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FORMAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL DE FORMADORES

Manual: SIMULAÇÕES PEDAGÓGICAS

Orientação PIP – Proposta de Intervenção


Pedagógica

Módulo 2 e 9: Simulações Pedagógicas

Manual elaborado por: Maria de Fátima P de Almada Burguete


Índice
Introdução ...................................................................................................................................................................... 3
Capitulo I- Informações Gerais ....................................................................................................................................... 5
1.1. Objetivos Gerais ........................................................................................................................ 5
1.2. Objetivos Específicos................................................................................................................. 5
1.3. Resumo Conteúdos Programáticos ........................................................................................... 6
Capitulo II – Desenvolvimento ........................................................................................................................................ 7
2.1. A autoscopia/simulação ................................................................................................................... 7
2.1.1. Finalidades................................................................................................................................. 8

2.1.2. Realização da simulação/autoscopia ......................................................................................... 8

2.2. Simulação Pedagógica Inicial ............................................................................................................ 9


2.2.1. Preparação da simulação........................................................................................................... 9

2.2.2. Apresentação/execução da simulação .................................................................................... 10

2.2.3. Análise das simulações ............................................................................................................ 10

2.3. Simulação Pedagógica Final ............................................................................................................ 12


2.3.1. Preparação da simulação......................................................................................................... 12

2.3.2. Desenvolvimento..................................................................................................................... 13

2.3.3. Avaliação ................................................................................................................................. 14

2.3.4. Visionamento .......................................................................................................................... 14

2.3.5. Análise ..................................................................................................................................... 14

2.3.6. Definição de Percursos de Autoformação e Aprendizagem ao Longo da Vida ........................................... 15

2.4. Processo de auto-avaliação ............................................................................................................ 16


2.5. Itens avaliados nas simulações ....................................................................................................... 17
2.5.1. Desenvolvimento..................................................................................................................... 18

2.5.2. Plano de sessão ....................................................................................................................... 19

2.5.3. Recursos Didáticos................................................................................................................... 19

Conclusão ..................................................................................................................................................................... 20

3. Projeto de Intervenção Pedagógica……………………………………………………………………………………………………21

Referências Bibliográficas ............................................................................................................................................. 24

Manual elaborado por: Maria de Fátima P de Almada Burguete


Formação Pedagógica Inicial de Formadores

Introdução

No curso Formação Pedagógica Inicial de Formadores, existem dois módulos específicos e centrados na
realização de simulações pedagógicas/autoscopias – M2 Simulação Pedagógica Inicial; M9 Simulação
Pedagógica Final.

As simulações pedagógicas iniciais e finais caraterizam-se pela “autoscopia” que é uma técnica de
formação, que recorre à vídeo gravação de temas apresentados pelo
grupo de formandos, com posterior visualização, consistindo num
processo de autoanálise que permite ao formando rever-se na
ação que desempenha e obviamente conhecer-se melhor, através
da tomada de consciência dos seus pontos fortes e pontos fracos.

A simulação Pedagógica inicial tem um carácter diagnóstico, a final é


sumativa e pretende-se que o formando evolua entre a realização das mesmas de acordo com os
saberes adquiridos ao longo do curso.
3
A utilização da autoscopia, na formação de formadores, tem como objetivo:
• A identificação e descrição das principais aptidões, expressas em termos comportamentais,
indispensáveis na preparação, desenvolvimento e análise de uma sessão de formação
• A autoanálise
• A identificação dos comportamentos pedagógicos a adquirir ou a melhorar

A autoscopia, visa melhorar o comportamento do formando, através da observação global da sua


intervenção, em situações didácticas normais ou próximas das reais. A ideia base, é colocar o formando
numa situação de formação (sessão), a fim de ser observado pelos restantes colegas, que analisam e
criticam com ele a sua actuação. Permitindo deste modo, o aperfeiçoamento através da integração da
opinião do grupo e ainda pelo desenvolvimento das capacidades de auto-observação e autocrítica.

As simulações têm sempre dois momentos:

Execução da simulação com vídeo gravação;

Visualização da gravação com posterior análise e comentário.

As simulações são assim, uma importante técnica para a aquisição das competências necessárias à
atividade de formador, na medida em que visa o treino de competências na área da preparação,
animação e análise de sessões de formação;

Simulação Pedagógica Inicial e Final


Formação Pedagógica Inicial de Formadores

o desenvolvimento de capacidades de crítica, de síntese e de trabalho em grupo;


o diagnóstico de comportamentos pedagógicos a melhorar.
Na formação, o campo da autoscopia alargou-se de ano para ano e é utilizado em situações concretas e
diversificadas.

Na preparação de pessoas que assumem cargos públicos:


Individualidades que utilizam o pequeno ecrã do televisor, no quadro das suas responsabilidades
políticas, sociais e profissionais, preparam-se para as mesas
redondas, para os “frente-a-frente”, para entrevistas- surpresa
perante as câmaras. Os políticos, os responsáveis por
associações patronais ou sindicais, os quadros superiores que
querem ter êxito na sua atividade, conhecem o valor do vídeo na
formação para a melhoria e promoção da sua imagem; Para este
treino, alguns indivíduos recorrem mesmo aos serviços de
empresas especializadas (que dispõem de estúdios, técnicos de
vídeo, psicossociólogos e, até atores, que lhes ensinam os
gestos, a dicção, em suma, o saber-estar), ou até aos serviços internos das instituições a que pertencem.

