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GERAIS
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EDUCAÇÃO
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CONHECIMENTOS

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BEM -VINDO ÀS AULAS PREPARATÓRIAS CRONOGRAMA /PLANEJAMENTO

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PARA O CONCURSO PÚBLICO: A Educação infantil na perspectiva histórica

A
PREFEITURA DE SÃO JOSÉ,  principais autores- Tendências e concepções

AT
pedagógicas

EN
BNCC-Base Nacional Comum Curricular Diretrizes

3R
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.

97
Função social da Educação infantil : Cuidar e o

78
Educar

16
Currículo na e para a Educação Infantil.

61
Especificidades da docência na educação infantil.

07
O cotidiano na creche: espaço, tempo, rotina,

S
atividades rotineiras. Interações, Linguagens e

NE
Brincadeiras na Educação Infantil.

NU
A documentação pedagógica (planejamento,
registro, avaliação).

AT
Indicadores de Qualidade para a Educação Infantil.

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O curso preparatório é formatado de acordo com o Interdisciplinaridade e transversalidade. Mídias,

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programa do edital n.º 010/2018/SME, e compreende comunicação e tecnologias na educação. Educação
a parte de conhecimentos gerais e específicos para Ambiental no âmbito da Escola Básica.

3
o cargo de Auxiliar de sala da Educação Infantil.

97
Educação das relações étnico-raciais e gênero no
Com a seriedade que sempre trabalhamos, com

78
âmbito da Educação Básica. Princípios e diretrizes
a competência de nossos docentes e com o seu
da Educação Inclusiva.
16
esforço, seu empenho, seu comprometimento e a
61

sua dedicação, temos como meta ver o seu nome na Pedagogia da infância, dimensões humanas;
direitos da infância e relação creche família. As
07

próxima lista dos aprovados.


instituições de educação infantil como espaço de
S

produção das culturas infantis.


NE

Pedagogia da infância, dimensões humanas;


NU

direitos da infância e relação creche família. As


instituições de educação infantil como espaço
A
AT

de produção das culturas infantis. Parâmetros


nacionais de Estado de Santa Catarina PREFEITURA
EN

MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ Secretaria Municipal de


3R

Educação
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UMA RECEITA DE SUCESSO:


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ENERGIA CONCURSOS E VOCÊ


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Conhecimentos Gerais - Educação 3


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COMO ESTUDAR PARA SER APROVADO EM UMA ROTINA DE ESTUDOS FARÁ MUITA

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UM CONCURSO PÚBLICO? DIFERENÇA!

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Essa é dúvida de todos aqueles que desejam

EN
ingressar na difícil e empenhada caminhada rumo à

3R
conquista de uma vaga em um cargo público. É fato
que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de

97
como estudar para concursos que seja válida para

78
qualquer pessoa. Mas algumas dicas podem sempre

16
ajudar a tornar os estudos mais proveitosos. Mas

61
algumas dicas podem sempre ajudar a tornar os
estudos mais proveitosos:

07
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a)Estudar todos os dias: o tempo diário de estudo

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deve variar de acordo com a disponibilidade de cada

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um, mas é sempre preciso avaliar a bagagem de
conhecimento e a necessidade individual de horas

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de estudo, baseando na dificuldade ou facilidade de

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ALGUMAS TÉCNICAS DE ESTUDOS

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absorção do conteúdo.

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b)Faça um cronograma de estudos: aceitável e fácil
SUBLINAMENTO:

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de você cumprir. Aumente-o gradativamente. Você

97
aprende mais quando estuda aos poucos, em vez

78
de tentar aprender tudo de uma vez. Dê uma pausa! Sublinhar frases breves ou palavras-chave, de tal
16
Estude em pequenas quantidades, faça uma pausa e modo que seja possível ler só o texto sublinhado
61

estude de novo. encontrando um sentido.


07

c)Tenha controle sobre seu ambiente de estudo:


S

Evite distrações enquanto estiver estudando. No Brasil, por volta da década de  1970, com o
NE

Elimine todas as distrações óbvias como celulares, aumento do número de fábricas, iniciaram-se os
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televisão ou computador. Não estude na cama. Seu movimentos de mulheres e os de luta por creche,
inconsciente irá associar sua cama ao dormir, você resultando na necessidade de criar um lugar para os
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filhos da massa operária, surgindo então as creches,


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estará mais propenso a cochilar do que estudar


realmente. Não estude em frente à televisão. Não com um foco totalmente assistencialista, visando
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coma enquanto estudar. A comida é uma grande apenas o “cuidar”


3R

distração. Periodicamente levante-se, alongue seu


pescoço, suas costas e suas pernas. Se possível, faça
97

uma pequena caminhada e tome um ar fresco, isso


78

vai te fazer bem. MAPA CONCEITUAL:  


16

é um instrumento que permite representar um


61

d) Cuide de sua saúde: Lazer e bem-estar é impre- conjunto de conceitos relacionados de forma
07

scindível, mas evite os excessos. No período dedicado significativa.


à preparação para o concurso não perca noites de
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sono. Foco no seu sonho.


NU

e) Aula dada, aula estudada : Revise a matéria


estudada em sala. Durante as aulas faça anotações.
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Sublinhe os tópicos mais importantes. Depois estude


fazendo resumo, mapa conceitual e busque leituras
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complementares sobre os temas abordados.


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Conhecimentos Gerais - Educação


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ANOTAÇÕES DE VOCABULÁRIOS OU IDEIAS da infância nasceu também a preocupação com a

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educação infantil.
Nesse contexto, até o século XVII as crianças eram

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Brincar faz parte do desenvolvimento infantil

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vistas, igualmente, como adultos, desempenhavam
e é importante sob diferentes pontos de vista.
tarefas, se vestiam e se portavam socialmente como

EN
Enquanto se diverte, a criança exercita o corpo, a
tais.

3R
imaginação e interage com o espaço que a cerca.
Até mesmo as interações mais simples podem

97
auxiliar na socialização, habilidades corporais

78
e motivação das crianças durante a primeira

16
infância. É brincando que elas aprendem a dar

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sentido ao mundo.

07
Brincadeira –foco desenvolvimento integral

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RESUMO: registro das principais ideias

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A BNCC é um documento que visa nortear o que é

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ensinado nas escolas do Brasil englobando todas
as fases da educação básica (Educação Infantil-

3
Ensino fundamental e Ensino Médio). Longe de

97
O brincar era algo que as crianças desconheciam,
ser um currículo é uma ferramenta que visa a
78
pois eram criadas desde cedo sem nenhum trata-
orientar a elaboração do currículo específico de 16
mento especial, elas viviam e participavam de um
cada escola, sem desconsiderar as particularidades
61

mundo adulto. Esse afastamento do convívio familiar


metodológicas, sociais e regionais de cada uma.
gerava uma diminuição do vínculo afetivo, entre a
07

criança e seus pais biológicos.


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A esse respeito Aries (1981, apud FARIA, 1997, p.11)


A EDUCAÇÃO NA PERSPECTIVA
NU

pontua: A família não podia, portanto, nessa época,


HISTÓRICA alimentar um sentimento existencial profundo entre
A

pais e filhos. Isso não significava que seus pais não


AT

amassem seus filhos: Eles se preocupavam de suas


EN

Refletir sobre a forma como a educação está crianças menos por elas mesmas, pelo apego que
3R

atualmente organizada e o papel que esta ocupa lhes tinham, do que pela contribuição que essas
na sociedade, tem-se como obrigatoriedade de crianças podiam trazer a obra comum, ao estabelec-
97

ponto de partida averiguar as várias concepções imento família. A família era uma realidade moral e
78

de criança que já tivemos no decorrer da história social, mais do que sentimental.


16

da humanidade. Faz-se necessário também revis-


61

itarmos a influência de alguns pensadores nesta Com o passar do tempo essa educação prática
07

transição de conceitos e analisarmos o modo como do século XVII, deu lugar à educação teórica, que
os espaços educativos foram criados e refletirmos aproximou as crianças de seus pais, havendo por
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sobre a função do professor e da família neste parte dos mesmos uma maior preocupação com
NE

processo. Analisaremos também os documentos seus filhos. Segundo Ariès (1981, apud FARIA, 1997,
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oficiais que norteiam a Educação. p.13): Esta aproximação pais-crianças gerou um


sentimento de família e infância que outrora não
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existia, e a criança tornou-se o centro das atenções,


PERCORRENDO OS SENTIDOS E pois a família começou a se organizar em torno
EN

SIGNIFICADOS ATRAVÉS DA HISTÓRIA dela. No início do século XVII foram multiplicadas


R

as escolas com a finalidade de aproximá-las das


73

famílias, impedindo deste modo o afastamento


89

pais-crianças. Muitos pensadores se destacaram na


Não existia ou não se conhecia até o século XVII
7

luta em defesa da criança e, consequentemente, da


16

o sentimento de infância que tornasse a criança


infância. Nesta época tiveram início os estudos da
diferente dos adultos. Conforme Tunes (2006, p.6):
61

psicologia do desenvolvimento, o que contribuiu


Houve um tempo em que não existiam crianças
07

com um novo olhar para a criança.


no mundo. Foi no século XVII que surgiu a ideia
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de infância: a sociedade começou a perceber que


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aqueles pequeninos seres tinham um jeito de


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pensar, ver e sentir característicos. Com a descoberta


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Conhecimentos Gerais - Educação 5


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Assim, a partir do século XVII, gradativamente, o Michel Eyquem de Montaigne (1533/1592)

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conceito de infância foi mudando. Com o passar do
tempo, o respeito e a valorização da criança foram

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aumentando e uma nova visão passou a fazer parte
da história. Hoje, a criança é vista como um ser social,

EN
inserido num contexto social, produtor de cultura,

3R
capaz de pensar e com direito de se desenvolver
integralmente.

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16
Até nos compreenderem...

61
foi um longo caminho

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Foi um jurista, político, filósofo e humanista francês,

3
considerado como o inventor do ensaio pessoal. Nas

97
AS CONTRIBUIÇÕES DE ALGUNS suas obras analisou as instituições, as opiniões e os

78
PENSADORES costumes, debruçando-se sobre os dogmas da sua
16
época e tomando a generalidade da humanidade
61

como objeto de estudo. Ele criticou a educação


Nos séculos XVII e XVIII, nomes significativos do
07

livresca e mnemônica, propondo um ensino voltado


pensamento pedagógico, como Montaigne (1533-
para a experiência e para a ação. Acreditava que a
S

1592),
NE

educação livresca exigiria muito tempo e esforço, o


que afastaria os jovens dos assuntos mais urgentes
NU

Comenius (1592-1670), Rousseau (1712-1778),


da vida. Para ele, a educação deveria formar
Pestalozzi (1746-1827) e Fröebel (1782-1852),
indivíduos aptos ao julgamento, ao discernimento
A

produziram novas ideias ou “sentimentos de


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moral e à vida prática. Montaigne é seduzido pelos


infância”, contribuindo para que ela se tornasse uma
filósofos do ceticismo, da dúvida. Segundo estes,
EN

categoria social.
se o homem não sabe nada de si mesmo, como
3R

pode saber tanto sobre o mundo e sobre Deus e


O sentimento de infância hoje nas instituições tem
sua vontade? A dúvida é para Montaigne uma arma
97

suas raízes nas ideias desses autores; entretanto, cabe


contra o fanatismo religioso.
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salientar que tais instituições são resultados das


16

mudanças relacionadas ao desenvolvimento urbano


61

e à industrialização.
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Conhecimentos Gerais - Educação


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COMENIUS (1592-1670) substituição pela experiência direta por parte dos
alunos, a quem caberia conduzir, pelo próprio

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interesse, o aprendizado. Mais do que instruir, para

AT
Em pleno século XVII, o
filosofo tcheco Comenius Rousseau, a educação deveria se preocupar com a

EN
defendia o ensino de 'tudo formação moral e política.

3R
para todos' e foi o
primeiro teórico a

97
respeitar a inteligência e

78
os sentimentos da

16
criança.

61
Educador e bispo protestante, pai da Didática Moderna. Entre JOHANN HEINRICH PESTALOZZI (1746-1827)

07
suas ideias destacam o respeito aos estágios de
desenvolvimento da criança no processo de "A vida educa. Mas a vida que

S
aprendizagem e construção do conhecimento através educa não é uma questão de

NE
de experiências, da observação e da ação, uma palavras, e sim de ação. É
atividade."

NU
educação sem punição e sim do diálogo, exemplo e
ambiente adequado à aprendizagem.
Seguidor do protestantismo e das

A
A obra mais importante de Comênio, Didactica Magna, marca

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o início da sistematização da pedagogia e da didática no ideias de Rousseau, seu

NA
Ocidente. No livro, o pensador, que é considerado o primeiro pensamento tem como base a
crença na manifestação da

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grande nome da moderna história da educação, realiza uma
racionalização de todas as ações educativas, da teoria bondade do ser humano e na
caridade praticada principalmente

3
didática até as questões do cotidiano da sala de aula. Nas

97
relações entre professor e aluno seriam consideradas as em favor dos pobres. Tornou-se

78
possibilidades e os interesses da criança. O professor adepto da educação em especial a pública, e seu
passaria a ser visto como um profissional, não um entusiasmo influenciou os empresários a construir
16
missionário, e seria bem remunerado por isso. Embora creches para filhos dos operários. Suas ideias tiveram
61

religioso, Comênio propôs uma ruptura radical com o modelo impacto na Europa e Norte da América onde abriu caminho
07

de escola da Igreja Católica, voltado para a elite e dedicado nas várias iniciativas de integrar cuidado e educação da
aos estudos abstratos. Ele ousou ser o principal teórico criança em ambientes extrafamiliar. Antecipando as
S

concepções da Escola Nova, Pestalozzi pregou que a


NE

de um modelo de escola que deveria ensinar “tudo a


todos”, incluíndos os portadores de deficiência mental função principal do ensino é levar as crianças a
NU

e as meninas. Comênio acreditava que o homem deve se desenvolverem habilidades naturais e inatas.
dedicar a aprender e a ensinar. Assim, ele concluiu que o Considerou que o ato de educar “deveria ocorrer em um
A

mais importante na vida não é a contemplação e sim a ação. ambiente o mais natural possível, num clima de disciplina
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Comênio queria mudar a escola com a didática e a estrita, mas amorosa, e pôr em ação o que a criança já
possui dentro de si, contribuindo para o desenvolvimento do
EN

sociedade com a educação.


caráter infantil”. Seu projeto educativo tinha também, a
3R

“intuição” como fundamento básico para se atingir o


conhecimento. Assim sendo, sua educação se
97

JEAN-JACQUES ROUSSEAU - (1712-1778) fundamenta na percepção, no desenvolvimento dos


78

sentidos da criança e o ensino deveria priorizar a


utilização de objetos, não de palavras (OLIVEIRA, 2007,
16

“O homem é bom por natureza. p. 66)


61

É a sociedade que o corrompe."


07
S

O princípio fundamental de sua


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obra é que o homem é bom por


natureza, mas está submetido à
NU

influência corruptora da sociedade. FRIEDRICH FRÖEBEL (1782 – 1852)


Publicou, em 1762, suas obras
A

principais, Do contrato social – sua “O objetivo do ensino é


AT

concepção de ordem política – e sempre extrair mais do


EN

Emílio – tratado sobre educação, no homem do que colocar mais e


qual prescreve a formação de um mais dentro dele. Pois o ser
R

jovem fictício, do nascimento aos humano é essencialmente


73

25 anos. O objetivo é não só planejar uma educação dinâmico e produtivo, e não


89

com vistas à formação futura, mas também propiciar meramente articulável,


receptivo e depositário. O
7

felicidade à criança enquanto ela ainda é criança.


