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03/03/2021

Avaliação
Antropométrica
PROFª. MS. JACKELINE ARRUDA MASSAD

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Avaliação do Estado Nutricional

 Componentes da Avaliação do Estado Nutricional

 Anamnese Alimentar

 Medidas antropométricas

 Exame clínico

 Dados bioquímicos

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Conceitos e definições básicas

 “A antropometria se constitui em um método de


investigação científica em nutrição que se ocupa da
medição das variações nas dimensões físicas e na
composição global do corpo humano em diferentes
idades e em distintos graus de nutrição”
(Jelliffe, 1968).

 Utilizadas desde o século VXIII como


instrumento de verificação do estado de saúde.

 As medidas antropométricas têm sido


transformadas, universalmente, em
importantes indicadores diretos do estado
nutricional de indivíduos e populações.

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Dimensões Composição
Antropometria
físicas corporal

Exames ou
Individuais Populacional
medições

 As medidas antropométricas:

 Variam de acordo com a idade, grau de nutrição;

 Úteis quando há desequilíbrio energético e protéico;

 Úteis para detectar moderado e severo grau de desnutrição, mas não


podem ser usadas para detectar deficiência de nutriente específico.

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Composição A avaliação da composição corpórea 7


permite diagnosticar possíveis anormalidades
corpórea nutricionais, proporcionando maior eficiência
nas intervenções nutricionais.

Medidas Medidas
primárias secundárias

Peso, estatura, Circunf e Dobras P/E, P/I, IMC....

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Antropometria - vantagens

 Sensível as alterações do crescimento;


 Facilidade de execução;
 Baixo custo;
 Inocuidade;
 Aplicabilidade;
 Fácil padronização;
 Aceitabilidade da população e
 Por proporcionar informações adequadas sobre o problema
nutricional investigado.

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Antropometria
 Por que ocorrem os erros?

 Falta de manutenção dos equipamentos;

 Pouca valorização como procedimento de rotina no serviço de


saúde;

 Despreparo dos profissionais de saúde.

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Antropometria
 O que é preciso para se ter qualidade das medidas
antropométricas?

 Conhecer quais as medidas e como utilizá-las;

 Conhecer os equipamentos e como utilizá-los;

 Conhecer as técnicas empregadas.

Medidas Antropométricas 14

 Peso corporal

 Medida dos compartimentos corporais em conjunto: massa gorda e massa


magra ou não gordurosa.
 Mudanças no peso refletem alterações no equilíbrio entre ingestão e consumo de
nutrientes.
 Medida facilmente obtida, geralmente medida em quilos (kg).
 Variação diária.
 Relacionado a estatura.

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Equipamentos

Regras para a pesagem 16

Peso Atual:
 Bexiga vazia
 Não imediatamente após uma refeição;
 Balança em superfície perfeitamente plana;
 Checar o ponto zero da balança – necessidade de calibração;
 Posicionar o indivíduo no centro da plataforma da balança, sem contato
nenhum com outra estrutura, orientado-o a olhar para frente, com a cabeça
ereta e os pés paralelos;

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Regras para a pesagem 17

Fonte: Jelliffe, 1968

 Roupas leves, sem sapatos


e adornos;

 Anotar qualquer
anormalidade,
principalmente edema
(geral ou parcial).

Peso usual ou habitual:


É utilizado como referência na avaliação das mudanças 18
recentes de peso e em casos de impossibilidade de medir o
peso atual.

Peso ideal ou desejável:


É calculado a partir do índice de massa corporal (IMC)

Peso Ideal ou Desejável = IMC desejado x estatura (m2)

Classificação do Estado Nutricional de


Adultos Segundo o IMC Classificação do Estado Nutricional de
IMC (kg/m2) Classificação Idosos Segundo o IMC
< 16,0 Desnutrição Grau III IMC (kg/m2) Classificação
16,0 – 16,9 Desnutrição Grau II < 22 Magreza
17,0 – 18,4 Desnutrição Grau I
22 a 27 Eutrofia
18,5 – 24,9 Eutrofia
> 27 Excesso de Peso
25,0 – 29,9 Sobrepeso
Lipschitz, D. ª, 1994.
30,0 – 34,9 Obesidade Grau I
35,0 – 39,9 Obesidade Grau II
 40,0 Obesidade Grau III
OMS, 1995, 1997

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Adequação do peso:
É uma forma de classificar o estado nutricional
pelo peso.

