­
cando la solución de los co n tra rio s un
cauce m a rx ista. T al a p re su ra m ie n to lo
obliga m uchas veces a to m a r lo epi­
sódico como suceso prim o. A sí se ex­
plica su ferv o ro so re c u e rd o a la re ­
v ista “ C olónida” , que fu é en esencia
u n sim pático a la rd e lite ra rio ; p ero que
no co n stitu y e en sí u n v e rd a d e ro p ro ­
ceso de n u e s tra lite ra tu ra . “ C olónida” ,
to d a ella, está s a tu ra d a del esp íritu
v e rsá til y enorm em en te a rtístic o de
V aldelom ar, sin que se observe u n h á ­
lito cohesivo, tendencioso, en los espí­
r itu s d isp a re jo s de los que lo acom ­
p añ a b an . Si “ C olónida” ha de to m a rse
en c u e n ta en las f u tu ra s revisiones li­
te ra ria s del país, h a de se r sólo a la
m a n e ra de u n a an to lo g ía de la época;
p ero siem pre en u n sentido estático,
como es el sen tid o de to d a s las an to lo ­
gías.
P ra d a fu é p o lítica m e n te u n f re n é ­
tico, u n im pulsivo v erb a lista . L a p e­
95
dagogía de su credo a rra n c a b a de los
tiem pos de la ped ag o g ía del castigo.
Su tra n q u ilid a d de dios griego p erd ía
el equilbrio en cu an to sus ojos caían
sobre la cosa pública. Sólo p ara el
verso valía el m arm ol de su ca n te ra .
F ué u n Ja n o m ajestuoso. Con u n a de
sus caras se encolerizaba, m ie n tras
con la o tra co n tem p lab a ab so rto la
d estila d era en que se v e rtía la alqui­
m ia de sus p o lirritm o s. T oda su a c ra ­
cia p o lítica se tra n sfo rm a b a al otro
lado de la r e to r ta en dogm atism o es­
tético. L a necesidad ex acerb ad a de la
fo rm a esco lástica en poesía fu é SU
g rille te y el síntom a m ás claro de su
aristo crac ia. — F o rm a y aristo cra-
son u n a m ism a cosa. — P o r a risto c ra ­
cia se convirtió en ex hum ador de poe­
m áticas e s tru c tu ra s exóticas. Su poe­
sía rozó ap en as con el ala m arip o sean ­
te la su p e rfic ie de la am erican id ad .
Su dep u rad o esteticism o lo obligó a
im p u g n a r el m edio plebeyo en que t u ­
vo que m overse. E n cu an to a su lite ­
r a tu r a política, a p a rte de la fra s e m us­
culosa, no tie n e la tr a m a ideológica
que corresp o n d e a los te je d o re s de U-
topías. In flu id o p o r los en say istas f r a n ­
ceses, a la h o ra en que la filo so fía
po sitiv ista se gongorizaba, su p en sa­
m iento sólo tuvo estilo. De h a b e r sen ­
tido con v e rd a d e ra pasión los h erv o res
de su d o c trin a ; es decir, si se h u b ie­
ra visto precisado al em pleo de la vio­
lencia, su a c titu d h istó rica se ría la
de un term id o rian o . P ra d a pudo se?
u n a g ra n p erso n a je político, de g a r r a
socialista, si h u b ie ra ac tu a d o con m e­
nos lite ra tu ra . D esg raciad am en te su
inag o tab le orgullo de p u lim en ta d o r
de versos le dió cierto sem b lan te m a­
jestuo so .
U sted, en cam bio, se m a n tie n e le ­
jo s de las in q u ie tu d e s p o em áticas. Lo
que m enos le im p o rta es el estilo, Sí
p o r estilo se e n tien d e u n re fin a m ie n to
a d je tiv a l o u n psitacism o a rtific io so ;
pero si el estilo es el d ibujo elástico
de lo que se piensa, u ste d posee u»
estilo, p o rq u e ta m b ié n posee u ste d un,
pensam ien to que n ec esita d esp lazaras.
P o r eso su estilo tie n e to d a s las tra z a d
de la a rq u ite c tu ra u rb a n a de la épo-
96
ca, que es la negación de todo b a rro ­
quism o catedralicio.
Su pensam iento, nacido de los im ­
p erativos de la revolución ru sa, es
fra n c a m e n te m arx ista. Y como no p u e­
de h ab e r un m arxism o a prio ri, su ac­
titu d ideológica es experim ental. Se
b asa en los postulados de la realid ad
viva. Es la consecuencia de inúltiples
investigaciones y sondeos prelim ina­
res, buscados en la m a ra ñ a dem ótica.
P o r eso es que ha tenido u sted que
p o rm en o rizar sus actividades, p a ra en
seguida la n za r u n a m irad a panorám i­
ca, que a veces le re su lta dem asiado
p anorám ica.
M uchos podrán acusarlo de te o rizan
te , como ya lo acusan— au n q u e te o ri­
z a r sea la m áxim a expresión de la in ­
telig en cia hum ana.— P ero no se fija n
que u n a ac titu d p rag m á tic a f re n te al
vacío, sería insólita. P rim ero es nece­
sario acu m u lar datos exactos sobre la
re a lid a d nacional, p a ra sab er lo que
h a de hacerse. Y u ste d po r el m om en­
to rea liza ese tra b a jo . Su la b o r obser-
v a tiv a es de u n a g ra n trasc en d e n cia
h istó rica. Sus p u n to s de vista, por
m ás o b je tab les que sean, no p ierd en
p o r eso su v ita lid a d in trín se ca . P re c i­
sam en te por su condición ob jetab le, es
qu e h a n de se rv ir de h orm onizantes
en el desenvolvim iento de las sinergias
p en sam en tales del país. No todo p en ­
sam iento que no se en c a rn a en u n a
p o sitiva realizació n visual, d e ja de ser
p rag m ático . H ay p rag m atism o de las
ideas-actos p ro p iam en te dichas, co­
mo lo h ay de las ideas-hipótesis, cu an ­
do el sentido utópico de ésta s surge
v italizad o po r la rea lid ad y se encam i­
n a a b u sc ar su fo rm a d e fin itiv a en el
fu tu ro .