16

Rousseau intuiu na infância várias fases de desenvolvimento, homem é uma força


autogeradora e não uma
61

sobretudo cognitivo. Foi, portanto, um precursor de Maria


Montessori e John Dewey. Para Rousseau, a criança deveria esponja que absorve
07

ser educada em liberdade e viver cada fase da infância na conhecimento do exterior.”


S

plenitude de seus sentidos. Ele condenava os métodos de


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ensino utilizados até ali, por se escorarem na Educador alemão, considerado o primeiro educador a
repetição e memorização de conteúdo, e pregava sua enfatizar o brinquedo, a atividade lúdica e o
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Conhecimentos Gerais - Educação 7


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apreender do significado da família nas relações JOHN DEWEY (1859-1952)
humanas. Sua teoria salientou a importância do

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desenho e das atividades que envolvessem “O professor deve apresentar

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movimentos e ritmos. “Influenciado por uma perspectiva questões ou problemas e jamais

EN
mística, uma filosofia espiritual e um ideal político de dar respostas ou soluções
liberdade inspirada no amor a criança e a natureza, criou um prontas”.

3R
kindergarten (jardim-de-infância)”. No campo das
relações humanas defendia que o indivíduo é uma unidade,

97
quando considerado em si mesmo, mas mantém uma relação Colocou a atividade prática e a

78
com o todo, quando se incorpora aos outros para atingir democracia como importantes

16
certos objetivos. Com este conceito, para a criança se ingredientes da educação. Foi o

61
conhecer, o primeiro passo seria conhecer as partes nome mais célebre de sua
de seu próprio corpo e só depois chegar aos corrente filosófica: pragmatismo

07
movimentos das partes do corpo como um todo ou instrumentalismo.

S
(OLIVEIRA, 2007, p. 67). Inspirado pelo amor as crianças e a

NE
natureza, sua ideia de atividade e liberdade reformularam a
educação, embora seja conhecida apenas como fundador dos

NU
jardins da infância ou por sua metodologia de educação
infantil. O pragmatismo é uma doutrina filosófica que se baseia na

TA
verdade do valor prático. Uma pessoa pragmática é aquela

NA
que busca resolver seus problemas de maneira ágil, prática,
que visa mais as soluções do que os obstáculos.

3RE
97
0 O princípio é que os alunos aprendem melhor

78
realizando tarefas associadas aos conteúdos
ensinados. Influenciado pelo empirismo, Dewey criou uma
16
escola-laboratório para testar métodos pedagógicos. Foi um
61

dos primeiros a chamar a atenção para a capacidade de


07

pensar dos alunos. Dewey reconhecia a necessidade da


escola, onde as pessoas se encontram para educar e serem
S

educadas. O objetivo da escola deveria ser ensinar a


NE

criança a viver o mundo. Educar, portanto, é


NU

incentivar o desejo de desenvolvimento contínuo,


preparar pessoas para transformar algo. A filosofia
A

deweyana remete a uma prática docente baseada na


AT

liberdade do aluno para elaborar as próprias certezas,


EN

conhecimentos e regras morais. Isso não significa reduzir a


importância do currículo ou do educador.
3R

Apesar de ter trabalhado com Pestalozzi, de forma


independente e crítica, formalizou seus próprios princípios
97

educacionais enfocando o período da infância, insistindo para Assim, a pedagogia deweyana se apoia no pragmatismo em
78

que as necessidades infantis fossem plenamente que o “fazer” do educando se torna o centro da
16

desenvolvidas. Ao abrir o primeiro jardim de infância, as aprendizagem (o professor não controla a aprendizagem
das técnicas culturais, mas se torna um guia que organiza
61

crianças poderiam se expressar por meio de diferentes


atividades envolvendo percepção sensorial, linguagem oral e regula os processos de pesquisa da classe), num caminho
07

associada à natureza e à vida e dos brinquedos. em que a pedagogia esteja alinhada as ciências para recorrer
S

Paralelamente dedicou-se a fundação de outros jardins, à seus problemas.


NE

formação de professores e elaboração de métodos e


equipamentos pedagógicos.
NU

ÉMILE DURKHEIM (1858-1917)


A
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Essas ideias e os diferentes matériais desenvolvidos tinham


EN

uma aplicação prática na primeira infância, mas considerava- “A sociedade e cada meio social
se que elas se estendiam a todos os níveis educacionais, pois, particular determinam o ideal
R

para ele o conhecimento se dá por meio do: Manuseio que a educação realiza”
73

de objetos e a participação em atividades diversas de


89

livre expressão por meio da música (...)


7

possibilitariam que o mundo interno da criança se Para Durkheim, quanto mais eficiente
16

exteriorizasse a fim de ela que pudesse, então, ver-se for o processo educativo, melhor será
61

objetivamente e modificar-se, observando, o desenvolvimento da comunidade


em que a escola está. Além de
07

descobrindo e encontrando soluções. Apud (OLIVEIRA,


2007 p. 68) caracterizar a educação como um bem social, a
S

relacionou pela primeira vez às normas sociais e à


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cultura local. Durkheim não desenvolveu métodos


pedagógicos, mas suas ideias ajudaram a
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compreender o significado social do trabalho do Os métodos e as atividades propostos pelo educador
professor, tirando a educação escolar da perspectiva têm por objetivo, fundamentalmente, desenvolver

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individualista. Segundo Durkheim, o papel da ação três atributos: a observação, a associação e a

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educativa é formar um cidadão que tomará parte do expressão. A observação é compreendida como uma atitude

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espaço público, não somente o desenvolvimento individual. constante no processo educativo. A associação permite que o
Durkheim é também considerado um dos mentores dos ideais conhecimento adquirido pela observação seja entendido em

3R
republicanos de uma educação pública, monopolizada pelo termos de tempo e de espaço. E a expressão faz com que a
Estado e laica, liberta da influência do clero romano. criança externe e compartilhe o que aprendeu.

97
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Maria Montessori (1870 – 1952)

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"A tarefa do professor é
preparar motivações para

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atividades culturais, num
ambiente previamente

A
organizado”.

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Médica psiquiatra iniciou seus
estudos e trabalho com crianças

3
com deficiência mental em uma

97
clinica psiquiatra de Roma.

78
16 Contrapondo-se aos métodos
OVIDE DECROLY (1871 – 1932) tradicionais que não respeitavam
as necessidades e processo
61

evolutivo do desenvolvimento da criança, a pedagogia


07

“A sala de aula está por montessoriana se insere no movimento Escola Nova,


toda parte, na cozinha, no
S

ocupando papel de destaque devido as técnicas aplicadas na


jardim, no museu, no
NE

educação infantil e primeiras séries do ensino formal.


campo, na oficina, na Montessori defendia que a função da educação é
NU

fazenda, na loja, na favorecer o progresso infantil de acordo com os


excursão, nas viagens...” aspectos biológicos de cada criança. Em sua concepção,
A

como os estímulos externos formam o espírito infantil, eles


AT

"Convém que o trabalho das precisam ser determinados. Dessa forma além de propor
EN

crianças não seja uma que, em sala de aula, a criança fosse livre para agir
simples cópia, é necessário sobre os objetos sujeitos a sua ação, desenvolveu
3R

que seja realmente a jogos e outros materiais didáticos que passaram a ter
expressão de seu pensamento" um papel predominante no trabalho educativo. Esses
97

materiais tinham a função de estimular e desenvolver a


78

Médico belga, sua obra educacional destaca-se pelo valor que


criança numa busca detalhada do conteúdo a ser trabalhado,
colocou as condições do desenvolvimento infantil, da
16

prevendo exercícios destinados a evolução das diversas


atividade da criança e a função global do ensino. Ao trabalhar
61

funções psicológicas. Criou instrumentos elaborados


com crianças excepcionais, Decroly foi ao mesmo tempo
para educação motora, e para a educação dos
07

educador, psicólogo e médico, criou metodologia com base sentidos e da inteligência.


no interesse e na auto-avaliação. Sua teoria
S

fundamentada em princípios psicológicos e


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sociológicos destaca-se a promoção do trabalho em


NU

equipe e individual do ensino, com o fim de preparar o


indivíduo para a vida. Como pressuposto básico
A

acreditava que a necessidade gera o interesse, veículo


AT

de direção ao conhecimento, e caso despertado, seria a base


EN

de toda atividade que incitaria a criança a observar, associar


e expressar-se. Para ela a educação não se constituía
R

em uma preparação para a vida adulta, porque a


73

criança deve aproveitar a infância e a juventude para


resolver as dificuldades compatíveis ao seu momento
89

de vida. Considerando seu interesse pelo intelectual,


7
16

preocupava-se com o domínio de conteúdos, contudo


defendia e tentava viabilizar formas de apresentá-los
61

mediante interesse do aluno. Seu método destinado às


07

crianças das classes primárias tentava romper com o modelo


disciplinar e as deficiências do sistema educativo vigente da
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época.
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Conhecimentos Gerais - Educação 9


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aluno e o professor deve ajudá-lo a superar o erro. Ao lado
da pedagogia do trabalho e do êxito, Freinet propôs uma

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pedagogia do bom senso, pela qual a aprendizagem resulta
Um dos materiais criados por ela mais usado é o

AT
de uma relação dialética entre ação e pensamento, teoria e
Material Dourado .
prática.

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JEAN PIAGET (1896-1980)

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“Em suas pesquisas,
concebeu a criança como

16
ser dinâmico, que a todo o

61
momento interage com a

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realidade, utilização de
objetos e pessoas.”

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Foi o nome mais influente

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no campo da educação
durante a segunda

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metade do século XX. Ele

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criou um campo de

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investigação que

RE
denominou epistemologia genética – centrada no
CELESTIN FREINET (1896 – 1966) desenvolvimento natural da criança.

3
Educar, para ele, é estimular a procura do

97
“A escola deve ser fundamentada em quatro eixos:
conhecimento. Com Piaget, ficou claro que crianças
cooperação, comunicação, documentação e

78
não raciocinam como adultos e apenas gradualmente
afetividade”. se inserem nas regras, valores e símbolos da
16
maturidade psicológica. Essa inserção se dá mediante
61

Foi um dos educadores que


assimilação e acomodação. O primeiro consiste em incorporar
renovou as práticas pedagógicas de
07

objetos do mundo exterior a esquemas mentais


seu tempo. Crítico da escola
preexistentes. Já a acomodação se refere a modificações dos
S

tradicional, para ele “a sistemas de assimilação por influência do mundo externo.


NE

educação que a escola dava às Segundo Piaget, há quatro estágios básicos do


crianças deveria extrapolar os
NU

desenvolvimento cognitivo: Sensório motor, Pré-


limites da sala de aula e operacional, operatório concreto e o operatório
integrar-se às experiências por
A

formal.
AT

elas vividas em seu meio


social”. De acordo com seu
EN

pensamento, a sociedade é plena


SENSÓRIO-MOTOR – ATÉ 2 ANOS
de contradições que refletem interesses antagônicos das
3R

classes sociais existentes, que penetram na vida social,


97

inclusive na escola (OLIVEIRA, 2007, p. 77).


78

Partindo dessas ideias, não poupou a escola tradicional se


16

mostrando contra o autoritarismo do sistema educacional


61

tradicional, expresso nas regras rígidas, no conteúdo


arbitrário, fragmentado disfarçado em relação social e ao
07

progresso da ciência. Sua corrente pedagógica partia do


S

respeito mútuo entre professor e aluno, a ordem e a


NE

disciplina em sala de aula se estabeleciam naturalmente.


Suas técnicas: “o jornal escolar, correspondências
NU

interescolar, desenho livre, a livre expressão, as aulas-


passeio, o livro da vida” têm como objetivo favorecer o
A
AT

desenvolvimento de métodos naturais da linguagem, da No estágio sensório-motor, que dura do nascimento até
matemática, das ciências naturais e das ciências sociais num
EN

aproximadamente o segundo ano de vida, a criança busca


contexto de atividades significativas. Desse modo, adquirir controle motor e aprender sobre os objetos que a
R

possibilita às crianças sentirem-se sujeitos do rodeiam. Esse estágio é chamado sensório-motor, pois o
processo de aprendizagem e a partir do seu interesse
73

bebê adquire o conhecimento por meio de suas próprias


estabelecer condições da apropriação do
89

ações que são controladas por informações sensoriais


conhecimento. Para ele, um dos deveres do professor imediatas. Neste período o desenvolvimento físico acelerado
7

é criar uma atmosfera laboriosa na escola, para


16

é o suporte para o aparecimento de novas habilidades, como


estimular as crianças a fazer experiências, procurar sentar, andar, o que propiciara um domínio maior do
61

respostas para suas necessidades e inquietações, ambiente.


07

ajudando e sendo ajudadas por seus colegas e Ao fim do período por volta dos dois anos a criança obtém
buscando no professor alguém que organize o uma atitude mais ativa e participativa, é capaz de entender
S

trabalho. Outra função do professor é colaborar para o êxito


NE

algumas palavras, mas produz uma fala imitativa. Neste


dos alunos. Para ele, o fracasso desequilibra e desmotiva o
NU
TA

10
NA

Conhecimentos Gerais - Educação


RE
61
07
S
NE
NU
período a inteligência prática é acentuada na percepção e no Dificuldades de transformação: são incapazes de
motor, essa inteligência é utilizada a partir de seus esquemas compreender os processos que implicam mudança. Seu

A
sensoriais e motores vindo dos reflexos genéticos para pensamento é estático, estão sempre no momento presente,

AT
solucionar problemas imediatos como pegar, jogar ou chutar não considerando os anteriores, nem antecipando o futuro.
bola.

EN
O estágio subdivide-se em até 6 subestágios nos quais o Reversibilidade: são incapazes de compreender um

3R
bebê apresenta desde reflexos até uma capacidade processo inverso ao observado. Seu pensamento é
representacional do uso de símbolos. irreversível.

