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TUDO QUE ROLOU NO

Congresso da
European Society
of Endodontology
7-10 DE SETEMBRO DE 2022

@endocientificas
Dia 01:
Palestra: como remover um
instrumento fraturado com remoção
mínima de dentina - Zaher Altarqi

O palestrante apresentou um novo


dispositivo, parecido com uma caneta, para
remoção de fragmentos fraturados -
chamado BTR PEN
Dia 01:
O dispositivo conta com
diferentes "laços", do mais
grosso ao mais fino, para casos
em que se faz necessário
impor mais ou menos força
para remover o fragmento.

Zaher Altarqi

Zaher Altarqi
Dia 01:
A diferença desse dispositivo com
outros?

Ergonomia, você trabalha


apenas com uma mão
segurando a caneta, na outra
segura o espelho!

Utilizando esse dispositivo não


se torna necessário desgastar
exageradamente a região da
dentina pericervical com
gattes modificada.

Zaher Altarqi
Técnica

1- Visualizar o fragmento -
magnificação se faz necessária.

2- Desgaste até o fragmento - nessa


etapa diferente das técnicas já
preconizadas de remoção de
instrumento em que se faz um
amplo desgaste com gattes
modificada, o palestrante
evidenciou que esse desgaste não
se faz necessário… pode-se apenas
uniformizar as paredes com gattes
de pequeno diâmetro ou pode
desgastar com inserto ultrassônico.

assista ao vídeo aqui


Técnica

3- Desgaste ao redor do
instrumento - desgaste de 0,7 a 1
mm em profundidade e 1 mm de
largura com inserto ultrassônico

A técnica consiste em uma


“pescaria” do fragmento. Para
isso, é preciso ter um espaço ao
redor do fragmento para encaixe
do laço, essa etapa pode ser feita
com inserto ultrassônico

4- Encaixe do laço no fragmento e


fechamento do laço.

5- Movimentos de lateralidade:
vestibular- lingual e mesial e distal
e tração.
Técnica

Vídeo de remoção
(clique aqui)

Aquela foto em frente ao congresso não


poderia faltar, não é mesmo? rs
Palestra Leo Tjaderhane
”Entendendo o complexo
dentino-pulpar”
Mudanças no complexo dentino-pulpar ao
longo dos anos:

Deposição de dentina peritubular ao longo do


tempo pode gerar oclusão completa de
túbulos:

Perda de fibras nervosas - redução da


sensibilidade com a idade.
Palestra Leo Tjaderhane
”Entendendo o complexo dentino-pulpar”

Mudanças na dentina:

Redução no número e largura de túbulos


dentinários com a idade

Observe as radiografias do mesmo paciente


com uma diferença de 35 anos entre elas!
Palestra Leo Tjaderhane
”Entendendo o complexo dentino-pulpar”

Todas essas mudanças na dentina podem


afetar suas propriedades mecânicas.
Podemos comparar o complexo dentino-
pulpar de uma criança/adolescente à uma
esponja, que absorve forças externas sem
fraturar...

Com a idade, ocorre diminuição de água e


aumento do conteúdo mineral da dentina,
essa estrutura fica "endurecida" e pode
quebrar mais fácil!

Além disso, o tecido pulpar diminui sua


capacidade de regeneração, sendo assim,
esse aspecto deve ser levado em
consideração quando indicamos
procedimentos conservadores para
pacientes adultos.
Palestra Leo Tjaderhane
”Entendendo o complexo dentino-
pulpar”
O palestrante mostrou que o Tratamento
endodôntico pode causar o efeito borboleta
em pré molares: a trinca geralmente é maior
na direção V-L que na ML.

Depois mostrou que a desidratação da dentina


pode levar á fratura vertical criando um estresse
interno. A dentina não se regenera, não faz turn-
over, ou seja, qualquer trinca ou fratura é
irreversível. O tratamento endodôntico pode
acelerar a desidratação da dentina.
A dentina tem um “life fatigue”
similar ao dos metais. Life fatigue é o número de
ciclos de endurecimento de um material antes
da fratura.
Palestra Leo Tjaderhane
”Entendendo o complexo dentino-
pulpar”
Tudo isso é importante porque o complexo
dentino-pulpar vai mudando ao longo da vida
do paciente. Um dente de um paciente jovem é
como uma esponja, e com o passar do tempo
vai se calcificando e estando mais suscetível á
fratura!

