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ARTIGO DOI: http://dx.doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v8n3p12-14

Horta Escolar: o papel do ensino da biologia na conscientização alimentar para alunos


especiais em Porto Velho, Rondônia
1
Cristina Freitas dos Santos
1
Fernanda Almeida de Oliveira
1
Felipe Sant' Anna Cavalcante
2
Álvaro Amaral
3*
Renato Abreu Lima
1. Centro Universitário São Lucas, Brasil.
2. Prefeitura Municipal de Porto Velho, Brasil.
3. Universidade Federal de Rondônia, Brasil.
*Autor para correspondência: renatoabreu07@hotmail.com

Atualmente, a escola é considerada uma instituição que se destaca por ser favorável à transformação social, realizada através
RESUMO

da inclusão e de oportunidades educativas. A horta na escola é muito interessante para uma alimentação saudável e permite
também que os alunos possam utilizá-la como um laboratório vivo para diferentes exercícios didáticos. Nesse sentido, este
trabalho teve como objetivo mostrar a importância da horta na escola e despertar o interesse dos alunos pela Botânica.
Primeiramente foi feita uma visita para verificar o local e em seguida foram montados os canteiros com garrafas pets e
colocada a compostagem para o plantio de folhas, frutos, ervas e bulbos. Com os canteiros prontos e organizados, deu-se
início ao plantio das sementes de alface (Lactuca sativa L.), alho (Allium sativum L.) cebolinha (Allium fistulosum L.), coentro
(Coriandrum sativum L.), salsa (Petroselinum crispum L.), e mudas de couve (Brassica oleracea L.), pimentão (Capsicum
annum L.) e tomate (Solanum lycopersicum L.). Além disso, os alunos fizeram acompanhamento diário desde o crescimento
até a colheita e assim os professores trabalharam com eles a importância de uma alimentação saudável. Os resultados foram
suficientes para melhorar a alimentação dos alunos, pois as merendeiras relataram que não há tanto desperdício de
alimentos como era antes da implantação da horta escolar. Ademais, o contato com o meio ambiente fez que os alunos
pudessem ver as consequências das ações humanas e aprendessem a ter uma postura ecologicamente correta. Conclui-se
que o ambiente escolar depende muito da participação de todos em atividades que envolvam alunos, professores,
funcionários e comunidade escolar.

Palavras-chave: horta, garrafas pets, compostagem, alimentação escolar.

School Garden: the role of teaching of biology in food awareness for special students
in Porto Velho, Rondônia
Currently the school is considered an institution that stands out for being favorable to social transformation, accomplished
ABSTRACT

through inclusion and educational opportunities. The garden at school is very interesting for a healthy diet and also allows
students can use it as a living laboratory for different educational exercises. In this sense, this work aimed to show the
importance of horta in school and students ' interest in Botany. Was first made a visit to verify the location and then shipped
the flowerbeds with pets and bottles placed on composting to plant leaves, fruits, herbs and bulbs. With the flower beds
ready and organized, the planting of seeds of lettuce (Lactuca sativa L.), chives (Allium sativum L.), garlic (Allium fistulosum L.),
coriander (Coriandrum sativum L.), planting (Petroselinum crispum L.), in the seedlings of cabbage (Brassica oleracea L.), were
chilli (Capsicum annum L.) and tomato (Solanum lycopersicum L.). In addition, students did daily tracking since the growth
until the harvest, and so the teachers worked with them the importance of healthy eating. The results were enough to
improve the power of the students, as the school reported that there's as much food waste as it was before the establishment
of the school garden. Furthermore, the contact with the environment made the students could see the consequences of
human actions and learn to have an ecologically correct posture. Concluded that the school environment depends largely on
the participation in activities involving students, teachers, staff and school community.

Keywords: garden; bottles; pets; composting; school feeding.

