Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
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GERAIS
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EDUCAÇÃO
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CONHECIMENTOS
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BEM -VINDO ÀS AULAS PREPARATÓRIAS CRONOGRAMA /PLANEJAMENTO
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PARA O CONCURSO PÚBLICO: A Educação infantil na perspectiva histórica
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PREFEITURA DE SÃO JOSÉ, principais autores- Tendências e concepções
AT
pedagógicas
EN
BNCC-Base Nacional Comum Curricular Diretrizes
3R
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.
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Função social da Educação infantil : Cuidar e o
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Educar
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Currículo na e para a Educação Infantil.
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Especificidades da docência na educação infantil.
07
O cotidiano na creche: espaço, tempo, rotina,
S
atividades rotineiras. Interações, Linguagens e
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Brincadeiras na Educação Infantil.
NU
A documentação pedagógica (planejamento,
registro, avaliação).
AT
Indicadores de Qualidade para a Educação Infantil.
NA
O curso preparatório é formatado de acordo com o Interdisciplinaridade e transversalidade. Mídias,
RE
programa do edital n.º 010/2018/SME, e compreende comunicação e tecnologias na educação. Educação
a parte de conhecimentos gerais e específicos para Ambiental no âmbito da Escola Básica.
3
o cargo de Auxiliar de sala da Educação Infantil.
97
Educação das relações étnico-raciais e gênero no
Com a seriedade que sempre trabalhamos, com
78
âmbito da Educação Básica. Princípios e diretrizes
a competência de nossos docentes e com o seu
da Educação Inclusiva.
16
esforço, seu empenho, seu comprometimento e a
61
sua dedicação, temos como meta ver o seu nome na Pedagogia da infância, dimensões humanas;
direitos da infância e relação creche família. As
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Educação
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NU
UM CONCURSO PÚBLICO? DIFERENÇA!
A
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Essa é dúvida de todos aqueles que desejam
EN
ingressar na difícil e empenhada caminhada rumo à
3R
conquista de uma vaga em um cargo público. É fato
que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de
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como estudar para concursos que seja válida para
78
qualquer pessoa. Mas algumas dicas podem sempre
16
ajudar a tornar os estudos mais proveitosos. Mas
61
algumas dicas podem sempre ajudar a tornar os
estudos mais proveitosos:
07
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a)Estudar todos os dias: o tempo diário de estudo
NE
deve variar de acordo com a disponibilidade de cada
NU
um, mas é sempre preciso avaliar a bagagem de
conhecimento e a necessidade individual de horas
A
de estudo, baseando na dificuldade ou facilidade de
T
ALGUMAS TÉCNICAS DE ESTUDOS
NA
absorção do conteúdo.
RE
b)Faça um cronograma de estudos: aceitável e fácil
SUBLINAMENTO:
3
de você cumprir. Aumente-o gradativamente. Você
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aprende mais quando estuda aos poucos, em vez
78
de tentar aprender tudo de uma vez. Dê uma pausa! Sublinhar frases breves ou palavras-chave, de tal
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Estude em pequenas quantidades, faça uma pausa e modo que seja possível ler só o texto sublinhado
61
Evite distrações enquanto estiver estudando. No Brasil, por volta da década de 1970, com o
NE
Elimine todas as distrações óbvias como celulares, aumento do número de fábricas, iniciaram-se os
NU
televisão ou computador. Não estude na cama. Seu movimentos de mulheres e os de luta por creche,
inconsciente irá associar sua cama ao dormir, você resultando na necessidade de criar um lugar para os
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d) Cuide de sua saúde: Lazer e bem-estar é impre- conjunto de conceitos relacionados de forma
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educação infantil.
Nesse contexto, até o século XVII as crianças eram
A
Brincar faz parte do desenvolvimento infantil
AT
vistas, igualmente, como adultos, desempenhavam
e é importante sob diferentes pontos de vista.
tarefas, se vestiam e se portavam socialmente como
EN
Enquanto se diverte, a criança exercita o corpo, a
tais.
3R
imaginação e interage com o espaço que a cerca.
Até mesmo as interações mais simples podem
97
auxiliar na socialização, habilidades corporais
78
e motivação das crianças durante a primeira
16
infância. É brincando que elas aprendem a dar
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sentido ao mundo.
07
Brincadeira –foco desenvolvimento integral
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RESUMO: registro das principais ideias
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A BNCC é um documento que visa nortear o que é
RE
ensinado nas escolas do Brasil englobando todas
as fases da educação básica (Educação Infantil-
3
Ensino fundamental e Ensino Médio). Longe de
97
O brincar era algo que as crianças desconheciam,
ser um currículo é uma ferramenta que visa a
78
pois eram criadas desde cedo sem nenhum trata-
orientar a elaboração do currículo específico de 16
mento especial, elas viviam e participavam de um
cada escola, sem desconsiderar as particularidades
61
Refletir sobre a forma como a educação está crianças menos por elas mesmas, pelo apego que
3R
atualmente organizada e o papel que esta ocupa lhes tinham, do que pela contribuição que essas
na sociedade, tem-se como obrigatoriedade de crianças podiam trazer a obra comum, ao estabelec-
97
ponto de partida averiguar as várias concepções imento família. A família era uma realidade moral e
78
itarmos a influência de alguns pensadores nesta Com o passar do tempo essa educação prática
07
transição de conceitos e analisarmos o modo como do século XVII, deu lugar à educação teórica, que
os espaços educativos foram criados e refletirmos aproximou as crianças de seus pais, havendo por
S
sobre a função do professor e da família neste parte dos mesmos uma maior preocupação com
NE
processo. Analisaremos também os documentos seus filhos. Segundo Ariès (1981, apud FARIA, 1997,
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NU
conceito de infância foi mudando. Com o passar do
tempo, o respeito e a valorização da criança foram
A
AT
aumentando e uma nova visão passou a fazer parte
da história. Hoje, a criança é vista como um ser social,
EN
inserido num contexto social, produtor de cultura,
3R
capaz de pensar e com direito de se desenvolver
integralmente.
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Até nos compreenderem...
61
foi um longo caminho
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Foi um jurista, político, filósofo e humanista francês,
3
considerado como o inventor do ensaio pessoal. Nas
97
AS CONTRIBUIÇÕES DE ALGUNS suas obras analisou as instituições, as opiniões e os
78
PENSADORES costumes, debruçando-se sobre os dogmas da sua
16
época e tomando a generalidade da humanidade
61
1592),
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categoria social.
se o homem não sabe nada de si mesmo, como
3R
e à industrialização.
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interesse, o aprendizado. Mais do que instruir, para
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Em pleno século XVII, o
filosofo tcheco Comenius Rousseau, a educação deveria se preocupar com a
EN
defendia o ensino de 'tudo formação moral e política.
3R
para todos' e foi o
primeiro teórico a
97
respeitar a inteligência e
78
os sentimentos da
16
criança.
61
Educador e bispo protestante, pai da Didática Moderna. Entre JOHANN HEINRICH PESTALOZZI (1746-1827)
07
suas ideias destacam o respeito aos estágios de
desenvolvimento da criança no processo de "A vida educa. Mas a vida que
S
aprendizagem e construção do conhecimento através educa não é uma questão de
NE
de experiências, da observação e da ação, uma palavras, e sim de ação. É
atividade."
NU
educação sem punição e sim do diálogo, exemplo e
ambiente adequado à aprendizagem.
Seguidor do protestantismo e das
A
A obra mais importante de Comênio, Didactica Magna, marca
T
o início da sistematização da pedagogia e da didática no ideias de Rousseau, seu
NA
Ocidente. No livro, o pensador, que é considerado o primeiro pensamento tem como base a
crença na manifestação da
RE
grande nome da moderna história da educação, realiza uma
racionalização de todas as ações educativas, da teoria bondade do ser humano e na
caridade praticada principalmente
3
didática até as questões do cotidiano da sala de aula. Nas
97
relações entre professor e aluno seriam consideradas as em favor dos pobres. Tornou-se
78
possibilidades e os interesses da criança. O professor adepto da educação em especial a pública, e seu
passaria a ser visto como um profissional, não um entusiasmo influenciou os empresários a construir
16
missionário, e seria bem remunerado por isso. Embora creches para filhos dos operários. Suas ideias tiveram
61
religioso, Comênio propôs uma ruptura radical com o modelo impacto na Europa e Norte da América onde abriu caminho
07
de escola da Igreja Católica, voltado para a elite e dedicado nas várias iniciativas de integrar cuidado e educação da
aos estudos abstratos. Ele ousou ser o principal teórico criança em ambientes extrafamiliar. Antecipando as
S
e as meninas. Comênio acreditava que o homem deve se desenvolverem habilidades naturais e inatas.
dedicar a aprender e a ensinar. Assim, ele concluiu que o Considerou que o ato de educar “deveria ocorrer em um
A
mais importante na vida não é a contemplação e sim a ação. ambiente o mais natural possível, num clima de disciplina
AT
Comênio queria mudar a escola com a didática e a estrita, mas amorosa, e pôr em ação o que a criança já
possui dentro de si, contribuindo para o desenvolvimento do
EN
ensino utilizados até ali, por se escorarem na Educador alemão, considerado o primeiro educador a
repetição e memorização de conteúdo, e pregava sua enfatizar o brinquedo, a atividade lúdica e o
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desenho e das atividades que envolvessem “O professor deve apresentar
AT
movimentos e ritmos. “Influenciado por uma perspectiva questões ou problemas e jamais
EN
mística, uma filosofia espiritual e um ideal político de dar respostas ou soluções
liberdade inspirada no amor a criança e a natureza, criou um prontas”.
