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Body art

Conceito: foi um estilo artístico que começou em 1960, nos Estados Unidos e Europa, e tinha o
corpo como principal expressão artística. Ou seja, a tela foi substituída por corpos humanos,
tornando a arte uma “obra viva”

Período e contexto histórico: As décadas de 1950 e 1960 foram marcadas por rupturas e
novas orientações artísticas, como o Pop Art, que buscava uma aproximação com a realidade
urbana e a natureza, além de aspectos tecnológicos. A arte tradicional passou a ser
questionada e deixou de se restringir somente ao tipo de pintura clássica e à escultura.
As primeiras experiências com o corpo humano como forma de expressão foram realizadas
pelos artistas do surrealismo e dadaísmo. A Body Art passou a se utilizar dessa forma de arte
de uma maneira mais intensa, rompendo barreiras e preconceitos por meio de pinturas
corporais, assim como era feito na era primitiva.

Características principais: - O corpo tornava-se uma “escultura viva” com o intuito de


transmitir a ideia de transformação da vida em arte;
- Ruptura radical com a arte tradicional;
- Tatuagens, queimaduras, ferimentos, mutilações, deformações, maquiagens, tudo isso era
usado como forma de arte com o intuito de chocar o expectador e transgredir às normas
sociais e tabus;
- Os artistas se utilizam de temas livres de qualquer tipo de preconceito, seja de gênero ou
sexualidade, tendo a arte como uma forma de protesto;
- Visava despertar o público com relação a importância da vida e da arte.

Artista principais: Yves Klein (1928-1962)

O artista francês Yves Klein teve uma carreira marcada por muitas atitudes excêntricas.
Considerado um dos precursores da Body Art, ficou conhecido, principalmente, por utilizar
corpos femininos nas suas expressões artísticas.
Em 1957, Klein soltou 1.001 balões azuis de hélio em Paris para comemorar a abertura de uma
exposição sua. Outro destaque da sua trajetória foi a mostra “Anthropometries of the Blue
Epoch”, quando ele, vestido formalmente, comandou três modelos nuas que se cobriram de
tinta azul e formaram imagens de seus corpos sobre uma tela em branco ao som da sinfonia de
sua autoria “Monotone-Silence” (composta por única nota, tocada por 20 minutos e seguido
de mais 20 minutos de silêncio).

Bruce Nauman (1941)

Outro nome importante da Body Art foi o artista americano Bruce Nauman. Suas performances
ficaram conhecidas pelo mundo inteiro, assim como suas obras em neon, vídeos e instalações
famosas.
Em 1970 usou a seguinte frase para explicar a sua forma de fazer arte: “quero usar o meu
corpo como material e manipulá-lo”. Entre as suas principais obras, a “Fonte Refluxo” (1966)
utilizava o corpo como forma de expressão. Nela, a modelo cospe jatos de água pela boca em
movimentos repetitivos.
Piero Manzoni (1933-1963)

O italiano Piero Manzoni foi reconhecido pelo seu radicalismo e por desenvolver obras
bastante conceituais. Sua obra mais polêmica foi a “Merded’artista”, em português, “Merda de
Artista” (1961) composta por 90 latas que continham suas próprias fezes. Esse trabalho foi
exposto em inúmeros museus ao redor do mundo e em 2007, uma dessas latas foi vendida por
mais de um milhão de libras.Também em 1961 realizou diversas exposições de rua quando
designava o chamado “pedestal mágico”. De acordo com ele, todas as pessoas que subissem
nos pedestais vazios que ele expôs se tornariam uma obra de arte enquanto estivessem ali.

“Anthropometries of the Blue Epoch”


- mostra a tinta do corpo das mulheres
”fonte refluxo“
O corpo do artista é a própria arte -

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