Introdução inclusã o algo efetivo e com bons resultados. Alé m disso, é preciso
O processo educacional está intimamente relacionado com o ultrapassar outras barreiras que envolvem a sociedade numa teia:
exercıćio da cidadania no desenvolvimento da sociedade, bus- o preconceito e a discriminaçã o, resultado da falta de informaçã o
cando assim uma solidariedade com valores sociais e econô micos. e solidariedade com os seres humanos que nela estã o inseridos
Para as pessoas com necessidades especiais, a educaçã o é o passo (ESPINDOLA, 2009). Diante disso, se fazem necessá rias novas
inicial para a inclusã o social, em busca de autonomia e melhoria ferramentas no ato de ensino-aprendizagem.
da autoestima. E uma das formas de ensinar, é a Educaçã o Ambiental, onde é
Atualmente, a escola é considerada uma instituiçã o que se possıv́el fazer pela açã o direta do professor na sala de aula, pois o
destaca por ser favorá vel à transformaçã o social, realizada atravé s educador é um elemento fundamental no processo de sensibili-
da inclusã o e de oportunidades educativas, e por promover am- zaçã o da sociedade dos problemas ambientais, porque esta pode
plas discussõ es na busca de oferecer oportunidades de mudanças, buscar em seus alunos, há bitos e atitudes sadias de conservaçã o
de modo a atender de fato à s necessidades educativas especiais, ambiental e respeitando a natureza (SANTOS 2007).
favorecendo aos pró prios deficientes a sua inserçã o na sociedade, A educaçã o ambiental precisa ser entendida como um impor-
em todos os aspectos, sejam eles econô micos, sociais ou educaci- tante aliado no currıćulo escolar visando à busca de um conheci-
onais, propiciando assim a inclusã o (ZOLIN, 2012). mento integrado que supere a fragmentaçã o tendo em vista o
A Educaçã o Especial no Brasil tem sido vista como um desafio conhecimento que melhor qualifique a emancipaçã o da sociedade
para a nova geraçã o de profissionais da educaçã o, assim como pa- (VALDAMERI, 2004).
ra os profissionais que já atuam na á rea, que pretendem tornar a Com isso, a horta inserida no ambiente escolar pode ser um

Biota Amazônia ISSN 2179-5746 Macapá, v. 8, n. 3, p. 12-14, 2018


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laborató rio vivo que possibilita o desenvolvimento de diversas ati- lhar a horta nos horá rio de 08:00 horas da manhã e 16:00 horas
vidades pedagó gicas em educaçã o ambiental e alimentar unindo com a presença da professora. Todas as atividades, desde o plan- 13
teoria e prá tica de forma contextualizada, auxiliando assim no tio, tratos culturais, irrigaçã o até a colheita era realizado pelos