3R
kindergarten (jardim-de-infância)”. No campo das
relações humanas defendia que o indivíduo é uma unidade,
97
quando considerado em si mesmo, mas mantém uma relação Colocou a atividade prática e a
78
com o todo, quando se incorpora aos outros para atingir democracia como importantes
16
certos objetivos. Com este conceito, para a criança se ingredientes da educação. Foi o
61
conhecer, o primeiro passo seria conhecer as partes nome mais célebre de sua
de seu próprio corpo e só depois chegar aos corrente filosófica: pragmatismo
07
movimentos das partes do corpo como um todo ou instrumentalismo.
S
(OLIVEIRA, 2007, p. 67). Inspirado pelo amor as crianças e a
NE
natureza, sua ideia de atividade e liberdade reformularam a
educação, embora seja conhecida apenas como fundador dos
NU
jardins da infância ou por sua metodologia de educação
infantil. O pragmatismo é uma doutrina filosófica que se baseia na
TA
verdade do valor prático. Uma pessoa pragmática é aquela
NA
que busca resolver seus problemas de maneira ágil, prática,
que visa mais as soluções do que os obstáculos.
3RE
97
0 O princípio é que os alunos aprendem melhor
78
realizando tarefas associadas aos conteúdos
ensinados. Influenciado pelo empirismo, Dewey criou uma
16
escola-laboratório para testar métodos pedagógicos. Foi um
61
educacionais enfocando o período da infância, insistindo para Assim, a pedagogia deweyana se apoia no pragmatismo em
78
que as necessidades infantis fossem plenamente que o “fazer” do educando se torna o centro da
16
desenvolvidas. Ao abrir o primeiro jardim de infância, as aprendizagem (o professor não controla a aprendizagem
das técnicas culturais, mas se torna um guia que organiza
61
associada à natureza e à vida e dos brinquedos. em que a pedagogia esteja alinhada as ciências para recorrer
S
uma aplicação prática na primeira infância, mas considerava- “A sociedade e cada meio social
se que elas se estendiam a todos os níveis educacionais, pois, particular determinam o ideal
R
para ele o conhecimento se dá por meio do: Manuseio que a educação realiza”
73
possibilitariam que o mundo interno da criança se Para Durkheim, quanto mais eficiente
16
exteriorizasse a fim de ela que pudesse, então, ver-se for o processo educativo, melhor será
61
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individualista. Segundo Durkheim, o papel da ação três atributos: a observação, a associação e a
AT
educativa é formar um cidadão que tomará parte do expressão. A observação é compreendida como uma atitude
EN
espaço público, não somente o desenvolvimento individual. constante no processo educativo. A associação permite que o
Durkheim é também considerado um dos mentores dos ideais conhecimento adquirido pela observação seja entendido em
3R
republicanos de uma educação pública, monopolizada pelo termos de tempo e de espaço. E a expressão faz com que a
Estado e laica, liberta da influência do clero romano. criança externe e compartilhe o que aprendeu.
97
78
16
61
Maria Montessori (1870 – 1952)
07
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"A tarefa do professor é
preparar motivações para
NU
atividades culturais, num
ambiente previamente
A
organizado”.
T
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Médica psiquiatra iniciou seus
estudos e trabalho com crianças
3
com deficiência mental em uma
97
clinica psiquiatra de Roma.
78
16 Contrapondo-se aos métodos
OVIDE DECROLY (1871 – 1932) tradicionais que não respeitavam
as necessidades e processo
61
"Convém que o trabalho das precisam ser determinados. Dessa forma além de propor
EN
crianças não seja uma que, em sala de aula, a criança fosse livre para agir
simples cópia, é necessário sobre os objetos sujeitos a sua ação, desenvolveu
3R
que seja realmente a jogos e outros materiais didáticos que passaram a ter
expressão de seu pensamento" um papel predominante no trabalho educativo. Esses
97
época.
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pedagogia do bom senso, pela qual a aprendizagem resulta
Um dos materiais criados por ela mais usado é o
AT
de uma relação dialética entre ação e pensamento, teoria e
Material Dourado .
prática.
EN
3R
JEAN PIAGET (1896-1980)
97
78
“Em suas pesquisas,
concebeu a criança como
16
ser dinâmico, que a todo o
61
momento interage com a
07
realidade, utilização de
objetos e pessoas.”
S
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Foi o nome mais influente
NU
no campo da educação
durante a segunda
A
metade do século XX. Ele
T
criou um campo de
NA
investigação que
RE
denominou epistemologia genética – centrada no
CELESTIN FREINET (1896 – 1966) desenvolvimento natural da criança.
3
Educar, para ele, é estimular a procura do
97
“A escola deve ser fundamentada em quatro eixos:
conhecimento. Com Piaget, ficou claro que crianças
cooperação, comunicação, documentação e
78
não raciocinam como adultos e apenas gradualmente
afetividade”. se inserem nas regras, valores e símbolos da
16
maturidade psicológica. Essa inserção se dá mediante
61
formal.
AT
desenvolvimento de métodos naturais da linguagem, da No estágio sensório-motor, que dura do nascimento até
matemática, das ciências naturais e das ciências sociais num
EN
possibilita às crianças sentirem-se sujeitos do rodeiam. Esse estágio é chamado sensório-motor, pois o
processo de aprendizagem e a partir do seu interesse
73
ajudando e sendo ajudadas por seus colegas e Ao fim do período por volta dos dois anos a criança obtém
buscando no professor alguém que organize o uma atitude mais ativa e participativa, é capaz de entender
S
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sensoriais e motores vindo dos reflexos genéticos para pensamento é estático, estão sempre no momento presente,
AT
solucionar problemas imediatos como pegar, jogar ou chutar não considerando os anteriores, nem antecipando o futuro.
bola.
EN
O estágio subdivide-se em até 6 subestágios nos quais o Reversibilidade: são incapazes de compreender um
3R
bebê apresenta desde reflexos até uma capacidade processo inverso ao observado. Seu pensamento é
representacional do uso de símbolos. irreversível.
97
As principais características observáveis durante essa fase,
78
que vai até os dois anos de idade da criança são:
Centralização: incapacidade para se centrar em mais de um
a exploração manual e visual do ambiente;
16
aspecto da situação. São incapazes de globalizar.
a experiência obtida com ações, a imitação;
61
a inteligência prática (através de ações);
07
Não conservação: não são capazes de compreender que a
ações como agarrar, sugar, atirar, bater e chutar;
quantidade pode permanecer embora mude seu aspecto ou
S
a coordenação das ações proporciona o surgimento do
aparência. No exemplo da figura em massa de modelar, não
NE
pensamento;
entenderiam que a quantidade seria a mesma com qualquer
a centralização no próprio corpo;
NU
formato que assumisse.
a noção de permanência do objeto;
Podemos citar que no Período Sensório-motor a criança
A
Neste estágio os padrões de pensamento sensório-motor
T
conquista, através da percepção e dos movimentos, todo o
variam para um incremento da capacidade de usar símbolos e
NA
universo que a cerca. Ela assimila que: se puxar a toalha da imagens dos objetos do meio ambiente. Esse momento é
mesa, o pote de bolacha ficará mais próximo dela (conduta
RE
marcado por aparecimento da linguagem oral que lhe dará
do suporte).
possibilidade de além de se utilizar da inteligência prática
PRÉ-OPERACIONAL – ATÉ 7 ANOS
3
decorrente dos esquemas sensoriais e motores, formados na
97
fase anterior. A criança desenvolve, ainda, a linguagem, as
78
imagens mentais e jogos simbólicos, assim como muitas
habilidades preceituais e motoras. Apesar disso, o
16
pensamento e a linguagem estão reduzidos, no geral, ao
61
quês).
