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INTERVENÇÃO NO
TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUTISTA
1ª Edição
Indaial - 2020
UNIASSELVI-PÓS
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Diagramação e Capa:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
T795d
ISBN 978-65-5646-142-7
ISBN Digital 978-65-5646-143-4
CDD 371.9
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO.............................................................................5
CAPÍTULO 1
Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o Diagnóstico.........7
CAPÍTULO 2
Intervenção e o TEA: Possibilidades de Interação
e Aprendizagem.............................................................................55
CAPÍTULO 3
Inclusão e o Papel do Professor..............................................97
APRESENTAÇÃO
Caro acadêmico,
Excelente estudo!
C APÍTULO 1
Transtorno do Espectro Autista
(TEA) e o Diagnóstico
8
Capítulo 1 Transtorno do Espectro Autista
(TEA) e o Diagnóstico
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Neste capítulo aprenderemos o que é o Transtorno do Espectro Autista
(TEA), pois torna-se fundamental termos conhecimentos científicos e informações
claras sobre as patologias que acometem o desenvolvimento humano.
2 TRANSTORNO DO ESPECTRO
AUTISTA (TEA): ALGUMAS
REFLEXÕES SOBRE O CONCEITO
Iniciaremos este capítulo buscando compreender o Manual Diagnóstico e
Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM), o qual se apresenta como um dos
principais sistemas de classificação. O referido manual, desde a sua primeira
publicação, em 1952, passou por cinco grandes revisões, resultando no DSM-5,
elaborado pela American Psychiatry Association (APA, 2014).
FONTE: <https://www.saraiva.com.br/manual-diagnostico-e-estatistico-de-
transtornos-mentais-dsm-v-5-ed-2014-7536763/p>. Acesso em: 15 fev. 2020.
9
Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
FONTE: <https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/RBES/user/
getInterests?rcs0as-cid10=171191&term=11z>. Acesso em: 15 fev. 2020.
10
Capítulo 1 Transtorno do Espectro Autista
(TEA) e o Diagnóstico
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Capítulo 1 Transtorno do Espectro Autista
(TEA) e o Diagnóstico
DSM-5
Deficiência Intelectual
Transtornos de Comunicação
Transtorno do Espectro Autista
Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade
Transtorno Específico da Aprendizagem
Transtornos Motores
Outros Transtornos do Neurodesenvolvimento
FONTE: Adaptado de APA (2014)
FONTE: <https://soumamae.com.br/tudo-saber-sobre-
criancas-autistas/>. Acesso em: 15 fev. 2020.
13
Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
FONTE: <https://www.editorarealize.com.br/revistas/conedu/trabalhos/TRABALHO_
EV073_MD1_SA10_ID2139_11092017002357.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2020.
14
Capítulo 1 Transtorno do Espectro Autista
(TEA) e o Diagnóstico
FONTE: <https://tismoo.us/saude/diagnostico/nova-classificacao-de-doencas-cid-
11-unifica-transtorno-do-espectro-do-autismo-6a02/>. Acesso em: 15 fev. 2020.
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
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Capítulo 1 Transtorno do Espectro Autista
(TEA) e o Diagnóstico
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
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Capítulo 1 Transtorno do Espectro Autista
(TEA) e o Diagnóstico
FONTE: <http://entendendoautismo.com.br/wp-content/uploads/2016/09/
criterios-de-diagnostico-797x1024.jpg>. Acesso em: 15 fev. 2020.
19
Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
FONTE: <https://consultoriadeinclusao.wordpress.com/2014/11/27/
alguns-sinais-do-autismo/>. Acesso em: 15 fev. 2020.
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Capítulo 1 Transtorno do Espectro Autista
(TEA) e o Diagnóstico
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
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Capítulo 1 Transtorno do Espectro Autista
(TEA) e o Diagnóstico
RELATO DE CASO
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
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Capítulo 1 Transtorno do Espectro Autista
(TEA) e o Diagnóstico
FONTE: <https://pt.slideshare.net/amorimjuvenal/perturbacoes-
do-espectro-do-autismo>. Acesso em: 15 fev. 2020.
25
Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
FONTE: <https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/Ped._
Desenvolvimento_-_21775b-MO_-_Transtorno_do_Espectro_do_
Autismo.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2020.
FONTE: <http://www.sjp.pr.gov.br/semana-municipal-da-conscientizacao-sobre-o-
transtorno-do-espectro-autista-tera-caminhada-no-sabado-7/>. Acesso em: 15 fev. 2020.
