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CURSO DE
PROPAGANDISTA FARMACÊUTICO
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
PROPAGANDISTA FARMACÊUTICO
MÓDULO I
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
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do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
MÓDULO I
1 PUBLICIDADE E PROPAGANDA
1.1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA
1.2 PRESSUPOSTOS CENTRAIS DE MARKETING: NECESSIDADES, DESEJOS E
DEMANDAS
1.2.1 Necessidades
1.2.2 Desejos
1.2.3 Demandas
1.2.4 Marketing Mix: os 4 P's
1.2.4.1 O produto
1.2.4.2 O Preço
1.2.4.3 A Praça
1.2.4.4 A Promoção
1.3 HISTÓRIA DA PROPAGANDA DE MEDICAMENTOS NO BRASIL
1.4 MERCADO FARMACÊUTICO BRASILEIRO
1.4.1 Mercado atual
1.4.2 Mercado potencial
MÓDULO II
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2.1.7 Sistema reprodutor
2.2 FUNDAMENTOS DE FARMACOLOGIA
2.2.1 Processos farmacocinéticos
2.2.2 Farmacodinâmica
2.3 PRINCIPAIS CLASSES TERAPÊUTICAS DE MEDICAMENTOS
2.3.1 Analgésicos
2.3.2 Antitérmicos
2.3.3 Anti-inflamatórios
2.3.4 Antialérgicos
2.3.5 Antiulcerosos
2.3.6 Antiespasmódicos
2.3.7 Descongestionantes nasais e broncodilatadores
2.3.8 Antibióticos
2.3.9 Antidiabéticos orais
2.3.10 Anti-hipertensivos
2.4 USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS
MÓDULO III
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MÓDULO IV
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MÓDULO I
1 PUBLICIDADE E PROPAGANDA
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1.1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA
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Para darmos um exemplo prático:
FIGURA 1: PUBLICIDADE
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FIGURA 2: PROPAGANDA
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Divulgação da marca ou empresa para torná-la ainda mais conhecida
dos consumidores que já a conhecem ou então fazê-los conhecê-la;
Promoção da marca ou empresa, visando aumentar sua presença
entre os consumidores ou ressaltando seus aspectos mais
competitivos em relação ao que está disponível no mercado, ou seja, o
que é oferecido pela concorrência;
Criação do mercado para a marca ou empresa;
Expansão do mercado conquistado por meio da conquista de mais
consumidores;
Correção do mercado, quando a imagem da marca ou empresa não
estiver sendo percebida de maneira adequada pelos consumidores ou
quando esses não estiverem corretamente informados sobre as
características e vantagens do produto ou serviço do anunciante;
Educação do mercado, quando a empresa ou a marca deseja criar no
consumidor um hábito ou uma atitude;
Consolidação do mercado, quando o objetivo for reafirmar as
qualidades da marca ou empresa;
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Podemos ainda dizer que Marketing é a arte de planejar o antes, o durante e
o depois do processo de vendas, enquanto a propaganda é uma forma de estimular
o cliente a fazer uma compra.
Em poucas palavras: A propaganda é uma parte do marketing.
O propagandista farmacêutico é um profissional inserido na promoção das
vendas dos medicamentos e de outros produtos ou serviços da indústria
farmacêutica, faz propaganda e por isso faz parte das estratégias de marketing para
a empresa a qual trabalha. Já falando das estratégias de marketing de uma
empresa, a avaliação das necessidades, desejos e demandas de um mercado são
conceitos fundamentais. A seguir, vamos às definições desses elementos que
compõem a estrutura conceitual do marketing.
1.2.1 Necessidades
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Essa figura representa o “modelo da pirâmide das necessidades” proposto
pelo psicólogo Abraham Maslow. Nesse modelo as necessidades humanas estão
hierarquizadas, ou seja: as mais básicas se encontram na base da pirâmide, e as
mais sofisticadas no topo.
Esse modelo foi proposto na metade do século passado e inicialmente era
aplicado somente a ciências humanas como a psicologia.
O modelo das necessidades humanas de Maslow atualmente é também
utilizado no marketing, uma vez que o marketing objetiva oferecer alternativas para a
satisfação das necessidades humanas.
Em resumo, necessidade é um estado de privação do indivíduo.
De acordo com a pirâmide de Maslow, facilmente aplicada ao nosso dia a
dia, as necessidades tanto podem ser físicas, básicas, sociais e individuais de
conhecimento e autorrealização (MOTA, 2011).
Ou ainda de acordo com Kotler (2000), podemos conceituar que as
necessidades descrevem exigências humanas básicas, as pessoas precisam de
comida, ar, água, roupa e abrigo para poder sobreviver. Elas também têm uma
necessidade muito grande de recreação, educação e entretenimento.
É muito interessante, como algumas vezes um novo produto lançado no
mercado, orientado por estratégias de Marketing, se relaciona de alguma maneira à
descoberta de uma necessidade do consumidor, detectada em algum processo de
pesquisa. Por exemplo: Um palm-topcomputer.