AT
EN
inteligência simbólica;
07
situação é considerado);
a confusão entre aparência e realidade;
NU
De acordo com Pedrosa & Navarro, os cinco aspectos mais anos de idade em média, a criança começa a lidar com
importantes do pensamento neste estágio são:
73
Egocentrismo: são incapazes de compreender as coisas de deve coincidir) com o início da escolarização formal e é
7
o dos demais por estar centrados em suas ações. O momento, o declínio no egocentrismo passa a ser mais
07
egoncentrismo se caracteriza basicamente por uma visão de visível. O declínio do egocentrismo se entende a linguagem
realidade que parte do próprio eu. que se torna mais socializada, e a criança será capaz de levar
S
A
Por volta dos 7 anos, o equilíbrio entre a assimilação e a
AT
acomodação torna-se mais estável;
EN
Surge a capacidade de fazer análises lógicas;
A criança ultrapassa o egocentrismo, ou seja, dá-se um
3R
aumento da empatia com os sentimentos e as atitudes
97
dos outros;
Mesmo antes deste estágio a criança já é capaz de
78
ordenar uma série de objetos por tamanhos e de
16
comparar dois objetos indicando qual é o maior, mas
61
ainda não é capaz de compreender a propriedade
07
transitiva (A é maior que B, B é maior que C, logo A é
maior que C). No início deste estágio a criança já é
S
capaz de compreender a propriedade transitiva, desde
NE
que aplicada a objetos concretos que ela tenha visto;
NU
Começa a perceber a conservação do volume, da massa,
do comprimento, etc.
A
Neste estágio, também algumas características das
T
crianças começam a ser aprimoradas, como exemplo
NA
elas se concentram mais nas atividades; colaboram mais
RE
com os colegas; apresentam responsabilidade e respeito
mutuo e participações em grupo.
3
97
78
OPERATÓTIO FORMAL – A PARTIR DOS 12 ANOS 16
Segundo Piaget a criança constrói ativamente as suas
61
estruturas cognitivas através de um processo de: assimilação,
acomodação e equilibração.
07
S
No estádio operatório formal – desenvolvido a partir dos 12 suponha-se que a criança está a aprender a identificar os
16
anos de idade em média – o adolescente começa a raciocinar animais, e até ao momento o único que ela conhece é o cão.
lógica e sistematicamente. Esse estágio é definido pela Deste modo, quando lhe é apresentado um outro animal
61
habilidade de engajar-se no raciocínio proposicional. As parecido com o cão, como o cavalo, ela também o identifica
07
deduções lógicas podem ser feitas sem o apoio de objetos como sendo um cão, pois possuem características
concretos. Aprende a criar conceitos e ideias. Diferente do semelhantes.
S
NE
ser". As bases do pensamento científico aparecem nessa Através da acomodação, a criança modifica uma
etapa do desenvolvimento. estrutura cognitiva que já possui. Continuando com o
7
16
12
NA
A
possibilidades, a cada momento decorrem do que Piaget
AT
denominou esquemas de assimilação, ou seja, esquemas
de ação (agitar, sugar, balançar) ou operações
EN
mentais (reunir, separar, classificar, estabelecer relações),
3R
que não deixam de ser ações, mas se realizam no plano
mental. Estes esquemas se modificam como resultado do
97
processo de maturação biológica, experiências, trocas
78
interpessoais e transmissões culturais. Por outro lado, os
16
objetos do conhecimento apresentam propriedades e
particularidades que nem sempre são assimiladas
61
(incorporadas) pelos esquemas já estruturadas no sujeito.
07
Isto ocorre, ou porque o esquema assimilado é muito geral e
não se aplica a uma situação particular, ou porque é ainda
S
NE
insuficiente para dar conta de um objeto mais complexo.
Assim, uma criança que já construiu o esquema de sugar,
NU
assimila a mamadeira, mas terá que modificar o esquema
para sugar a chupeta, comer com colher, etc. Outro exemplo:
A
um aluno que já construiu o conceito de tranformação, terá
T
NA
que compreendê-lo tanto em situações específicas da vida
cotidiana, como em conteúdos de História, Geografia,
RE
Biologia, etc. A este mecanismo de ampliação ou modificação
de um esquema de assimilação, Piaget chamou
3
97
de acomodação. E fica claro que, embora seja "provocado" Lev Semenovich Vygotsky (1896 – 1934)
pelo objeto, é também possível graças à atividade do sujeito,
78
pois é este que se modifica para a construção de novos 16 “O saber que não vem da
conhecimentos. O conteúdo das assimilações e acomodações experiência não é realmente
61
sujeito realize novas acomodações e assim sucessivamente. sociais, por isso a corrente pedagógica é chamada de
O que promove este movimento é o processo de socioconstrutivismo. Para Vygotsky, a formação se dá numa
3R
fica curioso, instigado, motivado e, através de assimilações e habilidades ou informações deve ter a participação de um
16
acomodações, procura restabelecer o equilíbrio que é sempre adulto. O aprendizado não se subordina totalmente ao
dinâmico, pois é alcançado por meio de ações físicas e/ou
61
tempo de assimilação).
73
89
NU
desenvolvimento psicológico do ser humano e para isso era desenvolvimento do indivíduo. Face a esse entendimento de
necessário recorrer à infância como ponto inicial, justificando Vygostky temos que nos perguntar, como professores, que
A
AT
que “a necessidade do estudo da criança reside no fato de tipos de ambientes de aprendizagem são mais adequados
ela estar no centro da pré-história do desenvolvimento para gerar aprendizagens e favorecer o desenvolvimento da
EN
cultural devido ao surgimento do uso de instrumentos e da criança. Há em colaboração entre as crianças e entre elas e
3R
fala humana” (REGO, 2004 p. 25). os adultos. Já, Piaget, coloca que a aprendizagem se produz
pela interação do indivíduo com os objetos da realidade, onde
97
Para Vygotsky, o segredo é tirar vantagem das diferenças e a ação direta é a que gera o desenvolvimento dos esquemas
mentais. Colocando de outra forma, para Vygotsky a
78
apostar no potencial de cada aluno.
aprendizagem é produto da ação dos adultos que fazem a
16
VYGOTSKY E O CONCEITO DE ZONA DE mediação no processo de aprendizagem das crianças. Neste
61
processo de mediação, o adulto usa ferramentas culturais tais
DESENVOLVIMENTO PROXIMAL
07
como a linguagem e outros meios, e muito mais que ser um
processo de assimilação e acomodação (Piaget), é um
S
Para Vygotsky há a existência de dois níveis de
processo de internalização, no qual a criança domina e se
NE
desenvolvimento infantil. O primeiro é chamado de real e
apropria dos instrumentos culturais como os conceitos, as
engloba as funções mentais que já estão completamente
NU
ideias, a linguagem, as competências e todas as outras
desenvolvidas (resultado de habilidades e conhecimentos
possíveis aprendizagens. Para ele, portanto, o
adquiridos pela criança). Geralmente, esse nível é estimado
A
desenvolvimento dos processos cognitivos superiores, é
pelo que uma criança realiza sozinha. Essa avaliação,
T
resultado de uma atividade mediada. Mediador/a é aquele
NA
entretanto, não leva em conta o que ela conseguiria fazer ou
que ajuda a criança a alcançar um desenvolvimento que ela
alcançar com a ajuda de um colega ou do próprio professor.
ainda não atinge sozinha. O/a professor/a e os colegas com
RE
É justamente aí - na distância entre o que já se sabe e o que
maior experiência são os principais mediadores na escola.
se pode saber com alguma assistência - que reside o
3
segundo nível de desenvolvimento apregoado por Vygotsky
97
e batizado por ele de proximal.Nas palavras do próprio
78
psicólogo, "a zona proximal de hoje será o nível de 16
desenvolvimento real amanhã". Ou seja: aquilo que nesse
61
momento uma criança só consegue fazer com a ajuda de
alguém, um pouco mais adiante ela certamente conseguirá
07
fazer sozinha.
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“A criança responde às
NU
elas”;
AT
compreender o aluno da forma com que ele é, e não da Nasceu em Paris, França, em 1879.
R
forma com que nós compreendemos o mundo. Assim, para a Graduou-se em medicina e
formação docente é de vital importância o estudo das
73
modo que o mesmo venha a responder às necessidades ajudando a cuidar de pessoas com
16
particulares da natureza infantil. Tanto Piaget como distúrbios psiquiátricos. Em 1925, criou um laboratório de
61
Vygotsky pensam que o desenvolvimento do indivíduo psicologia biológica da criança. Sua teoria pedagógica,
07
implica não somente em mudanças quantitativas, mas sim, que diz que o desenvolvimento intelectual envolve
em transformações qualitativas do pensamento. Ambos muito mais do que um simples cérebro, abalou as
S
reconhecem o papel da relação ente o indivíduo e a convicções numa época em que memória e erudição
NE
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14
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corpo da criança, mas também suas emoções para Boa parte dos conceitos de Winnicott se refere ao
AT
dentro da sala de aula. Fundamentou suas ideias em "desenvolvimento emocional primitivo", cujos efeitos,
quatro elementos básicos que se comunicam o tempo todo: a segundo ele, são de importância crucial para o indivíduo por
EN
afetividade, o movimento, a inteligência e a formação do eu se estenderem para além da infância. Muitos problemas da
3R
como pessoa. Militante apaixonado (tanto na política como na fase adulta estariam vinculados a disfunções ocorridas entre
educação), dizia que reprovar é sinônimo de expulsar, negar, a criança e o "ambiente", representado geralmente pela mãe.