97
As principais características observáveis durante essa fase,

78
que vai até os dois anos de idade da criança são:
Centralização: incapacidade para se centrar em mais de um
 a exploração manual e visual do ambiente;

16
aspecto da situação. São incapazes de globalizar.
 a experiência obtida com ações, a imitação;

61
 a inteligência prática (através de ações);

07
Não conservação: não são capazes de compreender que a
 ações como agarrar, sugar, atirar, bater e chutar;
quantidade pode permanecer embora mude seu aspecto ou

S
 a coordenação das ações proporciona o surgimento do
aparência. No exemplo da figura em massa de modelar, não

NE
pensamento;
entenderiam que a quantidade seria a mesma com qualquer
 a centralização no próprio corpo;

NU
formato que assumisse.
 a noção de permanência do objeto;
Podemos citar que no Período Sensório-motor a criança

A
Neste estágio os padrões de pensamento sensório-motor

T
conquista, através da percepção e dos movimentos, todo o
variam para um incremento da capacidade de usar símbolos e

NA
universo que a cerca. Ela assimila que: se puxar a toalha da imagens dos objetos do meio ambiente. Esse momento é
mesa, o pote de bolacha ficará mais próximo dela (conduta

RE
marcado por aparecimento da linguagem oral que lhe dará
do suporte).
possibilidade de além de se utilizar da inteligência prática
PRÉ-OPERACIONAL – ATÉ 7 ANOS

3
decorrente dos esquemas sensoriais e motores, formados na

97
fase anterior. A criança desenvolve, ainda, a linguagem, as

78
imagens mentais e jogos simbólicos, assim como muitas
habilidades preceituais e motoras. Apesar disso, o
16
pensamento e a linguagem estão reduzidos, no geral, ao
61

momento presente e a acontecimentos concretos. Desenvolve


07

atividade de comunicação de tipo informativo e também de


controle da conduta dos outros, isto é pede, pergunta, dá
S

ordens..., para provocar as condutas que deseja em outros. A


NE

criança já antecipa o que vai fazer, desenvolve o pensamento


NU

aceleradamente, no final do período começa a querer saber a


razão causal e finalista de tudo, é a famosa fase dos (por
A

quês).
AT
EN

OPERATÓTIO CONCRETO– ATÉ 11 ANOS


3R

O segundo estágio de desenvolvimento considerado por


97

Piaget é o estágio pré-operacional, que coincide com a fase


78

pré-escolar e vai dos dois anos de idade até os sete anos em


16

média. Nesse período, as características observáveis mais


importantes são:
61

 inteligência simbólica;
07

 o pensamento egocêntrico, intuitivo e mágico;


S

 a centralização (apenas um aspecto de determinada


NE

situação é considerado);
 a confusão entre aparência e realidade;
NU

 ausência da noção de reversibilidade;


 o raciocínio transdutivo (aplicação de uma mesma
A
AT

explicação a situações parecidas);


 a característica do animismo (vida a seres inanimados).
EN

No estágio operatório concreto, que dura dos 7 aos 11


R

De acordo com Pedrosa & Navarro, os cinco aspectos mais anos de idade em média, a criança começa a lidar com
importantes do pensamento neste estágio são:
73

conceitos como os números e relações. Esse estágio passa a


manifestar-se de modo mais evidente o que coincide (ou
89

Egocentrismo: são incapazes de compreender as coisas de deve coincidir) com o início da escolarização formal e é
7

outro ponto de vista que não seja o seu. Tem a tendência de


16

caracterizado por uma lógica interna consistente e pela


tomar o seu ponto de vista como o único, sem compreender habilidade de solucionar problemas concretos. Neste
61

o dos demais por estar centrados em suas ações. O momento, o declínio no egocentrismo passa a ser mais
07

egoncentrismo se caracteriza basicamente por uma visão de visível. O declínio do egocentrismo se entende a linguagem
realidade que parte do próprio eu. que se torna mais socializada, e a criança será capaz de levar
S

em conta o ponto de vista do outro, assim objetos e pessoas


NE
NU
TA

Conhecimentos Gerais - Educação 11


NA
RE
61
07
S
NE
NU
passam a ser mais bem explorados nas interações das
crianças.

A
 Por volta dos 7 anos, o equilíbrio entre a assimilação e a

AT
acomodação torna-se mais estável;

EN
 Surge a capacidade de fazer análises lógicas;
 A criança ultrapassa o egocentrismo, ou seja, dá-se um

3R
aumento da empatia com os sentimentos e as atitudes

97
dos outros;
 Mesmo antes deste estágio a criança já é capaz de

78
ordenar uma série de objetos por tamanhos e de

16
comparar dois objetos indicando qual é o maior, mas

61
ainda não é capaz de compreender a propriedade

07
transitiva (A é maior que B, B é maior que C, logo A é
maior que C). No início deste estágio a criança já é

S
capaz de compreender a propriedade transitiva, desde

NE
que aplicada a objetos concretos que ela tenha visto;

NU
 Começa a perceber a conservação do volume, da massa,
do comprimento, etc.

A
 Neste estágio, também algumas características das

T
crianças começam a ser aprimoradas, como exemplo

NA
elas se concentram mais nas atividades; colaboram mais

RE
com os colegas; apresentam responsabilidade e respeito
mutuo e participações em grupo.

3
97
78
OPERATÓTIO FORMAL – A PARTIR DOS 12 ANOS 16
Segundo Piaget a criança constrói ativamente as suas
61
estruturas cognitivas através de um processo de: assimilação,
acomodação e equilibração.
07
S

O SIGNIFICADO DOS TERMOS ASSIMILAÇÃO,


NE

ACOMODAÇÃO, ADAPTAÇÃO E EQUILIBRAÇÃO NA


TEORIA CONSTRUTIVISTA
NU
A

A equilibração é o processo pelo qual a criança passa, até se


AT

adaptar ao meio em que vive, através da assimilação e da


acomodação.
EN
3R

Através da assimilação a criança procura adaptar um


novo dado (o que a criança vê ou ouve de novo) às
97

estruturas cognitivas que já possui. Por exemplo,


78

No estádio operatório formal – desenvolvido a partir dos 12 suponha-se que a criança está a aprender a identificar os
16

anos de idade em média – o adolescente começa a raciocinar animais, e até ao momento o único que ela conhece é o cão.
lógica e sistematicamente. Esse estágio é definido pela Deste modo, quando lhe é apresentado um outro animal
61

habilidade de engajar-se no raciocínio proposicional. As parecido com o cão, como o cavalo, ela também o identifica
07

deduções lógicas podem ser feitas sem o apoio de objetos como sendo um cão, pois possuem características
concretos. Aprende a criar conceitos e ideias. Diferente do semelhantes.
S
NE

período anterior, agora o adolescente tem o pensamento


formal abstrato. Ele não necessita mais de manipulação ou
NU

referência concreta. No lado social a vida em grupo é um


aspecto significativo junto com o planejamento de ações
A

coletivas. Reflete sobre a sociedade e quer transformá-la,


AT

mais tarde vem o equilíbrio entre pensamento e realidade.


EN

O pensamento hipotético-dedutivo é o mais importante


aspecto apresentado nessa fase de desenvolvimento, pois o
R

ser humano passa a criar hipóteses para tentar explicar e


73

sanar problemas, o foco desvia-se do "é" para o "poderia


89

ser". As bases do pensamento científico aparecem nessa Através da acomodação, a criança modifica uma
etapa do desenvolvimento. estrutura cognitiva que já possui. Continuando com o
7
16

exemplo do cavalo e do cão, quando a criança vê o cavalo e


diz "cão", o adulto corrige-a dizendo que aquilo é um cavalo.
61

Depois de corrigida, a criança acomoda aquele estímulo a


07

uma nova estrutura cognitiva, criando um novo esquema.


Assim, a criança passa a ter um esquema para cão e outro
S
NE

para cavalo. Assim, segundo a Teoria Construtivista, o sujeito


é ativo e em todas as etapas de sua vida procura conhecer e
NU
TA

12
NA

Conhecimentos Gerais - Educação


RE
61
07
S
NE
NU
compreender o que se passa à sua volta. Mas não o faz de
forma imediata, pelo simples contato com os objetos. Suas

A
possibilidades, a cada momento decorrem do que Piaget

AT
denominou esquemas de assimilação, ou seja, esquemas
de ação (agitar, sugar, balançar) ou operações

EN
mentais (reunir, separar, classificar, estabelecer relações),

3R
que não deixam de ser ações, mas se realizam no plano
mental. Estes esquemas se modificam como resultado do

97
processo de maturação biológica, experiências, trocas

78
interpessoais e transmissões culturais. Por outro lado, os

16
objetos do conhecimento apresentam propriedades e
particularidades que nem sempre são assimiladas

61
(incorporadas) pelos esquemas já estruturadas no sujeito.

07
Isto ocorre, ou porque o esquema assimilado é muito geral e
não se aplica a uma situação particular, ou porque é ainda

S
NE
insuficiente para dar conta de um objeto mais complexo.
Assim, uma criança que já construiu o esquema de sugar,

NU
assimila a mamadeira, mas terá que modificar o esquema
para sugar a chupeta, comer com colher, etc. Outro exemplo:

A
um aluno que já construiu o conceito de tranformação, terá

T
NA
que compreendê-lo tanto em situações específicas da vida
cotidiana, como em conteúdos de História, Geografia,

RE
Biologia, etc. A este mecanismo de ampliação ou modificação
de um esquema de assimilação, Piaget chamou

3
97
de acomodação. E fica claro que, embora seja "provocado" Lev Semenovich Vygotsky (1896 – 1934)
pelo objeto, é também possível graças à atividade do sujeito,

78
pois é este que se modifica para a construção de novos 16 “O saber que não vem da
conhecimentos. O conteúdo das assimilações e acomodações experiência não é realmente
61

variará ao longo do processo de desenvolvimento cognitivo,


saber”;
07

mas a atividade inteligente é sempre um processo ativo e “O caminho do objeto até a


organizado de assimilação do novo ao já construído, e de criança e desta até o objeto passa
S

acomodação do construído ao novo. Fica assim estabelecida a


NE

por outra pessoa”


relação do sujeito conhecedor e do objeto conhecido. Por
NU

aproximações sucessivas, articulando assimilações e Habilitado em direito, filosofia,


acomodações, completa-se o processo a que Piaget chamou medicina e psicologia, foi professor de
A

de adaptação. A cada adaptação realizada, novo esquema


pedagogia. Vygotsky atribuía um
AT

assimilador se torna estruturado e disponível para que o papel preponderante às relações


EN

sujeito realize novas acomodações e assim sucessivamente. sociais, por isso a corrente pedagógica é chamada de
O que promove este movimento é o processo de socioconstrutivismo. Para Vygotsky, a formação se dá numa
3R

equilibração, conceito central na teoria construtivista.


relação dialética entre o sujeito e a sociedade a seu redor.
Diante de um desafio, de um estímulo, de uma lacuna no
97

Outro conceito-chave de Vygotsky é a mediação. Segundo


conhecimento, o sujeito se "desequilibra" intelectualmente, ele, o primeiro contato da criança com novas atividades,
78

fica curioso, instigado, motivado e, através de assimilações e habilidades ou informações deve ter a participação de um
16

acomodações, procura restabelecer o equilíbrio que é sempre adulto. O aprendizado não se subordina totalmente ao
dinâmico, pois é alcançado por meio de ações físicas e/ou
61

desenvolvimento das estruturas intelectuais da criança, mas


mentais.
07

se alimenta do outro, provocando saltos de nível de


O pensamento vai se tornando cada vez mais complexo e conhecimento.
S

abrangente, interagindo com objetos do conhecimento cada


NE

vez mais abstratos e diferenciados.


A teoria do Vygotsky tem como princípio a análise nos
NU

seguintes fatores do desenvolvimento, que são:


o filogenético (a espécie humana tem sua própria
A

história), ontogenético (o indivíduo tem sua


AT

história), sociogenético (o sujeito deve ser considerado em


EN

sua relação sócio-cultural) e microgenético (o


desenvolvimento do indivíduo é singular, cada um tem seu
R

tempo de assimilação).
73
89

O ensino, para Vygotsky, deve se antecipar ao que o aluno


7

ainda não sabe nem é capaz de aprender sozinho. Isso é um


16

de seus principais conceitos, o de zona de desenvolvimento


61

proximal, que é a distância entre o desenvolvimento real da


criança e aquilo que ela tem potencial de aprender. Saber
07

identificar essas duas capacidades e trabalhar o percurso de


S

cada aluno entre ambas são as principais habilidades que um


NE

professor precisa ter. É importante ressaltar que a principal


NU

preocupação de Vygotsky não foi elaborar uma teoria do


TA

Conhecimentos Gerais - Educação 13


NA
RE
61
07
S
NE
desenvolvimento infantil, mas de compreender sociedade e, em Vygotsky é esta relação que determina o

NU
desenvolvimento psicológico do ser humano e para isso era desenvolvimento do indivíduo. Face a esse entendimento de
necessário recorrer à infância como ponto inicial, justificando Vygostky temos que nos perguntar, como professores, que

A
AT
que “a necessidade do estudo da criança reside no fato de tipos de ambientes de aprendizagem são mais adequados
ela estar no centro da pré-história do desenvolvimento para gerar aprendizagens e favorecer o desenvolvimento da

EN
cultural devido ao surgimento do uso de instrumentos e da criança. Há em colaboração entre as crianças e entre elas e

3R
fala humana” (REGO, 2004 p. 25). os adultos. Já, Piaget, coloca que a aprendizagem se produz
pela interação do indivíduo com os objetos da realidade, onde

97
Para Vygotsky, o segredo é tirar vantagem das diferenças e a ação direta é a que gera o desenvolvimento dos esquemas
mentais. Colocando de outra forma, para Vygotsky a

78
apostar no potencial de cada aluno.
aprendizagem é produto da ação dos adultos que fazem a

16
VYGOTSKY E O CONCEITO DE ZONA DE mediação no processo de aprendizagem das crianças. Neste

61
processo de mediação, o adulto usa ferramentas culturais tais
DESENVOLVIMENTO PROXIMAL

07
como a linguagem e outros meios, e muito mais que ser um
processo de assimilação e acomodação (Piaget), é um

S
Para Vygotsky há a existência de dois níveis de
processo de internalização, no qual a criança domina e se

NE
desenvolvimento infantil. O primeiro é chamado de real e
apropria dos instrumentos culturais como os conceitos, as
engloba as funções mentais que já estão completamente

NU
ideias, a linguagem, as competências e todas as outras
desenvolvidas (resultado de habilidades e conhecimentos
possíveis aprendizagens. Para ele, portanto, o
adquiridos pela criança). Geralmente, esse nível é estimado

A
desenvolvimento dos processos cognitivos superiores, é
pelo que uma criança realiza sozinha. Essa avaliação,

T
resultado de uma atividade mediada. Mediador/a é aquele

NA
entretanto, não leva em conta o que ela conseguiria fazer ou
que ajuda a criança a alcançar um desenvolvimento que ela
alcançar com a ajuda de um colega ou do próprio professor.
ainda não atinge sozinha. O/a professor/a e os colegas com

RE
É justamente aí - na distância entre o que já se sabe e o que
maior experiência são os principais mediadores na escola.
se pode saber com alguma assistência - que reside o

3
segundo nível de desenvolvimento apregoado por Vygotsky

97
e batizado por ele de proximal.Nas palavras do próprio

78
psicólogo, "a zona proximal de hoje será o nível de 16
desenvolvimento real amanhã". Ou seja: aquilo que nesse
61
momento uma criança só consegue fazer com a ajuda de
alguém, um pouco mais adiante ela certamente conseguirá
07

fazer sozinha.
S
NE
NU
A
AT
EN
3R
97
78
16
61
07

HENRI WALLON (1914-1918)


S
NE

“A criança responde às
NU

impressões que as coisas lhe


Vygotsky, assim como Piaget, defende a ideia de que a causam com gestos dirigidos a
criança não é a miniatura de um adulto e sua mente funciona
A

elas”;
AT

de forma bastante diferente. Esta compreensão tem grandes


implicações para os professores porque nos obriga a
EN

compreender o aluno da forma com que ele é, e não da Nasceu em Paris, França, em 1879.
R

forma com que nós compreendemos o mundo. Assim, para a Graduou-se em medicina e
formação docente é de vital importância o estudo das
73

psicologia. Fez também filosofia.


diferentes teorias do desenvolvimento de forma que nos Atuou como médico na Primeira
89

permitam abordar o processo de ensino-aprendizagem do Guerra Mundial (1914-1918),


7

modo que o mesmo venha a responder às necessidades ajudando a cuidar de pessoas com
16

particulares da natureza infantil. Tanto Piaget como distúrbios psiquiátricos. Em 1925, criou um laboratório de
61

Vygotsky pensam que o desenvolvimento do indivíduo psicologia biológica da criança. Sua teoria pedagógica,
07

implica não somente em mudanças quantitativas, mas sim, que diz que o desenvolvimento intelectual envolve
em transformações qualitativas do pensamento. Ambos muito mais do que um simples cérebro, abalou as
S

reconhecem o papel da relação ente o indivíduo e a convicções numa época em que memória e erudição
NE
NU
TA

14
NA

Conhecimentos Gerais - Educação


RE
61
07
S
NE
NU
eram o máximo em termos de construção do educadores.
conhecimento. Wallon foi o primeiro a levar não só o

A
corpo da criança, mas também suas emoções para Boa parte dos conceitos de Winnicott se refere ao

AT
dentro da sala de aula. Fundamentou suas ideias em "desenvolvimento emocional primitivo", cujos efeitos,
quatro elementos básicos que se comunicam o tempo todo: a segundo ele, são de importância crucial para o indivíduo por

EN
afetividade, o movimento, a inteligência e a formação do eu se estenderem para além da infância. Muitos problemas da

3R
como pessoa. Militante apaixonado (tanto na política como na fase adulta estariam vinculados a disfunções ocorridas entre
educação), dizia que reprovar é sinônimo de expulsar, negar, a criança e o "ambiente", representado geralmente pela mãe.