Isso é mais um dos desafios endodônticos,


já que com o aumento da expectativa de
vida, nossos pacientes serão cada vez mais
velhos!
Palestra Leo Tjaderhane
”Entendendo o complexo dentino-pulpar”

Com relação á polpa, a idade do paciente


diminui a capacidade de reparo da polpa.
Porém, a pulpotomia em pacientes de 50
anos, por exemplo, pode ter um bom
prognóstico.

Tem excelente prognóstico em pacientes


jovens, e para pacientes adultos podemos
dizer que devemos tentar e se não
funcionar sempre existe a possibilidade de
fazer o tratamento endodôntico.
Palestra Bodil Lund
"Entendendo as infecções -
desafios atuais e futuros na
Odontologia"

Infecções e resistências bacteriana


Segunda maior ameaça á humanidade
(só perde para mudanças climáticas)

A População pobre é mais afetada pelas


infecções.
Aumenta a desigualdade social

Encontrar novos antibióticos será


somente parte da solução já que os
antibióticos são uma fonte limitada e as
bactérias poderão se tornar resistentes
novamente...
Palestra Bodil Lund
"Entendendo as infecções -
desafios atuais e futuros na
Odontologia"

Os antibióticos foram uma


revolução, agora, na era "pós-
antibióticos" já não podemos
confiar - mortalidade aumentou
com aumento das resistências!
Palestra Bodil Lund
"Entendendo as infecções -
desafios atuais e futuros na
Odontologia"

Fatores que influenciam na prescrição de


antibióticos: as condições do paciente, suas
expectativas e o tipo de tratamento.

10% da prescrição global é feita por


dentistas
Estima-se que 80% dos antibióticos
são prescristos
desnecessariamente!
Palestra Bodil Lund
"Entendendo as infecções -
desafios atuais e futuros na
Odontologia"
O que acontece quando se toma um
antibiótico?

20% - Seleção das bactérias resistentes


- aumento do risco de resistência,
aumento do risco de disseminação

100% dos pacientes terão distúrbios


ecológicos na microbiota (pode durar
até 1 ano)!
Palestra Bodil Lund
"Entendendo as infecções -
desafios atuais e futuros na
Odontologia"

Características das infecções crônicas


Difícil de diagnosticar
Difícil de tratar
Os fatores do hospedeiro influenciam
Por resposta à terapia antimicrobiana
› Divisão celular lenta
› Biofilme
› Vascularização reduzida
> Tecido necrótico

Hargreaves - autor do livro “Caminhos


da polpa”
Palestra Bodil Lund
"Entendendo as infecções -
desafios atuais e futuros na
Odontologia"

Periimplantite
Frequência : 20% (no mínimo)
Provavelmente aumentará
enormemente
(12 milhões de implantes dentários
inseridos/ano)
Tratamento empírico amplamente
utilizado:
› Cirurgia combinada com tratamento
antibiótico adjunto
-> Taxas de sucesso ~ 50%
Sem suporte científico!
Indicações de que não se justifica
com antibiótico adjunto
Palestra Bodil Lund
"Entendendo as infecções -
desafios atuais e futuros na
Odontologia"

A palestrante alertou sobre a importância


de manter os dentes, de fazer uma
Odontologia preventiva! Se já é dificil
manter o dente na boca, manter um
implante (artificial) é ainda mais difícil!

1 dose de amoxicilina causa um distúrbio


ecológico da microbiota oral, aumento do
número de estreptococos orais resistentes.