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Capítulo 1 Transtorno do Espectro Autista
(TEA) e o Diagnóstico
FONTE: <http://www.sjp.pr.gov.br/semana-municipal-da-conscientizacao-sobre-o-
transtorno-do-espectro-autista-tera-caminhada-no-sabado-7/>. Acesso em: 15 fev. 2020.
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
4 INSTRUMENTOS E ESCALAS
PARA O TEA: A IMPORTÂNCIA DO
DIAGNÓSTICO PRECOCE
Aprendemos na seção anterior que os critérios de diagnóstico do TEA,
segundo o DSM-5, envolvem domínios de sintomas principais, sendo eles: os
déficits de comunicação social e interação social e o comportamento, interesses e
atividades restritas e repetitivas.
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Capítulo 1 Transtorno do Espectro Autista
(TEA) e o Diagnóstico
Vamos lá?
Além das três principais áreas, Le Couteur et al. (1989) ainda destacam a
entrevista, a qual também envolve uma série de comportamentos que, embora não
sejam cruciais para o diagnóstico, são importantes no planejamento terapêutico.
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
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Capítulo 1 Transtorno do Espectro Autista
(TEA) e o Diagnóstico
vez que conseguem, por meio dos relatos dos pais e/ou cuidadores, buscar
relevantes informações relativas tanto a manifestações comportamentais muito
precoces quanto as que surgiram ao longo do desenvolvimento até as exibidas no
momento do tratamento (LE COUTEUR et al., 1989).
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
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Capítulo 1 Transtorno do Espectro Autista
(TEA) e o Diagnóstico
5. Evita pessoas.
7. Isolamento intenso.
II MANIPULAÇÃO DO AMBIENTE - O prob- 1. Não responde às solicitações.
lema da manipulação do ambiente pode
apresentar-se a nível mais ou menos grave, 2. Mudança repentina de humor.
como não responder às solicitações e man-
3. Mantém-se indiferente, sem ex-
ter-se indiferente ao ambiente. O fato mais
pressão.
comum é a manifestação brusca de crises
de birra passageira, risos incontroláveis e
4. Risos compulsivos.
sem motivo, tudo isso com o fim de conse-
guir ser o centro da atenção. 5. Birra e raiva passageira.
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
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Capítulo 1 Transtorno do Espectro Autista
(TEA) e o Diagnóstico
4. Imobilidade facial.
VIII DISTÚRBIOS DE SONO - Quando 1. Não quer ir dormir.
pequeno dorme muitas horas e, quando
maior, dorme poucas horas, se compara- 2. Se levanta muito cedo.
do ao padrão esperado para a idade. Esta
3. Sono irregular (em intervalos).
conduta pode ser constante ou não.
4. Troca o dia pela noite.
5. Vômitos.
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
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Capítulo 1 Transtorno do Espectro Autista
(TEA) e o Diagnóstico
5. Resposta retardada.
4. Lentidão.
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
4. Reações de birra.
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Capítulo 1 Transtorno do Espectro Autista
(TEA) e o Diagnóstico
4. Dá pontapés.
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
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Capítulo 1 Transtorno do Espectro Autista
(TEA) e o Diagnóstico
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
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Capítulo 1 Transtorno do Espectro Autista
(TEA) e o Diagnóstico
FONTE: <https://irp-cdn.multiscreensite.com/a12de2b1//files/
uploaded/ESCALACARSIP.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2020.
Com base na Figura 10, podemos destacar que após observar a criança e
examinar as informações relevantes dos pais, o examinador classifica a criança
em cada item. Usando uma escala de 7 pontos, que varia de 1 a 4 com valores
intermediários de meio ponto (1; 1,5; 2; 2,5; 3; 3,5), o examinador indica o grau no
qual o comportamento da criança afasta-se daquele esperado para uma criança
normal na mesma idade. A pontuação varia de 15 a 60, o ponto de corte para
autismo é 30, escores entre 30 e 36 indicam sintomas leves a moderados e, acima
de 37, graves (SOUSA FILHO, 2014).
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
Embora o ASQ tenha sido desenvolvido a partir da ADI-R, ele foi modificado
de modo a ser mais facilmente compreensível pelos pais e a dispensar explicações
adicionais, como frequentemente ocorre na ADI-R. Cada questão do instrumento
recebe a pontuação 0 para a ausência de anormalidade ou 1 para a existência
do comportamento indicativo de características do espectro do autismo (SOUSA
FILHO, 2014).