SANTOS, C. F. et al.
alunos especiais em Porto Velho, Rondônia
Horta Escolar: o papel do ensino da biologia na conscientização alimentar para
processo de ensino-aprendizagem e estreitando relaçõ es por me- alunos com o auxıĺio da professora que esteve acompanhando
io da promoçã o do trabalho coletivo (MORGADO, 2006). esse trabalho desde o inıćio. A produçã o foi feita de acordo com a
O ensino de biologia está passando por diversas transforma- necessidade da escola.
çõ es motivadas pelo uso de tecnologias e com temas polê micos Alé m disso, foram trabalhadas por meio de palestras noçõ es
em que leva os docentes a procurar uma educaçã o continuada de sustentabilidade, trabalho em equipe, responsabilidades ambi-
para aprender e um novo modo de aprender a fazer, melhorando entais e outros aspectos ligados aos desenvolvimentos dos alunos,
assim sua qualidade de didá tica e formar alunos cidadã os confor- professores e comunidade escolar para que assim houvesse uma
me a polıt́ica educacional do nosso tempo (FONSECA et al., 2014). colaboraçã o dinâ mica das açõ es propostas (VEIGA, 2004; BORBA;
Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo fazer um VARGAS; WIZNIEWSKY, 2013).
relato de experiê ncia com alunos especiais por meio de atividades Ao final da construçã o da horta, foi solicitada aos alunos uma
prá ticas e interdisciplinares de forma organizacional e transversal resenha para verificar o que eles tinham aprendido sobre o conteú -
nas atividades pedagó gicas, criando assim um ambiente de contato do. Sempre estimulando o aluno a investigar, indagar e posicionar-
com a natureza e desenvolvendo assim uma alimentaçã o saudá vel. se criticamente, propiciando uma maior compreensã o do conteú -
do trabalhado ao longo da obra, contribuindo significativamente
Metodologia na construçã o do conhecimento cientıf́ico.
As resenhas obtidas neste estudo foram analisadas por meio
Local de estudo e público-alvo da aná lise de discurso. Na aná lise de discurso nã o se faz juıźo de
A Escola Professor Abnael Machado de Lima (CENE) localiza- valores, portanto, nã o se pretendeu dizer o que é certo, mas
da no municıp ́ io de Porto Velho-RO foi criada no ano de 2012 com perceber o que nã o se manifesta no texto e relacionar ao contexto
o intuito de atender alunos com deficiê ncias nas á reas auditiva, só cio histó rico. Pois produzir aná lise de discurso resulta em uma
visual, intelectual, fıśica, mú ltipla, encefalopatia crô nica nã o evo- mudança de visã o para quem a faz, pois este passa a indagar-se
luıd
́ a e transtorno global do desenvolvimento (TGD). tanto a respeito de suas suposiçõ es particulares como sobre a
Atualmente, a escola atende 93 alunos matriculados do 2º ano maneira em que regularmente dá algum sentido a algo (GILL,
até o 6º ano do ensino fundamental e 103 alunos externos matricu- 2002).
lados nas oficinas de pintura e reciclagem. Poré m, só foi possıv́el a
participaçã o neste estudo de 43 alunos matriculados no ensino Resultados e Discussão
regular, com deficiê ncias auditiva e fıśica. Percebeu-se durante a aplicaçã o das atividades que os alunos
Primeiramente um documento referente à autorizaçã o da se mostraram mais motivados à prá tica, nas quais foi possıv́el fazer
aplicaçã o da pesquisa foi encaminhado para a direçã o da escola. e demonstrar, como reciclar lixo orgâ nico e resıd́ uos prejudiciais ao
Apó s aprovado, o projeto foi apresentado ao gestor e a professora ambiente. A partir da atividade també m houve um acré scimo nas
de Ciê ncias da escola e na oportunidade foi apresentado o Termo atividades pedagó gicas fora da sala de aula, sem contar no esforço
de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE) para os responsá veis que os alunos tiveram com a horta, pois sã o eles os responsá veis
dos alunos onde os mesmos leram e tomaram ciê ncia. pela rega e coleta dos alimentos.
A metodologia aplicada neste estudo buscou fornecer os Com a realizaçã o da horta os alunos tiveram novos aprendi-
instrumentos necessá rios para uma pesquisa de campo em uma zados, que levaram eles a superaçõ es, a saber, de onde vê m as