Na formação de artistas de diferentes tipos de espectáculo:


Alguns artistas utilizam o vídeo para prepararem ou melhorarem as suas atuações.
4

Na formação de vendedores e técnicos comerciais:


Muitas empresas utilizam este instrumento ou esta técnica para a formação dos seus vendedores na
relação com o público comprador e na preparação de inspetores ou supervisores.

Na formação/interação de grupos:
Nos jogos de empresa, em experiência de dinâmica de grupos, no “role-playing ”.

Na formação do Saber-Fazer:
Na aprendizagem das técnicas desportivas, profissionais, gestuais.

Na formação de formadores:
Na formação de professores, de instrutores, de monitores e de animadores. Em suma em qualquer
setor de actividade , que pretenda uma auto avaliação de competências por parte dos seus
colaboradores.

Simulação Pedagógica Inicial e Final


Formação Pedagógica Inicial de Formadores

Capitulo I- Informações Gerais

O presente manual, propositadamente integra conteúdos de dois módulos – M2 – Simulação


Pedagógica Inicial e do M9 – Simulação Pedagógica Final, uma vez que estes módulos funcionam de
forma articulada, pretendendo-se a realização do mesmo tipo de tarefas em ambos, mas com grau de
complexidade e exigência maior na simulação final.

Apresentamos os objectivos e conteúdos de ambos os módulos, sendo que alguns são específicos do
M9, estando identificados como tal.

1.1. Objetivos Gerais


Pretende-se que os formandos sejam capazes de:

Executar a simulação pedagógica inicial, avaliar e comentar a mesma, tanto a própria como a
dos colegas;

Executar a simulação pedagógica final, com base nos saberes adquiridos ao longo do curso,
avaliar e comentar a mesma, tanto a própria como a dos colegas;

1.2. Objetivos Específicos 5


Preparar, desenvolver e avaliar sessões de formação;

Identificar os aspetos pedagógicos considerados mais importantes no processo de ensino-


aprendizagem;

Propor soluções alternativas, apresentar sugestões de estratégias pedagógicas diversificadas;

Exercitar competências de análise e de autoanálise relativamente a comportamentos


observados no desenvolvimento de uma sessão de ensino-aprendizagem.

Comparar o nível de competências pedagógicas adquiridas ao longo do processo formativo,


com o nível de desempenho demonstrado no início da ação (M9);

Elaborar uma síntese e avaliação dos processos formativos vivenciados (M9);

Construir percursos para autoformação (traçado de percursos individuais de formação) – (M9).

Simulação Pedagógica Inicial e Final


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1.3. Resumo Conteúdos Programáticos

Características da técnica de simulação pedagógica;

Processo de desenvolvimento das simulações;

Análise e autoanálise dos comportamentos pedagógicos observados;

Diagnóstico das competências demonstradas e a adquirir/melhorar;

Elaboração de um projeto de melhoria para acompanhamento da progressão das


aprendizagens;

Síntese e avaliação dos comportamentos pedagógicos adquiridos (M9);

Percursos para autoformação e Aprendizagem ao Longo da Vida (Formação de: Formador de


Formadores; Formador a distância; Formador-Consultor; Gestor/ Coordenador de Formação;
Mediador de Formação dos cursos EFA) – (M9).

Simulação Pedagógica Inicial e Final


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Capitulo II – Desenvolvimento

2.1. A Autoscopia/Simulação

As simulações Pedagógicas consistem num processo de autoanálise que


permite ao indivíduo rever-se na ação e conhecer-se melhor, tomando
consciência dos seus pontos fortes e fracos, a fim de aceitar e melhorar .
Um docente, um político, um dirigente ou um desportista que visiona a
lição, o discurso, a reunião, a entrevista, o jogo, para analisar a sua
“performance”, utiliza a autoscopia. A autoscopia tem a sua origem na atividade desenvolvida, em
1967, pelo Centro de Audiovisuais da Escola Normal de Saint Cloud – em França – FAUQUET E
STRASFOGEL. A utilização da autoscopia, na formação ou aperfeiçoamento pedagógico de docentes,
permite:

A identificação e a descrição das principais aptidões, expressas em termos de


comportamento, indispensáveis na preparação, desenvolvimento e análise de uma sessão de
formação;
7
A auto análise;

A identificação dos comportamentos pedagógicos a adquirir ou a melhorar.

A autoscopia visa melhorar o comportamento do formador, mediante a observação global da sua


intervenção, em situações didáticas normais ou próximas das reais. A ideia base é a de colocar o
“formador-em-formação” numa situação de formação (sessão), a fim de ser observado pelos restantes
que analisam e criticam com ele a sua atuação. Assim, é devolvida ao docente a imagem – o feedback –
do seu comportamento perante os formando e das reações deste à sua intervenção. A autoscopia
permite, deste modo, o aperfeiçoamento do formando-formador através da integração da opinião do
grupo e, ainda, pelo desenvolvimento das faculdades de auto- observação e da autocrítica. O interesse
da TV neste tipo de trabalho, reside, essencialmente, no facto de propor rápida, fácil e economicamente
um “feedback” muito mais objetivo do que aquele que os observadores humanos fornecem.