Adequação de Peso (%)= peso atual x100


peso ideal

Estado nutricional % de adequação


Desnutrição grave < 75%
Desnutrição moderada 75 – 85%
Desnutrição leve 85 – 95%
Eutrofia 90,1-110
Sobrepeso 110,1-120
Obesidade >120

Blackburn, G. L. & Thornton, P. A., 1979

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Peso ajustado:
É o Peso Ideal corrigido p/ a determinação da
necessidade energética e de nutrientes quando a
adequação do peso for inferior a 95% ou superior
a 115%.

Peso Ajustado = (Peso Ideal – Peso


Atual) x 0,25 + Peso Atual

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Peso ideal para amputados:
Para corrigir o peso corpóreo ideal de amputados, deve-se
subtrair o peso da extremidade amputada do peso ideal
calculado.

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Estimativa do peso:
É possível estimar o peso quando não é
possível pesar o indivíduo.

Homem = [(0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x PCSE) – 81,69]

Mulher = [(1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x PCSE) – 62,35]

Onde: CP – Circunferência da Panturrilha


AJ – Altura do Joelho
CB – Circunferência do Braço
PCSE – Prega Cutânea Subescapular

(Chumlea, 1985)

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Mudança de peso:
A perda de peso involuntária constitui uma
importante informação para avaliar a gravidade
do problema de saúde.

Perda de Peso (%) = (Peso Usual – Peso Atual) x 100


Peso Usual

Tempo Perda Significativa de Peso (%) Perda Grave de Peso (%)

1 Semana 1a2 >2

1 Mês 5 >5

3 Meses 7,5 > 7,5

6 Meses 10 > 10

Blackburn, G. L. & Bistrian, B. R., 1997.

Medidas Antropométricas 24

 Altura ou estatura
 Podem ser obtidas por via direta ou indireta:

 Método direto: indivíduo deve ser capaz de ficar em pé.

 Método indireto será aplicado para aqueles que não podem ficar de pé ou em
posição ereta.
 Ex: indivíduos com escoliose, paralisia cerebral, pacientes acamados, etc.

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Medidas Antropométricas

 Altura ou estatura

 Mede a altura total do indivíduo em pé,

 Medida em metros, com variação de cm;

 Instrumento: antropômetro, estadiômetro ou fita métrica;

 Utilizada no cálculo do IMC.

Equipamentos 26

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Regras para a medida da estatura 27

Fonte: Jelliffe, 1968

 Pessoa ereta
 Coluna vertebral e calcanhares
encostados na parede ou portal
 Joelhos esticados
 Pés juntos
 Braços estendidos ao longo do corpo
 Cabeça erguida, com os olhos mirando
plano horizontal (plano de frankfört);

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Regras para a medida da estatura
Fonte: Jelliffe, 1968

 Peça à pessoa que inspire profundamente e


prenda a respiração por alguns segundos;

 Neste momento, desça o estadiômetro até


que este encoste na cabeça da pessoa, com
pressão suficiente para comprimir o cabelo.
Realizar a leitura da estatura sem soltar o
estadiômetro. Registre o valor em m ou cm.

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Regras para a medida da estatura
 Importante

 Indivíduo descalço e sem adornos na cabeça ou


penteados que possam interferir na obtenção da
medida.

 Caso esteja utilizando estadiomêtro portátil, este


deverá ser fixado em uma parede ou portal sem
rodapé.

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Estimativa da altura
 Altura do Joelho
• Posição supina ou sentado o mais próximo possível da extremidade da cadeira, com
joelho esquerdo flexionado em ângulo de 90º.
• Comprimento entre o calcanhar e a superfície anterior da perna a altura do joelho
• Pode ser medido utilizando um estadiômetro infantil.
• Mais utilizado em Idosos.