abordagem quanti e qualitativa explorató rio. A mesma se funda- hortaliças, e por meio da horta os alunos tiveram o contato desde
menta nesse tipo de abordagem, pois levam em consideraçã o as o preparo da terra até a colheita. Faz se necessá rio criar ambientes
suposiçõ es de problemá ticas de grupos sociais, nã o só com nú me- onde os alunos possam ter novas experiê ncias.
ros quantificá veis e sim com fenô menos produzidos pela açã o Muito mais que a simples causa do meio ambiente, a Educa-
humana e a partir de fenô menos e as reflexõ es sobre a realidade çã o Ambiental voltada para a sustentabilidade analisa um amplo
estudada. conjunto de fatores levando em consideraçã o també m os
Nesse sentido, Lakatos; Marconi (2010) explica que a aborda- indivıd ́ uos afetados pelas atividades e as ameaças a comunidades
gem quanti e qualitativa se tratam de uma pesquisa que tem como sujeitas à s consequê ncias danosas das prá ticas que nã o sã o sus-
premissa, analisar e interpretar aspectos mais profundos, descre- tentá veis, tanto para o meio ambiente quanto para o ser humano
vendo a complexidade do comportamento humano e ainda forne- (ROOS; BECKER, 2012).
cendo aná lises mais detalhadas sobre as investigaçõ es, atitudes e Assim, a horta escolar é um elemento capaz de desenvolver
tendê ncias do comportamento humano. temas envolvendo educaçã o ambiental e consequentemente a sus-
tentabilidade, pois alé m de relacionar conceitos teó ricos e prá ticos
Construção da horta auxiliando o processo de ensino e aprendizagem, ela se constitui
A construçã o da horta foi realizada em trê s momentos. No como uma estraté gia capaz de auxiliar no desenvolvimento dos
primeiro momento foi feita a visita na escola para observar o local conteú dos de forma interdisciplinar, distribuıd ́ os em assuntos
onde seria feita a horta, no entanto o local precisava de uma lim- trabalhados por temas transversais (SERRANO, 2003).
peza, logo foi realizado o processo de limpeza do local, e utilizado A compostagem é um processo de valorizaçã o da maté ria or-
as garrafas pets como canteiro. No mesmo dia foi feito o preparo gâ nica que consiste no reaproveitamento dos resıd ́ uos orgâ nicos,
da terra com: calcá rio, terra preta, terra adubada, palha do café e a partir da atividade de microrganismos que na presença de
açaı ́curtido. O modo de preparo foi: colocou-se primeiramente a oxigê nio (processo aeró bio), originam uma substâ ncia designado
terra preta peneirada, meio saco de palha de café , meio saco de composto ou adubo orgâ nico (COSTA; SILVA, 2011; RODRIGUES,
terra curtida, meio saco de açaı ́ e 2 kg de calcá rio, misturando 2015). O composto que se obté m pode ser utilizado como adubo,
todos os ateriais até sua completa homogeneizaçã o. pois melhora substancialmente a estrutura do solo. Alé m disso, o
No segundo momento foi dada a continuidade colocando as composto possui fungicidas naturais e organismos bené ficos que
garrafas pets para completar o canteiro, em seguida foi colocada ajudam a eliminar os organismos patogê nicos que perturbam o
terra preparada para deixar o canteiro pronto para que os alunos solo e as plantas (RODRIGUES, 2015).
pudessem fazer o plantio das sementes e mudas de hortaliças. No Santos (2007) cita que a autoavaliaçã o envolve a açã o como
terceiro momento foram terminados os canteiros e nesse mesmo instrumento motivador do processo ensino-aprendizagem, de
dia os alunos fizeram o plantio das sementes e mudas. Como sensibilizaçã o socioambiental e de conscientizaçã o à s mudanças
semente foi utilizado salsa (Petroselinum crispum L.), coentro de há bitos alimentares. Diante disso, neste estudo percebeu-se que
(Coriandrum sativum L.), alface (Lactuca sativa L.), cebolinha os alunos notaram, por meio do relato das resenhas, a importâ ncia
(Allium fistulosum L.), alho (Allium sativum L.) e mudas foram do uso das hortaliças como alimento saudá vel e modificaram o
pimentã o (Capsicum annum L.), couve (Brassica oleracea L.) e há bito alimentar, usufruindo das hortaliças na pró pria merenda
tomate (Solanum lycopersicum L.). escolar.
Realizado essa etapa, os alunos ficaram responsá veis em mo- Trabalhar com crianças especiais, com a utilizaçã o de novos