Além da objetividade que proporciona, também facilita as relações “formando formador/animador”


porque permite àquele descobrir por si os seus pontos fracos, evitando que o animador se coloque na
posição de censor. A conservação de uma gravação permite comparar “performances” distantes no
tempo e, assim, medir os progressos efetuados.

Simulação Pedagógica Inicial e Final


Formação Pedagógica Inicial de Formadores

2.1.1. Finalidades

São finalidades da técnica de autoscopia / simulação:

Treinar competências na área da preparação, animação e análise de sessões de formação;

Desenvolver capacidades de crítica, de síntese e de trabalho em grupo;

Diagnosticar comportamentos pedagógicos a melhorar.

2.1.2. Realização da Simulação/Autoscopia

No contexto da Formação Profissional, a autoscopia realizada para formação dos formadores baseia-se,
em geral, na simulação de sessões. Assim, cada “formador -em- formação” simula uma sessão,
desempenhando os colegas do grupo o “papel” de formandos. A sequência dos trabalhos, as regras
estabelecidas, os critérios de análise resultam de um diálogo entre o animador e o grupo de
“formadores em formação”. Variando por vezes na ordem das operações, o esquema seguido para a
autoscopia assenta, globalmente, nas seguintes fases:

Preparação - nesta fase é importante que:


• Definição de um tema;
• Caracterização do público-alvo;
8
• Elaboração de um plano de sessão;
• Definição dos meios/recursos.
Desenvolvimento
• Gravação das simulações de acordo com uma ordem estabelecida, seguidas de
visionamento das mesmas.
Visionamento
• Visualização das simulações pela ordem com que foram gravadas
• Após cada visionamento é feita a competente análise
Análise
• Por cada sessão visionada a análise passa por:
 1º - Autocrítica
 2º - Crítica dos participantes
 3º - Crítica do formador
Síntese
• É preenchida uma grelha síntese por cada sessão avaliada;
• O preenchimento deve ser feito pelo formador, com contribuição dos formandos.

Simulação Pedagógica Inicial e Final


Formação Pedagógica Inicial de Formadores

2.2. Simulação Pedagógica Inicial

Na simulação pedagógica inicial a ideia base é proporcionar ao formando a realização de uma sessão de
formação registada em vídeo. O seu desempenho é depois analisado pelo próprio e pelos restantes
formandos que analisam e criticam e conjunto o seu desempenho.

A auto-observação, juntamento com as avaliações do grupo permitem ao próprio formando uma auto-
avaliação mais consistente e a consciencialização dos aspectos a melhorar.

A simulação inicial não pressupõe grande estruturação. No entanto, para avaliar objectivamente o
desempenho, é necessário que:

2.2.1. Preparação da Simulação

Definir o tema da sessão, que deve ser simples para que o trabalho se centre,
preferencialmente, na forma de condução da sessão, relegando para segundo plano o
conteúdo.

A definição da população-alvo a que é dirigida a lição, através do estabelecimento de perfil dos


participantes da sessão (níveis etário e escolar, situação profissional, pré- requisitos) – deve
antes da simulação comunicar aos seus colegas qual o papel que eles devem desempenhar, 9
(por exemplo são todos agricultores) para que eles possam adequar o seu comportamento e
participação.

Definir os objectivos da aprendizagem

Definir a duração da sessão que deve ser curta (5 a 8 minutos). A sessão deve, no entanto,
compreender todas as etapas necessárias para a consecução dos objetivos visados, isto é, deve
permitir a aprendizagem do tema por formandos com perfil previamente estabelecido.

Elaboração de um plano - poderá revestir o aspeto simples de um esquema que inclua os


objetivos visados, o conteúdo e o desenvolvimento previsto.

Organizar os meios e recursos necessários para a realização da sessão.

Simulação Pedagógica Inicial e Final


Formação Pedagógica Inicial de Formadores

2.2.2. Apresentação/execução da simulação


É importante que no decorrer da simulação:

Abordar um tema que domine;

Demonstrar facilidade em falar em público;

Demonstrar auto-confiança e controlo emocional;

Motivar os formandos, utilizando metodologias criativas;

Comunicar os objectivos aos formandos;

Gerir e explorar a informação que se produz;

Socorrer-se de metodologias dinâmicas, de modo a conseguir participação dos formandos;

Utilizar materiais/recursos adequados ao público alvo;

Promover interacção com os formandos, através da comunicação verbal e não verbal (gesto,
olhar, postura, deslocação pela sala);

Demonstrar capacidade de autocrítica e de ser criticado, no que diz respeito ao seu


desempenho pedagógico;

Sistematizar a informação produzida, ou seja, os resultados da aprendizagem; 10

Disponibilidade para alterar comportamentos menos adequados por outros pedagogicamente


mais adequados.

2.2.3. Análise das Simulações

Nesta etapa é necessário rever as gravações das simulações promovendo um debate de grupo onde a
análise e autoanálise dos comportamentos pedagógicos observados sirva de base para o formador, em
conjunto com o formando, e as opiniões do restante grupo, criem quadros das competências
demonstradas e das competências a adquirir. O formador tem como suporte as fichas de avaliação das
aprendizagens e deverá ainda, com este debate, elaborar projetos de melhoria individuais para cada
formando que servirão para acompanhamento da progressão das aprendizagens e para contraponto na
Simulação Pedagógica Final.