H a sta c ie rta época de n u e s tra h isto ­
r ia lite ra ria , se o bserva que el escri­
t o r p e ru a n o se n tía u n a especie de fo-
b ia p or todo lo que sig n ific a ra p o líti­
ca. Se a p a rta b a h o rro riz ad o de la p a­
la b ra , como u n hom bre casto p u d ie ra
re tro c e d e r a n te las p u e rta s de u n p ro s­
tíb u lo . P a r a esta clase de te m p e ra ­
m en to s, la p o lítica sab ía a cosa p u tr e ­
fa c ta , a fiem o de reb a ñ o y a p ro sti­
tu ció n . L as m ism as g e n te s ile tra d a s
Amauta
tra d u c ía n este sentim iento de asco en
los reglam en to s de sus asociaciones,
prohibiendo te rm in an te m e n te “ ocu­
parse de política y de relig ió n ” , ta n to
así como si se tra ta s e de las cosas
m ás inm orales. L a ju v e n tu d , in flu id a
por este m alsano ejem plo, tam poco
q u ería v er n ad a con la p a la b re ja m al­
dita. E ra u n a casta especial de hom ­
bres la única que podía dedicarse a
ta n asquerosos m en esteres, y a los
que se dedicaba en efecto, explotán­
dolos con in stin to p ro fesio n al y de
casta. P o r eso se prolongó e n tre nos­
otros, in defin id am en te, el cacicazgo es­
pañ o l; y p o r eso n u e s tra vida política
carece de g ran d es fig u ra s conductoras,
de ideales d iv erg en tes y de g rietas
hondas, que acusen las sucesivas con-
voluciones p o r las que p asa todo p u e­
blo que se co n stru y e a sí mismo. Y
po r eso ta m b ié n n u e s tra lite r a tu r a es
el m ayor engendro de vacuidad que
yo conozco; p arece u n a lite r a tu r a es­
c rita po r p erso n a jes de novela folle­
tinesca, p a ra d eleite de señ o ritas sol­
te ro n a s. No se te n ía en c u e n ta que,
elim inada la pasión p o lítica del alm a
colectiva y de la m en te del escrito r,
sólo qued ab a p a ra la h isto ria de nues­
tr o pueblo la in c ip ie n te teatralid ad ,
de la vida dom éstica, que es lo m ismo
que te n ta r en la cá sc ara de la vida.
N u estro pasado, casi en su to ta lid a d ,
es u n a sucesión in in te rru m p id a de es­
cenas dom ésticas que se acab an en
la s fro n te ra s del país. V ivimos abso­
lu ta m e n te p a ra n osotros u n a v id a r u ­
d im en taria, c a re n te de voliciones ex­
tensivas. Somos im p o rtad o res de to d a s
las activid ad es e x tra n je ro s y no ex­
p ortam os n a d a típ ico ; n ad a que p u e­
d a darn o s c a rá c te r ni p re se n ta rn o s co­
mo u n pueblo vivo. T o d av ía descono­
cem os el sentido de la o rig in alid ad ,
y lo que es m ás la m en tab le , el sen tid o
político, que es el único sentido qu e
d a color y tono a las c u ltu ra s de las
nacion alid ad es y de las ra z a s f u e r ­
tes.
P o r eso su seg u n d a ap arició n en la
lite r a tu r a nacio n al, desde el re g re so
de E u ro p a , tie n e u n alto sig n ificad o
p a r a la g e n te m oza del país, que v e
Amauta
en u sted un convencido educador po­
lítico; consciente de su papel y p e r­
fec tam e n te acoplado a las nuevas exi­
gencias hum anas. E n torno de “ A-
m a u ta ” se ensancha el círculo de in i­
ciados en las ciencias sociales que
buscan la m an era de d ar expresión a
la dorm ida ru tin a de n u e stra peque­
ñísim a c u ltu ra ; se hace y se fom en­
ta u n a fé por los destinos nebulosos
de la p a tria . U sted es el centro de ir r a ­
diación de los todavía desordenados
ideales de la ju v e n tu d . Y p ara que no
se cre a que estoy parcializado po r su
estu p en d a fig u ració n in te le ctu a l, ni
que tr a to por este m edio de prodigarle
elogios desm edidos p ara que usted me
los devuelva en alg u n a circunstancia,
debo a firm a r con to d a ro tu n d id ad
que mi prestig io lite ra rio m e tie n e
ab so lu ta m en te sin cuidado y que, el
m ovim iento - lite ra rio y político de
los últim os tiem pos del P erú , no
h a surgido po r iniciativ a personal
de ninguno de sus m a n ten e d o re s: ha
sido creado po r la onda fec u n d an te
de la nueva c u ltu ra que se desp ren ­
dió de los pueblos directo res que sa­
liero n vivos de la G u e rra E u ro p e a;
íu é la r e s u lta n te de la conciencia so­
cial de la época, como lo son siem pre
todos los fenóm enos históricos y to d a s
la s iniciaciones colectivas. Y au n q u e
decirle a u sted estas cosas es u n a so­
lem ne m a jad e ría, las digo p a ra que
sepa el filisteo que, si bien es cier­
to u sted no fu é el iniciad o r de las
m odernas im pulsiones lite ra ria s en esta
p a rte del m undo, fu é u sted en cam bio
su m ás consciente dinam o y el que ha
lo grado d e s p e rta r m ay o res c o rrie n te s
de sim p atía— no sim p atía en la triv ia l
acepción de la p a la b ra , sino en el sen­
tido platónico— e n tre las clases m ás
desvinculadas del p aís: o breros y e s tu ­
d ia n tes. Y he de d ecir tam b ién , con
el esp íritu convicto, que p o r u ste d tie ­
ne u n cauce expeditivo la nu ev a evan-
gelización del m undo.
No sé si lo que escribo e s ta rá bien.
Me preo cu p a poco el m ito lite ra rio .
P re fie ro v iv ir mi lá n g u id a v ida p ro ­
v in cian a, a te n e r que c o q u e te a r con
los m a g n a te s de la lite r a tu r a ,— sólo
97
entonces se consigue fam a,— p a ra que
se m e otorgue u n a p rag m ática de
g rande o de pequeño escritor, que en
n ad a v alo ra ría mi in a lte ra b le esp íritu
silencioso.
Tam poco p reten d o en esta c a rta ni
en ninguno de m is escritos acercarm e
al m ito de la V ERA D , que es un m ito
erigido p o r el orgullo hum ano y que no
satisface mi m odesta posición de hom ­
b re estudioso. P a ra com unicarm e con
el am igo intelig en te, m e b a sta decirle
lo que yo pienso.
C é s a r A . R o d r íg u e z .
A requipa, a 30 de enero de 1929.
D E B A T E S
CULTURA E ID E O L O G IA
P o r A B E L A R D O S O L IS
(A p r o p ó s ito d e u n e d i t o ­
r i a l d e M E R C U R IO P E ­
R U A N O . — N o s. 1 2 3 -1 2 4
d e n o v ie m b r e y d ic ie m b r e
de 1 9 2 8 ).