97
excluir. Ou seja, "a própria negação do ensino". As Os conceitos de verdadeiro e falso self (em inglês, palavra

78
emoções, para Wallon têm papel preponderante no que se refere à própria pessoa) são um bom exemplo. "O self
desenvolvimento da pessoa. É por meio delas que o aluno se forma com base nas experiências que o bebê acumula", A

16
exterioriza seus desejos e suas vontades. Em geral são relação com a mãe leva o bebê a administrar a própria

61
manifestações que expressam um universo importante e espontaneidade e as expectativas externas. "Se a mãe aceitar

07
perceptível, mas pouco estimulado pelos modelos tradicionais as manifestações do bebê - como a fome, o desconforto, o
de ensino. prazer e a vontade -, em vez de impor o que acredita ser o

S
certo, o bebê vai acumulando experiências nas quais ele é

NE
sempre o sujeito, e o self que se forma pode então ser

NU
considerado verdadeiro". Porém o self construído em torno
da vontade alheia é o que Winnicott chama de falso e que

A
priva o indivíduo de liberdade e de criatividade.

T
NA
Aconchego e proteção

RE
Uma das frases famosas de Winnicott é "não existe essa

3
coisa chamada bebê", querendo dizer que não há criança

97
sem uma mãe (que não precisa ser necessariamente a que

78
deu à luz). Vem daí a ideia da "mãe suficientemente boa",
aquela cuja percepção - consciente ou inconsciente - das
16
necessidades do bebê a leva a responder adequadamente
61

aos diferentes estágios do desenvolvimento dele. Isso faz


07

com que se crie um ambiente - nomeado por Winnicott de


holding (cuja melhor tradução para o português, segundo
S
NE

Bogomoletz, seria "colo") - propício a um processo de


formação de um ser humano independente. "O holding é o
NU

somatório de aconchego, percepção, proteção e alegria


OUTROS PENSADORES fornecidos pela mãe", diz ele. Começa como algo vital, como
A

o oxigênio e a alimentação, e se dilui conforme o bebê


AT

cresce.
EN

Donald Winnicott -1896/1971 Os educadores devem fornecer holding no ambiente


3R

escolar", segundo Bogomoletz.


97
78
16
61
07
S
NE
NU
A
AT
EN

Donald Winnicott, o defensor da imaginação -Médico


R

inglês enfatizou a importância de brincar e de criar para a


73

criança.
89

Trabalhando como médico com crianças separadas da família


em conseqüência da Segunda Guerra Mundial, o psicanalista
7

Isso significa tratar cada aluno como ele precisa. O termo


16

inglês Donald Winnicott encontrou um interessante campo de "inclusão", se for levado a sério, indica uma atitude de
estudo que lhe permitiu perceber etapas fundamentais do
61

holding. O acolhimento adequado pode, portanto, ajudar uma


desenvolvimento da pessoa. Foi assim que constatou, por criança regida por um self falso -
07

exemplo, a importância do brincar e dos primeiros anos de


vida na construção da identidade pessoal. As conclusões a
S
NE

que ele chegou são preciosas para o trabalho dos


NU
TA

Conhecimentos Gerais - Educação 15


NA
RE
61
07
S
NE
NU
Anísio Teixeira -1900/1971 sociais. Ao analisar o discurso na arte e na vida, o russo
revolucionou a teoria linguística no século xx.

A
AT
Ele pensava a educação escolar como um direito que deveria "A língua materna, seu vocabulário e sua estrutura

EN
ser estendido a toda a população, o que demandaria escolas gramatical, não conhecemos por meio de dicionários ou
gratuitas de todos os níveis de ensino. Além disso, acreditava manuais de gramática, mas graças aos enunciados concretos

3R
que a educação seria o meio para acabar com as diferenças que ouvimos e reproduzimos na comunicação efetiva com as
pessoas que nos rodeiam".

97
sociais existentes na sociedade brasileira.

78
Uma das distinções que ele se permite fazer é a classificação

16
dos gêneros quanto às esferas de uso da linguagem. Os
discursivos primários são espontâneos e se dão no âmbito da

61
comunicação cotidiana, que pode ocorrer na praça, na feira

07
ou no ambiente de trabalho. Já os secundários são

S
produzidos com base em códigos culturais elaborados, como

NE
a escrita (em romances, reportagens, ensaios etc.).

NU
Os caminhos de Bakhtin-
Pensar a linguagem para além das teorias da época

TA
NA
RE
“A educação e a sociedade são dois processos fundamentais

3
da vida, que mutuamente se influenciam.”

97
78
“Sou contra a educação como processo exclusivo de
formação de uma elite, mantendo a grande maioria da
16
população em estado de analfabetismo e ignorância”.
61
07
S
NE

Mikhail Bakhtin -1895/1975


NU
A
AT
EN
3R
97
78
16
61

Entendeu a linguagem como produto da interação social e da


07

interação dos interlocutores. Para ele, a língua não pode ser


S

considerada uma estrutura abstrata, sem realização concreta,


NE

tampouco mero reflexo da realidade material.


NU

Os conteúdos da consciência são tanto materiais como


A
AT
REN
73
789
16
61
07
S
NE
NU
TA

16
NA

Conhecimentos Gerais - Educação


RE
61
07
S
NE
NU
No campo da educação, Carl Rogers pouco se preocupou em
definir práticas. Chegou a afirmar que "os resultados do

A
Carl Rogers - 1902/1987 ensino ou não têm importância ou são perniciosos".

AT
Acreditava ser impossível comunicar diretamente a outra
pessoa o conhecimento que realmente importa e que ele

EN
definiu como "a verdade que foi captada e assimilada pela

3R
experiência pessoal". Além disso, Rogers estava convencido
de que as pessoas só aprendem aquilo de que necessitam ou

97
o que querem aprender. Sua atenção recaiu sobre a relação

78
aluno-professor, que deve ser impregnada de confiança e
destituída de noções de hierarquia. Instituições como

16
avaliação, recompensa e punição estão completamente

61
excluídas, exceto na forma de auto-avaliação. Embora

07
anticonvencional, a pedagogia rogeriana não significa
abandonar os alunos a si mesmos, mas dar apoio para que

S
caminhem sozinhos.

NE
NU
A
PAULO FREIRE -1921/1997

T
NA
RE
Defendia uma pedagogia experimental, centrada no aluno.

3
Para ele, os estudantes são mais criativos, aprendem melhor

97
e se tornam mais capazes de solucionar problemas quando os

78
professores atuam como facilitadores do aprendizado. 16
“Toda a nossa cultura procura insistentemente manter os
61

jovens afastados do contato com os problemas reais. Será


07

possível inverter essa tendência?”; “A única coisa que se


aprende e realmente faz diferença no comportamento da
S
NE

pessoa que aprende é a descoberta de si mesma”.


Desenvolveu um pensamento pedagógico assumidamente
NU

político. Para Freire, o objetivo maior da educação é


conscientizar o aluno. Isso significa, em relação às parcelas
A
AT

desfavorecidas da sociedade, levá-las a entender sua situação


de oprimidas e agir em favor da própria libertação. Freire
EN

entedia que a educação deveria se dar num processo


3R

dialógico que possibilitasse o desenvolvimento da consciência


crítica para a formação da personalidade democrática.
97
78

“Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra,


16

no trabalho, na ação reflexão.” ”O educador já não é o que


apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em
61

diálogo com o educando que, ao ser educado, também


07

educado”.
S
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Conhecimentos Gerais - Educação 17


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PIERRE BOURDIEU-1930/2002 está impregnado de poder e, portanto, estabelece a relação
de opressão, já que esta é produto da outra.

A
AT
Em nossa sociedade capitalista cujos meios de comunicação
são cada vez mais “ferozes” e os discursos mais sedutores, é

EN
de extrema importância dar luz às ideias de Foucault e trazê-

3R
las para a nossa realidade.

Nas relações humanas há o exercício do poder e este dita o

97
que é ou não verdade. O que é verdade? São discursos

78
sedimentados que foram aceitos ao longo do tempo.

16
Acontece desta maneira: lança-se um discurso. Ou as

61
pessoas aceitam, tornando-o verdade, ou não. Daí, pode-se
pensar em “loucura”. Foucault transmite a ideia de que é

07
um conceito social e não falta de razão, como acreditava

S
Descartes (René Descartes, filósofo).A loucura para Foucault

NE
era uma questão de discernimento em relação aos demais
e determinadas situações. Há pessoas que sabem qual

NU
comportamento” devem seguir para serem aceitas e outras
simplesmente não têm tal discernimento. Em sua obra Vigiar

A
Empreendeu uma investigação sociológica do conhecimento e Punir, o autor analisa o espaço (arquitetura) para o

T
NA
que detectou um jogo de dominação e reprodução de exercício do poder e o adestramento a ser realizado nesses
valores. No livro A Reprodução, analisou o funcionamento do espaços.

RE
sistema escolar francês e concluiu que, em vez de ter uma

3
função transformadora, ele reproduzia e reforçava as

97
desigualdades sociais. “Não há democracia efetiva sem um

78
verdadeiro poder crítico”; “Nada é mais adequado que o
exame para inspirar o reconhecimento dos vereditos
16
escolares e das hierarquias sociais que eles legitimam”.
61
07

Por meio de uma análise histórica inovadora, o filósofo viu na


S

educação moderna atitudes de vigilância e adestramento do


NE

corpo e da mente. Para Foucault, a escola é uma das


"instituições de sequestro", como o hospital, o quartel e a
NU

prisão. Espaços que moldam o pensamento e conduta do


A

homem.
AT

“Todo sistema de educação é uma maneira política de


EN

manter ou de modificar a apropriação dos discursos, com os


3R

saberes e os poderes que eles trazem consigo”


97
78

MICHEL FOUCAULT - 1926/1984


16
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789
16
61

Uma das grandes discussões de Foucault, em suas obras, é a


07

relação entre discurso e poder. Para ele quanto menos uma


pessoa exercer poder sobre outra melhor é a relação entre
S

essas pessoas. Sua filosofia diz que todo e qualquer discurso


NE
NU
TA

18
NA

Conhecimentos Gerais - Educação


RE
61
07
S
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NU
SIGMUND FREUD – 1856- Requer, também, um aprofundamento do saber das relações

A
humanas e suas vicissitudes. Pois, no processo ensino

AT
1939 aprendizagem, acima de métodos e técnicas, interagem

EN
pessoas de diferentes formações, afetos, carências e
demandas. Onde se insere, na maioria das vezes, totalmente

3R
despreparado, a figura do educador como mediador e
O explorador da mente
continente de todos os possíveis conflitos que surgem nos

97
relacionamentos dessa natureza.

78
A obra de Sigmund Freud,

16
centrada inicialmente na terapia de doenças emocionais, Freud acreditava que a personalidade era desenvolvida
também veio contribuir em muito na área social e na através de uma série de estágios de infância em que as

61
pedagogia, pois o ato de educar está intimamente energias da busca do prazer do ID tornam-se focadas em

07
relacionado com o desenvolvimento humano, especialmente determinadas áreas erógenas. Esta energia psicossexual,
do aparelho psíquico. ou libido , foi descrita como a força motriz por trás do

S
NE
Através das reflexões feitas pelo psicanalista, podemos comportamento.
entender melhor enquanto educadores, como se processa em

NU
nossos educando o desenvolvimento emocional e mental,
pois o ser humano constitui-se como um todo, razão e 5 FASES DO DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL

A
emoção. PARA FREUD

T
Segundo Freud, os estudos psicanalíticos devem direcionar-se

NA
mais a auxiliar o educador na difícil tarefa de educar, missão 1 – O ESTÁGIO ORAL

RE
quase impossível de ser realizada plenamente, pois o ser
humano vive numa constante luta entre suas forças internas, Faixa etária: Nascimento – 1 Ano

3
regidas pelo princípio do prazer (id) e as forças externas que Zona erógena: Boca

97
impõem juízos de valor (superego) sobre esses desejos. O Durante o estágio oral, a fonte primária de interação

78
educador precisa ajudar o educando a buscar esse equilíbrio do lactente ocorre através da boca, de modo que o
na construção do eu (ego) para que a aprendizagem possa
16
enraizamento e reflexo de sucção é especialmente
ocorrer de forma eficaz. importante.
61

Uma grande contribuição diz respeito à aprendizagem por


07

identificação, pois mostra que através de modelos de pessoas


que lhes foram significativas o ser humano motiva-se no
S

sentido de equiparar a elas sua auto-imagem. A teoria de


NE

Freud destaca a importância da relação professor-aluno. É


NU

necessário que o professor saiba sintonizar-se


emocionalmente com seus alunos, pois depende muito
A

desse relacionamento, dessa empatia, estabelecer um


AT

clima favorável à aprendizagem.


EN

Essa concepção exige do professor um amplo domínio tanto


3R

do conteúdo a ser ensinado quanto um conhecimento


pedagógico para que possa selecionar estratégias mais
97

adequadas para colaborar com a reorganização dos conceitos


78

do aluno.
16
61
07
S
NE

A boca é vital para comer e a criança obtém prazer da


estimulação oral por meio de atividades gratificantes, como
NU

degustar e chupar. A criança é totalmente dependente de


cuidadores (que são responsáveis pela alimentação dela),
A

e também desenvolve um sentimento de confiança e conforto


AT

através desta estimulação oral.


EN

O conflito principal nesta fase é o processo de desmame – a


criança deve tornar-se menos dependente de cuidadores. Se
R

ocorrer a fixação nesta fase, Freud acreditava que o indivíduo


73

teria problemas com dependência ou agressão. Fixação


89

oral pode resultar em problemas com a bebida, comer, fumar


7

ou roer as unhas.
16
61
07
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Conhecimentos Gerais - Educação 19


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07
S
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NU
2 – ESTÁGIO ANAL .Freud também acreditava que os meninos começam a ver seus pais
como rivais pelo afeto da mãe. O complexo de Édipo descreve

A
Faixa Etária: 1 a 3 anos esses sentimentos de querer possuir a mãe e o desejo de substituir o

AT
Zona erógena: Entranhas e controle da bexiga pai. No entanto, a criança também teme ser punida pelo pai por

EN
estes sentimentos, um medo que Freud denominou de angústia de
Durante a fase anal, castração.

3R
Freud acreditava que o O termo complexo de Electra tem sido usado para descrever um
foco principal conjunto semelhante de sentimentos vivenciados pelas jovens.

97
da libido estava no Freud, no entanto, acredita que as meninas, em vez disso

78
controle da bexiga e experimentam a inveja do pênis.
Eventualmente, a criança começa a se identificar com o genitor do

16
evacuações. O grande
conflito nesta fase é mesmo sexo como um meio de vicariamente possuir o outro

61
o treinamento do progenitor. Para as meninas, no entanto, Freud acreditava que

07
a inveja do pênis não foi totalmente resolvida e que todas as
toalete – a criança tem
mulheres continuam a ser um pouco fixadas neste estágio.
de aprender a controlar

S
Psicólogos como Karen Horney contestam esta teoria, chamando-a

NE
suas necessidades
de um tanto imprecisa e degradante para as mulheres. Em vez disso,
corporais. Horney propôs que os homens experimentam sentimentos de

NU
inferioridade porque eles não podem dar a luz à filhos, um conceito
à que ela se referiu como inveja do útero.