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Capítulo 1 Transtorno do Espectro Autista
(TEA) e o Diagnóstico
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
FONTE: <http://www.sopape.com.br/data/conteudo/arquivos/
MCHATESCALA.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2020.
Vamos lá?
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Capítulo 1 Transtorno do Espectro Autista
(TEA) e o Diagnóstico
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
FONTE: <https://mestrado-saude-meio-ambiente.unimes.br/documentos/
dissertacao-barbosa-marinilza.pdf>. Acesso em: 30 abr. 2020.
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Capítulo 1 Transtorno do Espectro Autista
(TEA) e o Diagnóstico
RELATO DE CASO
• Isolamento social.
• Contato visual pobre.
• Ausência de resposta ao chamado.
• Dificuldade em participar de atividades em grupo.
• Resistência à mudança de rotina ou ambiente: recusa a ambientes
novos.
• Comportamento restrito, limitado a um objeto, ou a uma atividade (ficar
somente com aquele objeto).
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste primeiro capítulo, compreendemos o conceito de Transtorno do
Espectro Autista (TEA) tendo como base o Manual Diagnóstico e Estatístico
de Transtornos Mentais (DSM-5), em que se contemplam os aspectos clínicos,
estatísticos e epidemiológicos dos transtornos mentais.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, L. B. Psicopedagogia e distúrbios de aprendizagem: uma visão
diagnóstica. Encontro: revista de psicologia, v. 13, n. 19, 2017.
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Capítulo 1 Transtorno do Espectro Autista
(TEA) e o Diagnóstico
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
SANTOS, T. H. et al. Comparing the use of the Childhood Autism Rating Scale
and the Autism Behavior Checklist protocols to identify and characterize autistic
individuals. J. Soc. Bras. Fonoaudiol., v. 24, n. 1, p. 104-106, 2012.
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Capítulo 1 Transtorno do Espectro Autista
(TEA) e o Diagnóstico
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
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C APÍTULO 2
Intervenção e o TEA:
Possibilidades de Interação
e Aprendizagem
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Capítulo 2 Intervenção e o TEA: Possibilidades de
Interação e Aprendizagem
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Em continuidade aos nossos estudos, neste capítulo compreenderemos
a importância das intervenções terapêuticas e educacionais para pessoas com
TEA, pois estas poderão ajudar a desenvolver interesses e competências que
permitam a independência na vida adulta.
2 INTERVENÇÃO E O TEA:
POSSIBILIDADES DE INTERAÇÃO E
APRENDIZAGEM
Neste capítulo, compreenderemos que a intervenção no TEA é um assunto
complexo, pois envolve vários fatores. Assim, não há respostas absolutamente
prontas e corretas para todo e qualquer caso, pois cada caso é único e deve ter
suas particularidades respeitadas (BRITO, 2017).
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
Portanto, podemos inferir que a detecção precoce dos sinais do TEA torna-
se fundamental, pois quanto antes a intervenção for iniciada, melhores serão os
resultados em termos de desenvolvimento cognitivo, linguagem e habilidades
sociais (KASARI; FREEMAN; PAPARELLA, 2006).
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Capítulo 2 Intervenção e o TEA: Possibilidades de
Interação e Aprendizagem
FIGURA 1 – INTERVENÇÃO PRECOCE
FONTE: <https://www.bonde.com.br/comportamento/noticias/veja-4-mitos-que-
atrapalham-o-tratamento-do-autismo-493855.html>. Acesso em: 18 mar. 2020.
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
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Capítulo 2 Intervenção e o TEA: Possibilidades de
Interação e Aprendizagem
2.1 INTERVENÇÕES
COMPORTAMENTAIS E
EDUCACIONAIS PARA O TEA
Na seção anterior, compreendemos a importância das intervenções
terapêuticas e da educação escolar para pessoas com TEA, pois estas poderão
ajudar a desenvolver interesses e competências que permitam a independência
na vida adulta.
• A criança diz “Ele não quer! Ele não quer!” para expressar que não deseja
algo.
• Ecolalias (repetição da fala das outras pessoas).
• Rigidez de significados (por exemplo, dificuldade em compreender
metáforas, piadas, sarcasmo e expressões com duplo sentido).
• Ausência de ou pouco contato visual durante situações de comunicação.