D on Jo sé O rteg a y G asset es quien
ha ac en tu ad o en fo rm a so b resalien te,
la equívoca concepción de e re a r u n a
c u ltu ra sin contenido político, sin
ideología social y a p ro p en d e r m e jo r
dicho, a que la o b ra lite r a r ia o la o b ra
de a rte no te n g a un co n ten id o ideológi­
co, político o social. Su creen cia en
la deshum anización del a rte , estiliza y
lleva a extrem o s de in a c tu a lid a d y de
e rro r, la v ie ja y estéril p reo cu p ació n
de los que cre y e ro n en la su p e rio ri­
dad y eficacia del cultivo del a r te por
el a r te ; y que re p re se n ta ro n en lite r a ­
tu r a , esa desvaída conclusión d eg en e­
ra tiv a del aristo cratism o de R e n án y
del eru d itism o enciclopédico del siglo
X IX , que se denom inó t o r r e m a r f i l i s -
m o . Y es que O rteg a y G asset quiso
olvidar que to d a s las p ro d u ccio n es del
esp íritu h u m an o , las m as a ltas, las
que se ñ ala n el paso de los siglos, han
significad o todo lo co n tra rio de esa
98
preocupación apolítica. E n las e n tra ­
ñas de la “ D iv in a C o m e d ia ” D ante,
el político, expresó el ánim a social
de su pueblo, d esenvuelta po r la lucha
de los gü elfo s y gibelinos; y su u n i­
v ersalidad y etern id ad resid en en que
ta l obra nació de las raíces de la vi­
d a política ita lia n a que fu é su am bien­
te. El “ Q u i j o t e ” debe su afirm ación
p ere n n e en todos los tiem pos, a su
ric a savia de españolism o que ha latido
como sá tira , como dolor, como angus­
tia , como trag e d ia, como id e a social
su b concientem ente expresad a po r el
genio de C ervantes. L a “ I l ia d a ” y la
“ O d is e a ” , son g ran d e s docum entos de
la vida social de los griegos. Y con
H erodoto y X enofonte, con T ucidides
y T ácito, la m ism a h isto ria reveló de
modo n a tu ra l y espontaneo, ese espíritu
y ese sentido político y social, que
el historicism o de n u estro s tiem pos
ha falseado. T oda lite ra tu ra d estin a­
da a vivir, lo ha sido así, porque ante
todo, fu é vida, porque tuvo como sa n ­
g re, como m édula, u n a idea social; p o r­
que re fle jó el alm a de su época, de sus
hom bres y de sus m edios sociales.
Cuando m ás ta rd e , o tros hom bres
conozcan e in te rp re te n el pensam iento
apolítico del mismo O rteg a y G asset,
cuando ta l a c titu d sea v alo ra d a ju s ta ­
m ente, com p ren d erán que— queriendo
su stra e rse el ilu stre esc rito r español
de n u e s tra s in q uietudes, de n u e s tra s
p reocupaciones sociales— h a revelado
u n estado de ánim o social propio de
n u estro s días; la agonía de u n a ideolo­
g ía, de u n a c u ltu ra ; co m p ren d erán
que en el pensam ien to de O rteg a y
G asset, tie n e u n a expresión elegante,
c u lta , rem ozada y original, ese espí­
r itu tím id am en te escéptico y pequeño
b u rg u és de los in te le c tu a le s que p re ­
fie re n en n u e s tra época, la cóm oda ac­
titu d del E sp ectad o r, a n te los proble­
m as, sugerencias, derivaciones, h e­
chos e ideas, que h a n com enzado a
p reo c u p arn o s y m o tiv ar n u estro s actos,
después de la G ran G u erra y la Re-
volución R usa. E s que O rteg a y G asset
h a llegado a coincidir así, con la o-
rie n ta c ió n ra c io n a lista del siglo p asa­
do; ha querido ac tu a liz a r, como u n
Amaut*
rem edio de n u estro s m ales, esa nihilis­
ta idea de que la o bra de a rte , p ara
lib ra rse de los peligrosos contactos
con n u e stra realid ad y p ara asp ira r a
la perfección, no puede ni debe e n t r a ­
ñ a r u n contenido social. ¡Id e a p u ra,
inteligen cia p u ra, c u ltu ra p u r a ! . . . . ,
¡ Cómo si las ideas no estu v ieran te ­
ñidas de sentim ientos, m ovidas y mol­
deadas por u n a fé! Cómo si ex istiera
u n a c u ltu ra sin ideología, sin p en sa­
m iento social, u n a p la n ta sin savia, un
hom bre vivo sin san g re!
E sa ten d en cia apolítica de cre ar
“ un órgano de c u ltu ra ” sin idealogía,
p rete n d e re p re se n ta r en n u estro m e­
dio, M e r c u r io P e r u a n o . In te n ta , según
la a u to riz a d a opinión de su fu n d ad o r
y d irec to r n ato , d o ctor V íctor A n d rés
B elaunde, co n tin u a r “ la o b ra del an ­
tig u o M ercurio” . “ E l nuevo “ M ercu­
rio ” , dice el doctor B elaunde, siguien­
do aquel alto m odelo, debía com binar
el sentido de las trad icio n es y cosas
nacionales, con la m ás g en ero sa am ­
plitu d p a ra las n uevas direcciones cul­
tu ra le s y c ien tífic as” . “ Fiel a su ca­
rá c te r esencialm ente c u l t u r a l , prosi­
gue el d octor B elaunde, no se adhirió
nunca, como en tid ad colectiva a n in ­
gún credo ni ideología, ni m ucho m e­
nos a un p ro g ram a político o social
co n creto ” . “ El M ercurio” , rep ite el
doctor B elaunde, e ra u n órgano de
c u ltu ra y no u n in stru m e n to de p ro ­
p a g a n d a y com bte” . “ A sí, dice, “ M er­
cu rio ” fu é siem pre u n a trib u n a p a ra
todos y nu n ca u n a p la ta f orm a p a ra n a­
die” .
E n realid ad , el nuevo “ M ercurio” ,
en prim er lu g ar, no co n tin ú a el e s ­
p íritu de la o bra del an tig u o “ M er­
curio” que rep rese n tó en su tiem po, si
pensam iento de la v an g u a rd ia liberal,
a n te el esp íritu colonial, fra ilu n o y con­
servad o r del am b ien te en que nació.
El antig u o “ M ercurio” rep rese n tó en
el P e rú , el esp íritu enciclopédico, l i ­
b era l y rep u b lican o que creó la Revo­
lución F ra n ce sa. F re n te a la ig n o ran ­
cia social, f re n te al fan a tism o relig io ­
so, f re n te a los p reju icio s sociales dé
las aristo crac ias del C oloniaje, fre n ­
te al em pirism o de los sucesores del
A maula
esp íritu escolástico y sacerdotal, en
el P erú , el viejo “ M ercurio” , signifi­
có el cultivo de las ciencias positi­
vas, la difusión, la propaganda, el
com bate, la filiación del esp íritu inves­
tig a d o r científico, del liberalism o, de
los ideales de la dem ocracia rep u b li­
cana. C iencia y lite r a tu r a en el viejo
“ M ercurio” , re fle ja b a n esa te n d e n ­
cia, te n ia n ese contenido social propio
de su tiem po. L ógicam ente pues, de
co n tin u a r esta trad ició n el nuevo
“ M ercurio” , no deb ería ev itar y negar­
la significación que cabe en n u estro s
días a u n órgano de c u ltu ra contem ­
p o rán e a en u n am b ien te social in fes­
ta d o de capitalism o, de ig n o ran cia y
de esp íritu reaccionario. E n conse­
cuencia, si todos los a rtíc u lo s del nue­
vo “ M ercurio” como dice el doctor
B elaunde, firm ad o s “ po r sus au to re s
com prom etiendo e x c l u s i v a m e n te la
responsabilidad de éstos” , e ra n publi­
cados en ta l fo rm a , no cabía re m a r­
ca r la negación de sus orientaciones,
condenando la de se g u ir hacia la iz­
quierda, “ al socialism o docente y m i­
lita n te ” de que no puede prescindirse
en n u e s tra época y que sólo com pro­
m e tía a “ la exclusiva responsabili­
d ad ” de sus autores.