Simulação Pedagógica Inicial e Final


Formação Pedagógica Inicial de Formadores

Exemplo da Ficha para Projeto de Melhoria:

FICHA PARA O PROJETO MELHORIA

NOME

N.º DE
IDENTIFICAÇÃO DA
AÇÃO DE FORMAÇÃO

DATA

FORMADOR
11
PARÂMETROS A MELHORAR OBJETIVOS A ATINGIR/ COMPETÊNCIAS A
ADQUIRIR (SE APLICÁVEL)

DOMÍNIO DO ASSUNTO

COMUNICAÇÃO DOS OBJETIVOS

VERIFICAÇÃO DOS PRÉ-REQUISITOS

ADEQUAÇÃO DOS MÉTODOS E TÉCNICAS


PEDAGÓGICAS (MTP)

MOTIVAÇÃO ATIVIDADES DOS PARTICIPANTES

FACILITAÇÃO DA ESTRUTURAÇÃO DO
CONTEÚDO

RECURSOS DIDÁTICOS

COMPORTAMENTO FÍSICO DEMONSTRADO NA


INTERAÇÃO COM O GRUPO

MODERAÇÃO DAS DISCUSSÕES DE GRUPO

AUTOCONFIANÇA

Simulação Pedagógica Inicial e Final


Formação Pedagógica Inicial de Formadores

VERIFICAÇÃO DOS RESULTADOS DE


APRENDIZAGEM

COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS DE


APRENDIZAGEM

GESTÃO DO TEMPO

CRIATIVIDADE PEDAGÓGICA

PLANEAMENTO DE ATIVIDADES COM RECURSO


A PLATAFORMAS COLABORATIVAS E DE
APRENDIZAGEM (PCEA)

2.3. Simulação Pedagógica Final

A simulação pedagógica final ocorre no final do curso Formação Pedagógica Inicial de Formadores, e
portanto, pretende-se que o formando demonstre os seus saberes pedagógicos adquiridos ao longo do
curso. Deve nesta fase ter também presente a simulação inicial de modo a que promova a correcção de
desempenhos menos favoráveis em termos pedagógicos.
12
Esta simulação deverá ter uma duração entre 15 a 20 minutos e deverá ser um excerto do Projeto de
Intervenção Pedagógica, planeado e desenvolvido ao longo do curso. O tema da simulação deve
obrigatoriamente ser de acordo com a área de intervenção do futuro formador.

A simulação pedagógica final deve ser cuidadosamente preparada, de modo a que atinja um bom
desempenho.

2.3.1. Preparação da Simulação

Antes da sessão:
Preparar todo o material necessário
Seleccionar os métodos, técnicas, recursos/equipamentos

Durante a sessão:
Lembrar os pontos-chave e sua sequência
Executar a sessão dentro do planeado, mantendo presente que todos estão a desempenhar
papéis.

Simulação Pedagógica Inicial e Final


Formação Pedagógica Inicial de Formadores

Após a sessão
Comparar o que estava planeado com o que foi concretizado
Reflectir sobre eventuais melhorias/medidas corretivas para futuras sessões

Na preparação da simulação pedagógica final há aspectos fundamentais que não deve descurar:

A escolha do tema;
A definição de objectivos gerais e específicos – os objectivos devem ser definidos de forma
precisa em termos de comportamentos observáveis;
A definição de pré-requisitos – é fundamental analisar os conhecimentos anteriores dos
formandos (ou defini-los em termos de competências de entrada) para ser possível alcançar,
com êxito, os objectivos previstos para a sessão;
A definição de estratégia pedagógica – depois de definidos os objectivos é fundamental em
como fará para que os mesmos sejam cumpridos, ou seja, que metodologias e técnicas
pedagógicas irá utilizar e que melhor se adaptem aos conteúdos, características do público-alvo
e aos próprios objectivos que definiu. É igualmente fundamental que pense na motivação do
grupo. Para tal deve clarificar os objectivos, realçar a sua aplicação futura, estruturar o
ensino/aprendizagem nos conhecimentos anteriores do grupo e proporcionar aos formandos
momentos de auto-aprendizagem;
A definição de actividades pedagógicas – não deve esquecer a descrição das actividades
13
pedagógicas que levarão o formando a atingir os objectivos;
A seleção dos recursos – no plano de sessão deverão estar referidos todos os recursos sejam
materiais, documentos e/ou equipamentos a utilizar em sala e a fornecer ao grupo. Os recursos
devem ser concebidos/preparados e testados antes da sessão, de modo a garantir que os
mesmos funcionam, garantindo a eficácia da sessão;
A planificação do tempo – não se esqueça de planificar em termos temporais todas as
actividades e se puder, teste antes;
A definição do sistema de avaliação – é necessário prever como avaliar a concretização dos
objectivos. Lembre-se que o controlo oral/visual pode não ser suficiente e que a avaliação
deverá assentar em exercícios como testes, trabalhos, execuções práticas (ou outros meios),
que permitam tirar conclusões individuais sobre o progresso dos formandos.