97
excluir. Ou seja, "a própria negação do ensino". As Os conceitos de verdadeiro e falso self (em inglês, palavra
78
emoções, para Wallon têm papel preponderante no que se refere à própria pessoa) são um bom exemplo. "O self
desenvolvimento da pessoa. É por meio delas que o aluno se forma com base nas experiências que o bebê acumula", A
16
exterioriza seus desejos e suas vontades. Em geral são relação com a mãe leva o bebê a administrar a própria
61
manifestações que expressam um universo importante e espontaneidade e as expectativas externas. "Se a mãe aceitar
07
perceptível, mas pouco estimulado pelos modelos tradicionais as manifestações do bebê - como a fome, o desconforto, o
de ensino. prazer e a vontade -, em vez de impor o que acredita ser o
S
certo, o bebê vai acumulando experiências nas quais ele é
NE
sempre o sujeito, e o self que se forma pode então ser
NU
considerado verdadeiro". Porém o self construído em torno
da vontade alheia é o que Winnicott chama de falso e que
A
priva o indivíduo de liberdade e de criatividade.
T
NA
Aconchego e proteção
RE
Uma das frases famosas de Winnicott é "não existe essa
3
coisa chamada bebê", querendo dizer que não há criança
97
sem uma mãe (que não precisa ser necessariamente a que
78
deu à luz). Vem daí a ideia da "mãe suficientemente boa",
aquela cuja percepção - consciente ou inconsciente - das
16
necessidades do bebê a leva a responder adequadamente
61
cresce.
EN
criança.
89
inglês Donald Winnicott encontrou um interessante campo de "inclusão", se for levado a sério, indica uma atitude de
estudo que lhe permitiu perceber etapas fundamentais do
61
A
AT
Ele pensava a educação escolar como um direito que deveria "A língua materna, seu vocabulário e sua estrutura
EN
ser estendido a toda a população, o que demandaria escolas gramatical, não conhecemos por meio de dicionários ou
gratuitas de todos os níveis de ensino. Além disso, acreditava manuais de gramática, mas graças aos enunciados concretos
3R
que a educação seria o meio para acabar com as diferenças que ouvimos e reproduzimos na comunicação efetiva com as
pessoas que nos rodeiam".
97
sociais existentes na sociedade brasileira.
78
Uma das distinções que ele se permite fazer é a classificação
16
dos gêneros quanto às esferas de uso da linguagem. Os
discursivos primários são espontâneos e se dão no âmbito da
61
comunicação cotidiana, que pode ocorrer na praça, na feira
07
ou no ambiente de trabalho. Já os secundários são
S
produzidos com base em códigos culturais elaborados, como
NE
a escrita (em romances, reportagens, ensaios etc.).
NU
Os caminhos de Bakhtin-
Pensar a linguagem para além das teorias da época
TA
NA
RE
“A educação e a sociedade são dois processos fundamentais
3
da vida, que mutuamente se influenciam.”
97
78
“Sou contra a educação como processo exclusivo de
formação de uma elite, mantendo a grande maioria da
16
população em estado de analfabetismo e ignorância”.
61
07
S
NE
16
NA
A
Carl Rogers - 1902/1987 ensino ou não têm importância ou são perniciosos".
AT
Acreditava ser impossível comunicar diretamente a outra
pessoa o conhecimento que realmente importa e que ele
EN
definiu como "a verdade que foi captada e assimilada pela
3R
experiência pessoal". Além disso, Rogers estava convencido
de que as pessoas só aprendem aquilo de que necessitam ou
97
o que querem aprender. Sua atenção recaiu sobre a relação
78
aluno-professor, que deve ser impregnada de confiança e
destituída de noções de hierarquia. Instituições como
16
avaliação, recompensa e punição estão completamente
61
excluídas, exceto na forma de auto-avaliação. Embora
07
anticonvencional, a pedagogia rogeriana não significa
abandonar os alunos a si mesmos, mas dar apoio para que
S
caminhem sozinhos.
NE
NU
A
PAULO FREIRE -1921/1997
T
NA
RE
Defendia uma pedagogia experimental, centrada no aluno.
3
Para ele, os estudantes são mais criativos, aprendem melhor
97
e se tornam mais capazes de solucionar problemas quando os
78
professores atuam como facilitadores do aprendizado. 16
“Toda a nossa cultura procura insistentemente manter os
61
educado”.
S
NE
NU
A
AT
REN
73
789
16
61
07
S
NE
NU
TA
A
AT
Em nossa sociedade capitalista cujos meios de comunicação
são cada vez mais “ferozes” e os discursos mais sedutores, é
EN
de extrema importância dar luz às ideias de Foucault e trazê-
3R
las para a nossa realidade.
97
que é ou não verdade. O que é verdade? São discursos
78
sedimentados que foram aceitos ao longo do tempo.
16
Acontece desta maneira: lança-se um discurso. Ou as
61
pessoas aceitam, tornando-o verdade, ou não. Daí, pode-se
pensar em “loucura”. Foucault transmite a ideia de que é
07
um conceito social e não falta de razão, como acreditava
S
Descartes (René Descartes, filósofo).A loucura para Foucault
NE
era uma questão de discernimento em relação aos demais
e determinadas situações. Há pessoas que sabem qual
NU
comportamento” devem seguir para serem aceitas e outras
simplesmente não têm tal discernimento. Em sua obra Vigiar
A
Empreendeu uma investigação sociológica do conhecimento e Punir, o autor analisa o espaço (arquitetura) para o
T
NA
que detectou um jogo de dominação e reprodução de exercício do poder e o adestramento a ser realizado nesses
valores. No livro A Reprodução, analisou o funcionamento do espaços.
RE
sistema escolar francês e concluiu que, em vez de ter uma
3
função transformadora, ele reproduzia e reforçava as
97
desigualdades sociais. “Não há democracia efetiva sem um
78
verdadeiro poder crítico”; “Nada é mais adequado que o
exame para inspirar o reconhecimento dos vereditos
16
escolares e das hierarquias sociais que eles legitimam”.
61
07
homem.
AT
18
NA
A
humanas e suas vicissitudes. Pois, no processo ensino
AT
1939 aprendizagem, acima de métodos e técnicas, interagem
EN
pessoas de diferentes formações, afetos, carências e
demandas. Onde se insere, na maioria das vezes, totalmente
3R
despreparado, a figura do educador como mediador e
O explorador da mente
continente de todos os possíveis conflitos que surgem nos
97
relacionamentos dessa natureza.
78
A obra de Sigmund Freud,
16
centrada inicialmente na terapia de doenças emocionais, Freud acreditava que a personalidade era desenvolvida
também veio contribuir em muito na área social e na através de uma série de estágios de infância em que as
61
pedagogia, pois o ato de educar está intimamente energias da busca do prazer do ID tornam-se focadas em
07
relacionado com o desenvolvimento humano, especialmente determinadas áreas erógenas. Esta energia psicossexual,
do aparelho psíquico. ou libido , foi descrita como a força motriz por trás do
S
NE
Através das reflexões feitas pelo psicanalista, podemos comportamento.
entender melhor enquanto educadores, como se processa em
NU
nossos educando o desenvolvimento emocional e mental,
pois o ser humano constitui-se como um todo, razão e 5 FASES DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL
A
emoção. PARA FREUD
T
Segundo Freud, os estudos psicanalíticos devem direcionar-se
NA
mais a auxiliar o educador na difícil tarefa de educar, missão 1 – O ESTÁGIO ORAL
RE
quase impossível de ser realizada plenamente, pois o ser
humano vive numa constante luta entre suas forças internas, Faixa etária: Nascimento – 1 Ano
3
regidas pelo princípio do prazer (id) e as forças externas que Zona erógena: Boca
97
impõem juízos de valor (superego) sobre esses desejos. O Durante o estágio oral, a fonte primária de interação
78
educador precisa ajudar o educando a buscar esse equilíbrio do lactente ocorre através da boca, de modo que o
na construção do eu (ego) para que a aprendizagem possa
16
enraizamento e reflexo de sucção é especialmente
ocorrer de forma eficaz. importante.
61
do aluno.
16
61
07
S
NE
ou roer as unhas.
16
61
07
S
NE
NU
TA
A
Faixa Etária: 1 a 3 anos esses sentimentos de querer possuir a mãe e o desejo de substituir o
AT
Zona erógena: Entranhas e controle da bexiga pai. No entanto, a criança também teme ser punida pelo pai por
EN
estes sentimentos, um medo que Freud denominou de angústia de
Durante a fase anal, castração.