• Dificuldades para iniciar a comunicação com outra pessoa.
• Dificuldades para expressar suas vontades por meio de gestos
representativos.
• Dificuldades na atenção compartilhada durante as interações e
conversações.
• Dificuldades em jogos sociais (por exemplo, em brincadeiras de faz de
conta e de imaginação), entre outros “sinais” (BRITO, 2017).
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
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Capítulo 2 Intervenção e o TEA: Possibilidades de
Interação e Aprendizagem
O que é ABA?
FONTE: <https://vitaclinica.com.br/blog-da-vita/terapia-baseada-em-estimulos-
diante-de-acertos-ajuda-criancas-autistas/>. Acesso em: 20 mar. 2020.
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
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Capítulo 2 Intervenção e o TEA: Possibilidades de
Interação e Aprendizagem
FONTE: <https://www.opopular.com.br/noticias/ludovica/blogs/viva-a-
diferen%C3%A7a/viva-a-diferen%C3%A7a-1.925289/autismo-e-an%C3%A1lise-
do-comportamento-aplicada-aba-1.1209484#>. Acesso em: 22 mar. 2020.
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
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Capítulo 2 Intervenção e o TEA: Possibilidades de
Interação e Aprendizagem
O modelo Early Start Denver Model (ESDM) tem como base a construção das
interações, as habilidades de engajamento com o outro, as iniciativas sociais da
criança, a espontaneidade e o aumento de oportunidades de aprendizados sociais
que a criança experimenta através de uma relação de afeto com seus semelhantes
(FIGUEREDO, 2014).
A abordagem construtivista contribui com uma visão da criança como ser ativo,
que constrói seu mundo mental e social (FIGUEREDO, 2014).
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
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Capítulo 2 Intervenção e o TEA: Possibilidades de
Interação e Aprendizagem
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
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Capítulo 2 Intervenção e o TEA: Possibilidades de
Interação e Aprendizagem
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
O modelo Early Start Denver Model (ESDM) tem como base a construção das
interações, as habilidades de engajamento com o outro, as iniciativas sociais da criança,
a espontaneidade e o aumento de oportunidades de aprendizados sociais que a criança
experimenta através de uma relação de afeto com seus semelhantes (FIGUEREDO,
2014).
O modelo destaca que a terapia não se torna eficaz se realizada uma ou duas
vezes por semana, sendo necessário treinamento dos pais. Nesse treinamento são
ensinados aos pais como estes podem ter sucesso na implementação do ESDM nas
rotinas diárias e nas brincadeiras com seus filhos (ROGERS; DAWSON, 2010).
Caso a rotina de aplicação das orientações aos pais for bem estruturada, os pais
podem conseguir grandes mudanças nas habilidades sociais e na linguagem de seus
filhos.
FONTE: <https://novaescola.org.br/conteudo/18024/autismo-
conheca-o-modelo-dirfloortime-usado-no-desenvolvimento-de-
criancas-com-autismo>. Acesso em: 22 mar. 2020.
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Capítulo 2 Intervenção e o TEA: Possibilidades de
Interação e Aprendizagem
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
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Interação e Aprendizagem
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Capítulo 2 Intervenção e o TEA: Possibilidades de
Interação e Aprendizagem
FONTE: <http://www.blogin.com.br/2018/03/29/sugestoes-estruturar-
rotina-nos-casos-tea/>. Acesso em: 24 mar. 2020.
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
FONTE: <http://www.blogin.com.br/2018/03/29/sugestoes-estruturar-
rotina-nos-casos-tea/>. Acesso em: 24 mar. 2020.
FONTE: <http://www.blogin.com.br/2018/03/29/sugestoes-estruturar-
rotina-nos-casos-tea/>. Acesso em: 24 mar. 2020.
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Interação e Aprendizagem
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
O programa TEACCH foi criado no fim da década de 1960 pelo Dr. Eric
Schopler, na Universidade da Carolina do Norte (EUA), partindo de uma
orientação cognitiva e comportamental (SANTOS, 2005).
FONTE: <https://sites.google.com/site/desvendandooautismo/
teacch>. Acesso em: 24 mar. 2020.
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Capítulo 2 Intervenção e o TEA: Possibilidades de
Interação e Aprendizagem
FONTE: <https://sites.google.com/site/desvendandooautismo/
teacch>. Acesso em: 24 mar. 2020.