Biota Amazônia ISSN 2179-5746


mé todos de ensino faz com que eles saiam desse ambiente de que a merenda escolar, sendo apenas para minimizar os gastos e fazer
é somente sala de aula, para um ambiente fora da sala, e veja na com que os alunos tenham uma alimentaçã o saudá vel. 14
prá tica como reaproveitar os alimentos, fazer a reciclagem de Com este trabalho, os alunos passaram a ter conhecimento dos

SANTOS, C. F. et al.
alunos especiais em Porto Velho, Rondônia
Horta Escolar: o papel do ensino da biologia na conscientização alimentar para
maneira correta, por isso é muito importante que os alunos impactos que a inadequada disposiçã o do lixo provoca ao meio
tenham esse contato com ambientes diferenciados do seu dia a ambiente, alé m de entenderem a importâ ncia em proporcionar
dia (KHATER; SOUZA, 2018). açõ es viá veis que colaborem para minimizar os impactos ambien-
Com este trabalho, os alunos passaram a ter consciê ncia dos tais e garantir uma qualidade de vida melhor. Vale resaltar que
impactos que a indevida disposiçã o do lixo acarreta ao meio am- outras atividades prá ticas podem ser desenvolvidas em beneficio
biente, alé m de compreenderem a importâ ncia da reciclagem em da conservaçã o do meio ambiente, alem de ser um laborató rio a
promover açõ es viá veis que contribuam para minimizar os impac- cé u aberto e deve ser aproveitado por todas as disciplinas.
tos ambientais e possibilitam uma qualidade de vida.
Para Buratto et al. (2011) ao trabalhar a construçã o de hortas Agradecimentos
utilizando garrafas PET para a promoçã o da educaçã o ambiental Ao Professor Abnael Machado De Lima (CENE) por ter apoiado
com alunos do ensino fundamental em Pato Branco no Paraná , o projeto sem medir esforços, o apoio dos professores que foram
verificou impactos positivos na formaçã o dos alunos tanto no se- essenciais, funcioná rios da escola e os alunos pelo empenho.
tor ambiental quando educacional com a reutilizaçã o de materiais
reciclá veis reduzindo assim a degradaçã o do meio ambiente, Referências Bibliográficas
promovendo assim uma sociedade consciente em face de um BORBA, S. N. S.; VARGAS, D. L.; WIZNIEWSKY, J. G. Promovendo a educaçã o
desenvolvimento sustentá vel. ambiental e sustentabilidade atravé s da prá tica da agricultura de base
ecoló gica. Revista Eletrônica do Curso de Direito, v. 1, n. 1, p.631-
E muito interessante trabalhar com crianças especiais temas
639, 2013.
ligados à educaçã o ambiental voltada para a sustentabilidade, pois BRASIL. Polıt́ica Nacional do Meio Ambiente. Lei Federal n.° 6.938/81.
todos devem saber a importâ ncia do lixo, e como reciclar de Ministé rio do Meio Ambiente. Brasıĺia, 31 de agosto de 1981.
maneira correta, que nã o traga danos ao ambiente, pois todos BURATTO, A. P.; DALPASQUALE, M.; LOPES, A. C.; CORTOLI, C.; FERREIRA,
dependerã o do mesmo. E uma das formas de levar a Educaçã o E. S. Horta em garrafas pet: uma alternativa para a educaçã o ambien-
Ambiental para alé m das escolas é por meio da açã o do professor tal e sustentabilidade. Synergismus scyentifica, v. 6, n. 1, p. 1-6, 2011.
na sala de aula, pois o educador é uma peça chave no processo de COSTA, A. P.; SILVA, W. C. M. A compostagem como recurso metodoló gico
para o ensino de Ciê ncias Naturais e Geografia no Ensino Fundamen-
sensibilizaçã o da sociedade dos problemas ambientais, onde este
tal. Centro Científico Conhecer, v. 7, n. 12, p. 1-12, 2011.
pode buscar desenvolver há bitos e atitudes sadias de conservaçã o ESPINDOLA, Y. X. Educaçã o especial: desafios em busca da inclusã o.
ambiental. Revista Espaço Acadêmico, v. 100, n. 9, p. 57-61, 2009.
Alé m disso, o professor utilizando diferentes fontes de FILHO, R. B. S.; BABOSA, E. S. C. Educaçã o especial: da prá tica pedagó gica à
informaçã o renova sua metodologia de ensino, buscando novos perspectiva da inclusã o. Educação por escrito, v. 6, n. 2, p.353-368,
saberes, propiciando oportunidades de construçã o e conhecimen- 2015.
tos por parte de seus alunos, a importâ ncia do uso da tecnologia e FONSECA, S. A. R. S.; SHITSUKA, R.; RISEMBERG, R. I. C. S.; SHITSUKA, D. M..
as mudanças que ocorrem ajudarã o a ambos se interagirem Biologia no Ensino Mé dio: Os saberes e o fazer pedagó gico com uso de
recursos tecnoló gicos. Biota Amazônia, v. 4, n. 1, p. 119-125, 2014.
melhor tornando assim o professor um mediador e o aluno um
GILL, R. Aná lise do discurso. In: BAUER, M. W.; GASKELL, G. Pesquisa