2.3.2. Desenvolvimento

Ao desenvolver a sua simulação, não se esqueça que a mesma deverá começar com uma saudação e
comunicação aos formandos dos principais objectivos da mesma. Quando tal for possível, os objectivos
devem estar relacionados com matéria dada anteriormente. Este controlo dos conhecimentos prévios
pode ser feito através de um teste ou de um modo mais informal, como pergunta-resposta. Não se

Simulação Pedagógica Inicial e Final


Formação Pedagógica Inicial de Formadores

esqueça também, da estratégia de motivação do grupo, criando nos formandos a necessidade e gosto
pela aprendizagem. No desenvolvimento deve cumprir o plano de sessão elaborado previamente. No
entanto, é muito importante prever estratégias alternativas (“plano B”) para uma alteração provocada
pelos formandos, pelo ambiente, recursos, etc..

No desenvolvimento é importante que tenha em atenção o seguinte:

Não abuse dos métodos afirmativos;

Proporcione actividades diversificadas;

Promova o envolvimento dos formandos;

Forneça um feedback constante.

2.3.3. Avaliação

A avaliação tem como finalidade medir se os objectivos foram ou não alcançados, se as competências
forma ou não adquiridos em função dos objectivos fixados. A avaliação não em que ser feita apenas no
final, pode ser feita ao longo de todo o processo de ensino/aprendizagem. Todavia, deverá no final de
cada unidade existir um momento de avaliação formal (testes por exemplo) de modo a aferir as
aprendizagens bem como o próprio processo formativo. Os instrumentos de avaliação devem ser
14
preparados para o fim a que se destinam.

2.3.4. Visionamento

Tal como na simulação pedagógica inicial, as sessões gravadas em vídeo que são posteriormente
visionadas. Ao visionar cada formando vai confrontar-se com a sua imagem, enquanto animador de uma
sessão, após a evolução ao longo do curso, devendo observar-se uma melhoria em comportamentos
menos positivos ocorridos na simulação pedagógica inicial. Esta é uma oportunidade de rever os seus
comportamento e de registar os aspectos mais e menos positivos. Os outros formandos e formador
devem, através do visionamento, corrigir as impressões recolhidas durante o desenvolvimento.

2.3.5. Análise

A analise das simulações tem em conta os 16 critérios definidos e apresentados em grelha própria. A
análise da simulação final obedecerá ao seguinte esquema:

1º - Auto crítica do formando que realizou a simulação


2º - Hétero crítica do grupo
3º - Análise do formador, sintetizando as intervenções feitas e salientando os aspectos mais
relevantes.

Simulação Pedagógica Inicial e Final


Formação Pedagógica Inicial de Formadores

É muito importante que as críticas sejam relacionadas directamente com os critérios definidos. Nesta
fase de análise, em que cada formador-em-formação é confrontado com a própria imagem e com as
apreciações dos colegas e do animador, é essencial que o grupo desenvolva um espírito de entre ajuda e
a noção clara de que todo o processo visa o diagnóstico dos comportamentos a melhorar e, por
consequência, o seu aperfeiçoamento pedagógico.

2.3.6. Definição de Percursos de Autoformação e Aprendizagem ao Longo da Vida

O Formador, após a análise do debate que foi realizado, deverá, em conjunto com os formandos (já a
título individual) construir fichas de percursos para Autoformação e Aprendizagem ao Longo da Vida
(ver exemplo abaixo), como p.e., apontar sugestões (caso se justifique) de melhoria para os formandos,
ou até mesmo, sugerir a participação em formações mais específicas (Formação Contínua) em áreas
como: Formador de Formadores; Formador a distância; Formador Consultor; Gestor/ Coordenador de
Formação; Mediador de Formação dos cursos EFA.

Seja realista: defina passos pequenos e concentre-se num objetivo de cada vez. Faça uma auto
avaliação periódica do seu desempenho como formador e reformule os seus objetivos de melhoria
e planos de ação.
15
FICHA DE PERCURSO DE AUTO-FORMAÇÃO E APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA

NOME

N.º DE IDENTIFICAÇÃO
DA AÇÃO DE FORMAÇÃO

DATA

FORMADOR

CAPACIDADES E COMPETÊNCIAS EM FALTA ESTRATÉGIA DE ME LHORIA CONTÍNUA

AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTÍNUA PROPOSTAS

DESIGNAÇÃO OBJETIVOS DURAÇÃO

Simulação Pedagógica Inicial e Final


Formação Pedagógica Inicial de Formadores

Observações:

2.4. Processo de Auto-avaliação

No decorrer e no final de uma ação, um formador consciente, dispõe-se sempre a analisar criticamente
a sua atuação pedagógica. Eis algumas das interrogações que poderá pôr a si próprio:

Que visão tinha dos participantes no início? E agora?

Seria necessário conhecer, acolher e integrar melhor


algum dos participantes? Quem?

Como se terão sentido os participantes, durante o


processo de aprendizagem?
16
Como reagiram ao meu estilo e processo de animação
pedagógica?

Em que medida as minhas propostas, sugestões e


alternativas foram aceites?

Programei os tempos e as atividades formativas de acordo com os seus interesses?

Em que medida é que este curso foi mesmo um tempo e um espaço de aprendizagem
para todos.