U n órgano de c u ltu ra contem porá­
neo no podía, pues, p rete n d ien d o con­
tin u a r el ejem plo del an tig u o “ M er­
curio” , p resc in d ir de la consideración
de hechos e ideas contem poráneas, co­
mo los que se re fe r ía n por ejem plo, se­
g ún a d v ierte el doctor B elaunde, a la
R evolución R usa y a la R efo rm a U ni­
v ersitaria.
E l nuevo “ M ercurio” dice el doctor
B elaunde, “ en lu g a r de m a scar u n i l a ­
t e r a l m e n t e u n a te n d en c ia, r e f le ja r á
los opuestos p u n to s de v ista p a ra ser
m ás v aria d a, m ás com pleta y m ás im ­
p arc ial su in fo rm ac ió n ” . E s d ecir que
se tr a ta , pues, de u n órgano c u l t u r a l
i n f o r m a t iv o . E sto adem ás a p a re n te ­
m en te im plica la p rom esa de u n a sim ­
biosis o m a rid a je de las te n d en c ias m ás
o pu estas, de las ideologías m ás a n ta ­
gónicas; pero como no se ad h iere el
nuevo “ M ercurio” a n in g u n a ideología1'
y como al doctor B elaunde ha desa­
99
grad ad o el que su rev ista se ocupe de
la R evolución R usa y de la R efo rm a
U n iv ersitaria— sólo con ten d en cias
“ fra n c a m e n te de iz q u ierd a”— hay que
conclu ir presum iendo que si el nueva
“ M ercurio” no re su lta siendo u n a r e ­
v ista incolora, inocua, in o fen siv a y es­
té ril, porque no se puede concebir
que algo se pu ed a p ro p ag a r o d ifu n ­
d ir so peligro de c a e r bajo la necesi­
dad de so sten er u n a ideología, te n d rá
que, según las p ro p ias p alab ras del
doctor B elaunde, “ m ascar m u l a t e r í a -
m e n t e ” la te n d en c ia reaccio n aria o
clerical, o la lib eral b u rg u esa, a base
de u n historicism o in fecu n d o , de u n
eruditism o escéptico, de u n lite ra tu ris-
mo frívolo o de c u a lq u ie r o tro ism®,
y a que se desechan las te n d en c ias que
son “ fra n c a m e n te de iz q u ierd a” . Y
será, como h a sido, dice su fu n d a d o r
co n tra d icto riam e n te, “ u n a t r i b u n a pa.-
r a to d o s” . . . Siendo trib u n a , algo que
no sea fra n c a m e n te de izq u ierd a, te n ­
d rá que p ro p ag a r y co m b atir; y esto
co n tra d ice al ed ito rial m ism o que
com entam os en su p a rte apolitica.
A b e l a r d o S o lís
LOS E D U C A C IO N IS T A S S U IZ O S
P I D E N L A A B O L IC IO N D E L A
M IL IC IA
Por M ig u e lin a A c o s ta C á rd e n a s
H ace alg u n as sem anas que en “ L a
U nión de M iem bros de la E n se ñ a n z a ” ,
en G inebra, se h a p rese n tad o en u n a
de sus reu n io n e s u n a m oción m uy
n o ta b le haciendo u n llam am ien to a
los m iem bros de la E n señ a n za da
S uiza p a ra ed u c ar a la ju v e n tu d da
las escuelas en u n local de paz, pi­
diendo adem ás la abolición de la m i­
licia su iza y del p resu n u e sto m ili­
ta r.
E sta m oción causó g ra n em oción y
discusiones in te re sa n te s. 82 m iem ­
b ro s v o ta ro n en fa v o r de la reso lu ­
ción, 86 en c o n tra y se ab stu v ie re *
44. E n la p re n sa fu é u n a v e rd a d e ra
100
tem p estad de indignación la que se
desencadenó a raíz de esta proposi­
ción, pues se acusaba a los educado­
re s p ac ifista s de ser inspirados por
Rusia.
Los in stitu to re s de G inebra, que
son los au to re s de la m oción y quie­
nes la som etieron a exam en de sus
colegas de los otros cantones, se dan
p e rfe c ta cu e n ta de la gravedad de sus
gestiones. P ero ellos sienten, h a ­
biendo estudiado de cerca el proble­
m a, que el espíritu de la g u e rra n r
puede desap arecer sino desaparece el
m ás g ran d e fa c to r de e lla : la a r m a ­
d a . L os educadores suizos han fo rm u ­
lado su voto después de h ab e r visto
que su tra b a jo como educadores y o-
b rero s de la paz, era en tra b ad o por
el régim en de la conscripción m ilitar,
habiendo llegado a la conclusión da
que es ilusiorio co n tar con la arm ad a
p a ra im p e d ir la g u e r r a . E llos dicen:
“ QUEREM OS RECORD AR AL P U E ­
BLO SUIZO QUE SOLO SE H A AD ­
H ERID O A LA LIGA DE LAS N A ­
C IO N ES CUANDO SE HIZO LA P R O ­
M ESA FORM A L DE COM ENZAR IN ­
M ED IA T A M E N TE UNA A C C I O N
CON V IST A S DE A SEG U RA R LA
PAZ. CONTAMOS CON LA SO C IE ­
DAD D E LAS N A C IO N ES PA R A GA­
R A N TIZA R LA IN D E P E N D E N C IA
D E LOS P A IS E S , QUE CO N FIA N
E N SU PR O T EC C IO N ” .
“ ESTA M O S PER SU A D ID O S QUE
ACTUAM OS DE ACUERDO CON
N U EST R A S CO N CIEN CIA S DE
B U EN O S P A T R IO T A S Y BU EN O S
E D U C A D O R E S” .
S eria de d esear que los educadores
de todos los países europeos y am eri­
canos como los de los dem ás co n ti­
n en tes, se so lid arizaran con la actitu d
de los educadores suizos p a ra o rie n ta r
el esp íritu de las gen eracio n es del
p o rv en ir hacia los ideales pacifistas
in d isp ensables p a ra la p ro speridad de
las naciones, p a ra el norm al desenvol­
vim iento de la hum anidad, con m iras
h acia el avance efectivo de la evolu­
ción m e n tal de los hom bres en estos
m om entos en que se hace necesario e
Amauta
indispensable tra z a rle s u n rum o a-
trevido y definitivo p ara la exclusión
del crim en de lesa civilización, que
es la g u erra.
M ig u e lín a A. A c o s ta C á rd en a s.
M iembro de la L iga In tern ac io n a l
de M ujeres P ro P az y L ibertad.
C R O M I C A S
M O T IV O S O R N A M E N T A L E S
1NKAICOS
El á lb u m de T u p a y a c h i
R afael T upayachi es uno de los
m aestros-m odelo con que cu en ta el
Cusco; re p re se n ta aquí lo que Ju liá n
Palacios en Puno.