3R
Freud acreditava que o O termo complexo de Electra tem sido usado para descrever um
foco principal conjunto semelhante de sentimentos vivenciados pelas jovens.
97
da libido estava no Freud, no entanto, acredita que as meninas, em vez disso
78
controle da bexiga e experimentam a inveja do pênis.
Eventualmente, a criança começa a se identificar com o genitor do
16
evacuações. O grande
conflito nesta fase é mesmo sexo como um meio de vicariamente possuir o outro
61
o treinamento do progenitor. Para as meninas, no entanto, Freud acreditava que
07
a inveja do pênis não foi totalmente resolvida e que todas as
toalete – a criança tem
mulheres continuam a ser um pouco fixadas neste estágio.
de aprender a controlar
S
Psicólogos como Karen Horney contestam esta teoria, chamando-a
NE
suas necessidades
de um tanto imprecisa e degradante para as mulheres. Em vez disso,
corporais. Horney propôs que os homens experimentam sentimentos de
NU
inferioridade porque eles não podem dar a luz à filhos, um conceito
à que ela se referiu como inveja do útero.
T A
NA
Desenvolver esse controle leva a um sentimento de 4 – O PERÍODO DE LATÊNCIA
RE
realização e independência. De acordo com Freud, o sucesso
nesta fase é dependente da maneira com que os pais se Faixa etária: 6 anos – puberdade
3
aproximam no treinamento do toalete. Os pais que utilizam
97
Zona erógena: sentimentos sexuais são inativos
elogios e recompensas para usar o banheiro no momento
78
oportuno incentivam resultados positivos e ajudam as Durante o período de latência, os interesses da libido são
16
crianças a se sentir capazes e produtivas. Freud acreditava suprimidos. O desenvolvimento do ego e superego
que experiências positivas durante este estágio servem de
61
3 – A FASE FÁLICA
07
S
machos e fêmeas.
61
20
NA
A
Evidenciou que o ato falho era como sintoma, constituição de
AT
compromisso entre o intuito consciente da pessoa e o
EN
reprimido.
Para muitos o ato falho são circunstâncias acidentais que não
3R
tem valor e não possuem consequência prática. Já para Freud
97
os atos falhos podem ser interpretados como manifestações
reprimidas.
78
16
61
07
S
NE
NU
Em fases anteriores, o foco foi exclusivamente nas
necessidades individuais, porém o interesse pelo bem estar
T A
dos outros cresce durante esta fase. Se as outras etapas
NA
foram concluídas com êxito, o indivíduo deve agora ser bem
equilibrado, tenro e carinhoso. O objetivo desta etapa é
RE
estabelecer um equilíbrio entre as diversas áreas da vida.
3
97
78
16
61
A dimensão social, para a psicanálise, encontra seu
fundamento constitutivo na linguagem. A análise é feita
07
A
problemas”, mas, explica que existem várias formas
AT
de fazê-lo. Na obra, Gardner afirma que todos
nascem com o básico de cada inteligência e que a
EN
Howard Gardner -1943
cultura é sua base. De acordo com sua percepção,
3R
cada ambiente valoriza determinada habilidade.
Formado no campo da psicologia e da
97
neurologia, o cientista norteamericano
Howard Gardner causou forte impacto
78
na área educacional com sua teoria
16
das inteligências múltiplas, divulgada
61
no início da década de 1980. Seu DAVID AUSUBEL E A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
interesse pelos processos de
07
aprendizado já estava presente nos
S
primeiros estudos de pós-graduação,
NE
quando pesquisou as descobertas do
suíço Jean Piaget (1896-1980). Por outro lado, a dedicação à
NU
música e às artes, que começou na infância, o levou a supor 1918-2008
que as noções consagradas a respeito das aptidões
A
intelectuais humanas eram parciais e insuficientes.
T
NA
3RE
97
78
16
61
07
S
NE
NU
A
AT
EN
3R
alguém.
07
estará o conhecimento".
EN
aprendizagem significativa.
61
07
S
NE
NU
TA
22
NA
NU
FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO menos pode, e deve, convidá-lo e acompanhá-lo.
Esta é a tarefa do professor mediador: provocar
A
AT
o pensamento, incitar o educando a avançar no
processo de reflexão sobre si, sobre a realidade
EN
circundante, sobre o mundo, sobre o sentido
3R
último da existência. Em que as disciplinas que
lecionamos podem nos ajudar a levantar o véu
97
das obviedades e a fazer buscar reflexivamente os
78
porquês mais radicais da vida? Aí está um question-
16
amento para o professor em relação a si mesmo e
61
aos seus alunos.
07
S
NE
Neste sentido, faz-se necessário compreender
NU
que são muitos os elementos, os atores e as
situações envolvidas no contexto escolar, desde a
A
T
elaboração de uma proposta nacional, passando
NA
pelos pensadores de educação e finalizando no fazer
RE
do profissional na sala de aula, onde se materializa
toda a teoria.
3
97
78
16
61
07
S
NE
NU
para o pensar...
EN
vai além das aparências, da busca de sentido, de Quais foram as tendências pedagógicas que influ-
fundamento, dos porquês. enciaram a educação brasileira?
78
16
porém, desperta quando nossa espontaneidade As tendências liberais são divididas em,
NE
não mais consegue resolver as dificuldades. É isso Tradicional, Renovadora Progressista, Renovadora
que significa reflexão: voltar-se sobre si mesmo para
NU
não-diretiva e Tecnicista.
analisar detidamente o próprio pensar e o próprio
A
agir. Por isso, o pensamento reflexivo começa As progressistas estão em três vertentes mais
AT
sempre com alguma interrogação. Pensar é pôr em comuns: A Libertadora, Libertária e Crítico-social-
EN
NU
aprender a aprender;
A
Conteúdos: estabelecidos pela experiência;
AT
Avaliação: foco na qualidade e não na quanti-
EN
dade, no processo e não no produto.
3R
97
PEDAGOGIA TECNICISTA: Neutralidade científica,
78
racionalidade e eficiência na educação. Essa
16
tendência ficou conhecida pelo seu objetivo que
PEDAGOGIA TRADICIONAL: O objetivo da escola era preparar as pessoas para ser úteis na sociedade
61
era preparar os alunos para ocupar papéis na capitalista. O ensino ganhou um aspecto mais
07
sociedade, por meio do conteúdo adquirido em aulas técnico, para preparar pessoas produtivas. Telecurso,
S
expositivas pelo professor que era a figura central microensino, módulos educacionais, são produtos
NE
na relação de ensino aprendizagem. Os alunos eram consumidos nessa forma de pensar a educação.
considerados um “papel em branco” que deveria ser
NU
preenchido com aulas, exercícios e memorização, de
Papel da escola: produzir indivíduos compe-
A
forma passiva sem crítica ao conteúdo ensinado.
T
tentes para o mercado de trabalho;
NA
Papel do aluno: copiar bem, reproduzir o que
Papel da escola: preparar o intelectual;
RE
foi instruído fielmente;
Papel do aluno: Receptor passivo. Inserido em
Relação professor-aluno: o professor é o técni-
3
um mundo que irá conhecer pelo repasse de in-
97
co e responsável pela eficiência do ensino e o
formações;
78
aluno é o treinando;
Relação professor-aluno: autoridade e discipli- 16
Conhecimento: experiência planejada, o conhe-
na;
61
dos;
NE
formação de pessoas ativas na escola. O Professor concepção é crítica, diferente das pedagogias
S
não esta no centro do processo de ensino, mas o liberais. O questionamento das realidades sociais é
NE
aluno que deve buscar, descobrir com a ajuda do o seu foco principal. Política e pedagogia andam de
professor que será um facilitador na construção do
NU
mãos dadas.
conhecimento
A
AT
uais ao meio, propiciar experiências cujo centro não só onde se aprende, mas deve se propor a
é o aluno;
R
Papel do aluno: buscar, conhecer, experimen- irá coordenar as atividades com os alunos em busca
de uma transformação social. Esta tendência esteve
89
tar;
mais presente nas escolas públicas brasileiras.