cidadã o consciente para inserir na sociedade vigente (FONSECA qualitativa com texto, imagem e som: um manual prá tico. 2.ed. Petró -
et al., 2014). polis: Vozes, 2002. p.244-270.
Aliado a isto, percebe-se que há necessidade da redefiniçã o KATHER, E.; SOUZA, K. C. S. DIVERSIDADE X INCLUSAO: Conceito, teoria e
dos modelos das prá ticas pedagó gicas, a formaçã o continuada e o prá tica na educaçã o infantil. Revista Educação em Foco, n. 10, p. 29-
trabalho colaborativo, para que estes fatores possam contribuir 38, 2018.
para a qualidade educacional desses alunos, fazendo com que eles LAKATOS, E.; MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia científica.
7.ed. Sã o Paulo: Atlas, 2010. 295p.
tenham acesso ao currıćulo escolar de forma igualitá ria (FILHO;
MORGADO, F. S. A horta escolar na educação ambiental e alimentar:
BABOSA, 2015). experiência do Projeto Horta Viva nas escolas municipais de
A escola por ser um lugar que possibilita partilhar experiê n- Florianópolis. 2006. 45 f. Centro de Ciê ncias Agrá rias. Universidade
cias e que se encontra em constante movimento, precisa mudar Federal de Santa Catarina, Florianó polis, 2006.
com urgê ncia e enfrentar o desafio da inclusã o escolar e de colocar NAU, A.S.; MONTANARI, K.R.; ROSA, L.R.; ASSUNÇAO, S.M.; ZAHER, S.
em açã o os meios pelos quais ela verdadeiramente se concretiza. Educaçã o Ambiental para deficientes visuais atravé s de percepçõ es
Ensinar nã o é submeter o aluno a um conhecimento pronto, mas sensoriais com elementos vegetais. Anais... Congresso Brasileiro de
com liberdade e determinaçã o, ampliar significados na medida de Geó grafos, 7, Vitó ria, 2014.
RODRIGUES, F. 2015. Compostagem doméstica – Guia prático.
seus interesses e capacidades, valorizando todo o seu esforço para
Associaçã o de Proteçã o Ambiental do Sado. Disponıv́el em: http://
aprender. Pois, pensar em educaçã o e inclusã o torna-se indispen- www.geota.pt/xFiles/scContentDeployer_pt/docs/articleFile140.pdf
sá vel quando a sociedade e a escola buscam meios de garantir a ROOS, A.; BECKER, E. L. S. Educaçã o Ambiente e Sustentabilidade. Revista
todos o cumprimento dos seus direitos e deveres garantido em Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental, v. 5, n. 5,
Lei, dentre estes, educaçã o de qualidade, buscando atender a alu- p. 857-866, 2012.
nos com necessidades educacionais especiais (NAU et al., 2014). SANTOS, E. T. A. Educação ambiental na escola: conscientizaçã o da
Dessa forma, a educaçã o ambiental vem se consolidando de necessidade de proteçã o da camada de ozô nio. 2007. 53 f. Monografia
forma multi e interdisciplinar. A legislaçã o ambiental brasileira re- (Especializaçã o em Educaçã o Ambiental). Pó s-graduaçã o em Educa-
çã o Ambiental, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria
força a importâ ncia do uso da educaçã o ambiental como meio de
2007.
se alcançar o desenvolvimento sustentá vel. Por exemplo, a lei fede- SERRANO, C. M. L. Educação ambiental e consumerismo em unidades
ral n.° 6.938/81 (Polıt́ica Nacional do Meio Ambiente) determina de Ensino Fundamental de Viçosa-MG. 2003. 91 f. Tese
que no Brasil seja oferecida uma "educaçã o ambiental a todos os (Doutorado em Magister Scientiae) Programa de Pó s-Graduaçã o em
nıv́eis do ensino, inclusive a educaçã o da comunidade, objetivando Ciê ncia Florestal, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2003.
capacitá -la para participaçã o ativa na defesa do meio ambiente" VALDAMERI, A. J. Educação ambiental: um estudo de caso em escolas
(BRASIL, 1981). municipais. 2004. 84 f. Dissertaçã o (Mestrado em Engenharia de Pro-
duçã o Gestã o da Qualidade Ambiental). Programa de Pó s-graduaçã o
em Engenharia de Produçã o, Universidade Federal de Santa Catarina,
Conclusão
Florianó polis, 2004.
Conclui-se que as açõ es educativas colaboram na conservaçã o VEIGA, J. E. Desenvolvimento Sustentá vel – desafio do sé culo XXI.
das aulas prá ticas no ambiente escolar, assim mostrando claramen- Ambiente e Sociedade, v.7, n.2, p.214-215, 2004.
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a horta trouxe benefıćios para o solo, ar, e a saú de dos alunos. As Monografia (Especializaçã o em Educaçã o: Mé todos e Té cnicas de En-
hortaliças cultivadas na horta ainda nã o sã o suficientes para suprir sino). Universidade Tecnoló gica Federal do Paraná , Medianeira, 2012.

Biota Amazônia ISSN 2179-5746

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