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ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPÍRITA

PROGRAMA FUNDAMENTAL - TOMO I

MÓDULO III: DEUS


ROTEIRO 2: PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS
MÓDULO III: DEUS

OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS


• Apresentar Deus como a • Citar e analisar provas da
inteligência suprema e a existência de Deus.
causa primeira de todas as
coisas.
CONTEÚDO BÁSICO
• A prova da existência de Deus, como
dizem os Espíritos, pode ser encontrada
num [...] axioma (verdades inquestionáveis)
que aplicais às vossas ciências.
• Não há efeito sem causa.
• Procurai a causa de tudo o que não é
obra do homem e a vossa razão
responderá.
Allan Kardec: O livro dos espíritos, questão 4.
CONTEÚDO BÁSICO

• Deus não se mostra,


mas se revela pelas suas obras.
Allan Kardec: A gênese. Cap. 2, item 6.
CONTEÚDO BÁSICO
• A existência de Deus é, pois, uma
realidade comprovada não só pela
revelação [dos Espíritos Superiores]
como pela evidência material dos fatos.
• Os povos selvagens nenhuma revelação
tiveram; entretanto, creem
instintivamente na existência de um
poder sobre-humano.
Allan Kardec: A gênese. Cap. 2, item 7.
Como interpretar a existência
de Deus, considerando esta
afirmativa
de Kardec:
• Não há efeito sem causa.
Procurai a causa de tudo
o que não é obra do homem e a vossa razão
responderá.
SUBSÍDIOS

ROTEIRO 1:
PROVAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS
• Cada religião [...] explica Deus à sua
maneira;
cada teoria o descreve a seu modo.
E de tudo isso resulta uma confusão, um
caos inextricável. [...]
Dessa confusão, os ateus têm tirado
argumentos para negar a existência de
Deus; os positivistas, para o declarar
«incognoscível» (o que é impossível
conhecer) .
Como remediar tal desordem?
Como escapar a essas contradições?
• Da mais simples maneira.

Basta elevarmo-nos acima das teorias e


dos sistemas, bastante alto para as ligar
em seu conjunto e pelo que têm de
comum.

Basta elevarmo-nos até à grande Causa,


na qual tudo se resume e tudo se explica
(10).
• Duvidar da existência de Deus é negar que
todo efeito tem uma causa e declarar que
o nada pode fazer alguma coisa.
A prova da existência de Deus, como
dizem os Espíritos Superiores, pode ser
encontrada em um [...] axioma (verdades
inquestionáveis) que aplicais às vossas
ciências.
Não há efeito sem causa.
Procurai a causa de tudo o que não é obra
do homem e a vossa razão responderá (6).
• Vemos constantemente uma imensidade
de efeitos, cuja causa não está na
Humanidade, pois que a Humanidade é
impotente para produzi-los, ou, sequer,
para os explicar. [...]

Tais efeitos absolutamente não se


produzem ao acaso, fortuitamente e em
desordem. (9)
• Desde a organização do mais pequenino
inseto e da mais insignificante semente,
até a lei que rege os mundos que
circulam, no Espaço, tudo atesta uma
ideia diretora, uma combinação, uma
previdência, uma solicitude
(boa vontade), que ultrapassam
todas as combinações humanas.
A causa é, pois, soberanamente
inteligente (9).
• Constitui princípio elementar que pelos seus
efeitos é que se julga de uma causa, mesmo
quando ela se conserve oculta.
Se, fendendo os ares, um pássaro é atingido
por mortífero grão de chumbo, deduz-se
que hábil atirador o alvejou, ainda que este
último não seja visto.
Nem sempre, pois, se faz necessário
vejamos uma coisa, para sabermos que ele
existe.
Em tudo, observando os efeitos é que se
chega ao conhecimento das causas (1).
• Outro princípio igualmente elementar e
que, de tão verdadeiro, passou a axioma
(verdades inquestionáveis), é o de que todo
efeito inteligente tem que decorrer de uma
causa inteligente.

• Se perguntassem qual o construtor de certo


mecanismo engenhoso, que pensaríamos de
quem respondesse que ele se fez a si
mesmo? (2)
• Quando se contempla uma obra prima da
arte ou da indústria, diz-se que há de tê-la
produzido um homem de gênio, porque só
uma alta inteligência poderia concebê-la.
• Reconhece-se, no entanto, que ela é obra de
um homem, por se verificar que não está
acima da capacidade humana;
mas, a ninguém acudirá a ideia de dizer que
saiu do cérebro de um idiota ou de um
ignorante, nem, ainda menos, que é
trabalho de um animal, ou produto do
acaso (2).
• Não podendo nenhum ser humano criar o
que a Natureza produz, a causa primária
[primeira] é, conseguintemente, uma
inteligência superior à Humanidade.
Quaisquer que sejam os prodígios que a
inteligência humana tenha operado, ela
própria tem uma causa e, quanto maior for
o que opere, tanto maior há de ser a causa
primária [primeira].
Aquela inteligência superior é que é a causa
primária [primeira] de todas as coisas, seja
qual for o nome que lhe deem (8).
• Pois bem!
• Lançando o olhar em torno de si, sobre as
obras da Natureza, notando a providência, a
sabedoria, a harmonia que presidem a essas
obras, reconhece o observador não haver
nenhuma que não ultrapasse os limites da
mais portentosa inteligência humana.
• Ora, desde que o homem não as pode
produzir, é que elas são produto de uma
inteligência superior à Humanidade, a
menos que se sustente que há efeitos sem
causa (3).
• A harmonia existente no mecanismo do Universo
patenteia (tornar público; mostrar ) combinações e
desígnios determinados e, por isso mesmo, revela
um poder inteligente.