FIGURA 4: PALM-TOPCOMPUTER
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Atualmente, é fácil perceber que o uso de aparelhos eletrônicos, como um
palm-top é indispensável no trabalho do propagandista. Mesmo sento relativamente
novo no mercado, após seu lançamento, pelo menos para alguns profissionais, esse
aparelho tornou-se uma necessidade.
Um bom exemplo de como o marketing se orienta pelas necessidades são
as pesquisas para o desenvolvimento de novos medicamentos, as quais só ocorrem
quando há a necessidade de se obter um novo medicamento para tratar uma
doença.
1.2.2 Desejos
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FIGURA 5: PROPAGANDA DE COSMÉTICOS
1.2.3 Demandas
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Assim para se otimizar a produção e evitar despesas com recursos
desnecessários, os fabricantes estão investindo cada vez mais tempo e recursos
para monitorar de forma mais rápida e assertiva os números de sua demanda.
Em poucas palavras, de acordo com Tavares, demanda representa a
quantidade de um bem ou serviço, por exemplo, um medicamento, que os
consumidores desejam e podem adquirir.
1. Produto.
2. Preço;
3. Ponto de Distribuição;
4. Promoção.
FIGURA 6: OS QUATRO Ps
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Os 4Ps devem estar em constante equilíbrio, pois a ausência ou excesso de
atenção de um, prejudica o sucesso do marketing de uma empresa (FREIRE, 2012).
1.2.4.1 O produto
1.2.4.2 O Preço
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1.2.4.3 A Praça
1.2.4.4 A Promoção
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O registro do primeiro anúncio de medicamento foi em 1882 no jornal
Corsário e anunciava a pomada boro-borácica, que inclusive é considerado o
primeiro produto industrializado do Brasil.
Um anúncio muito famoso era o do Xarope São João, de 1900, veiculado na
“Revista da Semana” no Rio de Janeiro, utilizava-se da imagem de um homem,
como se estivesse amordaçado, significando a ameaça da tosse, bronquite e
rouquidão. Neste contexto, o xarope era o grande salvador. Observe o anúncio:
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FIGURA 8: ANÚNCIO COM MULTIFUNCIONALIDADE DO PRODUTO
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FIGURA 9: ANÚNCIO COM TESTEMUNHAL
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Segundo Temporão (1986), o tipo de mensagem publicitária utilizada antes
da década de 30 era informativa e escrita com uma linguagem formal e conotativa,
destacando especialmente a marca e utilizando sempre uma ilustração com certo
exagero para transmitir as propriedades de cura do medicamento.
Vale destacar que nessa época os redatores publicitários não tinham uma
formação especializada na linguagem publicitária ou comercial, na realidade eram
escritores literários ou poetas brasileiros.
Dessa maneira, o tom exagerado e poético das propagandas pertencia na
verdade aos redatores da época, entre os quais: Casemiro de Abreu, Lopes Trovão,
Emílio de Meneses, Basílio Viana, Olavo Bilac e Orígenes Lessa.
Por volta de 1930, com o surgimento do rádio, a propaganda de
medicamentos modificou-se e com esta nova forma de comunicação os anúncios
passaram a ter uma característica mais moderna. Dado que a utilização do tempo no
rádio é limitada, as propagandas tornaram-se mais rápidas e objetivas, iniciava-se o
período dos “jingles”, dos “spots” e dos “slogans”.
Tarsitano e Feitosa (1998) destacam que os “slogans” são frases de efeito e
alguns dos primeiros “slogans” utilizados no rádio brasileiro, hoje são considerados
como verdadeiros clássicos da propaganda brasileira. Entre eles o do medicamento
Melhoral: “é melhor e não faz mal”; e das Pílulas do Dr. Ross: “pequeninas, mas que
resolvem”.
Na década de 1960, logo após um período muito produtivo para a
propaganda de medicamentos, houve uma diminuição no número de anúncios,
devido ao controle de preços que passou a ser exercido sob os medicamentos
(CUSTÓDIO; VARGAS, 2005). Somente na década de 1970, houve a retomada dos
anúncios, entretanto de forma mais branda e moderada.
Esses anúncios eram veiculados principalmente na televisão, que chegou
ao Brasil na década de 1950, e com o passar do tempo evoluíram e conquistaram a
confiança e os investimentos das indústrias farmacêuticas em propaganda
(CUSTÓDIO; VARGAS, 2005).
Um marco importante na história da propaganda de medicamentos foi a
regulamentação, por meio da Lei da Vigilância Sanitária de nº 6.360 de setembro de
1976, de vários aspectos acerca dos medicamentos, inclusive a propaganda.
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A partir daí o medicamento passou a ter uma divisão distinta, aqueles que só
podiam ser vendidos sob prescrição, não puderam mais ser anunciados na mídia de
massa. Nesse momento surgem os profissionais propagandistas farmacêuticos.
Esses profissionais promoveriam a propaganda dos medicamentos com
venda sob prescrição. Uma vez que as propagandas desses medicamentos
deveriam se restringir diretamente a profissionais prescritores ou a anúncios em
publicações específicas dos laboratórios e da indústria farmacêutica.