A m bos están com penetrados de su
papel y tien en plena conciencia de
su responsabilidad. No puede, pues,
sorprenderles lo que p ara m uchos es
u n a revelación d esco n certan te: en el
hum ilde p rec ep to r esp era m ás el
m undo que en el líd er político.
Y a en o tra oportunidad dije de
mi com placencia por la obra de g ran
acierto en que estab an em peñados
Je n aro F. Baca—-o tro joven m aestro
de buena o rientación— y T upayachi.
Los dos— alum nos míos en H istoria
y A rqueología del P erú — se pro p u ­
sieron conocer todo el acervo de m oti­
vos ornam en tales de la cerám ica inkai-
ca valiéndose p a ra esta lab o r investiga-
tiv a de la en tu sia sta cooperación de
sus discípulos de la p rim aria del Co­
legio N acional.
Los niños em p ren d iero n la ta re a
de rec o lec tar fra g m en to s de a lfa re ­
ría, que son m uy ab u n d a n te en las
colinas y cam pos de cultivo que ro ­
dean el Cusco. E n excursiones y por
grupos o in d ividualm ente los m ucha­
chos hacían la b úsqueda de cach a­
rro s; los rem ovían, los clasificaban,
los copiaban después, con g ra n fid eli­
dad,y así de u n año a otro, apareció
un archivo de m otivos orn am en tales
valiosísimo.
Se h ab ía dicho que n u e s tra c e rá ­
m ica era m uy pobre, que no resis-
Amauta
tía com paración con la de N aska o
C him ú; pero, después de conocer las
colecciones de B aca y T upayachi, ya
nadie puede so sten er eso. Todo lo
co n tra rio , adm ira cómo con unos
cu an to s elem entos lineales obtiene el
decorado bellas y com plicadas y v a­
riad ísim as com binaciones. Con u n a
ab so lu ta seguridad, el ornam ento se
desenvuelve en colores y fo rm a s ex­
tra o rd in a ria ^ p o r originales y h e r­
mosas.
E l álbum de T upayachi— que m e
ocupa ah o ra especialm ente— es la re i­
vindicación m ás com pleta del a rte de­
corativ o inkaiko. E l jo v e n y au stero
m a estro — T upayachi es u n “ caso” de
ho n estid ad m oral— cum ple su com e­
tid o con m eticulosa ex a ctitu d a la
p a r que con a rte y cariño. Su obra—
ju n to con la de Je n a ro B aca— podrá
se r d elib erad am en te ap re cia d a en
“ 1 9 2 8 ” . — R e v is ta d e A v a n c e . —
E d i t o r e s : F r a n c is c o I c h a s o , F e liz L iz a -
so , J o r g e M a ñ a c h , J u a n M a r in e llo , J o ­
s é Z . T a l l e t . ---- A p a r t a d o 2 2 2 8 . ----
t í s t i c a . — C a s illa d e C o r r e o , 2 6 9 . —
“ A T U E F ’. — D i r e c t o r e s : E n r i q u e
d e la H o z a , N ic o lá s G a m o lin . — 10
d e O c tu b re 6 5 6 . — V íb o ra . — H A ­
BANA.
“ B O L E T I N D E L A I. M . A .” — O r ­
g a n o d e la I n t e r n a c i o n a l d e l M a g is ­
t e r i o A m e r ic a n o . ----- J . E . U r i b u r u ,
148. — B U E N O S A IR E S .
“LA IN T E R N A C IO N A L DE LA
E N S E Ñ A N Z A ” . — O r g a n o O f i c ia l d e
la I n t e r n a c i o n a l d e lo s T r a b a j a d o r e s
d e la E n s e ñ a n z a . — 8 A v e n u e M a th u -
rin . — M o re au . — P A R IS (X lX e ).
“ L A C O R R E S P O N D E N C IA SU D ­
A M E R I C A N A ” . — R e v is ta Q u in c e n a l.
— E s t a d o s U n id o s , 1 5 2 5 . — B U E N O S
A IR E S .
“ E L L IB E R T A D O R ” . — O rg a n o de
l a L ig a A n t i - I m p e r i a l i s t a d e la s A m e ­
r i c a s . — D i r e c t o r : D ie g o R i v e r a . —
C a s illa , 6 1 5 . — M E X IC O D . F .
“ R E V I S T A D E E D U C A C IO N P R I ­
M A R IA . — D i r e c t o r : H . D ía z C a s a -
n u e v a . — M in is te r io de E d u c a c ió n
P ú b l i c a . — S A N T IA G O , C h ile .
101
cen tro s m ás cu ltu rad o s que el nues­
tro , donde se reconoce y da m érito
a los v alo re s nuevos.
A quí in fectó dem asiado n u e stra
a tm ó sfera la im itación eu ro p eísta. No
ten em o s ni capacidad ni discerni­
m ien to p a ra se n tir lo que es n u estro ,
p a ra p e n e tra r en la significación de
los m otivos o rn am en tales inkaicos
que ac en tú an , en este aspecto, la
p erso n alid ad de la c u ltu ra cusque-
ña.
T upayachi, que huye de todo exhi­
bicionism o, de todo r e c l a m e , liga SU
nom bre a la o bra que m otiva estas
líneas no en u n esfu erzo individua­
lista de éxito, sino en u n a sim pática
ac titu d de educador, que en la escue­
la y fu e ra de la escuela, sabe descu­
b rir cam inos nuevos.
L u is E. V a lc á r c e l.
“ A T E N E A ” . — R e v is ta m e n s u a l d e
C ie n c ia s , L e t r a s y B e lla s A r t e s . — P u ­
b lic a d a p o r la U n iv e r s id a d d e C o n c e p ­
c ió n . ---- C o m is ió n D i r e c t o r a : E n r iq u e
M o lin a , S a m u e l Z e n t e n o A ., L u is D a ­
v id C r u z O c a m p o , S a lv a d o r G á lv e z ,
A b ra h a m V a le n z u e la ( S e c re ta r io ) E -
d u a rd o B a r r io s . ---- C O N C E P C IO N ,
C h ile .
“ D IE K O M M U N IS T IS C H E I N T E R ­
N A T I O N A L E ” . ---- W o c h e n s c h r if t d e s
E x e c u ti v k o m it e e s d e r I n te r n a tio n a le .
L u is e n s tr a s s e 2 7 -2 8 . ---- B E R L I N N W .
6.
“ L E C R I D ES P E U P L E S ” . — Se­
m a n a r io i n te r n a c i o n a l . — D i r e c t o r :
B e rn a rd L ecach e. — R u é L e n to n n e t,
4. P A R IS .
“ S O Z IA L IS T IS C H E M O N A T3-
H E F T E ” . — T h e o rie u a d P r a x is d a s
S o z ia lis m u s . H e rau sg efe er: Joseph
B lo c h . — P o s t d a m e r S t r a s s e 1 2 1 . ---
B E R L IN .
“ D E R S T U R M ” . — M o n a t s s c h r i f t.
H e rau sg eb e r: H e r w a r t h W a ld e m . —
1 8 J a h r g a n g . — S u s c r ic ió n a n u a l : 1Z
m a r c o s . ---- V e r l a g D e r S t u r m . P o s t d a ­
rn e r S t r a s s e 1 3 4 a . — B E R L I N .