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
3 A IMPORTÂNCIA DA INTERAÇÃO
E DA COLETIVIDADE PARA O
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
COM TEA
Ressaltamos que no contexto que envolve as intervenções educacionais,
a criança com TEA necessita ser compreendida como sujeito com capacidades
para desenvolver-se, sendo que, no desenvolvimento dessa criança, torna-se
essencial a compreensão das singularidades (TRENTIN, 2011).
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Capítulo 2 Intervenção e o TEA: Possibilidades de
Interação e Aprendizagem
FONTE: <https://pt.slideshare.net/snvanessa/
vygotsky-5317104>. Acesso em: 24 mar. 2020.
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
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Capítulo 2 Intervenção e o TEA: Possibilidades de
Interação e Aprendizagem
Por que Vygotsky (1997) afirma que nas crianças com deficiência/transtornos
as funções psicológicas superiores se desenvolvem de modo incompleto?
Porque, para Vygotsky (1997), o defeito primário sobrepõe-se a uma série de
impeditivos que conduzem o sujeito ao isolamento e que criam obstáculos ao
desenvolvimento de sua interação e coletividade com as pessoas que o rodeiam e
de sua comunicação com o grupo social.
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
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Capítulo 2 Intervenção e o TEA: Possibilidades de
Interação e Aprendizagem
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
FIGURA 14 – VIVÊNCIA/EXPERIÊNCIA
FONTE: <https://www.romanews.com.br/colunistas/post/livre-brincar-a-
infancia-para-os-nossos-filhos/405/>. Acesso em: 25 mar. 2020.
Sob esse ângulo, Vygotsky (2014, p. 13) anuncia que “quanto mais o sujeito
ouvir e experimentar, quanto mais aprender e assimilar, quanto mais elementos da
realidade tiver a sua disposição na sua experiência, mais importante e produtiva
será sua atividade imaginativa”. Assim, considera-se a ampliação das vivências
uma condição essencial para a aprendizagem.
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Capítulo 2 Intervenção e o TEA: Possibilidades de
Interação e Aprendizagem
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Nesse capítulo, compreendemos que a intervenção no TEA é um assunto
complexo, pois envolve vários fatores. Assim, não há respostas absolutamente
prontas para todo e qualquer caso, pois cada caso é único e deve ter suas
particularidades respeitadas e analisadas.
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de
Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência).
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/
l13146.htm. Acesso em: 25 mar. 2020.
92
Capítulo 2 Intervenção e o TEA: Possibilidades de
Interação e Aprendizagem
93
Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
KASARI, C.; FREEMAN, S.; PAPARELLA, T. Joint attention and symbolic play in
young children with autism: a randomized controlled intervention study. J. Child
Psychol Psychiatry, v. 47, p. 611-620, 2006. Disponível em: https://www.ncbi.
nlm.nih.gov/pubmed/16712638. Acesso em: 3 maio 2020.
94
Capítulo 2 Intervenção e o TEA: Possibilidades de
Interação e Aprendizagem
ROGERS, S.; DAWSON, G. Early Start Denver Model. New York: The Guilford
Press, 2010.
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
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C APÍTULO 3
Inclusão e o Papel do Professor
98
Capítulo 3 Inclusão e o Papel do Professor
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Aprendemos ao longo deste livro a importância das intervenções realizadas
em sujeitos com TEA, as quais podem resultar na aquisição da linguagem,
facilidade nos diferentes processos adaptativos e no desenvolvimento da interação
social, aumentando a chance de inserção em diferentes âmbitos sociais.
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
Assim, cabe destacar que para a escola ser inclusiva, a matrícula de alunos
com deficiência/transtorno se constitui em apenas uma das partes integrantes
desse processo. Ela se torna inclusiva a partir do momento em que se reestrutura
para atender à diversidade de alunos, com suas necessidades e dificuldades,
propiciando um ensino de qualidade para todos, o qual, de acordo com o
documento “A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: a escola
comum inclusiva”:
FONTE: <http://kleitonoliveira.com.br/2018/02/16/
inclusao-escolar/>. Acesso em: 15 abr. 2020.