Homens = [64,19 – (0,04 x idade) + (2,02 x altura do joelho em cm)]

Mulheres = [84,88 – (0,24 x idade) + (1,83 x altura do joelho em cm)]


Chumlea, 1985

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Estimativa da altura

 Extensão dos braços

• Braços devem ficar estendidos formando um


ângulo de 90º com o corpo.
• Mede-se a distância entre os dedos médios das
mãos com fita métrica flexível.
• A medida obtida corresponde à estimativa de
estatura do indivíduo.

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Estimativa da altura

 Altura da Fúrcula

• Um dos braços devem ficar estendidos formando um


ângulo de 90º com o corpo.
• Mede-se a distância entre o dedo médio da mão com
fita métrica flexível até a fúrcula (entre os ossos da
clavícula).
• A medida obtida é multiplicada por 2 correspondendo à
estimativa de estatura do indivíduo.
• Geralmente utilizada aos pacientes que não
deambulam.

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ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA
(medida secundária)
 Indicador mais utilizado para Avaliação do Estado
Nutricional.
 Não distingue peso associado ao músculo ou gordura
corpórea
 Importante avaliar os pontos de corte

IMC = Peso Atual (kg)


Estatura (m2)

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ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA
(medida secundária)

Classificação do Estado Nutricional de Classificação do Estado Nutricional de Idosos


Adultos Segundo o IMC Segundo o IMC

IMC (kg/m2) Classificação IMC (kg/m2) Classificação


< 16,0 Desnutrição Grau III < 22 Magreza
16,0 – 16,9 Desnutrição Grau II
22 a 27 Eutrofia
17,0 – 18,4 Desnutrição Grau I
> 27 Excesso de Peso
18,5 – 24,9 Eutrofia
Lipschitz, D. ª, 1994.
25,0 – 29,9 Sobrepeso
30,0 – 34,9 Obesidade Grau I
35,0 – 39,9 Obesidade Grau II
 40,0 Obesidade Grau III
OMS, 1995, 1997

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ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA 35


(medida secundária)
Vantagens
 Procedimento não invasivo;
 Fácil obtenção;
 Boa precisão e confiabilidade
 Alta correlação com outros índices antropométricos
(estatura, PCT, CC...)

 Limitações
 Não distinção dos tecidos corporais.
• O uso isolado do IMC não possibilita a distinção
entre massa de gordura e massa magra, dificultando
a diferenciação entre o sobrepeso e a hipertrofia
muscular.

Tipos de Circunferências utilizadas 36

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Medidas Antropométricas 37

 Circunferência do Braço (CB)

 Representa a soma das áreas constituídas pelos tecidos ósseo, muscular


e gorduroso do braço.

 Recomendada para o diagnóstico nutricional.

Expressar a massa muscular do braço e estar


correlacionada com a massa muscular total

Medidas Antropométricas 38
Circunferência do Braço

Método de coleta
Braço a ser avaliado deve
estar flexionado em direção
ao tórax, formando um
ângulo de 90°;

Localizar e marcar o ponto


médio entre o acrômio e o
olécrano.

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Medidas Antropométricas 39
Circunferência do Braço

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Método de coleta

 Contornar o braço com a


fita flexível no ponto
marcado.
 Evitar compressão da pele
ou folga.
 Braço estendido ao longo
do corpo com a palma da
mão voltada para a coxa.

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Medidas Antropométricas 41
Circunferência do Braço

 Referência: NHANES I e II (National Health and Nutrition Examination Surveys)

 A adequação da CB pode ser determinada por meio da equação abaixo e o estado


nutricional classificado de acordo com a tabela a seguir.

Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) x 100


CB percentil 50

Desnutrição Desnutrição Desnutrição Eutrofia Sobrepeso Obesidade


Grave Moderada Leve
CB < 70 % 70 a 80 % 80 a 90 % 90 a 110 % 110 a 120 % > 120 %

Blackburn, G. L. & Thornton, P. A., 1979

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 Vantagens:
 Simplicidade de coleta;
 Facilidade;
 Rapidez;
 Aceitabilidade e
 Precisão dos procedimentos de coleta, análise e interpretação da medida.