• Atribuir a formação primária ao acaso é


insensatez, pois que o acaso é cego e não pode
produzir os efeitos que a inteligência produz.

• Um acaso inteligente já não seria acaso (7).


• Deus não se mostra, mas se revela pelas
suas obras (4).
• A existência de Deus é, pois, uma realidade
comprovada não só pela revelação, como
pela evidência material dos fatos.
• Os povos selvagens nenhuma revelação tiveram;
entretanto, creem instintivamente na existência de
um poder sobre-humano.
• Eles veem coisas que estão acima das
possibilidades do homem e deduzem que essas
coisas provêm de um ente superior à Humanidade.
• Não demonstram raciocinar com mais lógica do
que os que pretendem que tais coisas se fizeram a
si mesmas? (5)
GLOSSÁRIO
• ACASO:
• Conjunto de causas imprevisíveis e independentes entre si, que não
se prendem a um encadeamento lógico ou racional, e que
determinam um acontecimento qualquer. O resultado desse
conjunto de causas. Acontecimento fortuito; fato imprevisto;
casualidade. Destino, fado, sorte, fortuna. Filosofia: Caráter de
acontecimento imprevisível com relação às causas que o
determinam (p. ex., a premiação de um bilhete), ou injustificável
com respeito à significação assumida (p. ex., um atraso de
segundos que provoca um desastre.
• ATEU:
Do gr. átheos, pelo lat. atheu.
Diz-se daquele que não crê em Deus ou nos deuses; ímpio.
Feminino: atéia.
• AXIOMA:
Do gr. axíoma, pelo lat. axioma.
Filos. Premissa imediatamente evidente que se admite como
universalmente verdadeira sem exigência de demonstração.
Máxima, sentença. Lógica: Proposição que se admite como
verdadeira porque dela se podem deduzir as proposições de uma
teoria ou de um sistema lógico ou matemático.
• CAUSA:
Filosofia: Termo correlacionado a efeito e que se concebe
de maneiras diversas, que se compreendem a partir de dois
enfoques fundamentais:
a) relação entre um ser inteligente e o ato que ele praticou
voluntariamente e pelo qual é responsável; b) vínculo que
correlaciona os próprios fenômenos e que faz com que um
ou vários deles apareçam como condição da existência de
outros.
• PORTENTO:
Do lat. portentu.
Coisa ou sucesso maravilhoso; prodígio. Pessoa de inteligência e/ou
saber incomuns.
• POSITIVISTA:
Do fr. positiviste. Adjetivo de dois gêneros.
Respeitante à filosofia do positivismo, ou que dela é adepto.
Substantivo de dois gêneros. Adepto da filosofia positivista.
• PROVIDÊNCIA:
Do lat. providentia.
A suprema sabedoria com que Deus conduz todas as coisas. Por
extensão: O próprio Deus.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
• 1. KARDEC, Allan. A gênese. Tradução de Guillon Ribeiro. 48. ed. Rio
de Janeiro: FEB, 2005. Cap. 2, item 2, p. 53.
• 2. ______. Item 3, p. 53-54.
• 3. ______. Item 5, p. 54.
• 4. ______. Item 6, p. 55-56.
• 5. ______. Item 7, p. 55.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
• 6. ______. O livro dos espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 86. ed.
Rio de Janeiro: FEB, 2005. Questão 4, p. 52.
• 7. ______. Questão 8, p. 53.
• 8. ______. Questão 9, p. 53.
• 9. ______. Obras póstumas. Tradução de Guillon Ribeiro. 38. ed. Rio
de Janeiro: FEB, 2005. Profissão de fé espírita raciocinada. Primeira
Parte. Cap. 1 (Deus), item 1, p. 31.
• 10. DENIS, Léon. O grande enigma. 14. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005.
Primeira parte. Cap. 9 (Objeções e contradições), p. 110-111.
IEDC
Instituto Espírita Dias da Cruz

DAE
Departamento de
Assistência Espiritual

Facilitadores:
Denise Maria de Aguiar da Silva
Deise Cristina Maciel de Aguiar
2017

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