Assim, podemos inferir que a inclusão escolar visa uma educação para
todos, sendo que essa educação se efetivará a partir do comprometimento de
todos os profissionais que atuam nas escolas, envolvendo gestores, professores,
pais e serviços gerais. Temos a compreensão de que esse comprometimento
com uma educação para todos, aliado ao entendimento da diversidade no
âmbito escolar e às reflexões sobre a essência no processo de ensinar e
aprender, promove transformações e que essas transformações possibilitam aos
100
Capítulo 3 Inclusão e o Papel do Professor
101
Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
Agora que você expôs seu entendimento sobre o que significa a inclusão
escolar, podemos inferir que em uma escola inclusiva o professor precisa
trabalhar com todos os alunos em suas diferenças, propiciando oportunidades de
aprendizagens, utilizando-se de recursos e estratégias que viabilizem o processo
de construção do conhecimento.
102
Capítulo 3 Inclusão e o Papel do Professor
Agora que você expôs suas ideias sobre a inclusão escolar, destacaremos
a importância do professor neste processo, que envolve o desenvolvimento e a
aprendizagem do aluno com TEA.
103
Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
FONTE: <http://clubematerno.net/2016/01/20/dicas-para-professores-
aluno-com-autismo/>. Acesso em: 15 mar. 2020.
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Capítulo 3 Inclusão e o Papel do Professor
refeitas, já que vão diferindo, infinitamente”. Elas são produzidas e não podem
ser naturalizadas, como pensamos, habitualmente. Essa produção merece ser
compreendida e não apenas respeitada e tolerada.
Assim, podemos inferir que a inclusão de alunos com TEA no contexto escolar
pressupõe a estruturação dos aspectos pedagógicos, para que as experiências
propiciadas por meio do ensino sejam inclusivas (TRENTIN, 2011).
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
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Capítulo 3 Inclusão e o Papel do Professor
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
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Capítulo 3 Inclusão e o Papel do Professor
FONTE: <https://www.opopular.com.br/noticias/ludovica/blogs/viva-
a-diferen%C3%A7a/viva-a-diferen%C3%A7a-1.925289/direito-ao-
professor-de-apoio-1.1075014>. Acesso em: 2 maio 2020.
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
FONTE: <https://www.kentuckyteacher.org/features/2013/02/need-
art-help-call-out-the-swat-team/>. Acesso em: 2 maio 2020.
Vale destacar que as ações do AEE devem ser articuladas com a sala de
aula, de modo a favorecer situações que enriqueçam o currículo e viabilizem
formas de o aluno participar do espaço da sala e apropriar-se de conhecimentos.
Essa articulação é constatada na Resolução nº 04/2009, Art. 13, inciso VIII, no
qual consta que o professor do AEE precisa articular com o professor de sala de
aula estratégias e recursos para a acessibilidade e promoção da participação do
aluno nas atividades escolares (TRENTIN, 2018).
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Capítulo 3 Inclusão e o Papel do Professor
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Capítulo 3 Inclusão e o Papel do Professor
Identificar intolerância aos estímulos auditivos, bem como o tempo de tolerância durante
o aprendizado em sala de aula.
Organizar um sistema de registro individual de desempenho que vise retratar o
desenvolvimento de cada aluno com TEA com base nos objetivos, para que seja re-
planejado o plano individual quando necessário.
Alunos com TEA frequentemente apresentam exagerado apego a rotinas. Dessa for-
ma, o professor deve facilitar a previsibilidade da rotina usando preditores visuais, como
agendas ilustradas, calendários e sequência das atividades, indicando o que vai aconte-
cer e em quais momentos.
Ajude a criança a compreender as brincadeiras, sempre explicando antecipadamente
o que vai acontecer, com frases curtas e diretas (com objetivos explícitos).
Incentive a criança a chamar outras pessoas pelo nome. Por exemplo: a professora e
os amiguinhos mais próximos.
Quando a criança ou o adulto com TEA apresenta a chamada ecolalia (repetição da
fala de outras pessoas, falas de desenhos e propagandas da televisão ou internet, por
exemplo) podemos interpretar como algo positivo no que se refere ao desenvolvimento da
linguagem e compreender a intenção comunicativa relacionada à ecolalia e atribuir signifi-
cado a ela. Busque identificar quando, onde e por que ela repete determinadas palavras
ou frases. Estratégias mais diretivas, como utilizar pistas visuais e contextualizar a fala da
criança, podem ser usadas também.
Contextos estruturados e previsibilidade auxiliam bastante, por exemplo, com relação
às atividades escolares e festividades, pode-se sempre antecipar os acontecimentos em
sala de aula, a hora do recreio e as mudanças da rotina escolar, como datas comemorati-
vas, mudança de professores, passeios escolares e festas.
