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UNIDADE CURRICULAR: ÉTICA e EUCAÇÃO

CÓDIGO: 11017

DOCENTES: António Teixeira e Maria João Ramalheiro

A preencher pelo estudante

NOME: José Ávila da Rocha

N.º DE ESTUDANTE: 2102362

CURSO: 07 CPS

DATA DE ENTREGA: 09/01/2022

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TRABALHO / RESOLUÇÃO:

Para Dias (2004, pp. 164), “…a escola e a Educação atravessam uma crise profunda,
que deriva da explosão escolar, da impreparação dos docentes em atividade, mas
também da própria família…”

Já para Souza (2013), “Os valores da modernidade, as tradições, as crenças, as verdades


e as formas de conduta se relativizaram. Essa relativização aconteceu por causa do
avanço do progresso do pensamento e dos conhecimentos técnicos e científicos.
Vivemos numa época onde as instituições e os códigos sociais e morais não podem
mais determinar os modos de vida.”

Mas muitas ideologias há, e a maioria delas sem fundamentação reflexiva, apenas com
fome de poder.

A crise de valores morais e éticos que se verifica atualmente, não ocorre por ausência
deles, mas pela sua transformação. E para Dias (2004, pp.141) “A educação é uma
espécie de acção promotora e instauradora de valores.”

Logo, e continuando a citar Dias (2004, pp. 143) “se a Educação é o processo de
personalização de cada ser humano, cada um de nós é e torna-se pessoa numa situação
concreta. Neste sentido, o dever moral não pode separar-se da possibilidade de agir
moralmente. A Educação, que não pode deixar de visar a esfera da Moral, tem de
considerar o primado do ser do educando, em detrimento do seu ter.”

Neste contexto, toda a Comunidade Educativa tem responsabilidade na transmissão e


consolidação dos valores éticos e formação moral, sendo os atores intervenientes na
educação os próprios alunos, os pais, os encarregados de educação, os professores, o
pessoal não docente e as autoridades políticas.

Em 2017 e 2018, com o Despacho n.º 6478/2017, 26 de julho que homologou o “Perfil
dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória” e o Decreto-Lei nº 54/2018 de 6 de
Julho, começou-se a reestruturar o sistema educativo com o intuito de se educar/formar
os jovens a serem livres e responsáveis, com uma consciência crítica, responsável e
autónoma, sempre com respeito por si, pelos outros seres vivos, e pelo meio ambiente,

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pelo que é importante o papel de todos os atores educativos na sensibilização e
formação para os valores.

O Despacho n.º 6478/2017, é um documento de referência para a organização de todo o


sistema educativo e defende uma educação escolar em que todos os alunos (pp. 10)
“constroem e sedimentam uma cultura científica e artística de base humanista…”
mobilizando “valores e competências que lhes permitem intervir na vida e na história
dos indivíduos e das sociedades, tomar decisões livres e fundamentadas sobre questões
naturais, sociais e éticas, e dispor de uma capacidade de participação cívica, ativa,
consciente e responsável.”

O Decreto-Lei nº 54/2018 (art.º 1 e 2) “estabelece os princípios e as normas que


garantem a inclusão, através do aumento da participação nos processos de aprendizagem
e na vida da comunidade educativa. Identifica as medidas de suporte à aprendizagem e à
inclusão, as áreas curriculares específicas, bem como os recursos específicos a
mobilizar para responder às necessidades educativas de todas e de cada uma das
crianças e jovens ao longo do seu percurso escolar, nas diferentes ofertas de educação e
formação.”

E finalizo exatamente como iniciei, continuando com a citação de Dias (2004, pp. 164):
“Hoje em dia, o pai e a mãe trabalham fora de casa. Encontram o(s) filho(s) no período
pós-laboral, frequentemente entre solicitações que o quotidiano impõe (telenovelas,
assistência a jogos de futebol, “chats”, encontros de ex-colegas de estudos/serviço
militar). A atenção dada à família tem sido descurada pela própria família.” Mas a
família é a peça mais importante de todo o puzzle e a que se encontra mais afastada e
desinteressada.

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BIBLIOGRAFIA

Dias, J. M. (2004). Ética e Educação. Lisboa: Universidade Aberta.

Decreto-Lei n.º 54/2018 de 6 de julho. Diário da República n.º 129/2018, Série I.


Lisboa. Presidência do Conselho de Ministros.

Despacho n.º 6478/2017 de 26 de julho. Diário da República n.º 143/2017, Série II.
Lisboa. Presidência do Conselho de Ministros.

Souza, M. A. (3 de 4 de 2013). A crise do estilo de vida no mundo contemporâneo: a


boa vida e como devemos vivê-la. Obtido em 8 de 1 de 2022, de
https://filosofonet.wordpress.com/2013/04/03/a-crise-do-estilo-de-vida-no-
mundo-contemporaneo-a-boa-vida-e-como-devemos-vive-la/:
https://filosofonet.wordpress.com/

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