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CENTRO UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS

PSICOLOGIA- 10°PERÍODO
1ª ETAPA
2022

Alunos: Isabel Cristina da Silva


Professor: Márcio Campos
Matéria: Tópicos Especiais: Psicologia e Contemporaneidade

RESENHA ANALÍTICA- SINTÉTICA

O preconceito étnico e racial acontece desde o descobrimento e colonização


do Brasil, esse processo de racismo começa no processo de colonização. Quando
os portugueses chegaram ao Brasil se depararam com meios de sobrevivência
diferentes de sua civilização, e a partir disso grupos "científicos" e religiosos se
perguntavam se os indígenas ali encontrados eram seres humanos ou animais, a
cultura, e a religião indígena eram vista como inferior e demoníaca.

Em relação aos negros, eles eram colocados para fazer serviço braçal, o
processo de escravização era tão intenso e cansativo que usavam da erva canabis
para conseguirem suportar a dor, o cansaço e a chibata, quando esse processo de
escravização passa a ser visto como errado e os negros passam a se negar
trabalhar e conseguem abolir com a escravidão, vem o processo de migração no
Brasil no ano de 1988, onde começam a chegar imigrantes italianos, que eram
ofertados para eles terras para que pudessem morar e produzir nelas. Partindo
desse pressuposto surge a questão do porque não oferecer essas terras para os
negros e livres que já estavam ali, ao invés de oferecer para imigrantes de outros
países. A partir disso o negro passa a ser visto como preguiçoso, de que negro só
serve para fazer serviço braçal, que estudo é somente para os brancos e entre
outros.

De acordo com a aula sobre relações étnicas e raciais, o racismo muitas das
vezes é velado e mascarado, tão banalizado socialmente que quase não
percebemos, ele está em uma vaga de emprego onde existe um padrão para ser
contratado, ou até mesmo quando em um processo de recrutamento e seleção
mesmo o currículo de uma pessoa negra sendo melhor do que o de uma pessoa
branca, e ainda sim é contratado a pessoa branca, até porque isso é tirar o espaço
da pessoa negra do ambiente do trabalho, quando dizemos as expressões como: “ a
coisa esta preta”, que só pode ser coisa de preto, entre tantas outras, ou seja, o
racismo se encontra tão encrostado que já esta no nosso falar, no nosso não refletir
sobre o assunto e qual a nossa responsabilidade diante dessa realidade.

Com isso passamos a nos perguntar qual o papel do Sistema Conselho


Federal de Psicologia enquanto profissional, e desde então diversas ações nos
níveis estadual e nacional foram criadas, como a do ano de 2002, em que é criado a
Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, onde a Secretaria Especial
de Políticas de Promoção da Igualdade Racial criada em 21 de março de 2003, e
que possui a missão de articular, formular e coordenar políticas dentro do Governo
Federal para a promoção da igualdade racial, visto que é algo desafiador.

Logo após são criados Conselhos Municipais para Promoção da Igualdade


Racial como um espaço privilegiado de construção de tais políticas, esses conselhos
são órgãos de assessoria, planejamento e consultoria do município, que está
vinculado diretamente a Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH),
funcionam como uma ação para promover ações junto com as Secretarias
Municipais e Estaduais de educação e o Ministério da Educação entre outros, a fim
de trabalhar em prol do enfrentamento contra o racismo e a intolerância étnico-racial
que se manifestam na maior parte das vezes de maneira sútil no país.

De acordo com a resolução CFP N.º 018/2002, onde estabelece normas de


atuação para os psicólogos em relação ao preconceito e à discriminação racial, diz
que é dever do psicólogo colaborar na criação de condições que visem eliminar a
opressão e a marginalização do ser humano, e que no exercício de sua profissão,
completará a definição de suas responsabilidades, direitos e deveres de acordo com
os princípios estabelecidos na Declaração Universal dos Direitos Humanos,
aprovada em 10/12/1948 pela Assembléia Geral das Nações, cabendo a ele atuar
de acordo com os princípios éticos da profissão contribuindo com o seu
conhecimento para uma reflexão sobre o preconceito e para a eliminação do
racismo, não exercerá qualquer ação que favoreça a discriminação ou preconceito
de raça ou etnia, não serão coniventes e nem se omitirão perante o crime do
racismo, e não se usará de instrumentos ou técnicas psicológicas para criar, manter
ou reforçar preconceitos, estigmas, estereótipos ou discriminação racial.

Sendo assim é possível compreender que a prática racista acontece e se


encontra estrutural desde o processo de colonização, é necessário que o psicólogo
reconheça que o racismo existe e que compõe a estrutura da sociedade brasileira e
que precisamos olhar e pensar sobre ele, pois o papel da psicologia a partir disso é
o de compreender a dimensão subjetiva dos fenômenos sociais e auxiliar os
indivíduos de uma coletividade a entenderem tais experiências.

REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA

São Paulo: Casa do Psicólogo/CFP, 2000. CONSELHO FEDERAL DE


PSICOLOGIA. Resolução CFP N.º 007/2003.

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