 102
L íta o s y
C R O N I C A S PE LI BROS
C é s a r F a lc ó n / “ E l P u e b lo sin D io s’*
/ E d ic io n e s d e “ H is to r ia N u e ­
r a ” / M a d rid — 1 9 2 8
E scrita en 1923, esta novela no
alcanza a m uchas nuevas adquisicio­
nes del espíritu y el estilo de César
F alcón, a quien nada singulariza t a n ­
to como un pensam iento en incesante
elaboración, en im petuoso movim iento.
Conozco la p reparación esp iritu al de
estas páginas, presurosa, feb rilm en te
escritas por Falcón en M adrid, poco
después de que nos despidiéram os en
la F ried rich B anhof de B erlín, él p a­
ra re g re sa r a E spaña, yó p ara volver
al P erú. H abíam os pasado ju n to s a l­
gunos densos y estrem ecidos días de
h isto ria eu ro p ea: los de la ocupación
del Ruhr. La cita p a ra esta últim a
jo rn a d a com ún nos había reunido en
Colonia. La atracció n del d ram a rhe-
nano, esa atracción del dram a, de la
av e n tu ra, a la que ni él ni yo hemos
sabido nun ca resistir, nos llevó a Es-
sen, donde la huelga fe rro v ia ria nos
tuvo bloqueados alg u n o s días. Nos h a ­
bíam os en tre g ad o sin reservas, h a sta
la ú ltim a célula, con u n a an sia sub­
consciente de evasión, a E uropa, a su
existencia, a su trag e d ia. Y descu­
bríam os, al final, sobre todo, n u e stra
p ro p ia trag e d ia, la del P erú , la de
H ispano-A m érica. El itin erario de
E u ro p a había sido p a ra nosotros el
del m ejor, y m ás trem endo, descu­
b rim iento de A m érica. F alcón estaba
en la m ás an g u stia d a tensión, de este
descubrim iento, cuando escribió en
M adrid, sin d e ja r las cu a rtilla s h asta
no concluir la últim a, su “P ueblo sin
D ios” . L ite ra riam e n te, su libro se
re sie n te de la fu ria periodística, del
estado em ocional en que fu é com pues­
to. T iene u n a ro tu n d id a d y u n esq u e­
m atism o de pan fleto . F alcón h ab ría
pen sado que traicio n a b a su in te n to , su
Arnauta
pasión, si se d ejaba g an ar, escribien­
do, por el deliquio estético.
P ero si el tono, la m an era deí
libro tienen que v er con el in stan te
en que fu é escrito, si como fa c tu ra
artístic a no corresponde seguram ente
a la actualid ad de Falcón, la idea g e r ­
m inal, la en erg ía cén trica de “ E l P u e­
blo sin Dios” continúan enriquecidas,
acrecentadas, exasperadas, en el fo n ­
do del pensam iento del au to r. Todas
las em ociones, todos los im pulsos de
que está hecho este libro, h an segui­
do aperando en él, acentuándose, a
m edida que F alcón h a avanzado en el
severo esfuerzo de su p erarse, de dis­
ciplinarse con la pedagogía exigente
de la civilización anglo-sajona,
¿P o r qué com plejo y difícil p ro ce­
so, el criollo brom ista, bohem io y gau-
dente, proclive a la sensualidad y al
desorden, nulam ente invitado a este
esfuerzo por el am biente lim eño, se
elevó prim ero, venciendo su p ropia
intoxicación lite ra ria y decadente, a
la abstracción de la d o ctrin a socialis­
ta, se contagió enseguida del m ás
puro y rig o rista m esianism o — el de la
Revolución del 19, como la llam a A n­
dre Cham són— p a ra co nsagrarse
luego, sin a flo ja r su lab o r p erio d ísti­
ca, a u n a em presa como la de “H isto ­
ria N ueva” ? E l caso de este escritor,
movido siem pre p o r la m ás noble in ­
quietud, que h a encontrado en el t r a ­
bajo aten to , au stero , creador, ese
equilibrio m oral y religioso, que ni la
educación ni el am b ien te pudieron co­
m unicarle, m erecerá siem pre se r c ita ­
do como uno de los m ás sin g u lares ca­
sos de superación de todas las b a rre ­
ras.
“ E l P ueblo sin D ios” es u n te s ti­
monio de acusación. F alcón y yo coin­
cidim os en este destino de la req u isi­
to ria, del procesam iento. Al su p e r-
am ericanism o de los que, recayendo
en el exceso d eclam ato ria, el ju icio
superficial de las v iejas generaciones.
 ftmauta
sé im aginan c o n s tru ir con m ensajes
y a re n g a s u n a A m érica nueva, sober­
b ia m en te e rg u id a f re n te a u n a E u ro ­
p a d iso lu ta y d ecadente, p referim o s
la v aluación e x tric ta de n u e s tra s posi­
bilidades, la d en u n cia im placable de
n u e stro s defectos, el ap re n d iza je obs­
tin a d o , la adquisición te so n e ra de las
v irtu d e s y los v alores sobre la s cuales
d escansa la civilización eu ro p ea. Des­
confiam os del m estizo explosivo, e x te ­
rio riz a n te , inestable» desprovisto e sp iri­
tu a lm e n te de los a g e n te s im p o n d era­
b les de u n a sólida trad ició n m oral.
E l re la to de F alcón, v ersió n since­
r a de sus p ropias im presiones de u n a
ciu dad de provincia, estag n a d a, som-
n o lie n ta , g ro se ra m e n te m a teria l, tris ­
te m e n te alcohólica y rijo sa . E l ju e z
p re v a ric a d o r e inm oral, el su b p refec to
a n a lfa b e to y m a tó n ,— pequeño, la rv a ­
do y oscuro P rim o de R iv era en b a r­
becho, con su b astó n de d ic ta d o r en
la m a leta— , el h acendado sórdido y
a c a p a ra d o r, el cacique pro v in cial, to ­
dos los p e rso n a je s de “ E l P ueblo sin
D ios” , co rresp o n d en a especies bier.
d efin id as de la criolledad. U n re le n te
d e b a ja y to rp e sensualidad, sin id e a­
lización, sin a le g ría , sin re fin a m ie n to ,
f lo ta p esad a m en te en la atm ó sfe ra
del bu rg o m estizo. P oblaciones que ni.
c o n tin ú a n la lín e a a u tó c to n a y en las
qu e no re a p a re c e sino n e g a tiv a y de-
fo rm a d a m e n te el p e r f il indíg en a. Y
q ue tam poco co n serv an , en su fonde
esp iritu al, la filiació n española, m e ­
dioeval, católica. “ P ueblo sin D ios”
las llam a F alcón. P o d ría lla m a rla s
u n poco m ás a b s tra c ta m e n te , “ pueblo
sin A bsoluto” . P u eb lo del que no
p u ed e decirse que es conserv ad o r, p o r ­
q u e su esp íritu no está honda, v ita l
m e n te ad herido a nada. P u eb lo al
que, p o r es¡a m ism a raz ó n , le c o s ta ­
r á u n esfu e rz o te rr ib le lle g a r a ser
rev o lu cio n ario . P o rq u e el revolucio­
n a rio es, en ú ltim o análisis, u n ord e­
n a d o r; y solo los pueblos donde se dá
u n a f u e r te f ib ra co n serv ad o ra, se dá
ta m b ié n u n a v e rd a d e ra fib ra revolucio­
n a ria .
