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Marçal Justen Filho (2016) define a natureza jurídica das agências reguladoras e
executivas como sendo a das autarquias especiais: “agência reguladora independente é uma
autarquia especial, sujeita a regime jurídico que assegura a autonomia em face da
Administração direta e que é investida de competência para a regulação setorial” (JUSTEN
FILHO, 2016, i. 10.12.5, grifo próprio).
Em decorrência óbvia, as agências reguladoras integram os entes da Administração
Pública Indireta (JUSTEN FILHO, 2016, i. 10.12.5.1).
Resumindo essas duas informações acima, tem-se o magistério de Maria Sylvia
Zanella Di Pietro:
Elas [as agências reguladoras e executivas] estão sendo criadas como autarquias de
regime especial. Sendo autarquias, sujeitam-se às normas constitucionais que
disciplinam esse tipo de entidade; o regime especial vem definido nas respectivas leis
instituidoras, dizendo respeito, em regra, à maior autonomia em relação à
Administração Direta; à estabilidade de seus dirigentes, garantida pelo exercício de
mandato fixo, que eles somente podem perder nas hipóteses expressamente previstas,
afastada a possibilidade de exoneração ad nutum; ao caráter final das suas decisões,
que não são passíveis de apreciação por outros órgãos ou entidades da Administração
Pública. (PIETRO, 2016, l. 652, grifo próprio e da autora).
Tais atos normativos, desde que expedidos com observância da Constituição e das
leis, vinculam as autoridades administrativas. Os atos que os contrariem padecem do
vício de ilegalidade, sendo passíveis de correção pelos órgãos de controle, inclusive
pelo Poder Judiciário. No entanto, os próprios atos normativos baixados na esfera
administrativa são passíveis de apreciação judicial, quando eivados de ilegalidade ou
inconstitucionalidade. (PIETRO, 2018, l. 100).
REFERÊNCIAS
PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di. Direito administrativo. [edição eletrônica]. 31ª ed. Rio de
Janeiro: Forense, 2018. Versão e-book.