T A
NA
Desenvolver esse controle leva a um sentimento de 4 – O PERÍODO DE LATÊNCIA

RE
realização e independência. De acordo com Freud, o sucesso
nesta fase é dependente da maneira com que os pais se  Faixa etária: 6 anos – puberdade

3
aproximam no treinamento do toalete. Os pais que utilizam

97
 Zona erógena: sentimentos sexuais são inativos
elogios e recompensas para usar o banheiro no momento

78
oportuno incentivam resultados positivos e ajudam as Durante o período de latência, os interesses da libido são
16
crianças a se sentir capazes e produtivas. Freud acreditava suprimidos. O desenvolvimento do ego e superego
que experiências positivas durante este estágio servem de
61

contribuem para este período de calma. O estágio começa na


base para que as pessoas tornem-se adultos competentes,
07

época em que as crianças entram na escola e tornam-se mais


produtivos e criativos. preocupadas com as relações entre colegas, hobbies e outros
S

No entanto, nem todos os pais fornecem o apoio e interesses.


NE

encorajamento que as crianças precisam durante este


estágio. Alguns pais vão punir com ridicularização ou
NU

vergonha os acidentes das crianças. De acordo com Freud, as


respostas parentais inadequadas podem resultar em
A

resultados negativos. Se os pais levam uma abordagem que é


AT

muito branda, Freud sugeriu que poderia se desenvolver


EN

uma personalidade anal-expulsiva, em que o indivíduo tem


uma personalidade confusa ou destrutiva. Se os pais são
3R

muito rigorosos ou começam o treinamento do toalete muito


97

cedo, Freud acreditava que uma personalidade anal-


retentiva se desenvolveria, na qual o indivíduo é rigoroso,
78

ordenado, rígido e obsessivo.


16
61

3 – A FASE FÁLICA
07
S

Faixa etária: 3 a 6 anos


NE

Zona erógena: Genitais O período de latência é um tempo de exploração em que a


energia sexual ainda está presente, mas é direcionada para
NU

outras áreas, como atividades intelectuais e interações


sociais. Esta etapa é importante para o desenvolvimento de
A

habilidades sociais e de comunicação e autoconfiança.


AT

Durante a fase fálica, o


EN

foco principal da libido


é sobre os órgãos 5 – O ESTÁGIO GENITAL
R

genitais. Nessa idade,


73

as crianças também  Faixa etária: Puberdade à Morte


89

começam a descobrir  Zona erógena: Amadurecendo de Interesses Sexuais


as diferenças entre
7
16

machos e fêmeas.
61

Durante a fase final de desenvolvimento psicossexual,


o indivíduo desenvolve um forte interesse sexual pelo outro.
07

Esta fase começa durante a puberdade, mas passa por todo o


S

resto da vida de uma pessoa.


NE
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20
NA

Conhecimentos Gerais - Educação


RE
61
07
S
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NU
FREUD E O ATO FALHO

A
Evidenciou que o ato falho era como sintoma, constituição de

AT
compromisso entre o intuito consciente da pessoa e o

EN
reprimido.
Para muitos o ato falho são circunstâncias acidentais que não

3R
tem valor e não possuem consequência prática. Já para Freud

97
os atos falhos podem ser interpretados como manifestações
reprimidas.

78
16
61
07
S
NE
NU
Em fases anteriores, o foco foi exclusivamente nas
necessidades individuais, porém o interesse pelo bem estar

T A
dos outros cresce durante esta fase. Se as outras etapas

NA
foram concluídas com êxito, o indivíduo deve agora ser bem
equilibrado, tenro e carinhoso. O objetivo desta etapa é

RE
estabelecer um equilíbrio entre as diversas áreas da vida.

3
97
78
16
61
A dimensão social, para a psicanálise, encontra seu
fundamento constitutivo na linguagem. A análise é feita
07

através da palavra, do relato do analisando ao analista. Sem


S

a linguagem seria impossível essa interlocução e não existiria


NE

a psicanálise. Não só o inconsciente é estruturado como uma


linguagem, como os pensamentos conscientes, as ações, o
NU

modo de viver, a experiências com o mundo e o outro,


determinam o sujeito. Também são tributárias dessa
A

estrutura, aquilo que foi recalcado, pois constitui o


AT

inconsciente, estruturando-o através da linguagem. A


EN

linguagem, que está estruturada entre o significante e o


significado, é a estrutura básica para formação desse sujeito,
3R

seja a linguagem verbal, não verbal, corporal ou mista, entre


outros diversos tipos. A linguagem é a condição básica em
97

que nasce a cultura, os modos de pensar; é o que constrói o


78

homem, tornando-o sujeito.


16
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Conhecimentos Gerais - Educação 21


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NU
A TEORIA DAS INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS DE GARDNER O psicólogo não contesta que a inteligência seja a
“capacidade de entender ideias complexas e resolver

A
problemas”, mas, explica que existem várias formas

AT
de fazê-lo. Na obra, Gardner afirma que todos
nascem com o básico de cada inteligência e que a

EN
Howard Gardner -1943
cultura é sua base. De acordo com sua percepção,

3R
cada ambiente valoriza determinada habilidade.
Formado no campo da psicologia e da

97
neurologia, o cientista norteamericano
Howard Gardner causou forte impacto

78
na área educacional com sua teoria

16
das inteligências múltiplas, divulgada

61
no início da década de 1980. Seu DAVID AUSUBEL E A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
interesse pelos processos de

07
aprendizado já estava presente nos

S
primeiros estudos de pós-graduação,

NE
quando pesquisou as descobertas do
suíço Jean Piaget (1896-1980). Por outro lado, a dedicação à

NU
música e às artes, que começou na infância, o levou a supor 1918-2008
que as noções consagradas a respeito das aptidões

A
intelectuais humanas eram parciais e insuficientes.

T
NA
3RE
97
78
16
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S
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EN
3R

O pesquisador norte-americano David Paul Ausubel dizia


que, quanto mais sabemos, mais aprendemos. Quando sua
97

teoria foi apresentada, em 1963, as ideias behavioristas


78

predominavam. Acreditava-se na influência do meio sobre o


sujeito. O que os estudantes sabiam não era considerado e
16

entendia-se que só aprenderiam se fossem ensinados por


61

alguém.
07

A concepção de ensino e aprendizagem de Ausubel segue na


S

linha oposta à dos behavioristas. Para ele, aprender


NE

significativamente é ampliar e reconfigurar ideias já


existentes na estrutura mental e com isso ser capaz
NU

de relacionar e acessar novos conteúdos. "Quanto


maior o número de links feitos, mais consolidado
A
AT

estará o conhecimento".
EN

Além do mais, nem sempre basta ter a informação. "Aprender


leva tempo e as horas passadas na escola podem não ser
R

suficientes para mudar as ideias que o seu cotidiano e a sua


73

história reforçam", portanto aprender precisa ter sentido.


89

Para o especialista em Psicologia Educacional, o


7

conhecimento prévio do aluno é a chave para a


16

aprendizagem significativa.
61
07
S
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22
NA

Conhecimentos Gerais - Educação


RE
61
07
S
NE
Se ninguém pode obrigar o outro a pensar, ao

NU
FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO menos pode, e deve, convidá-lo e acompanhá-lo.
Esta é a tarefa do professor mediador: provocar

A
AT
o pensamento, incitar o educando a avançar no
processo de reflexão sobre si, sobre a realidade

EN
circundante, sobre o mundo, sobre o sentido

3R
último da existência. Em que as disciplinas que
lecionamos podem nos ajudar a levantar o véu

97
das obviedades e a fazer buscar reflexivamente os

78
porquês mais radicais da vida? Aí está um question-

16
amento para o professor em relação a si mesmo e

61
aos seus alunos.

07
S
NE
Neste sentido, faz-se necessário compreender

NU
que são muitos os elementos, os atores e as
situações envolvidas no contexto escolar, desde a

A
T
elaboração de uma proposta nacional, passando

NA
pelos pensadores de educação e finalizando no fazer

RE
do profissional na sala de aula, onde se materializa
toda a teoria.

3
97
78
16
61
07
S
NE
NU

Mas nem sempre se pensou e se quis uma escola


A

1- EDUCAR PARA O PENSAR


AT

para o pensar...
EN

O que é pensar? Não se trata do pensamento


como atributo da espécie humana, como uso natural
3R

da razão, mas do pensar reflexivo, do indagar que 2- TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS


97

vai além das aparências, da busca de sentido, de Quais foram as tendências pedagógicas que influ-
fundamento, dos porquês. enciaram a educação brasileira?
78
16

É preciso aprender a pensar. O pensamento Há duas correntes bem distintas dessas


61

espontâneo acompanha sempre nossa existência, tendências: as liberais e as progressistas.


07

como um rumor de fundo. O pensamento reflexivo,


S

porém, desperta quando nossa espontaneidade As tendências liberais são divididas em,
NE

não mais consegue resolver as dificuldades. É isso Tradicional, Renovadora Progressista, Renovadora
que significa reflexão: voltar-se sobre si mesmo para
NU

não-diretiva e Tecnicista.
analisar detidamente o próprio pensar e o próprio
A

agir. Por isso, o pensamento reflexivo começa As progressistas estão em três vertentes mais
AT

sempre com alguma interrogação. Pensar é pôr em comuns: A Libertadora, Libertária e Crítico-social-
EN

questão o chão das evidências, afinal nem sempre dos-conteúdos.


tão óbvias (ROBINET, 2004, 11-12). Nas palavras de
R

Paiva (2003, 27): “Estranhar a vida é convidá-la a


73

hospedar-se na casa do pensamento”.


89
7

O pensar exige decisão. Ninguém pode obrigar


16

o outro a refletir. Querer colocar-se diante da


61

existência não como um expectador, mas como um


07

pensador, é tornar-se sujeito inquieto e responsável


S

diante da exigência da verdade e do sentido, é sair da


NE

mesmice e da indolência, para se tornar realmente


NU

sujeito e não um objeto de sua própria história.


TA

Conhecimentos Gerais - Educação 23


NA
RE
61
07
S
NE
Metodologia: aprender experimentando,

NU
aprender a aprender;

A
Conteúdos: estabelecidos pela experiência;

AT
Avaliação: foco na qualidade e não na quanti-

EN
dade, no processo e não no produto.

3R
97
PEDAGOGIA TECNICISTA:  Neutralidade científica,

78
racionalidade e eficiência na educação. Essa

16
tendência ficou conhecida pelo seu objetivo que
PEDAGOGIA TRADICIONAL:  O objetivo da escola era preparar as pessoas para ser úteis na sociedade

61
era preparar os alunos para ocupar papéis na capitalista. O ensino ganhou um aspecto mais

07
sociedade, por meio do conteúdo adquirido em aulas técnico, para preparar pessoas produtivas. Telecurso,

S
expositivas pelo professor que era a figura central microensino, módulos educacionais, são produtos

NE
na relação de ensino aprendizagem. Os alunos eram consumidos nessa forma de pensar a educação.
considerados um “papel em branco” que deveria ser

NU
preenchido com aulas, exercícios e memorização, de
Papel da escola: produzir indivíduos compe-

A
forma passiva sem crítica ao conteúdo ensinado.

T
tentes para o mercado de trabalho;

NA
Papel do aluno: copiar bem, reproduzir o que
Papel da escola: preparar o intelectual;

RE
foi instruído fielmente;
Papel do aluno: Receptor passivo. Inserido em
Relação professor-aluno: o professor é o técni-

3
um mundo que irá conhecer pelo repasse de in-

97
co e responsável pela eficiência do ensino e o
formações;

78
aluno é o treinando;
Relação professor-aluno: autoridade e discipli- 16
Conhecimento: experiência planejada, o conhe-
na;
61

cimento é o resultado da experiência;


Conhecimento: Dedutivo. São apresentados
07

Metodologia: excessivo uso da técnica para


apenas os resultados para que sejam armazena-
atingir objetivos instrucionais, aprender-fazen-
S

dos;
NE

do, cópia, repetição, treino;


Metodologia: aulas expositivas, comparações,
Conteúdos: baseado nos princípios científicos,
NU

exercícios, lições/ deveres de casa;


manuais e módulos de auto-instrução. Vistos
Conteúdos: passados como verdades absolutas
A

como verdades inquestionáveis;


AT

- separadas das experiências;


Avaliação: uso de vários instrumentos de
Avaliação: centrada no produto do trabalho.
EN

medição, pouco fundamentada, confiança ape-


nas nas informações trazidas nos livros didáticos.
3R
97

PEDAGOGIA RENOVADORA: A pedagogia


78

PEDAGOGIA PROGRESSISTAS:  De acordo com


renovadora tem duas vertentes mais comuns:
16

Libâneo, essa tendência pode ser dividida em três:


A Renovadora Progressista e a Renovadora Não Progressista Libertária, Progressista Libertadora
61

diretiva. As duas tem em comum a busca pela e Progressista Crítico-social-dos-conteúdos. Essa


07

formação de pessoas ativas na escola. O Professor concepção é crítica, diferente das pedagogias
S

não esta no centro do processo de ensino, mas o liberais. O questionamento das realidades sociais é
NE

aluno que deve buscar, descobrir com a ajuda do o seu foco principal. Política e pedagogia andam de
professor que será um facilitador na construção do
NU

mãos dadas.
conhecimento
A
AT

Papel da escola: adequar necessidades individ- PROGRESSISTA LIBERTADORA:  A escola é o lugar


EN

uais ao meio, propiciar experiências cujo centro não só onde se aprende, mas deve se propor a
é o aluno;
R

discutir os problemas da comunidade. O professor


73

Papel do aluno: buscar, conhecer, experimen- irá coordenar as atividades com os alunos em busca
de uma transformação social. Esta tendência esteve
89

tar;
mais presente nas escolas públicas brasileiras.
7

Relação professor-aluno: Clima democrático,


16

o professor é um auxiliar na realização das ex-


61

periências; Papel da escola: ênfase no não-formal. É uma


07

Conhecimento: algo inacabado, a ser descober- escola crítica, que questiona as relações do
homem no seu meio;
S

to e reinventado, baseado em experiências cog-


NE

nitivas de modo progressivo em consideração Papel do aluno: refletir sobre sua realidade,
aos interesses; sobre a opressão e suas causas, resultando daí
NU
TA

24
NA

Conhecimentos Gerais - Educação


RE
61
07
S
NE
o engajamento do homem na luta por sua liber- Relação professor-aluno: Professor é autori-

NU
tação; dade competente que direciona o processo en-
sino-aprendizagem. Mediador entre conteúdos e

A
Relação professor-aluno: relação horizontal,

AT
posicionamento como sujeitos do ato de con- alunos;

EN
hecer; Conhecimento: construído pela experiência
Conhecimento: o homem cria a criatura na me- pessoal e subjetiva;

3R
dida em que, integrando-se nas condições de seu Metodologia: contexto cultural e social;

97
contexto de vida, reflete sobre ela e dá respostas Conteúdos: são culturais, uniersais, sempre

78
aos desafios que encontra; reavaliados frente à realidade social;

16
Metodologia: participativa, busca pela con- Avaliação: a experiência só pode ser julgada a

61
strução do conhecimento; partir de critérios internos do organismo, os ex-

07
Conteúdos: temas geradores extraídos da vida ternos podem levar ao desajustamento.
dos alunos, saber do próprio aluno;

S
NE
Avaliação: auto-avaliação ou avaliação mútua.

NU
A
PROGRESSISTA LIBERTÁRIA: É ligada ao anarquismo.