7
Conhecimento: algo inacabado, a ser descober- escola crítica, que questiona as relações do
homem no seu meio;
S
nitivas de modo progressivo em consideração Papel do aluno: refletir sobre sua realidade,
aos interesses; sobre a opressão e suas causas, resultando daí
NU
TA
24
NA
NU
tação; dade competente que direciona o processo en-
sino-aprendizagem. Mediador entre conteúdos e
A
Relação professor-aluno: relação horizontal,
AT
posicionamento como sujeitos do ato de con- alunos;
EN
hecer; Conhecimento: construído pela experiência
Conhecimento: o homem cria a criatura na me- pessoal e subjetiva;
3R
dida em que, integrando-se nas condições de seu Metodologia: contexto cultural e social;
97
contexto de vida, reflete sobre ela e dá respostas Conteúdos: são culturais, uniersais, sempre
78
aos desafios que encontra; reavaliados frente à realidade social;
16
Metodologia: participativa, busca pela con- Avaliação: a experiência só pode ser julgada a
61
strução do conhecimento; partir de critérios internos do organismo, os ex-
07
Conteúdos: temas geradores extraídos da vida ternos podem levar ao desajustamento.
dos alunos, saber do próprio aluno;
S
NE
Avaliação: auto-avaliação ou avaliação mútua.
NU
A
PROGRESSISTA LIBERTÁRIA: É ligada ao anarquismo.
T
Busca a total ausência de poder. Essa tendência
NA
promove a participação das pessoas em movimentos
RE
sociais fora da escola, como sindicatos, associações
de moradores, etc. Os próprios alunos que propõem
3
97
os trabalhos escolares.
78
16
Papel da escola: Deve buscar transformar o alu-
61
hos ideológicos;
S
sociedade;
S
NU
lembrarmos o conceito e a função de currículo
(BNCC)
escolar:
A
AT
EN
De acordo com César Coll (2003), o currículo
3R
escolar vai muito além do simples elenco de
97
disciplinas e conteúdos programáticos a serem
78
cumpridos em determinada carga horária. A
16
composição do currículo é um momento de
decisão, que é legitimado na prática educativa.
61
Dessa maneira, o currículo é um guia para a
07
construção do PPP e deve esboçar os objetivos
S
a serem alcançados em cada etapa da rotina
NE
A BNCC é um documento de caráter normativo que escolar, sugerindo uma reflexão sobre: - O que
NU
define o conjunto orgânico e progressivo de apren- ensinar? Quando ensinar? Como ensinar? Por
dizagens essenciais que todos os alunos devem que ensinar? Quais competências desenvolver?
A
desenvolver ao longo das etapas e modalidades da
T
NA
Educação Básica.
RE
Conforme definido na Lei de Diretrizes e Bases da
3
Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996), a Base
97
deve nortear os currículos dos sistemas e redes de
78
ensino das Unidades Federativas, como também as 16
propostas pedagógicas de todas as escolas públicas
61
desenvolvimento.
61
07
S
Assim, a BNCC consiste na referência nacional Ao definir essas competências, a BNCC reconhece
73
que visa a orientar a elaboração do currículo que a “educação deve afirmar valores e estimular
89
específico de cada escola, sem descon- ações que contribuam para a transformação da
7
sociais e regionais de cada uma. Seu objetivo justa e, também, voltada para a preservação da
61
maior é garantir o mínimo a ser trabalhado natureza” (BRASIL, 2013)3, mostrando-se também
07
em cada etapa da Educação básica, vislum- alinhada à Agenda 2030 da Organização das Nações
brando diminuir a discrepância entre muitos
S
Unidas (ONU)4.
NE
currículos.
NU
TA
26
NA
NU
gerais da Educação Básica, inter-relacionam-se e
desdobram-se no tratamento didático proposto para
A
AT
as três etapas da Educação Básica (Educação Infantil,
Ensino Fundamental e Ensino Médio), articulando-se
EN
na construção de conhecimentos, no desenvolvi-
3R
mento de habilidades e na formação de atitudes e
valores, nos termos da LDB.
97
78
16
61
O QUE A DEFINIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
07
DADA PELA BNCC SIGNIFICA, NA
S
PRÁTICA?
NE
NU
Ela aponta para a necessidade de os alunos serem
capazes de utilizar os saberes que adquirirem para dar
A
conta do seu dia a dia, sempre respeitando princípios
T
universais, como a ética, os direitos humanos, a
NA
justiça social e a sustentabilidade ambiental. Ela
RE
também indica que as escolas promovam não apenas
o desenvolvimento intelectual, mas também o social,
3
97
o físico, o emocional e o cultural, compreendidos COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO
78
como dimensões fundamentais para a perspectiva
BÁSICA 16
de uma educação integral. Isso as diferencia das
habilidades, que são mais focadas no desenvolvi-
61
e inclusiva.
A ideia não é planejar uma aula específica sobre essas
A
curricular, mas articular a sua aprendizagem à de abordagem própria das ciências, incluindo a in-
EN
outras habilidades relacionadas às áreas do conhe- vestigação, a reflexão, a análise crítica, a imagi-
3R
cimento. Muitas dizem respeito ao desenvolvimento nação e a criatividade, para investigar causas,
socioemocional que, para acontecer de fato, deve elaborar e testar hipóteses, formular e resolver
97
estar incorporado ao cotidiano escolar, permeando problemas e criar soluções (inclusive tecnológi-
78
todas as suas disciplinas e ações. O desafio, portanto, cas) com base nos conhecimentos das diferentes
16
lidade.
73
89
7
16
61
07
cas e culturais, das locais às mundiais, e também
participar de práticas diversificadas da produção
S
NE
artístico-cultural.
NU
A
T
NA
RE
3
97
78
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais
16
de informação e comunicação de forma crítica,
61
tendimento mútuo.
07
S
NE
NU
TA
28
NA
NU
culturais e apropriar-se de conhecimentos e ex- física e emocional, compreendendo- se na diver-
A
periências que lhe possibilitem entender as sidade humana e reconhecendo suas emoções e
AT
relações próprias do mundo do trabalho e fazer as dos outros, com autocrítica e capacidade para
EN
escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao lidar com elas.
3R
seu projeto de vida, com liberdade, autonomia,
consciência crítica e responsabilidade.
97
78
16
61
07
S
NE
NU
TA
NA
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de
RE
conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e
3
promovendo o respeito ao outro e aos direitos
97
humanos, com acolhimento e valorização da di-
78
versidade de indivíduos e de grupos sociais, seus
16
saberes, identidades, culturas e potencialidades,
61
e solidários.
NU
TA
RE
integral dos indivíduos por meio de desenvolvi-
mento das chamadas competências do século
3
97
XXI.
78
A sociedade contemporânea impõe um novo 16
olhar a questões centrais da educação, em
especial: o que aprender, para que aprender,
61
saberes. Que tenha também como focos: a JUSTA E VOLTADA PARA A PRESERVAÇÃO DA
07
30
NA
31
NU
NE
S
07
61
61
07
S
NE
NU
A
AT
EN
3R
97
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NA
3RE
97
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3R
97
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16
61
07
S
NE
NU
A
AT
EN
32
NA
A
AT
EN
“COMPETÊNCIA NÃO SE ALCANÇA, DESEN-
VOLVE-SE. COMPETÊNCIA É FAZER BEM O QUE
3R
NOS PROPOMOS A FAZER” (Vasco Moretto)
97
78
16
De maneira resumida, podemos dizer que
as competências no contexto educacional
61
dizem respeito à capacidade do aluno de
07
mobilizar recursos visando a abordar e resolver
S
uma situação complexa.
NE
Já as competências são um conjunto de habilida-
NU
des harmonicamente desenvolvidas e que carac-
COMPETÊNCIA VERSUS DESEMPENHO terizam por exemplo uma função/profissão especí-
A
fica: ser arquiteto, médico ou professor de química.
T
NA
O desempenho pode ser definido como um indicador
RE
da competência, ou seja, serve para orientar profes-
sores e gestores se os alunos estão desenvolvendo
3
97
as competências. Entretanto, é importante ter
78
em mente que desempenho fraco não é, necessar-
iamente, sinônimo de falta de competência. Nesse
16
caso, o desempenho fraco pode ser motivado por
61
NU
PRECISAM SER COERENTES COM AS COMPETÊN-
CIAS A SEREM DESENVOLVIDAS
A
AT
EN
3R
97
78
16
61
07
S
NE
NU
A
T
NA
AS COMPETÊNCIAS E A EDUCAÇÃO
RE
INFANTIL
3
97
78
O QUE DEVE SER GARANTIDO NAS PRÁTICAS DOS 16
PROFESSORES?
61
07
S
NE
NU
DIREITOS DE APRENDIZAGEM E
A
DESENVOLVIMENTO
AT
EN
34
NA
RE
dizagem que são divididos em três grupos etários
3
(bebês, crianças bem pequenas e crianças pequenas).
97
• Os Campos de Experiência e os objetivos não
78
têm caráter de currículo, mas servem para auxiliar o
16
professor a planejar atividades com maior clareza do
61
prática intencional.
07
S
NE
NU
A
AT
EN
R
73
OS CAMPOS DE EXPERIÊNCIA
89
7
16
NU
zação curricular da Educação Infantil na BNCC está centralidade. Assim, é necessário que a instituição
estruturada em cinco campos de experiências, escolar promova oportunidades ricas para que os
A
AT
no âmbito dos quais são definidos os objetivos de pequenos possam explorar e vivenciar um amplo
aprendizagem e desenvolvimento. repertório.