O uso de recursos visuais também é sistematicamente destacado quando o assunto
é intervenção no TEA. A utilização de recursos visuais, como desenhos, figuras, fotogra-
fias, vídeos ou objetos concretos associados ao aspecto que se pretende desenvolver ou
à atividade planejada, pode ajudar na compreensão e interesse de crianças e adultos com
TEA. Usar quadros de rotina diária em casa, na terapia e na escola, o passo a passo de
algumas situações do cotidiano, por exemplo, de como usar o banheiro ou tomar banho.
Usar histórias sociais para situações sociais do cotidiano, como cumprimentar as pes-
soas, esperar sua vez para falar, despedir-se etc.
Faça pedidos que você sabe que a criança pode realizar para promover situações em
que ela é “bem-sucedida”. Você pode dividir as tarefas e atribuições em partes e passos
menores, ou peça para a criança fazer somente uma parte da tarefa, como guardar uma
peça de cada vez do jogo ao invés de pedir que guarde todas as peças de uma só vez.
Busque elogiar quando a criança atender às solicitações.
Use interesses específicos e preferências da criança para incentivar habilidades e
talentos. Você pode usar também o interesse restrito para se aproximar da criança ou
para despertar o interesse em assuntos que a princípio ela não se interessa.
O uso de recursos de tecnologia, como computadores, tablets, celulares, aplicativos,
kits de robótica e robôs humanoides despertam o interesse de muitas crianças com TEA.
Habilidades comunicativas, sociais e acadêmicas podem ser promovidas com o auxílio
destes e de outros recursos tecnológicos.
O uso de jogos, brincadeiras e atividades que incentivam a atenção compartilhada
e a simbolização são muito importantes. Você pode usar bonecos, “bichinhos” de pelúcia
e outros brinquedos para dar banho, fazer “comidinha”, dividir o lanche, fazer um passeio
e imitar outras situações do cotidiano.
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Diagnóstico e Intervenção no Transtorno do Espectro Autista
FONTE: <https://sites.google.com/site/centrodeterapiaocupacional/
atividades-basicas-de-vida-diaria>. Acesso em: 2 maio 2020.
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Capítulo 3 Inclusão e o Papel do Professor
Jogar papel no cesto de lixo. • Solicitar ao aluno que pegue o papel, faça-o aproxi-
mar-se do cesto de lixo, incentivando-o a jogar o papel
no cesto.
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Abrir e fechar janelas, cortinas, • Inicialmente, mostrar ao aluno como se abre a janela
portas e gavetas e estimulá-lo a fazer a mesma tarefa.
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Capítulo 3 Inclusão e o Papel do Professor
• Cuspir a água.
• Lavar a boca.
• Molhar as mãos.
• Pegar o sabonete.
• Friccionar as mãos.
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3 A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR
PARA CRIANÇAS COM TEA
No Capítulo 2, estudamos Vygotsky, o qual considera que o processo de
aprendizagem emerge na relação com o contexto social e histórico em que está
inserido. Portanto, podemos destacar que a criança, ao brincar ou ao manipular
um objeto, está diante de um processo de desenvolvimento afetivo, social, cultural
e motor, que reflete em aprendizagem (SILVA, 2017).
FONTE: <https://nadjafavero.wordpress.com/2014/05/17/o-
brincar-na-crianca-com-tea/>. Acesso em: 7 abr. 2020.
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Vamos lá?
Resultados da pesquisa
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a) Sorrindo e tocando
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c) Engajando em brincadeiras
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Luís: Ô (balbuciando).
Luís: Ô, ô.
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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Com as sugestões de estratégias, chegamos ao final desse capítulo e
encerramos, também, essa disciplina. Esperamos que você tenha aproveitado
todos os temas desenvolvidos aqui e possa refletir, a cada nova situação, sobre o
contexto que envolve o Transtorno do Espectro Autista.
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REFERÊNCIAS
APA. American Psychiatry Association. Diagnostic and Statistical Manual
of Mental disorders – DSM-5. 5th. ed. Washington: American Psychiatric
Association, 2014.
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Capítulo 3 Inclusão e o Papel do Professor
BRAUN, P.; MARIN, M. Ensino colaborativo como prática de inclusão escolar. In:
GLAT, R.; PLETSCH, M. D. (Orgs.). Estratégias educacionais diferenciadas
para alunos com necessidades especiais. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2013. p.
49-64.
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