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OBSERVAÇÕES 2
→ Fontes do Direito Previdenciário

1- Fontes materiais: são fatores que interferem na produção de suas normas


jurídicas (variáveis sociais, econômicas e políticas).

2- Fontes formais: são as normas que regem a relação. No Direito


Previdenciário são as regras decorrentes da atividade legiferante:
constitucional, legal ou regulamentar.

Fontes primárias: Constituição Federal e seus princípios, Emendas


Constitucionais, leis complementares, ordinárias e delegadas, Medidas
Provisórias, tratados, convenções e outros acordos internacionais que versem
sobre a matéria (destaque para a Convenção nº 102 da OIT ratificada pelo
Decreto-Legislativo 269/2008).

Fontes secundárias: decretos, portarias, instruções normativas e ordens de


serviço do Ministério da economia, resoluções do Conselho Nacional da
Previdência Social, instruções normativas, ordens de serviço e resoluções
expedidas pelo INSS.

► Pirâmide de Kelsen – Ordem hierárquica da legislação


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→ No Direito Previdenciário temos duas relações: a de custeio, que deve ser


interpretada como norma tributária e a de seguro social (benefícios), direito
fundamental de largo espectro que deve ser interpretada buscando-se o fim
social da norma.

► ATENÇÃO: O direito previdenciário, por possuir princípios previstos em


capítulo específico da Constituição, além de institutos, legislação e objeto, que
lhe são próprios, possui total independência em relação aos demais ramos do
direito.

Por tanto o direito previdenciário, direito do trabalho, direito constitucional ou


direito tributário são frentes diferentes, que se interligam mas são direitos
autônomos (tratados de maneira separada).

ORGANIZAÇÃO DA SEGURIDADE SOCIAL:

O Conselho Nacional de Previdência Social é formado por 15 membros (6


representantes do governo, 3 representantes dos aposentados, 3 dos
empresários e 3 dos trabalhadores) 6 representam o governo / 9
representam a população.

• Gestão quadripartite: compartilhada entre quatro categorias sociais de


forma democrática e descentralizada: os trabalhadores, os empregadores
(empresários), os aposentados e o Poder Público.

Atribuições do conselho: apreciar e aprovar políticas públicas e a gestão da


previdência e também aprovar o orçamento da previdência social antes de sua
inclusão no orçamento da seguridade social.

Estabilidade: Os membros que sejam empregados terão estabilidade desde a


nomeação até um ano após o término do mandato (mandato de 2 anos,
sendo possível uma recondução).

Vigência temporal – a partir de quando uma norma que é relacionada ao


direito previdenciário entra em vigor:
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- A regra geral é que a lei entra em vigor quando de sua publicação no Diário
Oficial. Porém, caso não seja expressa neste sentido, começará a ter eficácia
temporal a partir de quarenta e cinco dias de sua publicação - no território
nacional - ou três meses – no estrangeiro. As leis de custeio da previdência,
normas sobre criação ou majoração de contribuições previdenciárias,
podem ser exigidas noventa dias depois de publicadas.

Princípio da noventena: configura-se na vedação à União, aos estados-


membros, ao Distrito Federal e aos municípios de cobrar tributos antes de
decorridos noventa dias da data da publicação da lei que os instituiu ou
aumentou, o tributo só é exigível após os 90 dias (3 meses).

Direto adquirido e previdência social


Antes de implementadas todas as condições para a obtenção de um benefício
o segurado ou dependente só possui expectativa de direito e não direito
adquirido, só acontece quando preenchidos todos os requisitos do benefício.

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