EN
Neles, há um arranjo curricular que acolhe as situa-
3R
ções e as experiências concretas da vida cotidiana Traços, sons, cores e formas
97
das crianças e seus saberes.
O contato com diferentes manifestações artísticas,
78
Trazendo uma variedade de experimentações para culturais e científicas no cotidiano da escola,
16
as crianças, entrelaçando-as aos conhecimentos cul- possibilita às crianças, por meio de experiências
61
turais. diversificadas, vivenciar várias formas de expressão
07
e linguagens.
De acordo com o documento da BNCC, a definição
S
NE
e a denominação dos campos de experiências tam- Com base nessas experiências, elas se expressam por
bém se baseiam no que dispõem as DCNEI (Diretri- várias linguagens, criando suas próprias produções
NU
zes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil). artísticas ou culturais.
A
A ideia é relacioná-las aos saberes e conhecimentos
T
Essas experiências contribuem para que, desde
NA
fundamentais a ser propiciados às crianças e
associados às suas experiências. muito pequenas, as crianças desenvolvam senso
RE
estético e crítico, o conhecimento de si mesmas, dos
outros e da realidade que as cerca.
3
Considerando esses saberes e conhecimentos, os
97
campos de experiências em que se organiza a BNCC
78
são: Portanto, a Educação Infantil precisa promover a
participação das crianças em produções como as
16
O eu, o outro e o nós artes visuais, música, teatro, dança e audiovisual.
61
crianças.
NE
Ao mesmo tempo, elas constroem sua autonomia e Na Educação Infantil, é importante promover expe-
senso de autocuidado, de reciprocidade e de inter- riências nas quais as crianças possam falar e ouvir,
EN
Sendo assim, na Educação Infantil, o ideal é criar Pois é na escuta de histórias, na participação em
97
oportunidades para que as crianças entrem em conversas, nas narrativas e em múltiplas linguagens
78
contato com outros grupos sociais e culturais, que a criança se constitui ativamente como sujeito
16
Nessas experiências, elas podem ampliar o modo Neste mesmo sentido, a imersão na cultura escri-
de perceber a si mesmas e ao outro, valorizar sua ta deve partir do que as crianças conhecem e das
S
curiosidades.
NE
produzem conhecimentos sobre si, sobre o outro, Nesse convívio com textos escritos, as crianças vão
16
sobre o universo social e cultural. construindo hipóteses sobre a escrita que se reve-
61
a dança, o teatro, as brincadeiras de faz de conta, Isso leva os pequenos, aos poucos, a conhecer as
NE
elas se comunicam e se expressam com o corpo, letras do alfabeto, em escritas espontâneas e não
NU
36
NA
NU
e forma de comunicação.
Como é possível observar no exemplo apresentado,
A
cada objetivo de aprendizagem e desenvolvimento
AT
é identificado por um código alfanumérico cuja
EN
composição é explicada a seguir:
Espaços, tempos, quantidades, relações e
3R
transformações
E o que significam as letras e números entre parên-
97
As crianças vivem inseridas em espaços e tempos teses, que encabeçam as informações?
78
de diferentes e sempre procuram se situar, seja em As duas primeiras letras referem-se ao nível de
16
ruas ou em saber o que é dia ou noite, ontem ou ensino (EI = Educação Infantil).
61
amanhã.
07
O par de números em seguida refere-se à faixa
Demonstram também curiosidade sobre o mundo fí- etária
S
sico, como seu próprio corpo, os fenômenos atmos-
NE
01 = crianças de 0 a 1 ano e 6 meses;
féricos, os animais, as plantas e as transformações
NU
02 = crianças de 1 ano e 6 meses até 3 anos e 11
da natureza.
meses;
A
E o mundo sociocultural, com as relações de paren- 03 = crianças de 4 anos até 5 anos e 11 meses.
T
NA
tesco e sociais entre as
O segundo par de letras informa o Campo de
RE
Experiências:
3
97
EM CADA CAMPO DE EXPERIÊNCIAS, EO = O eu, o outros e o nós;
SÃO DEFINIDOS OBJETIVOS DE 78
CG = Corpo, gestos e movimentos;
16
TS = Traços, sons, cores e formas;
61
APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO
OE = Oralidade e escrita;
07
FAIXA ETÁRIA.
NE
Transformações.
NU
0 a 1 ano e 6 ano e 7 meses anos a 5 anos e experiência para cada grupo-faixa etária” (BRASIL,
2017, p. 24).
EN
tos, dentro dos eixos e campos estabelecidos, está das aprendizagens no âmbito daquele ano ou
78
O professor de Educação Infantil vai se deparar com um arranjo possível (dentre outros)” (BRASIL,
07
(EI01TS01)
NE
(EI02TS01)
AT
música.
O documento tem a intenção de diminuir as
73
Utilizar sons produzidos por materiais, objetos e municípios e, porque não dizer, inúmeras escolas
7
instrumentos musicais durante brincadeiras de faz de nosso país. Será um auxílio, pois todos nós já
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de conta, encenações, cirações musicais, festas. recebemos alunos transferidos que apresentam
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RELEMBRANDO :
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CAMPO DE EXPERIÊNCIAS ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFOR-
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MAÇÕES
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O que é a BNCC?
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um CAÇÃO INFANTIL DO DCNEI E DO RCNEI?
A
documento de caráter normativo que define o
AT
Nos documentos anteriores, esse propósito não era
conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens tão evidente. O Referencial Curricular Nacional para
EN
essenciais que todos os alunos devem desenvolver a Educação Infantil (RCNEI), de 1998, representou
3R
ao longo das etapas e modalidades da Educação um avanço para a época, porém, era mais como
Básica. Aplica-se à educação escolar, tal como a uma orientação dos conteúdos e objetivos de apren-
97
define o § 1º do art. 1º da Lei de Diretrizes e Bases dizagem e não fazia a criança e sua identidade o foco
78
da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996)1, principal.
16
e indica conhecimentos e competências que se
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espera que todos os estudantes desenvolvam ao Já as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
07
longo da escolaridade. Orientada pelos princípios Educação Infantil (DCNEI), de 2009, já mostram um
éticos, políticos e estéticos traçados pelas avanço na direção de colocar a criança em foco e
S
Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação
NE
serviram como um uma fundamentação teórica
Básica (DCN)2, a BNCC soma-se aos propósitos para a Base. Nas DCNEI, a atenção já estava voltada
NU
que direcionam a educação brasileira para a para a criança, e o documento reforça a importância
formação humana integral e para a construção de do aluno ter acesso ao conhecimento cultural e
A
T
uma sociedade justa, democrática e inclusiva. científico, assim como o contato com a natureza,
NA
preservando o modo que a criança situa-se no
RE
mundo. As DCNEI colocam o foco nas interações e na
brincadeira como eixos estruturantes do currículo,
3
além de considerar os princípios éticos, políticos
97
POR QUÊ? e estéticos que deveriam nortear a produção do
78
A criação de uma Base Nacional Comum Curricular conhecimento nas escolas infantis. Outro ponto a
16
tem o objetivo de garantir aos estudantes o direito ser observado é o marco conceitual da relação entre
61
de aprender um conjunto fundamental de conhe- o cuidar e o educar das DCNEI, algo que a Base valida
07
qualidade do ensino.
AT
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3R
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aparecem na BNCC de Educação Infantil?
A
A Base de Educação Infantil tem a maior parte do
AT
texto dedicada ao que é essencial para cada corte
EN
etário. De maneira sucinta, o texto dá indícios sobre
3R
essas questões. Nela, aparecem questões funda-
mentais. Por exemplo, ela diz que cada professor
97
precisa observar, registrar e fazer um acompan-
78
hamento muito de perto das aprendizagens, das
16
aproximações das crianças e como elas vivem todas
61
as propostas a partir dos campos de experiência e
dos objetivos de aprendizagem.
07
S
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Qual é o papel do professor na Educação
NU
Infantil?
A
De um modo geral, é um papel que abandona
T
NA
aquela ideia de um professor que sabe o começo, o
meio e o fim das propostas, essa visão conteudista.
RE
O primeiro desafio que a Base nos traz é que o
3
professor é uma pessoa que apoia a criança, garante
97
condições espaciais, materiais e emocionais. Ao
78
tirar o protagonismo do professor e o colocar na
16
criança, o que importa é muito mais o processo.
61
mia.
NU
TA
NU
de identidade e subjetividade que precisam ser
apoiadas. A postura do professor na condução das Os cuidados físicos são a principal maneira de
A
estreitar vínculos e transmitir para a criança uma
AT
atividades da rotina é essencial ao aprendizado.