Solo el hispan o -am erican o q u e ha
vivido e» el bu rg o fra n c é s, alem án,
103
italian o , b ritán ico , etc., puede com ­
p re n d e r el vacío, la in fo rm id ad del
burgo m estizo. E n el in d u stria!, el
F o rd o el R ockefeller, lo mismo que
en el ag itad o r, el Reed o el Debs, de
E stad o s U nidos, es im posible no iden­
tific a r la h eren cia, au m en ta d a, su b li­
m ada, del p u rita n o . ¡Y qué an tig ü ed ad
y co n tin u id ad tie n e n en el rev o lu c io ­
nario alem án , fra n cé s, italian o , los
sentim ien to s y la en to n ació n ! Los
m otivos de su acción, de su heroísm o,
de su fé h an cam biado, con el curso
de la civilización y la h isto ria, pero
su esp íritu se h a tem plado en esa te r ­
ca lu ch a secu lar, en esa disciplina
an c estra l y p e rse v e ra n te , a las que
debe su trad ició n esp iritu al e ideoló­
gica. Colas B reu g n o n , puede e n c a ra r
el d estin o eon esa seguridad, rab elai-
sia n am en te acom pasada por su fra n c a
risa, celta, que ta n vigo ro sam en te r e ­
su e n a en su novela, — ¡nó, su b io g ra­
fía !— . Se le sien te resp ald ad o p o r
u n a e s tirp e de m acizos artesan o s. Sa
oficio le viene de la época de las cor­
poraciones. E l m ás p u ro y m e jo r des­
cen d ien te del to m ista aristo crático ,
del dom inico rac io n alista , es, sin d u ­
da, el enérgico y poderoso dialéctico
del socialism o, que ta n ex en to nos p a­
rece en su discurso de todo la stre con­
servado r. U na trad ició n d in ám ica h a
m a n ten id o en la estirp e, a tra v é s de
g en eracio n es quizá hum ildes y oscu­
ras, este don de ab soluto, este poder
de creació n y de ideal.
F alcó n m e sien te “ o tro d esesp era­
do del pueblo de D ios” . P ro b ab le
m en te no se en g añ a. No sabe él h as­
ta qué p u n to la s p ág in as de su rela to
han ex acerb ad o mi p reocupación m ás
d ra m á tic a y p ro fu n d a ! F alcón ha es­
crito este libro, f u e r te y sincero, con
su sang re. H ay en él m ás pasión,
m ás dolor p o r el P erú que en todo
lo que aq u í se b au tiza con el n o m bra
convencional y equívoco de n a c io n a ­
lismo. P ero , p o r esto m ism o, no e n ­
c o n tra rá m ucho consenso n i m ucha
reso n an cia. Lo qu e no im p ed irá a
C ésar F alc ó n se g u ir siendo uno de los
hom bres que d an fé de la p resen cia
e sp iritu a l del P e rú en el m undo.
Jo sé C a r lo s M A R 1 A T E C U 1 .
 104 Amaula
C R O N IC A DE R E V IS T A S pe”— es uno de los m ejores que he
leído ú ltim am en te, en las publicacio­
“ E u r o p e ” . S P a r í s , i A g o s to , S e tie m b r e , nes fran cesas. (E n las sudam ericanas
O c t u b r e y N o v ie m b re . el “ esquem á” m ejo r traz ad o del genial
a c to r cin em ato g ráfico inglés, h a sido
E n verdad que “ E u ro p e” puede lla­ — a mi juicio— el de Jo sé C arlos Ma-
m arse con todo derecho a sí mism a, riáteg u i. Y cuidado que y a se está a-
“ rev ista in te rn acio n al de c u ltu ra ” . Ani gotando el “ te m a ” Chaplin. M ucha
m a sus páginas el pensam iento de los tin ta v a corriendo y a sobre el cread o r
m ás prestigiosos escrito res europeos de “ El P ib e” y de “ El C irco” ).
y se ad v ierte en todas sus rú b ric as el A ndré Spire, el b uen p o eta ju d ío ,
lib re esp íritu de la época, aquel es­ ofrece en el mismo núm ero, un poem a
p íritu p a ra el que no existen ni d ife­ “ Le S ucesseur” de u n ritm o vivo y
ren cias de razas, ni de fro n te ra s. de u n a coloración v erd ad eram en te
A hora, h an llegado a nosotros los cam pestre.
núm eros 68, 69, 70 y 71, co rrespon­ J e a n P rév o st com ienza a p u b licar su
d ientes a los m eses de A gosto, Se­ lum inoso estudio sobre E iffe l y D a­
tiem bre, O ctubre y N oviem bre del niel Rops, N icolás K o n ert y P ie rre A-
próxim o año pasado. L e c tu ra ro b u sta braham , firm a n crónicas sobre el mo­
e in te resa n tísim a. E n los núm eros 68 vim iento lite ra rio y te a tr a l del mo­
y 69 nos detenem os, de p re fe re n c ia en m ento.
u n herm oso y f u e r te re la to de L eonard M. W .
F ra n ck , “ K arl et A n n a” . Los “ eom pte-
re n d ú s” de A lexandre A rnoux, A ndré
¡ L I B J F t. o T s l
S pire y H en ry D alby son de los m ás
sabrosos. (No. 68 ). S U R T ID O S I E M P R E R E N O V A DO \
De C orlado A lvaro leem os (en el ' L ite ra tu ra , H isto ria, C iencia y A rte. (

!
No. de setiem b re) u n lindo re la to “ Le — O bras serias y de fondo de au to re s (
P e tit-F ils” , que d en o ta un agudo co­ clásicos y m odernos. — L ite ra tu ra ■
nocim iento del alm a del niñ o ; Jear. P e ru a n a e H ispano A m erican a )
K air p ublica en el m ism o núm ero un
poem a “ B a te au x ” , ágil como u n a pi­
r u e ta de clown y deliciosam ente irre s ­
p etuoso :
D i c c i o n a r i o , d e to d o , p r e c io <
O b a t e a u x n o ir s a o c ilu r e a l e r t s
A tendem os pedidos de provincias a
B a t e a u x c o c u s , b a t e a u x b o n d is s a n ts
v u elta de correo. — O fe rtas y ca- >
L e c íe ! e s t p a r e t la r a e r e s t v e r t e
tálogos g ratis. — S u rtid o com- )
E t d a n s v o s m á ts v o u s a v o z a s e z d u
( pleto de ú tiles de escrito rio i
(sa n g
í L I B R E R I A E IM P R E N T A “ C e n t r a l ” <
L as crónicas de Ja cq u e s R obert F ra n ­ | LIM A -PER U .— Calle Corcobado 403
ce y A rth u r ELoerée sobre m úsica (No. | A g e n te * d e la R e v is ta “ N O S O T R O S ” j
70) d em u estra n u n a g ra n au to rid ad
fu n d a d a sobre el m ás claro conoci­ “ LA N O UVELLE ” EVUE FRA N -
m iento. C A IS E ” . — A p a re c e el lo . d e cada
P hilipps S oup au lt— No. de O ctubre m e s . 3, R u é d e G r e n e lle . — P A R I S .
