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de Jerusalém em 70 d.C. muitos grupos judaicos, por serem


fundamentados na relação com o templo, perderam forç a e acaba­
ram até m esmo desaparecendo, enquanto ojudaísmo, como um
todo, se tornava cada vez mais determinado pela linha fàrisaica,
que propunha uma aplicaçií.o contextualizada da lei, deixando
os sacrifícios cm segundo plano e a busca pessoal da obediência
a Deus como meta primárja. Entendiam que a Lei "precisava ser
interpretada e adaptada à vida cotidiana", como lembra Jorg e
Pinheiro9 , percebendo que os "atos de benevolência e car idade"
poderiam ser mais eficazes na expiação do que os sacrifícios 1°.
Isto não significa que os fariseus não fossem centralizados em
Jerusalém. Paulo, como bem sabemos, foi até Jerusalém para se
tornar fariseu estudando "aos pés de Gamaliel". Porém, preten­
dendo fazer de cadaj udeu um sacerdote e de cada refeição uma ceia
tal como aquela servida no Templo, acabaram por preparar Israel
para a situação pós-70 11. Segundo Donizete Scardelai, pode-se
afirmar que "a sobrevivência do judaísmo, após a destruição do
Templo, em 70 d.C., se deve aos fariseus"1 :l. Com a destruição do
Templo, os saduccus e outras lideranças religiosasjudaicas perderam
Os mestres da Lei: osfariseus seu propósito e, assim, "a missão de reconstruir a vida nacional e
religiosa do povojudeu", como lernbra Scardelai, "coube à geração
dos sábios fariseus", os tannairn, que realizaram tal feito mediante a
O grupojudaico do tempo de.Jesus que ficou mais famoso foi, fundamentação do judaísmo em dois pilares: a Torá e a sinagoga.
certamente, o dos fàriseus. Afinal, com a destruição do Templo
9 PI!s:HEIRO, 2007, p. 85.
ro .4vot do rabino :'vai,7, 4.
7 MOMIGLIAKO, 1975, p rr4 II SKARSAt:N'E, 2004, p. 119.
. .
8 SCARDELAI, 2008, p. III. 12 ScARDELAI, 2008, p. 120.

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