Simulação Pedagógica Inicial e Final


1 2 3 4 5
Aproveitamento Aproveitamento Aproveitamento Aproveitamento Relevante Aproveitamento Excelente
Insuficiente Satisfatório Bom Formação Pedagóg ica Inicial de Formadores
1 - DOMÍNIO DO ASSUNTO
Não domina a Domina a matéria de Domina bem a matéria Domina a matéria de forma Domina a matéria de forma
matéria forma satisfatória relevante, demonstrando excelente, desenvolvendo-a de
segurança quando questionado forma pessoal e criativa

2 - COMUNICAÇÃO DOS OBJETIVOS


Não comunica os Comunica os Comunica os objetivos, Comunica os objetivos em termos Comunica os objetivos em termos
objetivos objetivos em termos utilizando verbo de atividades observáveis, de atividades observáveis,
de comportamento operatório condições de realização e critério condições de realização e critérios
esperado de êxito de êxito, apoiados em situações
motivantes

3 - VERIFICAÇÃO DOS PRÉ-REQUISITOS


Não foram Foram objeto de Foram objeto de uma Foram objeto de uma verificação Foram objeto de uma verificação
verificados uma revisão sumária revisão dos pontos individual individual, com base em
fundamentais instrumentos de diagnóstico

4- ADEQUAÇÃO DOS MÉTODOS E TÉCNICAS PEDAGÓGICAS (MTP)


Inadequados face Utilização adequada Utilização adequada dos Utilização pertinente e flexível de Utilização pertinente e flexível de
aos objetivos dos MTP aos MTP aos objetivos MTP adaptadas aos objetivos MTP, adaptando-as quer ao ritmo,
definidos e ao objetivos definidos e definidos, ao público-alvo e definidos, ao público-alvo e à quer ao estilo de aprendizagem,
público-alvo ao público-alvo à situação de aprendizagem situação de aprendizagem promovendo a diferenciação ped
5- MOTIVAÇÃO

Não suscita Suscita motivação Suscita motivação, Promove motivação de forma Promove motivação de forma
motivação dos para o tema da conseguindo adesão sistemática e diversificada sistemática e diversificada forma
participantes sessão espontânea dos individual
participantes
6 - ATIVIDADES DOS PARTICIPANTES
Ausência de Promoção ocasional Promoção de atividade de Promoção de atividades Promoção de atividades criativas,
atividade por parte de atividades forma sistemática facilitadores da aprendizagem e da inclusivas e facilitadores da 17
dos participantes relação pedagógica aprendizagem e da relação pe

7 - FACILITAÇÃO DA ESTRUTURAÇÃO DO CONTEÚDO


Não faz sínteses Faz uma síntese no Evidencia as questões Realiza sínteses parciais Explicita a estruturação do
final da sessão essenciais e as acessórias e favorecendo, a compreensão, conteúdo, permitindo a
faz uma síntese no final retenção e realiza uma síntese generalização dos saberes, fazendo
final sínteses parciais
8 - RECURSOS DIDÁTICOS
Não utilização ou Foram Foram utilizados de forma Foram utilizados Conceção criativa dos recursos
utilização adequadamente estruturante, realçando os sistematicamente, de forma didáticos, promovendo a
inadequada e selecionados ao pontos-chave da sessão adaptada a cada ponto-chave da diferenciação
incorreta dos tema e à população, sessão
suportes mas apenas como
ilustração da sessão
9 - COMPORTAMENTO FÍSICO DEMONSTRADO NA INTERAÇÃO COM O GRUPO
Comportamento Expressão com voz Expressividade adequada, Controlo constante do volume e Relacionamento positivo com o
físico que dificulta a inteligível reagindo com preocupações ao nível clareza da voz, dos seus grupo, nivelando a comunicação e
compreensão de forma adequada do comportamento físico movimentos e das suas adotando um comportamento
sem gestos na interação com os intervenções físico adequado
desordenados formandos
10 - MODERAÇÃO DAS DISCUSSÕES DE GRUPO
Não promove nem Promove e modera Modera discussões de Modera discussões de grupo Modera discussões de grupo
modera discussões as discussões de grupo promovendo a promovendo a interação promovendo a interação
de grupo grupo interação pedagógica pedagógica, colocando perguntas pedagógica, colocando perguntas
que estimulem a discussão que estimulem a discussão e a
criatividade dos
11 - AUTOCONFIANÇA

Simulação Pedagógica Inicial e Final


Formação Pedagógica Inicial de Formadores

Demonstra falta de Demonstra Demonstra segurança e Demonstra autoconfiança na Demonstra autoconfiança na


segurança e sinais segurança e calma controlo emocional relação pedagógica relação pedagógica e espírito
de instabilidade empreendedor

12 - VERIFICAÇÃO DOS RESULTADOS DE APRENDIZAGEM


Não foram Foram verificados Foram verificados Foram verificados individualmente Foram verificados individualmente,
verificados no final no final da sessão individualmente no final de imediato para cada objetivo da com recurso a autoavaliação de
da sessão sessão sessão forma sistemática