 Limitação:
 Dificuldade na definição dos padrões de referência e pontos de cortes
específicos e sensíveis para os distintos grupos etários e sexos.

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 Expressa a quantidade de massa muscular do braço e a massa muscular corporal


total.

 Medida sensível das manifestações mais gerais da desnutrição, não utilizado


para avaliar obesidade.

 OMS recomenda o uso da CMB apenas para diagnóstico nutricional de


desnutrição em adultos.

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 Avalia reserva de tecido muscular (sem correção da área óssea).

CMB (cm) = CB (cm) –  (3,14) x [PCT (mm)  10]


Adequação da CMB (%) = CMB obtida (cm) x 100
CMB percentil 50

Desnutrição Desnutrição Desnutrição Eutrofia


Grave Moderada Leve

CMB < 70 % 70 a 80 % 80 a 90 % 90 %

Blackburn, G. L. & Thornton, P. A., 1979

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 Avalia reserva de tecido muscular corrigindo a área óssea, não é utilizado para
avaliação de obesidade.
Homem:
AMBc (cm2) = [CB (cm) –  (3,14) x PCT (mm)  10] 2 – 10
4

Mulher:
AMBc (cm2) = [CB (cm) –  (3,14) x PCT (mm)  10] 2 – 6,5
4

Estado Nutricional Segundo a Área Muscular do Braço Corrigida

Normal Desnutrição Desnutrição


Leve/Moderada Grave
AMBc Percentil > 15 Percentil entre 5 e 15 Percentil < 5

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 Utilização recomendada tendo em vista que sua medida correlaciona-


se fortemente com o IMC.

 OMS (1997): recomenda a utilização da medida com cautela em


virtude da variabilidade dos pontos de corte em diferentes
populações.

 A medida da cintura é muito variável em termos de localização ou


posição, especialmente em indivíduos obesos e idosos.

 Necessidade de padronização: pequenos erros do avaliador pode


levar a grande erros de resultados.

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 Procedimentos para a coleta

 Indivíduo em pé;
 Utilizar fita métrica não-extensível;
A fita deve circundar o indivíduo no ponto médio
entre a última costela e a crista ilíaca.
A leitura deve ser feita no momento da expiração.

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Circunferência de Circunferência
cintura abdominal

50

 Circunferência da cintura de acordo com o gênero em


caucasianos.

Risco de complicações metabólicas associadas à obesidade


Elevado Muito elevado
Homem ≥ 94 cm ≥ 102 cm
Mulher ≥ 80 cm ≥ 88 cm
Fonte: OMS, 1998

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 Circunferência de quadril

 A fita deverá circundar o quadril na região de maior perímetro entre


a cintura e a coxa.

 Indivíduo em pé.

 Roupas finas, para não interferir na obtenção da medida.

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Medidas secundárias
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Razão Cintura-Quadril (RCQ)

É o indicador mais freqüentemente utilizado para


identificar o tipo de distribuição de gordura, sendo
determinado pela seguinte equação.

RCQ = circunferência da cintura


circunferência do quadril

Indicativo de risco para o


 Homens: ≥1
desenvolvimento de doenças
 Mulheres: ≥ 0,85
cardiovasculares

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 Circunferência do Pescoço (CP):


 Em pé e ereto, com a cabeça posicionada no plano
horizontal de Frankfurt.
 Fita inelástica circundando:
 ponto médio da altura do pescoço, no ponto médio da
espinha cervical e do pescoço anterior, na altura da
cartilagem cricotireoidea.
 Nos homens que possuíam proeminência: aferida abaixo

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Vantagens:
* Facilidade e rapidez na coleta e interpretação dos dados;
* Facilidade de padronização técnica;
* Procedimento não invasivo
* Baixo custo operacional
* Boa aceitabilidade
Limitações:
•Influência exercida pela estrutura pélvica, fatores
etários e étnicos
• Dependência do grau de obesidade
• Incapacidade de diferenciar depósito de gordura visceral
ou subcutânea

