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1 (UNIDADE 7)
ORGANIZAÇÃO E DEFESA DO ESTADO
Confederação
Na definição de Norberto Bobbio, a Confederação é uma forma de união de Estados,
semelhante à aliança, nos moldes dos atuais acordos internacionais, em que os Estados-
membros se unem voluntariamente para tratar de interesses comuns, por meio da instituição de
um órgão político de caráter diplomático. Nessa forma, todos os entes participantes mantêm sua
soberania e autonomia, podendo inclusive sair do acordo a seu bel prazer (BOBBIO;
MATTEUCCI; PASQUINO, 1998, p. 218). O exemplo clássico e Confederação é a
independência das 13 colônias norte-americanas com relação à Inglaterra, que se uniram num
sistema confederativo, o qual, no entanto, não durou muito naqueles moldes, haja vista a
fragilidade de tal forma de Estado, fazendo com que logo adotassem a forma federativa.
Estado Unitário
Conforme apostila da Faculdade Unyleya, “esse tipo de Estado não possui divisões
internas, e as circunscrições territoriais em que ele eventualmente possa se dividir não são
dotadas de autonomia política e todos os cidadãos submetem-se a um único governo e a uma
mesma lei” (ORGANIZAÇÃO..., 2020, p. 12). Costuma ser adotado em países pequenos
(Mônaco, República da Irlanda), mas a China e a Índia, apesar da grande extensão, costumam
ser relacionados como exemplos de Estados Unitários, haja vista a enorme centralização do
poder e a possibilidade de dissolução unilateral pelo Poder Central das unidades federativas
existentes (Pedro Lenza – LENZA, 2018, p. 378) – chama o primeiro caso de “Estado Unitário
Puro”, enquanto o modelo indiano e chinês de “Estado Unitário Descentralizado
Administrativamente”).
Federação
A melhor definição de Federação – no sentido de completude e concisão – é dada por
De Plácido e Silva em seu Vocabulário Jurídico:
A origem dessa Forma de Estado é atribuída aos EUA, em 1787, quando o pacto
confederativo cedeu lugar ao pacto federativo, fornecendo as condições para a criação do que
viria a ser os Estados Unidos da América (LENZA, 2018, p. 379).
Federalismo Centrípeto
O Federalismo Centrípeto – também chamado de Federalismo por agregação ou
aglutinação – diz respeito ao movimento de criação da federação quando os estados soberanos
que a formarão abrem mão de parcela de sua soberania (LENZA, 2018, p. 379). Novamente, o
exemplo clássico é o citado anteriormente, isto é, a formação dos Estados Unidos da América,
após o fim do pacto confederativo.
Federalismo Centrífugo
O Federalismo Centrífugo (ou por segregação) é o oposto do anterior, isto é, o Estado
Unitário é quem cede parte de seu poder para os entes. Nas palavras de Pedro Lenza:
Por sua vez, no federalismo por desagregação (segregação), a Federação surge a partir
de determinado Estado unitário que resolve descentralizar-se, “em obediência a
imperativos políticos (salvaguarda das liberdades) e de eficiência”. O Brasil é
exemplo de federalismo por desagregação, que surgiu a partir da proclamação da
República, materializando-se, o novo modelo, na Constituição de 1891. (LENZA,
2018, p. 380)
Federalismo de Equilíbrio
Novamente citando Pedro Lenza:
REFERÊNCIAS
BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de política
I. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1998.
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado. 22ª. ed. São Paulo: Saraiva Educação,
2018.
SILVA, De Plácido e. Vocabulário jurídico conciso. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2010.