— estu d ia las m ás rec ien te s o bras de
A n d ré G ide y de L uc D u rtain . Sou­ “ T H E N A T IO N ” . — F u n d a d o en
p a u lt es uno de los escrito res m ás 1 8 6 5 . S e p u b l ic a s e m a n a lm e n te . V e s e y
o riginales de n u estro tiem p o ; da g u s­ S t r e e t N o . 2 0 . N E W Y O R K . — S u s -
to leerlo, es ta n viviente, ta n p erso ­ c r ic ió n a n u a l e n e l e x t r a n j e r o : 6 d ó ­
nal. Su ensayo sobre C harlie C haplin la r e s .
— se publica en el No. 71 de “E u ro ­
“THE NEW R E P U B L IC ” . — Se
p u b l ic a s e m a n a lm e n te . — S u s c r ic ió n
a n u a l : 6 d o lla r s . 4 2 1 W e s t, 21 S tre e t»
— N EW YORK.
¿¿iimmmmiiímimmmmmmiimimiiimimimmmimiiimnmiUümmiMiiii

= ;m iff M iiiiiiiiiifiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim iiuiiim iiiiiiiiiiiiiiiiiiiim iiiiiiiiiiniiiiiiiiiiiM iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiijL r

¡ Los libros de Ediciones Oriente
J u a n A n d r a d e : C H I N A C O N T R A E L I M P E R I A L I S M O .— U n a
e x p o s ic ió n c l a r a , d o c u m e n t a d a , d e u n a m p lio s e n t id o pe*
r io d ís ti c o y d e u n g r a n v a lo r i n f o r m a t iv o . L o s a n te c e d e n *
t e s y lo s p r o b l e m a s a c t u a l e s d e u n a g r a n n a c ió n q u e m a r ­
c h a h a c ia u n p o r v e n ir d e in d e p e n d e n c ia y d e ju s tic ia . . . S |. 2 .2 5
M á x im o G o r k i: L E N I N Y E L M U J I C . — R e f le x i o n e s s o b r e
la c r u e l d a d r u s a . E n e s t a o b ra ^ e l g r a n n o v e li s t a y u s o p e ­
n e t r a , c o n su a g u d a p s ic o lo g ía , e n e l a lm a d e L e n in y e n
l a d e l c a m p e s in o r u s o , y d e s c u b r e y e x p lic a e l fo n d o d e
c r u e l d a d q u e e x i s t í a e n e l “ m u ji c ” y e l r e f l e j o q u e lo s
s e n t im i e n t o s d e l p u e b lo r u s o t u v i e r o n e n L e n i n ............................ S j. 0 .9 0
C o n s t a n t i n o F e d i n : L O S M U J I C S . — E l f a m o s o a u t o r d e la s
c iu d a d e s y lo s a ñ o s ” d e s c r i b e , e n e s t a n o v e la , l a f o r m a ­
c ió n d e l “ k u l a k ” , n u e v o p r o p i e t a r i o c a m p e s in o q u e , d e s ­
p u é s d e la n a c i o n a l i z a c i ó n d e la s t i e r r a s , h a a p a r e c i d o y
c o m ie n z a a e x t e n d e r s e c a d a v e z m á s , a m e n a z a n d o c o n i n s ­
t a u r a r d e n u e v o e l r é g i m e n d e p r o p i e d a d p r i v a d a .................... S j. 1 .8 0
A le ja n d r a K o lo n ta i: L A B O L C H E V IQ U E E N A M O R A D A . —
L a f i g u r a f e m e n i n a d e la r e v o lu c ió n r u s a , A l e j a n d r a K o-
l o n ta i , e m b a j a d o r a d e lo s S o v ie ts e n M é jic o y a h o r a e n
N o r u e g a , h a e s c r i t o u n a a d m i r a b l e n o v e la , t r a d u c i d a y a a l
a le m á n y a l in g lé s , q u e e x p r e s a lo s s e n t im i e n t o s d e la
m u j e r r u s a a l c o n t a c t o c o n l a r e v o l u c i ó n ................ S j. 2 .2 5
L e ó n T ro ts k y : ¿ A D O N D E V A R U S IA ? — ¿ H A C IA E L C A ­
P IT A L IS M O O H A C IA E L S O C IA L IS M O ? — E n e s te li­
b ro d e u n a g r a n v a le n tía y d e u n a e x tr a o r d in a r ia s in c e ­
rid a d , L e ó n T ro ts k y , el a d m ira b le c r e a d o r d e l e jé r c ito r o ­
jo , e x p o n e su p o s ic ió n id e o ló g ic a f r e n t e a lo s a c t u a l e s d i ­
r e c t o r e s d e l p a r t i d o , a f i r m a n d o la s id e a s y o p in io n e s q u e
h a n s id o c a u s a d e su e x p u ls ió n d e l p a r t i d o y d e s u d e s tie -
2 .2 5
E lia s E r e n b u r g : J U L I O J U R E N I T O Y S U S D I S C I P U L O S .—
E l a u to r, q u e h a d e s ta c a d o su p e rs o n a lid a d com o u n só ­
lid o v a lo r d e la j o v e n l i t e r a t u r a , a u s e n t e d e s u p a t r i a — R u ­
s ia — p o r d i s c o n f o r m i d a d c o n e l r é g im e n a c t u a l d e c o n c e ­
s io n e s , t r a z a , d e m a n o m a e s t r a , l a f i g u r a d e l m e jic a n o
J u lio J u r e n ito y r e la ta su s a v e n tu r a s im p re g n a d a s d e u n
h u m o r is m o g e n i a l ...............................................................................................Sj. 2 .2 5

EDICIONES JASON
M á x im o G o r k i. — G A N A N D O M E E L P A N ...............................................S |. 2 .2 5
K n u t H a m s u n . — U N V A G A B U N D O T O C A C O N S O R D I N A S |. 1 .8 0
„ „ — V I C T O R I A ................................................................................... S |. 1 .8 0
„ „ — E N E L P A I S D E L O S C U E N T O S ........................S j. 1 .8 0

EDITORIAL MINERVA. SAGASTEGUI 669

nmiiimmmmiiiumuimiiimmmiiiiimmimimmimiiiiiiiimmmmmmmtiiii
b i b l i o t e c a “ A W A U T A”

P O R

JOSE CARLOS MARIATEGUI

Contiene los siguientes ensayos sobre el Perú:

Esquema de la evolución económica. El pro­
blema del indio. E l problema de la tierra. El
proceso de la instrucción pública. El factor
religioso. Regionalismo y Centralismo. El
proceso de la literatura.

S. 2.80

o 4n i F íP F f í A ! NUMERADA