T
Busca a total ausência de poder. Essa tendência

NA
promove a participação das pessoas em movimentos

RE
sociais fora da escola, como sindicatos, associações
de moradores, etc. Os próprios alunos que propõem

3
97
os trabalhos escolares.

78
16
Papel da escola: Deve buscar transformar o alu-
61

no no sentido libertário e autogestionário, como


forma de resistência ao Estado e aos seus aparel-
07

hos ideológicos;
S

Papel do aluno: refletir sobre sua realidade,


NE

sobre a opressão e suas causas, resultando daí


NU

o engajamento do homem na luta por sua liber-


tação;
A
AT

Relação professor-aluno: o professor é o con-


EN

selheiro, uma espécie de monitor à disposição do


aluno;
3R

Conhecimento: reflexão sobre a cultura e busca


97

de respostas aos desafios que encontra;


78

Metodologia: Livre-expressão. Contexto cultur-


16

al. Educação estética;


61

Conteúdos: São colocados para o aluno, mas


07

não são exigidos. São resultantes das necessi-


dades di grupo;
S
NE

Avaliação: auto-avaliação, sem caráter punitivo.


NU
A
AT

PROGRESSIVA CRÍTICO SOCIAL DOS


EN

CONTEÚDOS: Essa tendência está em oposição a


Progressista Libertadora, pois em sua concepção a
R

escola deve assegurar o conhecimento sistematizado


73

historicamente e ser utilizado como pano de fundo


89

para as transformações sociais.


7
16

Papel da escola: Parte integrante do todo so-


61

cial. Prepara o aluno para participação ativa na


07

sociedade;
S

Papel do aluno: Sujeito no mundo e situado


NE

como ser social, ativo;


NU
TA

Conhecimentos Gerais - Educação 25


NA
RE
61
07
S
NE
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR Dentro desse contexto é grande relevância re-

NU
lembrarmos o conceito e a função de currículo
(BNCC)
escolar:

A
AT
EN
De acordo com César Coll (2003), o currículo

3R
escolar vai muito além do simples elenco de

97
disciplinas e conteúdos programáticos a serem

78
cumpridos em determinada carga horária. A

16
composição do currículo é um momento de
decisão, que é legitimado na prática educativa.

61
Dessa maneira, o currículo é um guia para a

07
construção do PPP e deve esboçar os objetivos

S
a serem alcançados em cada etapa da rotina

NE
A BNCC é um documento de caráter normativo que escolar, sugerindo uma reflexão sobre: - O que

NU
define o conjunto orgânico e progressivo de apren- ensinar? Quando ensinar? Como ensinar? Por
dizagens essenciais que todos os alunos devem que ensinar? Quais competências desenvolver?

A
desenvolver ao longo das etapas e modalidades da

T
NA
Educação Básica.

RE
Conforme definido na Lei de Diretrizes e Bases da

3
Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996), a Base

97
deve nortear os currículos dos sistemas e redes de

78
ensino das Unidades Federativas, como também as 16
propostas pedagógicas de todas as escolas públicas
61

e privadas de Educação Infantil, Ensino Fundamental


07

e Ensino Médio, em todo o Brasil.


S

Com a BNCC, os direitos de aprendizagem de


NE

todos os alunos passam a ser assegurados. Dessa


NU

forma, o principal objetivo da Base é  garantir a


educação com equidade, por meio da definição
A

AS APRENDIZAGENS ESSENCIAIS DEFINI-


AT

das competências essenciais para a formação do


cidadão em cada ano da educação básica. DAS NA BNCC
EN

Ao longo da Educação Básica, as aprendizagens


3R

essenciais definidas na BNCC devem concorrer para


97

assegurar aos estudantes o desenvolvimento de


78

dez competências gerais, que consubstanciam, no


âmbito pedagógico, os direitos de aprendizagem e
16

desenvolvimento.
61
07
S

Na BNCC,  competência  é definida como a


NE

mobilização de conhecimentos (conceitos e


NU

procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e


socioemocionais), atitudes e valores para resolver
A

demandas complexas da vida cotidiana, do pleno


AT

exercício da cidadania e do mundo do trabalho.


EN
R

Assim, a BNCC consiste na referência nacional Ao definir essas competências, a BNCC reconhece
73

que visa a orientar a elaboração do currículo que a “educação deve afirmar valores e estimular
89

específico de cada escola, sem descon- ações que contribuam para a transformação da
7

siderar as particularidades metodológicas, sociedade, tornando-a mais humana, socialmente


16

sociais e regionais de cada uma. Seu objetivo justa e, também, voltada para a preservação da
61

maior é garantir o mínimo a ser trabalhado natureza” (BRASIL, 2013)3, mostrando-se também
07

em cada etapa da Educação básica, vislum- alinhada à Agenda 2030 da Organização das Nações
brando diminuir a discrepância entre muitos
S

Unidas (ONU)4.
NE

currículos.
NU
TA

26
NA

Conhecimentos Gerais - Educação


RE
61
07
S
NE
É imprescindível destacar que as  competências

NU
gerais da Educação Básica, inter-relacionam-se e
desdobram-se no tratamento didático proposto para

A
AT
as três etapas da Educação Básica (Educação Infantil,
Ensino Fundamental e Ensino Médio), articulando-se

EN
na construção de conhecimentos, no desenvolvi-

3R
mento de habilidades e na formação de atitudes e
valores, nos termos da LDB.

97
78
16
61
O QUE A DEFINIÇÃO DE COMPETÊNCIAS

07
DADA PELA BNCC SIGNIFICA, NA

S
PRÁTICA?

NE
NU
Ela aponta para a necessidade de os alunos serem
capazes de utilizar os saberes que adquirirem para dar

A
conta do seu dia a dia, sempre respeitando princípios

T
universais, como a ética, os direitos humanos, a

NA
justiça social e a sustentabilidade ambiental. Ela

RE
também indica que as escolas promovam não apenas
o desenvolvimento intelectual, mas também o social,

3
97
o físico, o emocional e o cultural, compreendidos COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO

78
como dimensões fundamentais para a perspectiva
BÁSICA 16
de uma educação integral. Isso as diferencia das
habilidades, que são mais focadas no desenvolvi-
61

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historica-


mento cognitivo. mente construídos sobre o mundo físico, social,
07

cultural e digital para entender e explicar a reali-


S

dade, continuar aprendendo e colaborar para a


NE

COMO ENSINAR AS COMPETÊNCIAS? construção de uma sociedade justa, democrática


NU

e inclusiva.
A ideia não é planejar uma aula específica sobre essas
A

competências ou transformá- las em componente 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à


AT

curricular, mas articular a sua aprendizagem à de abordagem própria das ciências, incluindo a in-
EN

outras habilidades relacionadas às áreas do conhe- vestigação, a reflexão, a análise crítica, a imagi-
3R

cimento. Muitas dizem respeito ao desenvolvimento nação e a criatividade, para investigar causas,
socioemocional que, para acontecer de fato, deve elaborar e testar hipóteses, formular e resolver
97

estar incorporado ao cotidiano escolar, permeando problemas e criar soluções (inclusive tecnológi-
78

todas as suas disciplinas e ações. O desafio, portanto, cas) com base nos conhecimentos das diferentes
16

é complexo, pois impacta não apenas os currículos, áreas.


61

mas processos de ensino e aprendizagem, gestão,


formação de professores e avaliação.
07
S

As propostas não são totalmente novas. Várias de-


NE

las, como a necessidade de trabalhar empatia e coo-


NU

peração com os estudantes, já são praticadas em


muitas escolas. A questão, agora, é expandi-las para
A

as demais instituições de ensino e, naquelas em que


AT

isso é feito intuitivamente, incentivar a reflexão para


EN

que o planejamento seja realizado com intenciona-


R

lidade.
73
89
7
16

E QUAIS SÃO ESSAS COMPETÊNCIAS?


61

Para facilitar o entendimento, elas ganharam um


07

título que sintetiza suas principais características:


S
NE
NU
TA

Conhecimentos Gerais - Educação 27


NA
RE
61
07
S
NE
NU
A
AT
EN
3R
97
78
16
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísti-

61
07
cas e culturais, das locais às mundiais, e também
participar de práticas diversificadas da produção

S
NE
artístico-cultural.

NU
A
T
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RE
3
97
78
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais
16
de informação e comunicação de forma crítica,
61

significativa, reflexiva e ética nas diversas práti-


07

cas sociais (incluindo as escolares) para se comu-


S

nicar, acessar e disseminar informações, produz-


NE

ir conhecimentos, resolver problemas e exercer


NU

protagonismo e autoria na vida pessoal e coleti-


va.
A
AT
EN
3R
97
78
16
61
07
S
NE
NU
A

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou


AT

visual-motora, como Libras, e escrita), corporal,


EN

visual, sonora e digital –, bem como conhecimen-


R

tos das linguagens artística, matemática e científi-


73

ca, para se expressar e partilhar informações,


89

experiências, ideias e sentimentos em diferentes


7
16

contextos e produzir sentidos que levem ao en-


61

tendimento mútuo.
07
S
NE
NU
TA

28
NA

Conhecimentos Gerais - Educação


RE
61
07
S
NE
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências 8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde

NU
culturais e apropriar-se de conhecimentos e ex- física e emocional, compreendendo- se na diver-

A
periências que lhe possibilitem entender as sidade humana e reconhecendo suas emoções e

AT
relações próprias do mundo do trabalho e fazer as dos outros, com autocrítica e capacidade para

EN
escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao lidar com elas.

3R
seu projeto de vida, com liberdade, autonomia,
consciência crítica e responsabilidade.

97
78
16
61
07
S
NE
NU
TA
NA
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de

RE
conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e

3
promovendo o respeito ao outro e aos direitos

97
humanos, com acolhimento e valorização da di-
78
versidade de indivíduos e de grupos sociais, seus
16
saberes, identidades, culturas e potencialidades,
61

sem preconceitos de qualquer natureza.


07
S
NE
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A
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EN
3R
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07

7. Argumentar com base em fatos, dados e infor-


mações confiáveis, para formular, negociar e de-
S
NE

fender ideias, pontos de vista e decisões comuns


NU

que respeitem e promovam os direitos humanos,


a consciência socioambiental e o consumo re-
A

sponsável em âmbito local, regional e global,


AT

com posicionamento ético em relação ao cuida-


EN

do de si mesmo, dos outros e do planeta.


R
73
89
7
16

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, re-


61

sponsabilidade, flexibilidade, resiliência e deter-


07

minação, tomando decisões com base em princí-


pios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis
S
NE

e solidários.
NU
TA

Conhecimentos Gerais - Educação 29


NA
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NA
A BNCC tem como objetivo garantir a formação

RE
integral dos indivíduos por meio de desenvolvi-
mento das chamadas competências do século

3
97
XXI.

78
A sociedade contemporânea impõe um novo 16
olhar a questões centrais da educação, em
especial: o que aprender, para que aprender,
61

como ensinar e como avaliar o aprendizado.


07

As competências do século XXI dizem respeito a


S

formar cidadãos mais críticos, com capacidade


NE

de aprender a aprender, de resolver problemas,


NU

de ter autonomia para a tomada de decisões,


cidadãos que sejam capazes de trabalhar em
A
AT

equipe, respeitar o outro, o pluralismo de


ideias, que tenham a capacidade de argumentar
EN

e defender seu ponto de vista. AS DEZ COMPETÊNCIAS QUE FORAM DEFINIDAS


3R

As competências anteriormente descritas PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA:  CONHECIMENTOS,


implicam em uma desvinculação da escola HABILIDADES, ATITUDES E VALORES QUE
97

do passado, que valoriza a memorização de ESTIMULAM AÇÕES PRETENDEM CONTRIBUIR


78

conteúdos para uma escola que fomente a PARA A TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE,


16

reflexão e a valorização da pluralidade de TORNANDO-A MAIS HUMANA, SOCIALMENTE


61

saberes. Que tenha também como focos: a JUSTA E VOLTADA PARA A PRESERVAÇÃO DA
07

permanência na escola e a formação integral. NATUREZA.


S
NE
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A
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EN
R
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Conhecimentos Gerais - Educação


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Conhecimentos Gerais - Educação


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S
NE
NU
A
AT
EN

A NOVA VISÃO DE ENSINO APRENDIZADO NÃO


IMPLICA EM DEIXAR DE LADO O GRUPO DE
R

COMPETÊNCIAS CONHECIDAS COMO COGNITIVAS


73

(INTERPRETAR, REFLETIR, PENSAR ABSTRATAMENTE,


89

GENERALIZAR APRENDIZADOS), ATÉ PORQUE ELAS


7
16

ESTÃO RELACIONADAS ESTREITAMENTE COM AS


SOCIOEMOCIONAIS. PESQUISAS REVELAM QUE ALUNOS
61

QUE TÊM COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS MAIS


07

DESENVOLVIDAS APRESENTAM MAIOR FACILIDADE DE


S

APRENDER OS CONTEÚDOS ACADÊMICOS.


NE
NU
TA

32
NA

Conhecimentos Gerais - Educação


RE
61
07
S
NE
NU
AS HABILIDADES DEVEM SER DESENVOLVIDAS
NA BUSCA DAS COMPETÊNCIAS.

A
AT
EN
“COMPETÊNCIA  NÃO SE ALCANÇA, DESEN-
VOLVE-SE. COMPETÊNCIA É FAZER BEM O QUE

3R
NOS PROPOMOS A FAZER” (Vasco Moretto)

97
78
16
De maneira resumida, podemos dizer que
as competências no  contexto educacional

61
dizem respeito à  capacidade  do aluno de

07
mobilizar  recursos visando a abordar e resolver

S
uma situação complexa.

NE
Já as competências são um conjunto de habilida-

NU
des harmonicamente desenvolvidas  e que carac-
COMPETÊNCIA VERSUS DESEMPENHO terizam por exemplo uma função/profissão especí-

A
fica: ser arquiteto, médico ou professor de química. 

T
NA
O desempenho pode ser definido como um indicador

RE
da competência, ou seja, serve para orientar profes-
sores e gestores se os alunos estão desenvolvendo

3
97
as competências. Entretanto, é importante ter

78
em mente que  desempenho fraco não é, necessar-
iamente, sinônimo de falta de competência.  Nesse
16
caso, o  desempenho fraco  pode ser motivado por
61

diferentes fatores como, por exemplo, o  cansaço


07

físico e mental do aluno no momento da avaliação


S

e a quantidade de horas que dormiu ou deixou de


NE

dormir no dia anterior à avaliação.


NU

Assim, para avaliar se os alunos estão desenvol-


A

vendo de fato as competências, é importante avaliar


AT

periodicamente seu desempenho e realizar as inter-


EN

venções pedagógicas sempre que necessário.


3R
97

O QUE SÃO HABILIDADES?


78
16

Considerando um caso bem simples sobre habili-


dades: um indivíduo nas séries iniciais vai aprender
61

a ler e a escrever. Quando ele domina esse processo,


07

podemos falar que ele apresenta as habilidades de


S

ler e escrever. O importante é que com essas habil-


NE

idades ele alcance  a compreensão de um texto a


NU

partir de sua leitura. Sendo assim, caso ele domine a


escrita e a leitura, mas não consiga compreender os
A

textos, ele não será competente para esse domínio.


AT
EN

A partir desse exemplo e da explicação do conceito


R

de competência no contexto educacional, podemos


definir  a  habilidade como a aplicação prática de
73

uma determinada competência para resolver


89

uma situação complexa.