Até os dias atuais, apenas os medicamentos de venda livre, também
conhecido como OTC (do inglês: Over the Counter) podem ser veiculados livremente
na mídia de massa (OLIVEIRA, 1998).
Nos anos que se seguem, as propagandas de medicamentos voltaram a
ocupar um lugar de destaque na mídia, porém com maior fiscalização e
acompanhamento.
Estas leis e regulamentações supriram a necessidade de proteger os
consumidores que eventualmente eram lesados pelas falsas promessas e não
tinham a quem recorrer (CUSTÓDIO; VARGAS, 2005).
A regulamentação da propaganda de medicamentos permanece em vigor
até os dias atuais com o objetivo de garantir que as informações veiculadas pelas
propagandas sejam corretas, equilibradas e acessíveis aos médicos, farmacêuticos
e principalmente à população.
Com a regulamentação da propaganda de medicamentos e sua evolução em
paralelo com a indústria farmacêutica, a liberdade de comunicação, do comércio e a
proteção da saúde humana estão garantidas.
Conhecendo a história da propaganda de medicamentos e seus erros
quanto às promessas milagrosas de cura e multifuncionalidade dos produtos, é
importante esclarecer que apesar do propagandista objetivar a promoção do
medicamento e consequentemente sua venda, ele deve da mesma forma que
destaca os benefícios do produto deixar bem claro quais são os riscos.
Além do mais, uma vez que o propagandista atua junto aos profissionais
prescritores ou mesmo dispensadores, ele deve conhecer conceitos técnicos do
medicamento para garantir o padrão da qualidade das informações que destina aos
seus clientes. Em nosso curso, essa base técnica será explorada no segundo
módulo.
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1.4 MERCADO FARMACÊUTICO BRASILEIRO
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FIGURA 10: EVOLUÇÃO DO MERCADO FARMACÊUTICO
BRASILEIRO DE VAREJO
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Entre as classes terapêuticas mais produzidas destacam-se os antibióticos,
os analgésicos e anti-inflamatórios, as vitaminas, os medicamentos antigripais e
antitussígenos, os medicamentos para doenças gastrintestinais, os cardioterápicos e
ainda os hormônios sexuais.
Em relação à oferta de princípios ativos, que são substâncias utilizadas para
a produção dos medicamentos, o mercado farmacêutico nacional é limitado e a
dependência de importação dessas substâncias é muito grande.
No mercado farmacêutico nacional não há o domínio de uma fatia grande do
mercado por um único fabricante de medicamentos ou grupos empresariais, mas há
o domínio por uma ou poucas empresas de mercados para determinadas doenças.
Assim, novos produtores nesses segmentos já dominados encontram barreiras
tecnológicas e mercadológicas que acabam por dificultar a entrada no setor.
Dessa forma, o mercado farmacêutico brasileiro é heterogêneo, ou seja,
embora nenhuma empresa controle parte significativa da oferta do conjunto total de
medicamentos no território nacional, cada empresa dominadora do mercado de uma
determinada doença possui grande poder para fixar os preços de seus produtos,
além do mais a capacidade de substituição dos produtos dessas empresas é
reduzida.
De acordo com a renda da classe consumista, o tipo de demanda no
mercado farmacêutico do nosso país apresenta variações. Por exemplo: em
populações de alta renda, a demanda por medicamentos de referência é alta, nesse
nicho do mercado o preço dos medicamentos vendidos sob prescrição é inelástico1 e
não influencia na demanda dos produtos, já a demanda dos medicamentos vendidos
sem prescrição aumenta com a diminuição do preço. Por outro lado, em populações
de baixa renda, a demanda dos medicamentos é mais sensível às variações na
renda do consumidor do que nos preços dos medicamentos (OUTTERSON, 2007).
Dados estatísticos demonstram que do total da população que consome
algum tipo de medicamento, metade pertence às classes de maior renda e
consomem 84% da produção total de medicamentos, enquanto a outra metade
referente à população de menor renda consome 16% da oferta de medicamentos
(FIGUEIREDO, 2011).
1
Inelástico: não altera, não modifica. FONTE: Disponível em:
<http://www.dicionarioinformal.com.br/inel%C3%A1stico/>. Acesso em: 06 jul. 2013.
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De forma interessante, diferente do que ocorre em outros mercados, no
mercado farmacêutico existe a elasticidade da demanda à renda, portanto as
reduções nos preços dos medicamentos não produzem aumento da demanda, a
demanda responde muito mais ao aumento de renda da população consumidora.
Assim, a determinação dos preços dos medicamentos não segue a lei da oferta e da
procura. Resumidamente, as características mais importantes do mercado brasileiro
são:
Medicamentos pagos pelo consumidor;
Consumo concentrado nas classes A e B;
Consumo reduzido, se comparado a outros produtos;
Recente aprovação de Leis das Patentes;
Colapso do sistema público e crescimento do setor privado;
Empresas nacionais produtoras de genéricos que se desenvolveram
como copiadoras dos medicamentos de referência, sem investir em
Pesquisa e Desenvolvimento, prejudicando e ameaçando a
competitividade do setor.
FIM DO MÓDULO I
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