O documento discute a distinção entre princípios e regras no direito constitucional. Afirma que há critérios complexos para diferenciá-los, como grau de abstração e determinabilidade. Também diz que as divergências sobre princípios dependem de fenômenos diferentes sendo chamados da mesma forma. Por fim, lista algumas diferenças qualitativas, como princípios serem normas de otimização e regras prescreverem imperativamente.
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está expostos aqui para conseguir um pdf para um trabalho, não sei se é meu ou do meu professor, mas eu preciso do pdf completo
O documento discute a distinção entre princípios e regras no direito constitucional. Afirma que há critérios complexos para diferenciá-los, como grau de abstração e determinabilidade. Também diz que as divergências sobre princípios dependem de fenômenos diferentes sendo chamados da mesma forma. Por fim, lista algumas diferenças qualitativas, como princípios serem normas de otimização e regras prescreverem imperativamente.
O documento discute a distinção entre princípios e regras no direito constitucional. Afirma que há critérios complexos para diferenciá-los, como grau de abstração e determinabilidade. Também diz que as divergências sobre princípios dependem de fenômenos diferentes sendo chamados da mesma forma. Por fim, lista algumas diferenças qualitativas, como princípios serem normas de otimização e regras prescreverem imperativamente.
Trata-se, reconhece CANOTILHO, de uma tarefa particularmente complexa , para a
qual são sugeridos diversos critérios (“Direito Constitucional e Teoria da Constituição”, p. 1034-1035). Podemos começar com um lista de critérios de identificação: a. Grau de abstração: os princípios são normas com um grau de abstração relativamente elevado, enquanto as regras possuem um grau reduzido de abstração. b. Grau de determinabilidade na aplicação do caso concreto: os princípios, por serem vagos e indeterminados, carecem de mediações concretizadoras (do legislador? do juiz?), enquanto as regras são suscetíveis de aplicação direta. c. Caráter de fundamentabilidade: os princípios são normas de natureza fundamental no ordenamento jurídico devido à sua posição hierárquica no sistema das fontes do direito ou à sua importância dentro do sistema jurídico. d. “Proximidade” da idéia de direito: os princípios são “standards” juridicamente vinculantes que se radicam na idéia de “justiça” (DWORKIN) ou de “direito” (LARENZ); as regras podem possuir um conteúdo meramente funcional. e. Natureza normogenética: os princípios são fundamentos de regras. É fácil ver que tais critérios, assim enunciados, propiciam conclusões contraditórias: o que pode ser identificado como um princípio com base nos critérios (a) e (b) pode não sê-lo se seguidos os critérios (c) e (d), e vice-versa. Essa constatação reforçam a arguta observação de BOBBIO: muitas divergências sobre a natureza, origem e fundamentos dos princípios dependem exclusivamente do fato de que os diversos opinantes se referem, embora usando a mesma denominação, a fenômenos diversos (Princìpi Generali di Diritto. In: “Novissimo Digesto Italiano”, p. 894) – observação que pode ser estendida à distinção entre princípios e regras. Embora não me pareça correto, nem possível, elaborar uma distinção absoluta entre essas duas espécies de normas – uma “escala cromática” me parece uma metáfora mais adequada ao caso que “separar o joio do trigo” -, é possível identificar algumas diferenças qualitativas destacadas pelos autores mais importantes e recolhidas na síntese de CANOTILHO – que resultam em uma lista de critérios de aplicação: a. Princípios são normas jurídicas de otimização, compatíveis com vários graus de concretização, consoante condicionamentos fáticos e doutrinários; regras são normas que prescrevem imperativamente uma exigência, que é ou não é cumprida (in all or nothing at all fashion, diz DWORKIN) b. A convivência entre princípios é conflitual, enquanto a convivência entre regras é antinômica: princípios coexistem, regras excluem-se. c. Os princípios podem ser ponderados entre si, consoante o seu peso ( dimension of weight, diz DWORKIN), enquanto a regra, se “vale”, não deixa espaço para outra, deve ser cumprida na medida exata de suas prescrições. d. Enfim, os princípios suscitam problemas de “validade” e peso, enquanto as regras colocam apenas questões de “validade”.