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Desde o momento da concepção até os três anos de idade, o cérebro de uma criança é submetido a
uma quantidade impressionante de mudanças. As sinapses, ou seja, a conectividade entre os
neurônios, vai desde um nível quase insignificante, a partir do momento do nascimento, até atingir
seu máximo esplendor aos três anos de idade. Um momento como esse nunca mais vai se repetir
durante a vida.
E para que isso seja possível, não podemos nos esquecer de que a criança precisa ter contato com
o máximo de oportunidades de interação com o meio que a rodeia, com seus pais, com o pod er do
afeto, da comunicação, dos estímulos do ambiente…
São os nossos genes que permitem que o cérebro possa se reorganizar com base nas experiências
que recebe do ambiente ao redor. Se essas experiências forem positivas, estimulantes e afetuosas,
a atividade dos neurônios aumenta, já que está livre de possíveis inimigos como o estresse e o
medo.
Por outro lado, o uso repetido e a interação constante com o meio são vias externas que
proporcionam energia interna, gerando as sinapses.
Por isso é importante se lembrar de que para favorecer essa conectividade positiva é preciso
constância, principalmente no que se relaciona ao nosso estilo de criação.
De nada serve, por exemplo, atender ao choro do bebê nos 6 primeiros meses de vida e depois parar
de fazer isso porque achamos que é o momento para o pequeno “amadurecer”, para crescer, e
entender que deve aprender a ficar sozinho.
O padrão de sono de uma criança não vai se ajustar até os 3 anos de idade. Até ess a fase também
ainda não terão amadurecido muitos dos processos neurológicos que vão permitir ao bebê se
sentir seguro durante a noite. Ele precisa sentir que estamos por perto.