Veja quais os pontos mais importantes, segundo segurança afetiva, que a ajudará a desbravar os
EN
os conceitos essenciais trazidos pela Base Nacional conhecimentos do mundo ao seu redor e desen-
3R
Comum Curricular (BNCC). volver a autonomia. Uma criança insegura pode ter
muito mais dificuldade de explorar o mundo por si
97
própria e pode manifestar incômodo ao fazer isso,
78
com reações de nervosismo e irritação. “Quando se
Cuidar e educar
16
está trocando uma fralda, alimentando ou dando
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a
61
banho na criança, é importante que o professor
Educação Infantil (DCNEI) já estabeleciam que esteja inteiro para a criança, que ele observe as
07
cuidar e educar não eram dimensões separadas, reações dela, que proponha interações, não pode
S
mas sim, duas faces de uma experiência única. A ser algo mecânico”, explica Mariana Americano,
NE
BNCC valida e reforça esse conceito de que as ações formadora de educadores e membro da rede Pikler
NU
de cuidado estão plenamente integradas com as Brasil.
ações de conhecer e explorar o mundo, criando
A
campo propício para a sistematização dos conheci- Esses são momentos privilegiados para a
T
NA
mentos, que acontece na etapa posterior do Ensino construção de vínculos e criam uma oportunidade
Fundamental. ímpar para o trabalho de valorização da autoestima.
RE
Aprender a comer sozinho, a limpar-se após usar o
3
Assim, quando o professor estimula e apoia a banheiro e a tomar banho são algumas das primeiras
97
criança a se sentar e a comer com outros colegas à tarefas que uma criança aprende a desenvolver sem
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mesa, por exemplo, proporciona à criança a chance o auxílio de um adulto. A confiança que adquire ao
16
de aprender sobre cuidados com o próprio corpo aprender a cuidar de si mesma será fundamental
61
– à medida que ela vai construindo hábitos alimen- para as demais aprendizagens. Uma criança que
tares – e também propõe o aprendizado sobre
07
comunidade da qual a escola faz parte. As crianças por ela, poderá não ter segurança e autoestima para
NE
também aprendem a criar noção de rotina, que pode desbravar novas aprendizagens. Quando o adulto
NU
ser organizada e dividida por horários de refeição. toma à frente do processo, mesmo sem intenção,
Além disso, é nesse momento que os meninos e comunica que a criança não é capaz de fazer de
A
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meninas da creche têm mais uma situação propícia maneira autônoma. Nesse processo, a criança pode
para a interação e para o fortalecimento de vínculos. se retrair. Uma criança insegura e dependente dos
EN
A ideia do cuidar está atrelada à postura de novas, pois não se sente capaz, tem medo de não
cuidado do professor, que pode se manifestar em conseguir, não se arrisca.
97
Educação.
carregar as que apresentam maior dificuldade de
NU
Outro exemplo é quando o professor demonstra locomoção. Essa atitude tem uma boa intenção, os
preocupação e zelo com o ambiente físico para educadores acreditam que assim, as crianças terão
A
contendo materiais adequados. Ter na sala um de aula, por exemplo. Mas incentivar a autonomia
R
espaço reservado para cada criança, onde ela possa da criança pode ser até mais benéfica e é impor-
73
guardar seus pertences pessoais (um cabideiro para tante: permite que que ela enfrente obstáculos e os
supere, respeitando seu próprio ritmo.
89
toalha de mesa ou jogo americano, pratos, talheres e “Pode ser muito mais valioso para o desenvolvimento
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copos adequados e limpos, guardanapos, alimentos motor a criança passar mais tempo na escada, apren-
dendo a descer os degraus, do que no parque”, diz
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NA
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chegou a uma escada, nem vai tentar descer sozinha, a dia da escola, o que empobreceria o cotidiano.
vai logo estender os bracinhos para que alguém a As crianças devem ser estimuladas a explorar livre-
A
AT
pegue”, complementa a formadora. mente, porém, em contextos cuidadosamente
planejados pelo professor. Essa intencionalidade se
EN
expressa, muitas vezes, na organização dos espaços,
3R
Mesma idade, ritmos diferentes na escolha dos materiais que serão oferecidos para
as crianças etc.
97
Outro aspecto que a Base reforça é a centralidade
78
da criança no processo educativo. Nesse contexto, é
O mais importante é variar situações e deixar que
16
preciso ter cuidado para não estigmatizar as crianças
as crianças escolham, dentre as opções oferecidas
pequenas, utilizando os objetivos de aprendizagem
61
pelo professor, do que vão querer brincar, de quais
relacionados às faixas etárias como algo rígido e
07
colegas querem estar próximos, quanto tempo vão
estanque. “O professor precisa entender que cada
permanecer em determinada atividade ou brinca-
S
criança tem seu tempo e respeitar isso”, diz Maria
NE
deira, se irão passar por todas as opções ou não; e
Thereza Marcilio, coordenadora da Avante, insti-
situações em que o professor irá conduzir as ações
NU
tuição voltada à educação e à mobilização social.
das crianças, por exemplo, durante a leitura de uma
A
história, todos devem estar sentados em silêncio
T
para ouvir ou em uma brincadeira de roda, todos
NA
Escuta ativa devem brincar juntos e seguir as “regras” do jogo.
RE
No cotidiano escolar, é importante que o professor Permitir que as crianças vivenciem os dois tipos
equilibre experiências mais livres, ficando no lugar de experiências é fundamental, pois elas oferecem
3
97
do observador, com outras mais dirigidas. Mesmo aprendizagens diferentes: na primeira, a criança
nas atividades dirigidas pelo professor, o ideal é que aprende a escolher, tomar decisões etc.; na segunda,
a criança tenha espaço e tempo adequados para
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a gostar dos livros, das histórias, a participar de
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reagir aos estímulos propostos, sem a intervenção situações coletivas, a respeitar regras simples etc.
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tente, ela precisa ser ativa. Para ser ativa, precisa ter Nesse sentido, uma boa ideia para proporcionar
S
tempo e espaço. O adulto não pode fazer tudo por a exploração e o desenvolvimento de diversas
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ela, tem que fazer com ela, provocar e observar a habilidades para as crianças é criar um espaço de
resposta”, afirma Beatriz Ferraz, diretora da Escola ateliê, onde elas possam experimentar livremente
NU
A postura de observador atento permite que o materiais adequadas à sua etapa de desenvolvi-
AT
professor organize seu planejamento de acordo mento. Esse é um exemplo de como as crianças
EN
com as reais necessidades das crianças. Assim, ao podem se apropriar dos espaços, estabelecendo
propor um ambiente rico para a exploração motora, seus percursos de forma mais livre e se expressarem
3R
onde as crianças possam engatinhar livremente com mediação e escuta ativa do professor, sem inter-
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essante observar como o bebê senta, engatinha, volvimento de várias habilidades mas, para isso, deve
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deita, levanta e quais tipos de apoios ele usa, se fica ter recursos diferentes, que estimulem a interação
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na ponta do pé ou não ao se erguer. Tudo isso são das crianças com o meio. “O parque da escola não
S
pistas que o educador pode levar em conta para o pode ter os mesmos elementos do playground do
NE
desenvolvimento de outras atividades de acordo prédio, como pás e baldes. Pode ter isso, mas precisa
NU
com a etapa em que ela está, independentemente da ir além”, diz Silvana Augusto, assessora pedagógica
faixa etária. Nesse processo, é também importante de redes municipais de ensino para o segmento
A
que o professor tenha instrumentos para registrar de Educação Infantil, formadora do Instituto
AT
Exploração livre ou espaços planeja- fenômenos da natureza, uma casinha com diversos
73
NU
Reforçar a criação de uma rotina dentro da escola
A
também é educativo. As crianças aprendem sobre a
AT
passagem do tempo e convenções sociais, incluindo
EN
os horários para se alimentar e cuidar da higiene.
3R
Essa noção de rotina também transmite segurança.
Afinal, como as crianças pequenas ainda não sabem
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olhar as horas para se situar no tempo, ter uma
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rotina com momentos que se repetem todos os
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dias, ajuda a prever o que está por vir, diminuindo a
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ansiedade e agitação. Por exemplo, se a criança sabe
que todos os dias depois da história tem o lanche,
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então, se está com fome durante a história, poderá
S
se autorregular e esperar um pouco mais, pois
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sabe que logo poderá comer. Da mesma forma, se
NU
a criança sabe que todos os dias antes da hora da
saída vai brincar no parque, ela já tem consciência
A
de que, após as brincadeiras, chegará o momento
T
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de ver de novo os pais e essa percepção minimiza
a saudade, dando mais segurança. Quando a rotina
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muda todos os dias, as crianças tendem a ficar mais
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dependentes dos adultos, pois não conseguem se
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regularem sozinhas, não sabem o que vai acontecer
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no momento seguinte, então, ficam mais predis- 16
postas a sentirem-se ansiosas.
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