13 - COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS DE APRENDIZAGEM


Não foram Foram comunicados Foram comunicados Foram comunicados Foram comunicados
comunicados coletivamente ao individualmente no final de individualmente no final de sessão, individualmente, incluindo
grupo no final de sessão disponibilizando as respostas estratégias de recuperação ou de
sessão corretas enriquecimento das aprendizagens
14 - GESTÃO DO TEMPO
Não revela Revela preocupação Ajusta o tempo, ao Gere adequadamente o tempo em Controla de forma flexível e
preocupação com a com o tempo desenvolvimento função da estratégia pedagógica equilibrada o tempo, em função da
gestão do tempo equilibrado da sessão definida estratégia traçada e dos ritmos do
público
15 - CRIATIVIDADE PEDAGÓGICA
Não demonstra Demonstra alguma Demonstra criatividade no Demonstra criatividade no Demonstra criatividade e espírito
criatividade criatividade nos planeamento da sessão e planeamento da sessão, nos empreendedor no planeamento da
instrumentos nos instrumentos instrumentos preparados e sessão, nos instrumentos
preparados preparados atividades desenvolvidas preparados e atividades
desenvolvidas
16- PLANEAMENTO DE ATIVIDADES COM RECURSO A PLATAFORMAS COLABORATIVAS E DE APRENDIZAGEM (PCEA)
Não planeia a Planeia a utilização Planeia a utilização de PCEA Planeia a utilização de PCEA para Planeia a utilização de PCEA
utilização de PCEA de PCEA como como depósito de troca de documentação e realização de sessões de trabalho e
depósito de documentação e promove Comunicação Online de Comunicação Online 18
documentação trabalhos de pesquisa
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2.5. Itens Avaliados nas Simulações

Nas simulações iniciais e finais são avaliadas 3 dimensões: o desenvolvimento da simulação, o plano de
sessão elaborado para a sessão, os recurso didácticos utilizado na sessão. A seguir listam-se os
parâmetros e critérios de cada, de modo a que melhor possa preparar as simulações.

2.5.1. Desenvolvimento

Seguem-se os parâmetros de avaliação relativos à progressão do desenvolvimentos da Simulação Inicial


e Final.

Simulação Pedagógica Inicial e Final


Formação Pedagógica Inicial de Formadores

2.5.2. Plano de sessão


Seguem-se os parâmetros de avaliação apreciados no Plano de Sessão da Simulação Pedagógica Final.

Blocos Parâmetros de Avaliação

ESTRUTURA Identifica o tema a tratar, os conteúdos, a duração prevista, o público-alvo e o contexto de ensino-
aprendizagem

Define os objetivos da sessão ou do módulo e determina uma estratégia pedagógica estabelecendo as


relações com as fases/etapas principais a desenvolver

Descreve os critérios e as formas de avaliação dos formandos e da sessão, indicando os instrumentos a


aplicar
MATERIAIS Seleciona ou concebe recursos didáticos adequados à estratégia pedagógica preconizada
DE APOIO
Recorre a Plataformas Colaborativas e de Aprendizagem ou Comunidades Virtuais como suporte interativo
da formação

Prepara instrumentos de avaliação dos formandos e da formação, em harmonia com os objetivos

Sistematiza a planificação da sessão ou módulo e os materiais de apoio, segundo uma organização lógica e
coerente

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2.5.3. Recursos Didáticos

Seguem-se os parâmetros de avaliação relativos aos Recursos Didáticos utilizados da Simulação


Pedagógica Inicial e Final.

Blocos Parâmetros de Avaliação

QUALIDADE RIGOR TÉCNICO


DOS Elabora os recursos de forma criteriosa e rigorosa, em consonância com o conteúdo da formação e
RECURSOS adequados à estratégia pedagógica definida e aos públicos-alvo

ESTRUTURAÇÃO
Concebe os recursos aplicando os princípios pedagógicos e técnicos, específicos dos diferentes suportes

CRIATIVIDADE
Concebe ou seleciona recursos com inovação, originalidade e aproximação a modelos reais

Simulação Pedagógica Inicial e Final


Formação Pedagógica Inicial de Formadores

Conclusão

A Simulação Pedagógica é uma técnica, frequentemente usada na formação dos formadores, que visa
proporcionar aos participantes os meios para uma análise da sua própria atuação, através do
diagnóstico dos aspetos a melhorar. A descoberta destes aspetos resulta,
geralmente do feedback proveniente de uma ou mais fontes: a
observação do registo em vídeo da sessão (simulada), a integração
das críticas dos outros participantes, a análise comparativa dos
comportamentos registados com atitudes standart (classificados em
níveis) em grelhas. Este trabalho implica, para além do
empenhamento pessoal, todo o envolvimento de um grupo de
participantes, a gestão de todas estas interações e a síntese de todos os
saberes anteriormente adquiridos, em função de uma atuação concreta. Por estas razões, a autoscopia,
quando bem orientada, permite a integração das diversas capacidades desenvolvidas, conduzindo a
uma efetiva progressão individual. A orientação destes trabalhos passa pela escolha dos modelos, dos
métodos, dos meios e dos instrumentos mais adequados para um determinado grupo. É importante
que, em cada momento, o grupo se sinta co-responsável pela sua própria progressão e que a
autoscopia constitua, em última análise, um fator decisivo que favoreça, no grupo, o
desenvolvimento da sua autonomia, do espírito de entre ajuda e da capacidade de gerir a sua própria
aprendizagem. 20

Simulação Pedagógica Inicial e Final


Formação Pedagógica Inicial de Formadores

3. Projeto de Intervenção Pedagógica - PIP


A construção deste projeto de intervenção, desenvolvido ao longo de toda a ação de formação e alvo de
reflexão em todos os módulos, é uma mais-valia para o futuro formador, enriquecendo e melhorando as
suas competências ao nível técnico, organizacional, relacional, etc.
O contexto de intervenção atual do formador é muito diversificado podendo este estar afeto a uma
empresa ou atuar como “freelancer”, o que exige um conjunto de competências alargado que vai além
das competências técnico-pedagógicas, nomeadamente possuir um espírito empreendedor, capacidade
de iniciativa/autonomia e forte criatividade.
Todos os formandos deverão propor um módulo de formação, a partir do qual irão construir o respetivo
plano de formação.

