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Hermenêutica jurídica e(m) crise: Uma

exploração hermenêutica da construção


do Direito. Lenio Streck.
Resenha feita por Hayanna Bussoletti Neves¹, ao
capítulo 1 do livro do Prof. Dr. Lenio Luiz Streck².
1º Capítulo: A modernidade tardia no Brasil: o papel do Direito e as promessas da
modernidade – da necessidade de uma crítica da razão cínica no Brasil e o binômio
“estamentos-patrimonialismo”.

 O livro prefaciado pelo professor, escritor e filósofo brasileiro Ernildo Stein traz em
seus capítulos, uma quebra de paradigma visando a conhecer o que está intrinsicamente
oculto na imaginação dos juristas, trazendo um afrontamento a esta realidade, com
soluções acertadas de acordo com a conveniência do cenário apresentado.

 No primeiro capítulo o autor nos corrobora a realidade brasileira, onde afirma haver a
chegada tardia da modernidade. Menciona que há um interesse (inclusive do Estado) em
desigualdades entre os cidadãos, através de situações anômalas constatadas na política
nacional, com a mera tentativa de sustentar o estamento que representa o
patrimonialismo estatal, da mesma maneira que há a dedicação da mídia em acentuar o
juízo de normalidade e a decorrente aceitação da exclusão social.

 Ainda no vértice do parágrafo anterior, o autor traz à tona o escopo de


institucionalização do delito de colarinho branco, que pode ser considerado por aquele
crime cometido por uma pessoa respeitável, com status, alta posição social na
sociedade, inclusive nos exercícios de suas ocupações. Em nosso país o termo
“colarinho branco” estabelece o ato delituoso executado por alguém de elevada
respeitabilidade e posição socioeconômicas, representando, deste modo, um abuso de
confiança de Estado. A institucionalização deste delito traz claramente a ideia de que no
Brasil “O crime compensa”.

 Por fim, conclui este capítulo parafraseando Jurandir Freire Costa (1996): “hoje
aposentamos os Rousseau. Em vez de utopias, (existem os) manuais de autoajuda,
psicofármacos, cocaína e terapêuticas diversas para os que têm dinheiro; banditismo,
vagabundagem, mendicância ou religiosismo fanático para os que apenas sobrevivem”.

[1] BUSOLETTI NEVES, Hayanna. Mestranda em Direito pela


Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Pós-graduanda em Direito
Constitucional pelo Centro Universitário de Araras (UNAR). Pós-
graduada em Direito Penal pelo Centro Universitário de Araras (UNAR).
Advogada
[2] STRECK, Lenio Luiz. Hermenêutica Jurídica e (m) Crise: uma
exploração hermenêutica da construção do Direito. 11 ed. rev., atual. e
ampl. – Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2014.

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