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Medidas Antropométricas
Pregas ou dobras cutâneas

Expressam a quantidade e a distribuição de tecido adiposo


subcutâneo

Indicam a quantidade de tecido adiposo corporal, as reservas


corporais de energia e o estado nutricional atual

A prega cutânea tricipital (PCT) + utilizada

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PREGAS CUTÂNEAS
 VANTAGENS

• Bastante utilizada, barata, rápida, fácil e boa correlação


outros métodos.
• Medidas utilizadas para avaliar % de gordura corporal a
partir da mensuração da gordura subcutânea.
( 50 % gordura corporal localiza no subcutâneo)

 MATERIAL
• Fita métrica inelástica e inextensível
• Calibrador c/ pressão constante de 10g / mm3. Medida em
mm

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PREGAS CUTÂNEAS
 DESVANTAGENS
 Grande margem de erro

 Usar sempre mesma técnica

 Precisão do avaliador

 Medir sempre no mesmo local

 Paciente sempre na mesma posição

 Pinçar por 2-4 segundos

 Menos precisa em grandes obesos

 Não consistente em situação de edema

 Medida alterada pela idade, sexo, raça

 Baseada em indivíduos sadios

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PREGAS CUTÂNEAS
 Técnica:

• Não fazer medidas após atividade física


• A pele deve estar seca ( s/ cremes, loções...)
• Identificar e marcar o local a ser medido
• Segurar a prega formada pela pele e pelo tecido adiposo
com os dedos polegar e indicador da mão esquerda a 1 cm
do ponto marcado
• Pinçar a prega com o calibrador exatamente no local
marcado
• Manter a prega entre os dedos até o termino da aferição
• A leitura deverá ser realizada no milímetro mais próximo em
cerda de 2 a 3 segundos
• Utilizar a média de 3 medidas

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Prega Cutânea Tricipital (PCT)

 Mais utilizada
 Medida sobre o tríceps
 Usar braço do hemicorpo direito
 Braço deve formar um ângulo de 90º
 Localiza o ponto médio entre o processo acromial
da escápula e o olécrano da ulna, marcar com uma
caneta.
 Braço deve estar relaxado ao longo do corpo.
 Usando o dedo indicador e o polegar, separar uma
dobra de pele do músculo a 1 cm do ponto médio.

Prega Cutânea Tricipital (PCT) 62

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Prega Cutânea Tricipital (PCT)
 Sua medida isolada é comparada ao padrão de referência
de Frisancho, 1990.
 Classificação do EN é feita por Blackburn, G. L. & Thornton, P.
A., 1979.

Adequação da PCT (%) = PCT obtida (mm) x 100


PCT Percentil 50

Desnutrição Desnutrição Desnutrição Eutrofia Sobrepeso Obesidade


Grave Moderada Leve
CB < 70 % 70 a 80 % 80 a 90 % 90 a 110 % 110 a 120 % > 120 %

Blackburn, G. L. & Thornton, P. A., 1979

Prega Cutânea Bicipital (PCB) 64

Técnicas de medição das


principais pregas cutâneas

Bicipital: com a palma da mão


voltada fora, marcar a medida 1
cm acima do local marcado para
a prega bicipital. Segurar a
prega verticalmente e aplicar o
calibrador no local marcado.

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 Bicipital

SUBSCAPULAR 66

Técnicas de medição das principais pregas cutâneas

Subescapular: marcar o local logo abaixo do ângulo inferior da escápula. A


pele é levantada 1cm abaixo do ângulo inferior da escápula, de tal forma
que se possa observar um ângulo de 45° entre esta e a coluna vertebral. O
calibrador deverá ser aplicado estando o indivíduo com os braços e ombros
relaxados.

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Pregas ou dobras cutâneas

 Subescapular:

SUPRAILÍACA 68

Técnicas de medição das


principais pregas cutâneas

Suprailíaca: a prega deverá ser


formada na linha média axilar, com
o dedo indicador logo acima da
crista ilíaca, na posição diagonal,
ou seja, seguindo a linha de
clivagem natural da pele no lado
direito do indivíduo.

