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Introdução
Quais critérios constituem sucesso/fracasso de coroas e pontes? Várias
terminologias são sugeridas dificultando a classificação.
➢ Alguns estudos relatam as fraturas como “complicações” e não como
falhas, pois podem ser muito pequenas e não afetar a função e estética.
Além disso, alguns patrocinadores usam o termo chipping que não conota
fracasso;
➢ A classificação das “fraturas de lascamento” de acordo com a gravidade e
tratamento subsequente é uma abordagem promissora. O termo 'fraturas
de lascamento' é mais descritivo do que 'lascamento', pois este tende a
implicar um evento de consequências menores;
➢ 2 tipos de estatísticas são relatados nestes estudos - T. Suc., que indica as
restaurações que sobrevivem s/ efeitos adversos, e T. Sob., que indica
todas as restaurações que sobrevivem mesmo que tenham tido fratura ou
reparos;
Sucesso e Falha
● Sucesso: Capacidade de uma restauração/prótese funcionar conforme o esperado;
● Falha: Qualquer condição que leve à substituição de uma prótese - cárie
secundária, pulpite irreversível, desgaste excessivo dos dentes oponentes, erosão
excessiva e rugosidade da superfície cerâmica, afundamento da margem do
cimento, estética inaceitável, trincas, lascas e fraturas em massa;
Limitação dos Estudos Clínicos de Próteses em cerâmica
● “Padrão-ouro” do desempenho de restaurações C: Restauração metalocerâmica
(PFM) – T. Sob. é ~ 97% em 7 anos. Uma excelente medida do desempenho de
próteses cerâmicas é um ensaio clínico com PFM como controle (poucos estudos);
● Pesquisadores consideram inválido correlacionar dados de fraturas in vitro com
dados de desempenho clínico de restaurações C e PFM, pois a sua natureza é
multifatorial. Ademais, os detalhes sobre as fraturas cerâmicas em ensaios clínicos
são inadequadamente descritos pois não possuem informações sobre rachaduras,
fraturas por lascamento e fraturas em massa (tamanho, localização, características
do paciente e critérios para julgar o sucesso/fracasso). Portanto, é necessário
estabelecer uma lista abrangente dos detalhes das fraturas clínicas, incluindo a
descrição da prótese (design e dimensões), da estrutura de suporte (dentina, pilar
do implante), do tipo/localização/aparência da fratura, e as condições de oclusão
sob as quais as falhas ocorreram. Com estas informações, estudos in vitro poderão
tentar replicar os tipos de falhas cerâmicas observadas;
● O que é o sucesso clínico? Sobrevivência intacta de uma prótese com qualidade de
superfície, contorno anatómico e função aceitáveis e, quando aplicável, com
estética aceitável.
Raramente as probabilidades de sucesso ao longo do tempo são 100% para
tratamentos protéticos, por isso, devemos pensar qual das variáveis que afetam o
resultado devem ser incluídas na classificação do desempenho de restaurações C e MC.
Com este artigo vamos ser capazes de fazer uma descrição detalhada das fraturas que
envolvem FDPs à base de zircónia e FDPs PFM e responder algumas questões: A faceta
cerâmica para frameworks de zircónia fratura mais frequentemente do que facetas PFM?
Uma faceta prensada fratura com menos frequência do que a faceta cerâmica em
camadas manualmente? Como a gravidade da fratura por lascamento afeta os resultados
de sobrevivência? Estamos superestimando as probabilidades de sobrevivência de
restaurações de zircónia/facetas devido ao potencial viés do investigador em estudos
apoiados pela indústria e pesquisas conduzidas nos ambientes ideais de instituições
académicas?
Dados e análise de dados: complexidades de ensaios clínicos multifatoriais
● O sucesso das restaurações pode ser definido com base em múltiplas variáveis, em
vez de apenas percentagens de sobrevivência. No entanto, é preciso uma escala de
classificação quantitativa para a resistência clínica à fratura:
1. Desempenho superior: 100% de Sobrevivência de todos os FDPs por pelo
menos 5 anos e uma T. Suc. de 95-100% (FDPs sobreviventes menos FDPs
alterados com base em 2 dos 3 graus de escala de fraturas por lascamento);
2. Excelente desempenho: 95–100% de Sobrevivência de todos os FDPs por pelo
menos 5 anos e uma T. Suc. 90–95%;
3. Bom desempenho: 90-95% de Sobrevivência de todos os FDPs por pelo menos
5 anos e uma T. Suc. de 90-95%;
4. Desempenho ruim: Sobrevivência<90% das restaurações ou T. Suc< 90%.