3.1. Conteúdos do projeto


Ao longo da formação cada, cada formando irá planificar um módulo de formação, percorrendo os
seguintes campos:
QUALIDADE/ESTRUTURA DO PROJETO 21
- Folha de rosto (designação do módulo de formação, autor e data);
- Índice;
- Introdução (reflexão pessoal: expectativas iniciais e atingidas, conhecimentos, competências e atitudes
adquiridas e evolução no desempenho enquanto formador);
- Enquadramento/fundamentação pedagógica (explicar o ponto de partida do projeto e justificar as
necessidades de formação e finalidade, de acordo com o público-alvo e o contexto de formação);
- Público-alvo/Destinatários (definição do perfil de entrada (Habilitações) e de saída dos formandos
(Competências) e condições de acesso – Pré Requisitos);
- Elementos estruturantes (local de realização, data de início e de fim, horário, entidade, área de
formação, modalidade de formação – presencial, etc., forma de organização – modular, etc., e perfil
do(s) formador(es));
- Duração do módulo (duração total do módulo, quantidade de sessões, duração das diferentes sessões
e momentos de cada uma);
- Conclusão (reflexão final/análise crítica).
FUNDAMENTAÇÃO PEDAGÓGICA
- Objetivos gerais e específicos;
- Conteúdos programáticos/de aprendizagem (competências a adquirir);
- Métodos e Técnicas Pedagógicas (estratégias de aprendizagem);
- Atividades pedagógicas/didáticas;

Simulação Pedagógica Inicial e Final


Formação Pedagógica Inicial de Formadores

- Recursos técnico-pedagógicos/didáticos;

INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO

- Avaliação das aprendizagens e da formação (tipos de avaliação instrumentos, valorizando a


importância da avaliação);

RECURSO A NOVAS TECNOLOGIAS

Inclusão da possibilidade de utilizar plataformas colaborativas e de aprendizagem para adaptação a


sessões à distância;

Em anexo a este projeto, deverão constar os seguintes documentos:


- Plano do módulo;
- Plano de sessão de acordo com o modelo facultado para SPI;
- Manual do formando ( facultativo);
- Diapositivos; (facultativo)
- Instrumentos de avaliação (temática, descrição do procedimento, material a utilizar e objetivos),
enunciado e corrigenda da(s) atividade(s);
- Enunciado e corrigenda do teste de avaliação; 22
- Grelhas de avaliação (avaliação contínua e da formação – exemplos: Ficha de observação dos
participantes e ficha de avaliação da qualidade da formação);
- Procedimento/planificação da plataforma colaborativa e da aprendizagem.
Este projeto deverá ser entregue no final da formação, na última sessão do módulo 9 – Simulação
Pedagógica Final.

3.2. Avaliação do projeto


O projeto de intervenção pedagógica, será avaliado respeitando os seguintes critérios:
1- Qualidade do projeto: - Estrutura do projeto: elaboração de um relato bem estruturado,

demonstrando capacidade de análise crítica e de síntese; 15%

2- Rigor na apresentação dos instrumentos: elaboração de instrumentos que correspondam ao

assimilado nas diferentes sessões de formação; 30%

3 - Criatividade: conceção de um trabalho sobre uma temática inovadora e de caráter prospetivo; 25%

Simulação Pedagógica Inicial e Final


Formação Pedagógica Inicial de Formadores

4 - Fundamentação pedagógica: sustentação do projeto através de dados concretos, que responde às

necessidades do público-alvo e do contexto de intervenção; 20%

5 - Recurso às novas tecnologias: inclusão da possibilidade de utilizar plataformas colaborativas e da

aprendizagem, para adaptação a sessões à distância.10%

Distribuição Percentual da avaliação -PIP de acordo com modelo inserido em Plataforma - Orientações

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Simulação Pedagógica Inicial e Final


Formação Pedagógica Inicial de Formadores

Referências Bibliográficas
SIMULAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL

1. SADALLA, Ana Maria F. A.; LAROCCA, Priscila (2004). Autoscopia: Um procedimento de


pesquisa e formação. In Educação e Pesquisa. V. 30, nº 3, pp. 419-433. São Paulo
2. SCHRATZ, John et al (2000). Self-evaluation in European Schools. London: RoutledgeFalmer

SIMULAÇÃO PEDAGÓGICA Final

CARRÉ, Philippe; MOINSAN, André; POISSON, Daniel (1997). L’ autoformation. Presses


Universitaires de France.

ECCLESTONE, Kathryn et al (2010). Transforming formative assesment in Lifelong Learning.


Open University Press;

SADALLA, Ana Maria F. A.; LAROCCA, Priscila (2004). Autoscopia: Um procedimento de pesquisa
e formação. In Educação e Pesquisa. V. 30, nº 3, pp. 419-433. São Paulo;

SCHRATZ, John et al (2000). Self-evaluation in European Schools. London: RoutledgeFalmer

Instituto de Estudos Sociais e Económicos – IESE (2013). Referencial de Formação Pedagógica


Inicial de Formadores. Lisboa: Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. (2ª edição).
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Simulação Pedagógica Inicial e Final

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