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FATEC OURINHOS
OURINHOS
2022
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1.1 CYNEFIN
2.1.1 Simples
Os problemas simples muitas vezes têm uma solução que parece ser imediata, à qual
respondemos com ações ou regras precisas sem nem mesmo pensar muito sobre isso. Nesse
domínio, sabemos exatamente qual é a pergunta e qual é a resposta ótima para resolver um
problema. (FIERRO et al., 2018).
Para Snowden (2002), o quadrante simples traz um contexto conhecido e real em que
as relações de causa e efeito são repetíveis e previsíveis. Dessa forma, procedimentos de
melhores práticas com processos padronizados e revisados temporalmente possibilitam a
resolução de problemas por meio de procedimentos coordenados. A tomada de decisões segue
a sequência: Sentir, categorizar e responder, conforme Figura 3.
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Contexto Simples também pode ser visto como o domínio do ordenado e do óbvio.
Este é o domínio da engenharia de processos, no qual o conhecimento é capturado e
incorporado em processos estruturados para garantir consistência e otimizar o desempenho.
Por exemplo, áreas que estão sujeitas a poucas mudanças, ou atividades com processamento e
cumprimento ordenados, geralmente se enquadram aqui (FIERRO et al., 2018).
Contextos simples, devidamente avaliados, requerem gerenciamento e
monitoramento diretos. Aqui, os líderes percebem, categorizam e respondem. Ou seja, eles
avaliam os fatos da situação, categorizam e, a seguir, baseiam sua resposta na prática
estabelecida (SNOWDEN e BOONE, 2007).
Uma vez que gerentes e funcionários têm acesso às informações necessárias para
lidar com a situação neste domínio, um estilo de comando e controle para definir
parâmetros
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funciona melhor. Nesse contexto, as diretivas são diretas, as decisões podem ser facilmente
delegadas e as funções são automatizadas. Aderir às melhores práticas ou reengenharia de
processos faz sentido. A comunicação exaustiva entre gerentes e funcionários geralmente não
é necessária, porque a discordância sobre o que precisa ser feito é rara (SNOWDEN e
BOONE, 2007).
No entanto, também podem surgir problemas em contextos simples. Como a
classificação incorreta neste domínio, tornando-os excessivamente simplificados. Além disso,
os líderes podem ficar limitados a não terem novas maneiras de pensar pelas perspectivas que
adquiriram por meio de experiências anteriores. (SNOWDEN e BOONE, 2007).
2.1.2 Complicado
efeito, nem todos podem ver isso. Este é o reino dos "desconhecidos-conhecidos", ou seja,
sabemos onde queremos chegar, mas vários caminhos podem ser percorridos para tal.
Enquanto os líderes em um contexto simples devem sentir, categorizar e responder a uma
situação, aqueles em um contexto complicado devem sentir, analisar e responder. Essa
abordagem não é fácil e geralmente requer experiência.
Este domínio procura identificar relações de causa-efeito através da avaliação de
várias soluções. Todos os aspectos relevantes necessários para resolver o problema são bem
compreendidos, mesmo que não tenhamos informações completas disponíveis sobre todos
eles. Neste caso, o esforço a ser colocado em prática é dedicado à análise e compensação /
otimização de diferentes soluções alternativas (FIERRO et al., 2018).
O pensamento arraigado também é um perigo em contextos complicados. Para
contornar esse problema, um líder deve ouvir os especialistas e, ao mesmo tempo, dar boas-
vindas a novos pensamentos e soluções de outras pessoas (SNOWDEN e BOONE, 2007).
Trabalhar em ambientes desconhecidos pode ajudar os líderes e especialistas a
desenvolver sua criatividade na tomada de decisão. Chegar a decisões neste domínio
geralmente pode levar muito tempo e sempre há uma compensação entre encontrar a resposta
certa e simplesmente tomar uma decisão. No entanto, quando a resposta certa é evasiva, se
deve basear uma decisão em dados incompletos, a situação provavelmente é mais complexa
do que complicada (SNOWDEN e BOONE, 2007).
2.1.3 Complexo
2.1.4 Caótico
FIERRO, D.; PUTINO, S.; TIRONE, L. The Cynefin Framework and Technical
Competencies: a New Guideline to Act in the Complexity. 28º Annual INCOSE International
Symposium, v. 28(1), p. 532-552, 2018.
SNOWDEN, D.J.; BOONE, M.E. A Leader’s Framework for Decision Making. Harvard
Business Review, p. 1-14, 2007.