7
16

As habilidades estão associadas ao  saber fazer:


61

ação física ou mental que indica a capacidade ad-


07

quirida. Assim, identificar variáveis, compreender


fenômenos, relacionar informações, analisar situa-
S
NE

ções-problema, sintetizar, julgar, correlacionar e ma-


nipular são exemplos de habilidades.
NU
TA

Conhecimentos Gerais - Educação 33


NA
RE
61
07
S
NE
OS PRINCÍPIOS E AS PRÁTICAS DOS PROFESSORES

NU
PRECISAM SER COERENTES COM AS COMPETÊN-
CIAS A SEREM DESENVOLVIDAS

A
AT
EN
3R
97
78
16
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07
S
NE
NU
A
T
NA
AS COMPETÊNCIAS E A EDUCAÇÃO

RE
INFANTIL

3
97
78
O QUE DEVE SER GARANTIDO NAS PRÁTICAS DOS 16
PROFESSORES?
61
07
S
NE
NU

As dez competências indicadas devem ser realizadas


em toda a Educação Básica: começam na Educação
A
AT

Infantil e seguem até o Ensino Médio. Entre elas,


estão o pensamento científico, criativo e crítico,
EN

a comunicação, a cultura digital, autoconheci-


3R

mento e autocuidado. Na Educação Infantil, essas


competências estão ligadas aos seis direitos de
97

aprendizagem, entre eles o direito de conviver,


78

brincar e explorar. Por exemplo: autoconhecimento


16

e autocuidado estão interligados com o brincar e o


61

conviver. A competência de cultura digital está ligada


07

ao direito de explorar. Não basta dar foco a apenas


uma ou outra competência, mas garantir que haja
S
NE

uma variedade de experiências.


NU

DIREITOS DE APRENDIZAGEM E
A

DESENVOLVIMENTO
AT
EN

Para a Educação Infantil, a BNCC estabelece seis


direitos de aprendizagem e desenvolvimento
R

– Conviver, Brincar, Participar, Explorar, Expressar


73

e Conhecer-se – a partir dos quais são estabelecidos


89

cinco campos de experiência para o aprendizado e o


7

desenvolvimento das crianças.


16
61
07
S
NE
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34
NA

Conhecimentos Gerais - Educação


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NA
• Dentro dos Campos há objetivos de apren-

RE
dizagem que são divididos em três grupos etários

3
(bebês, crianças bem pequenas e crianças pequenas).

97
• Os Campos de Experiência e os objetivos não

78
têm caráter de currículo, mas servem para auxiliar o
16
professor a planejar atividades com maior clareza do
61

que deve ser desenvolvido em cada fase.


07

A Base estabelece  Cinco Campos de Experiên-


S

cia para a Educação Infantil, que indicam quais são


NE

as experiências fundamentais para que a criança


NU

aprenda e se desenvolva. Os Campos enfatizam


noções, habilidades, atitudes, valores e afetos que
A
AT

as crianças devem desenvolver dos 0 aos 5 anos e


buscam garantir os direitos de aprendizagem das
EN

crianças. Ou seja, o conhecimento vem com a expe-


3R

riência que cada criança vai viver no ambiente esco-


lar.
97
78

Dessa forma, os Campos estão organizados de for-


16

ma a apoiar o professor no planejamento de sua


61

prática intencional.
07
S
NE
NU
A
AT
EN
R
73

OS CAMPOS DE EXPERIÊNCIA
89
7
16

• A Base estabelece 5 Campos de Experiência


61

fundamentais para o desenvolvimento das crianças.


07

Eles são:  Eu, o outro e o nós;  Corpo, gestos e


movimentos;  Traços, sons, cores e formas;  Escuta, É uma mudança conceitual no currículo, pois, para
S

a BNCC, a criança age, cria e produz cultura. E não


NE

fala, pensamento e imaginação; e  Espaço, tempo,


quantidades, relações e transformações. é mais uma mera receptora das mensagens que o
NU
TA

Conhecimentos Gerais - Educação 35


NA
RE
61
07
S
NE
adulto transmitia para ela. Desta forma, a organi- Na Educação Infantil, o corpo das crianças ganha

NU
zação curricular da Educação Infantil na BNCC está centralidade. Assim, é necessário que a instituição
estruturada em cinco campos de experiências, escolar promova oportunidades ricas para que os

A
AT
no âmbito dos quais são definidos os objetivos de pequenos possam explorar e vivenciar um amplo
aprendizagem e desenvolvimento. repertório.

EN
Neles, há um arranjo curricular que acolhe as situa-

3R
ções e as experiências concretas da vida cotidiana Traços, sons, cores e formas

97
das crianças e seus saberes.
O contato com diferentes manifestações artísticas,

78
Trazendo uma variedade de experimentações para culturais e científicas no cotidiano da escola,

16
as crianças, entrelaçando-as aos conhecimentos cul- possibilita às crianças, por meio de experiências

61
turais. diversificadas, vivenciar várias formas de expressão

07
e linguagens.
De acordo com o documento da BNCC, a definição

S
NE
e a denominação dos campos de experiências tam- Com base nessas experiências, elas se expressam por
bém se baseiam no que dispõem as DCNEI (Diretri- várias linguagens, criando suas próprias produções

NU
zes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil). artísticas ou culturais.

A
A ideia é relacioná-las aos saberes e conhecimentos

T
Essas experiências contribuem para que, desde

NA
fundamentais a ser propiciados às crianças e
associados às suas experiências. muito pequenas, as crianças desenvolvam senso

RE
estético e crítico, o conhecimento de si mesmas, dos
outros e da realidade que as cerca.

3
Considerando esses saberes e conhecimentos, os

97
campos de experiências em que se organiza a BNCC

78
são: Portanto, a Educação Infantil precisa promover a
participação das crianças em produções como as
16
O eu, o outro e o nós artes visuais, música, teatro, dança e audiovisual.
61

Tudo a fim de favorecer o desenvolvimento da sensi-


07

O convívio com outras crianças e com adultos leva os


bilidade, da criatividade e da expressão pessoal das
pequenos a constituírem um modo próprio de agir,
S

crianças.
NE

sentir e pensar, descobrindo que existem outros


modos de vida, pessoas diferentes, com outros
NU

pontos de vista. Escuta, fala, pensamento e imaginação


A
AT

Ao mesmo tempo, elas constroem sua autonomia e Na Educação Infantil, é importante promover expe-
senso de autocuidado, de reciprocidade e de inter- riências nas quais as crianças possam falar e ouvir,
EN

dependência com o meio. potencializando sua participação na cultura oral.


3R

Sendo assim, na Educação Infantil, o ideal é criar Pois é na escuta de histórias, na participação em
97

oportunidades para que as crianças entrem em conversas, nas narrativas e em múltiplas linguagens
78

contato com outros grupos sociais e  culturais, que a criança se constitui ativamente como sujeito
16

costumes, celebrações e narrativas. singular e pertencente a um grupo social.


61
07

Nessas experiências, elas podem ampliar o modo Neste mesmo sentido, a  imersão na cultura escri-
de perceber a si mesmas e ao outro, valorizar sua ta  deve partir do que as crianças conhecem e das
S

curiosidades.
NE

identidade, respeitar os outros e reconhecer as


diferenças que nos constituem como seres humanos.
NU

As experiências com a literatura infantil, propostas e


mediadas pelo educador contribuem para o desen-
A

Corpo, gestos e movimentos volvimento do gosto pela leitura, do estímulo à ima-


AT

ginação e da ampliação do conhecimento de mundo.


EN

Desde cedo, com o corpo, por meio dos sentidos,


gestos e movimentos, as crianças exploram o mundo,
R

Além disso, o contato com histórias, contos, fábulas,


o espaço e os objetos do seu entorno.
73

poemas, cordéis etc. propicia a familiaridade com li-


vros, com diferentes gêneros literários.
89

Estabelecem relações, expressam-se, brincam e


7

produzem conhecimentos sobre si, sobre o outro, Nesse convívio com textos escritos, as crianças vão
16

sobre o universo social e cultural. construindo hipóteses sobre a escrita que se reve-
61

lam, inicialmente, em rabisco.


07

E por meio das diferentes linguagens, como a música,


S

a dança, o teatro, as brincadeiras de faz de conta, Isso leva os pequenos, aos poucos, a conhecer as
NE

elas se comunicam e se expressam com o corpo, letras do alfabeto, em escritas espontâneas e não
NU

emoção e linguagem. convencionais, mas que indicam sua compreensão


TA

36
NA

Conhecimentos Gerais - Educação


RE
61
07
S
NE
da escrita como sistema de representação da língua OS CÓDIGOS ALFANUMÉRICOS

NU
e forma de comunicação.
Como é possível observar no exemplo apresentado,

A
cada objetivo de aprendizagem e desenvolvimento

AT
é identificado por um código alfanumérico cuja

EN
composição é explicada a seguir:
Espaços, tempos, quantidades, relações e

3R
transformações
E o que significam as letras e números entre parên-

97
As crianças vivem inseridas em espaços e tempos teses, que encabeçam as informações?

78
de diferentes e sempre procuram se situar, seja em As duas primeiras letras referem-se ao nível de

16
ruas ou em saber o que é dia ou noite, ontem ou ensino (EI = Educação Infantil).

61
amanhã.

07
O par de números em seguida refere-se à faixa
Demonstram também curiosidade sobre o mundo fí- etária

S
sico, como seu próprio corpo, os fenômenos atmos-

NE
01 = crianças de 0 a 1 ano e 6 meses;
féricos, os animais, as plantas e as transformações

NU
02 = crianças de 1 ano e 6 meses até 3 anos e 11
da natureza.
meses;

A
E o mundo sociocultural, com as relações de paren- 03 = crianças de 4 anos até 5 anos e 11 meses.

T
NA
tesco e sociais entre as
O segundo par de letras informa o Campo de

RE
Experiências:

3
97
EM CADA CAMPO DE EXPERIÊNCIAS, EO = O eu, o outros e o nós;
SÃO DEFINIDOS OBJETIVOS DE 78
CG = Corpo, gestos e movimentos;
16
TS = Traços, sons, cores e formas;
61

APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO
OE = Oralidade e escrita;
07

ORGANIZADOS EM TRÊS GRUPOS POR


ET = Espaços, tempos, quantidades, relações e
S

FAIXA ETÁRIA.
NE

Transformações.
NU

CRECHE PRÉ-ESCOLA O último par de números refere-se à “posição da


habilidade na numeração sequencial do campo de
A

Crianças de Crianças de 1 Crianças de 4


AT

0 a 1 ano e 6 ano e 7 meses anos a 5 anos e experiência para cada grupo-faixa etária” (BRASIL,
2017, p. 24).
EN

meses a 3 anos e 11 11 meses


meses
3R

O texto da própria BNCC informa que a numeração


Como entender a que faixa etária cada um dos direi- sequencial “não representa a ordem esperada
97

tos, dentro dos eixos e campos estabelecidos, está das aprendizagens no âmbito daquele ano ou
78

direcionado? bloco de anos”, e que “os critérios de organização


16

das habilidades descritos na BNCC […] expressam


61

O professor de Educação Infantil vai se deparar com um arranjo possível (dentre outros)” (BRASIL,
07

informações como as da imagem abaixo: 2017, p. 29).


S

(EI01TS01)
NE

Contudo, vale salientar que a BNCC terá força de


Explorar sons produzidos com o próprio corpo e lei, e a autonomia dos professores será mantida em
NU

com objetos do ambiente. como ensinar. A respeito de o quanto ensinar, nós


professores poderemos adicionar, nunca diminuir.
A

(EI02TS01)
AT

Poderemos, então, ensinar mais, mas não menos


Criar sons com materiais, objetos e instrumentos
do que consta na base.
EN

musicais, para acompanhar diversos ritmos de


R

música.
O documento tem a intenção de diminuir as
73

(EI03TS01) diferenças existentes entre as diversas regiões,


89

Utilizar sons produzidos por materiais, objetos e municípios e, porque não dizer, inúmeras escolas
7

instrumentos musicais durante brincadeiras de faz de nosso país. Será um auxílio, pois todos nós já
16

de conta, encenações, cirações musicais, festas. recebemos alunos transferidos que apresentam
61

dificuldades por lhes faltarem conteúdos que já


07

foram vistos por nossos alunos.


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Conhecimentos Gerais - Educação 37


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RELEMBRANDO :

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CAMPO DE EXPERIÊNCIAS = O eu, o outros e o nós;

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CAMPO DE EXPERIÊNCIAS CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS

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CAMPO DE EXPERIÊNCIAS TRAÇOS, SONS, CORES E FORMAS

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CAMPO DE EXPERIÊNCIAS ORALIDADE E ESCRITA

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CAMPO DE EXPERIÊNCIAS ESPAÇOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAÇÕES E TRANSFOR-

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MAÇÕES

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Conhecimentos Gerais - Educação 43


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O QUE DIFERENCIA A BNCC PARA A EDU-

NU
O que é a BNCC?
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um CAÇÃO INFANTIL DO DCNEI E DO RCNEI?

A
documento de caráter normativo que define o

AT
Nos documentos anteriores, esse propósito não era
conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens tão evidente. O Referencial Curricular Nacional para

EN
essenciais que todos os alunos devem desenvolver a Educação Infantil (RCNEI), de 1998, representou

3R
ao longo das etapas e modalidades da Educação um avanço para a época, porém, era mais como
Básica. Aplica-se à educação escolar, tal como a uma orientação dos conteúdos e objetivos de apren-

97
define o § 1º do art. 1º da Lei de Diretrizes e Bases dizagem e não fazia a criança e sua identidade o foco

78
da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/1996)1, principal.

16
e indica conhecimentos e competências que se

61
espera que todos os estudantes desenvolvam ao Já as Diretrizes Curriculares Nacionais para a

07
longo da escolaridade. Orientada pelos princípios Educação Infantil (DCNEI), de 2009, já mostram um
éticos, políticos e estéticos traçados pelas avanço na direção de colocar a criança em foco e

S
Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação

NE
serviram como um uma fundamentação teórica
Básica (DCN)2, a BNCC soma-se aos propósitos para a Base. Nas DCNEI, a atenção já estava voltada

NU
que direcionam a educação brasileira para a para a criança, e o documento reforça a importância
formação humana integral e para a construção de do aluno ter acesso ao conhecimento cultural e

A
T
uma sociedade justa, democrática e inclusiva. científico, assim como o contato com a natureza,

NA
preservando o modo que a criança situa-se no

RE
mundo. As DCNEI colocam o foco nas interações e na
brincadeira como eixos estruturantes do currículo,

3
além de considerar os princípios éticos, políticos

97
POR QUÊ? e estéticos que deveriam nortear a produção do
78
A criação de uma Base Nacional Comum Curricular conhecimento nas escolas infantis. Outro ponto a
16
tem o objetivo de garantir aos estudantes o direito ser observado é o marco conceitual da relação entre
61

de aprender um conjunto fundamental de conhe- o cuidar e o educar das DCNEI, algo que a Base valida
07

cimentos e habilidades comuns – de norte a sul, e reforça.


nas escolas públicas e privadas, urbanas e rurais
S
NE

de todo o país. Dessa forma, espera-se reduzir


as desigualdades educacionais existentes no
NU

Brasil, nivelando e, o mais importante, elevando a


A

qualidade do ensino.
AT
EN
3R

QUAIS AS PRINCIPAIS MUDANÇAS?


97
78

Ao implementar a BNCC aparecem nas seguintes


políticas educacionais: elaboração dos currículos
16

locais, formação inicial e continuada dos profes-


61

sores, material didático, avaliação e apoio


07

pedagógico aos alunos.