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OUTRAS PREGAS CUTÂNEAS
Prega Cutânea Abdominal ( PCAbd )
 Medida aproximadamente a 3 cm ao lado do
umbigo
 Fazer medida c/ adipômetro na horizontal

Prega Cutânea da Coxa ( PCcoxa )


 Localizar o ponto médio entre a dobra inguinal e a
borda proximal da patela.
 Fazer a medida c/ o adipômetro na horizontal.

Prega Cutânea Torácica ( PCTc )


 Medida entre a dobra do ângulo anterior da axila e
o mamilo.
 Localizar o ponto médio
 Fazer a medida c/ o adipômetro na diagonal.

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AVALIAÇÃO 71

 Cálculo da estimativa de gordura corporal


Somatória das 4 pregas (PCT, PCB, PCSi e PCSe)
Ou (xérox)
Homem
% gord = [0.43 x PCT (mm)] + [0.58 x PCSe (mm)] + 1.47

Mulher
% gord = [0.55 x PCT (mm) ] + [ 0.31 x PCSe (mm)] + 6.13

(Estimativa p/ 17 a 26 anos) - Katch, 1975

AVALIAÇÃO 72

 Cálculo da estimativa de gordura corporal


Somatória das 4 pregas (PCT, PCB, PCSi e PCSe)

Densidade Corpórea (DC) = (A – B) x log  4 pregas


A e B são coeficientes elaborados de acordo com a idade e o gênero para o cálculo da DC

Durnin e Womersley, 1974

FÓRMULA DE SIRI (1961):


Gordura Corpórea (%) = 4,95 – 4,50 x 100
DC

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Indicadores de distribuição de gordura
corpórea

 Pregas cutâneas (bicipital, tricipital, subescapular e supra-ilíaca).

 Relação cintura-quadril (RCQ)

 Circunferência de cintura (CC) e circunferência de quadril (CQ)

 Bioimpedância

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Indicadores de distribuição de gordura
corpórea
 Bioimpedância elétrica

 Baseia-se em um princípio elétrico, isto é, na passagem de uma corrente elétrica de


baixa intensidade e freqüência fixa pelo corpo do indivíduo, determinando-se a
resistência (impedância) oferecida pelos diversos tecidos do organismo.

 Método muito sensível às variações do estado hídrico do paciente avaliado

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Indicadores de distribuição de gordura
corpórea

 Outros métodos de referência: hidrodensiometria, tomografia computadorizada,


a ressonância magnética, etc.

 Limitações:

 Custo elevado;
 Requerem alta tecnologia;
 Local apropriado;
 Avaliadores especializados;
 Algumas técnicas invasivas.

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RESUMINDO.... 77

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A antropometria não deve ser


entendida como uma simples ação de
pesar e medir, mas, sobretudo, como
uma atitude de vigilância.
Isso significa ter um olhar atento para
o estado nutricional, permitindo uma
ação precoce, quando constatada
alguma alteração.
Não se pode esquecer de que essas
medidas irão subsidiar ações voltadas
para a promoção e assistência à saúde
tanto individual quanto coletivamente.

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Referências bibliográficas

 Assis, F; Vasconcelos G. Avaliação nutricional de coletividades. 4 ed.


Florianópolis: Ed. da UFSC, 2008.

 Yabuta CY, Vieira LP, Ferreira MFS. Avaliação do estado nutricional e


necessidades energéticas e proteicas. In: Manual de Dietoterapia e Avaliação
Nutricional. 2ª edição. São Paulo: Editora Atheneu, 2009.

 Kamikura, MA; Baxmann, A; Sampaio, LR; Cuppari, L. Avaliação Nutricional. In:


Guia de nutrição: nutrição Clínica no Adulto. 2ª ed. Barueri, SP: Manole, 2005.

 Mahan LK, Stump SE. Krause: Alimentos, nutrição e dietoterapia. 10ª edição.
São Paulo: Roca, 2002.

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