S
NE
NU
A

De que forma a BNCC está relacionada com


AT

a Constituição, a Lei de Diretrizes e Bases da


EN

Educação Nacional (LDB) e o Plano Nacional de


Educação (PNE)?
R
73
89

A criação de uma base comum para a Educação Básica


7

está prevista desde 1988, a partir da promulgação


16

da Constituição Cidadã. Em 1996, a Lei de Diretrizes


61

e Bases da Educação Nacional (LDB) reforçou a sua


07

necessidade, mas somente em 2014 a criação da


S

Base Nacional Comum Curricular foi definida como


NE

meta pelo Plano Nacional de Educação (PNE).


NU
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44
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Conhecimentos Gerais - Educação


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Como a observação, registro e avaliação

NU
aparecem na BNCC de Educação Infantil?

A
A Base de Educação Infantil tem a maior parte do

AT
texto dedicada ao que é essencial para cada corte

EN
etário. De maneira sucinta, o texto dá indícios sobre

3R
essas questões. Nela, aparecem questões funda-
mentais. Por exemplo, ela diz que cada professor

97
precisa observar, registrar e fazer um acompan-

78
hamento muito de perto das aprendizagens, das

16
aproximações das crianças e como elas vivem todas

61
as propostas a partir dos campos de experiência e
dos objetivos de aprendizagem.

07
S
NE
Qual é o papel do professor na Educação

NU
Infantil?

A
De um modo geral, é um papel que abandona

T
NA
aquela ideia de um professor que sabe o começo, o
meio e o fim das propostas, essa visão conteudista.

RE
O primeiro desafio que a Base nos traz é que o

3
professor é uma pessoa que apoia a criança, garante

97
condições espaciais, materiais e emocionais. Ao

78
tirar o protagonismo do professor e o colocar na
16
criança, o que importa é muito mais o processo.
61

Nunca vamos saber qual vai ser o fim, já que ele


07

fica na mão das crianças. Ele precisa estar aberto


às questões de mundo, visões, questionamentos e
S

curiosidades. É um professor coadjuvante e copartic-


NE

ipante que garante, através de uma boa organização


NU

de espaços e materiais, a exploração das crianças.


Não quer dizer que ele não tenha um papel, mas que
A
AT

ele precisa estar atento, fazer anotações, observar,


pensar novas organizações de espaço e materiais,
EN

novos apoios emocionais que até então não tinha


3R

identificado de maneira a possibilitar novas apren-


dizagens.
97
78
16

O cuidar e o educar segundo a BNCC


61
07

• Base reforça que o cuidar está integrado às


S

ações de conhecer e explorar o mundo.


NE

• Formação de vínculos, proporciona segurança


NU

afetiva para a criança construir conhecimentos


com o mundo e desenvolver autonomia.
A
AT

• Incentivar a autonomia permite que a criança


EN

enfrente e supere obstáculos.


• As crianças ficam no centro do processo, por isso
R

é necessário respeitar o tempo de cada uma.


73

• Mesmo em atividades dirigidas, todas devem ter


89

tempo e espaço para serem ativas.


7
16

• O professor deve planejar cuidadosamente mo-


61

mentos de livre exploração.


07

• Instituir uma rotina transmite a sensação de se-


S

gurança e ajuda no desenvolvimento da autono-


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mia.
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Conhecimentos Gerais - Educação 45


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Na Educação Infantil, as crianças constroem noções Formação do vínculo

NU
de identidade e subjetividade que precisam ser
apoiadas. A postura do professor na condução das Os cuidados físicos são a principal maneira de

A
estreitar vínculos e transmitir para a criança uma

AT
atividades da rotina é essencial ao aprendizado.
Veja quais os pontos mais importantes, segundo segurança afetiva, que a ajudará a desbravar os

EN
os conceitos essenciais trazidos pela Base Nacional conhecimentos do mundo ao seu redor e desen-

3R
Comum Curricular (BNCC). volver a autonomia. Uma criança insegura pode ter
muito mais dificuldade de explorar o mundo por si

97
própria e pode manifestar incômodo ao fazer isso,

78
com reações de nervosismo e irritação. “Quando se
Cuidar e educar

16
está trocando uma fralda, alimentando ou dando
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a

61
banho na criança, é importante que o professor
Educação Infantil (DCNEI) já estabeleciam que esteja inteiro para a criança, que ele observe as

07
cuidar e educar não eram dimensões separadas, reações dela, que proponha interações, não pode

S
mas sim, duas faces de uma experiência única. A ser algo mecânico”, explica Mariana Americano,

NE
BNCC valida e reforça esse conceito de que as ações formadora de educadores e membro da rede Pikler

NU
de cuidado estão plenamente integradas com as Brasil.
ações de conhecer e explorar o mundo, criando

A
campo propício para a sistematização dos conheci- Esses são momentos privilegiados para a

T
NA
mentos, que acontece na etapa posterior do Ensino construção de vínculos e criam uma oportunidade
Fundamental. ímpar para o trabalho de valorização da autoestima.

RE
Aprender a comer sozinho, a limpar-se após usar o

3
Assim, quando o professor estimula e apoia a banheiro e a tomar banho são algumas das primeiras

97
criança a se sentar e a comer com outros colegas à tarefas que uma criança aprende a desenvolver sem

78
mesa, por exemplo, proporciona à criança a chance o auxílio de um adulto. A confiança que adquire ao
16
de aprender sobre cuidados com o próprio corpo aprender a cuidar de si mesma será fundamental
61

– à medida que ela vai construindo hábitos alimen- para as demais aprendizagens. Uma criança que
tares – e também propõe o aprendizado sobre
07

não é motivada a realizar sozinha ações simples do


os alimentos mais presentes na mesa daquela cotidiano, por contar sempre com um adulto que faz
S

comunidade da qual a escola faz parte. As crianças por ela, poderá não ter segurança e autoestima para
NE

também aprendem a criar noção de rotina, que pode desbravar novas aprendizagens. Quando o adulto
NU

ser organizada e dividida por horários de refeição. toma à frente do processo, mesmo sem intenção,
Além disso, é nesse momento que os meninos e comunica que a criança não é capaz de fazer de
A
AT

meninas da creche têm mais uma situação propícia maneira autônoma. Nesse processo, a criança pode
para a interação e para o fortalecimento de vínculos. se retrair. Uma criança insegura e dependente dos
EN

adultos terá mais dificuldade para aprender coisas


3R

A ideia do cuidar está atrelada à postura de novas, pois não se sente capaz, tem medo de não
cuidado do professor, que pode se manifestar em conseguir, não se arrisca.
97

diferentes situações da rotina. “Quando ele organiza


78

as produções das crianças em uma exposição, por


16

exemplo, está adotando um cuidado estético”, Incentivando a autonomia


61

explica Débora Rana, formadora de professores e


Em instituições de ensino com escadas ou com
07

coordenadores pedagógicos na etapa de Educação


Infantil e séries iniciais, do Instituto Avisa Lá e Somos longos corredores, os professores podem ficar
S

tentados a pegar as crianças pelas mãos ou a


NE

Educação.
carregar as que apresentam maior dificuldade de
NU

Outro exemplo é quando o professor demonstra locomoção. Essa atitude tem uma boa intenção, os
preocupação e zelo com o ambiente físico para educadores acreditam que assim, as crianças terão
A

mais tempo para o lazer e para outras atividades se


AT

proporcionar espaços estimulantes e seguros para


serem explorados pelas crianças, organizados e chegarem mais rápido na pracinha ou em outra sala
EN

contendo materiais adequados. Ter na sala um de aula, por exemplo. Mas incentivar a autonomia
R

espaço reservado para cada criança, onde ela possa da criança pode ser até mais benéfica e é impor-
73

guardar seus pertences pessoais (um cabideiro para tante: permite que que ela enfrente obstáculos e os
supere, respeitando seu próprio ritmo.
89

pendurar as mochilas ou um armário com prate-


7

leiras); organizar o momento das refeições com


16

toalha de mesa ou jogo americano, pratos, talheres e “Pode ser muito mais valioso para o desenvolvimento
61

copos adequados e limpos, guardanapos, alimentos motor a criança passar mais tempo na escada, apren-
dendo a descer os degraus, do que no parque”, diz
07

saudáveis e bem preparados são outros exemplos


de dimensões de cuidados importantes para que o Mariana Americano. Além disso, se a criança começa
S

a descer, falha e o professor a carrega, ela vai achar


NE

aprendizado se efetive na escola.


que não consegue, o que impacta diretamente na
NU
TA

46
NA

Conhecimentos Gerais - Educação


RE
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07
S
NE
autoestima. “Da próxima vez que perceber que não se pode utilizar apenas essas referências no dia

NU
chegou a uma escada, nem vai tentar descer sozinha, a dia da escola, o que empobreceria o cotidiano.
vai logo estender os bracinhos para que alguém a As crianças devem ser estimuladas a explorar livre-

A
AT
pegue”, complementa a formadora. mente, porém, em contextos cuidadosamente
planejados pelo professor. Essa intencionalidade se

EN
expressa, muitas vezes, na organização dos espaços,

3R
Mesma idade, ritmos diferentes na escolha dos materiais que serão oferecidos para
as crianças etc.

97
Outro aspecto que a Base reforça é a centralidade

78
da criança no processo educativo. Nesse contexto, é
O mais importante é variar situações e deixar que

16
preciso ter cuidado para não estigmatizar as crianças
as crianças escolham, dentre as opções oferecidas
pequenas, utilizando os objetivos de aprendizagem

61
pelo professor, do que vão querer brincar, de quais
relacionados às faixas etárias como algo rígido e

07
colegas querem estar próximos, quanto tempo vão
estanque. “O professor precisa entender que cada
permanecer em determinada atividade ou brinca-

S
criança tem seu tempo e respeitar isso”, diz Maria

NE
deira, se irão passar por todas as opções ou não; e
Thereza Marcilio, coordenadora da Avante, insti-
situações em que o professor irá conduzir as ações

NU
tuição voltada à educação e à mobilização social.
das crianças, por exemplo, durante a leitura de uma

A
história, todos devem estar sentados em silêncio

T
para ouvir ou em uma brincadeira de roda, todos

NA
Escuta ativa devem brincar juntos e seguir as “regras” do jogo.

RE
No cotidiano escolar, é importante que o professor Permitir que as crianças vivenciem os dois tipos
equilibre experiências mais livres, ficando no lugar de experiências é fundamental, pois elas oferecem

3
97
do observador, com outras mais dirigidas. Mesmo aprendizagens diferentes: na primeira, a criança
nas atividades dirigidas pelo professor, o ideal é que aprende a escolher, tomar decisões etc.; na segunda,
a criança tenha espaço e tempo adequados para
78
a gostar dos livros, das histórias, a participar de
16
reagir aos estímulos propostos, sem a intervenção situações coletivas, a respeitar regras simples etc.
61

imediata do professor. “Para a criança ser compe-


07

tente, ela precisa ser ativa. Para ser ativa, precisa ter Nesse sentido, uma boa ideia para proporcionar
S

tempo e espaço. O adulto não pode fazer tudo por a exploração e o desenvolvimento de diversas
NE

ela, tem que fazer com ela, provocar e observar a habilidades para as crianças é criar um espaço de
resposta”, afirma Beatriz Ferraz, diretora da Escola ateliê, onde elas possam experimentar livremente
NU

de Educadores Bacuri. atividades de sua escolha, de forma segura e com


A

A postura de observador atento permite que o materiais adequadas à sua etapa de desenvolvi-
AT

professor organize seu planejamento de acordo mento. Esse é um exemplo de como as crianças
EN

com as reais necessidades das crianças. Assim, ao podem se apropriar dos espaços, estabelecendo
propor um ambiente rico para a exploração motora, seus percursos de forma mais livre e se expressarem
3R

onde as crianças possam engatinhar livremente com mediação e escuta ativa do professor, sem inter-
97

em segurança, e com brinquedos onde possam se venções diretas.


78

apoiar para levantar, por exemplo, o professor pode


perceber como cada criança se movimenta. É inter- O parque é outro ambiente que favorece o desen-
16

essante observar como o bebê senta, engatinha, volvimento de várias habilidades mas, para isso, deve
61

deita, levanta e quais tipos de apoios ele usa, se fica ter recursos diferentes, que estimulem a interação
07

na ponta do pé ou não ao se erguer. Tudo isso são das crianças com o meio. “O parque da escola não
S

pistas que o educador pode levar em conta para o pode ter os mesmos elementos do playground do
NE

desenvolvimento de outras atividades de acordo prédio, como pás e baldes. Pode ter isso, mas precisa
NU

com a etapa em que ela está, independentemente da ir além”, diz Silvana Augusto, assessora pedagógica
faixa etária. Nesse processo, é também importante de redes municipais de ensino para o segmento
A

que o professor tenha instrumentos para registrar de Educação Infantil, formadora do Instituto
AT

as aprendizagens das crianças. Singularidades. Ela sugere que o ambiente tenha um


EN

espaço com água, onde as crianças possam afundar


objetos, uma área verde que permita observar os
R

Exploração livre ou espaços planeja- fenômenos da natureza, uma casinha com diversos
73

dos? materiais interessantes que remetam à cultura


89

local e lugares onde as crianças possam guardar


7

Ao definir o currículo, as redes estaduais, munic-


16

objetos coletados de um dia para o outro para dar


ipais e a equipe gestora de cada escola vão decidir continuidade à brincadeira.
61

os objetos de conhecimento do patrimônio social,


07

científico e cultural que serão apresentados às


S

crianças. Isso significa que, embora haja uma valori-


NE

zação das atividades do cotidiano enquanto eixos


NU

estruturantes da educação e da formação das crianças,


TA

Conhecimentos Gerais - Educação 47


NA
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07
S
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Organização do tempo

NU
Reforçar a criação de uma rotina dentro da escola

A
também é educativo. As crianças aprendem sobre a

AT
passagem do tempo e convenções sociais, incluindo

EN
os horários para se alimentar e cuidar da higiene.

3R
Essa noção de rotina também transmite segurança.
Afinal, como as crianças pequenas ainda não sabem

97
olhar as horas para se situar no tempo, ter uma

78
rotina com momentos que se repetem todos os

16
dias, ajuda a prever o que está por vir, diminuindo a

61
ansiedade e agitação. Por exemplo, se a criança sabe
que todos os dias depois da história tem o lanche,

07
então, se está com fome durante a história, poderá

S
se autorregular e esperar um pouco mais, pois

NE
sabe que logo poderá comer. Da mesma forma, se

NU
a criança sabe que todos os dias antes da hora da
saída vai brincar no parque, ela já tem consciência

A
de que, após as brincadeiras, chegará o momento

T
NA
de ver de novo os pais e essa percepção minimiza
a saudade, dando mais segurança. Quando a rotina

RE
muda todos os dias, as crianças tendem a ficar mais

3
dependentes dos adultos, pois não conseguem se

97
regularem sozinhas, não sabem o que vai acontecer

78
no momento seguinte, então, ficam mais predis- 16
postas a sentirem-se ansiosas.
61
07

No entanto, vale lembrar que há várias maneiras


de organizar a rotina. Beatriz sugere, por exemplo,
S

estruturar a rotina diária em grandes blocos, em


NE

vez de pensar em aulas centradas em componentes


NU

curriculares ou mesmo em Campos de Experiência.


“É possível pensar em momentos de interação da
A
AT

criança em grandes grupos, incluindo diversas faixas


etárias, de cuidados pessoais e situações em que
EN

a criança terá livre escolha para interagir com o


3R

ambiente e com a natureza”, sugere. A partir disso,


gestores e educadores poderão definir as ativi-
97

dades que serão propostas no futuro, sempre as


78

organizando em torno de contextos lúdicos. Alguns


16

horários precisam ser fixos, outros, não. E cabe


61

à equipe gestora e aos professores fazerem esse


07

exercício, determinando o que pode ser flexibilizado


e qual é o limite.
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Conhecimentos Gerais - Educação


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