Exemplo de inserção de implantes


dentários. Se todos nos abstivermos de
"profilaxia prolongada", o ganho é enorme,
por exemplo:
Palestra Bodil Lund
"Entendendo as infecções -
desafios atuais e futuros na
Odontologia"

Globalmente, 12 milhões de implantes


dentários são inseridos cirurgicamente
a cada ano

Uma dose (amoxicilina 2 g) = ~24 000


kg/ano
7 dias de curso ~252 000 kg/ano
No entanto, parece de acordo com
resultados recentes que não é necessário!
Palestra Bodil Lund
"Entendendo as infecções -
desafios atuais e futuros na
Odontologia"

Importante entender como a resistência


desenvolve:
Resistência natural
Resistência adquirida
Nova mutação
Transferência de genes de resistência entre
bactérias
Tratamento antibiótico local:
Eficácia clínica convincente não demonstrada
Duas fases de liberação da droga
1) Liberação de explosão: Liberação descontrolada
excessiva nas primeiras horas/dias (toxicidade)
2) Fase de baixa dose: aumenta a plasticidade do
genoma/gene horizontal
transferência -› resistência a antibióticos
Implantes revestidos com drogas, por exemplo.

Taxa de liberação gradual para fluidos corporais ->


concentração abaixo da MIC
Palestra Bodil Lund
"Entendendo as infecções -
desafios atuais e futuros na
Odontologia"

Como nós podemos, como dentistas,


contribuir para uso sustentável de
antibióticos?

Odontologia preventiva - manter uma boa


saúde bucal
Mantenha os dentes na boca!
Utilização restritiva e racional de
antibióticos
Seguir diretrizes
Esforços educacionais aos pacientes
Não use tratamento antibiótico local
Drenagem e remoção de biofilme como
parte do tratamento de infecções
Palestra Bodil Lund
"Entendendo as infecções -
desafios atuais e futuros na
Odontologia"

Cuidado com enxaguante bucal com


clorexidina (não recomendado para
pacientes jovens/saudáveis, prescrever
apenas para pacientes imunodeprimidos)
Evite infecções complicadas e refratárias
Controle de infecção meticuloso durante
os procedimentos, material estéril, uso de
isolamento absoluto, controle da cadeia
asséptica irá previnir riscos de infecção!
Menos infecções, menos antibióticos
Reduz a transferência de bactérias
resistentes a antibióticos
Palestra Antonis Chaniotis
"Entendendo como negociar
canais desafiadores"

Como negociar canais com obstruções?


Desenvolver a habilidade de avançar no
canal (negociar)
Encontrar o canal
seguir o canal até o término apical
Entender as razões do bloqueio.
Palestra Antonis Chaniotis
"Entendendo como negociar
canais desafiadores"

Movimentos
Em casos de curvatura:
Criar duas curvas na lima no terço apical
Girar a limar no sentido horário
Quando chegar ao ápice deixar a lima solta
no canal com movimentos oscilatórios
Palestra Antonis Chaniotis
"Entendendo como negociar
canais desafiadores"
LIMA MANUAL
1. Quanto mais pontos de contato, melhor a
sensação tátil
2. Limas de menor secção transversal com
dimensões de haste menores referem-se a
menos massa de metal e menos rigidez.
3. Quando mais conicidade (mais grossa)
menos flexível, mais rigidez, avançam mais
rápido em um canal constrito e resistem à
deformação
4. A ponta piramidal pode negociar melhor
os canais constritos em comparação com
as pontas cônicas devido ao aumento do
corte
5. Limas de tamanhos intermediários
referem-se a uma transição mais suave
entre as limas, permitindo uma passagem
mais fácil pelo canal e pelas constrições
6. A distorção da lima no caminho de
deslizamento depende do operador e das
características do instrumento.
Dia 02:
Palestra: Habilidades para tratar
dentes bloqueados -
Hugo Sousa Dias

Fatores relacionados com prognóstico:

AUSÊNCIA PRÉ-OPERATÓRIA DE LESÃO


PERIAPICAL

LESÃO PERIAPICAL MENOR - MELHOR


PROGNÓSTICO

AUSÊNCIA DE FÍSTULA PRÉ-


OPERATÓRIO

O USO DA SOLUÇÃO EDTA COMO


PENÚLTIMA LAVAGEM SEGUIDO POR
IRRIGAÇÃO FINAL COM SOLUÇÃO
NAOCL

NÃO USAR CHX

AUSÊNCIA DE PERFURAÇÃO
Dia 02:
Palestra: Habilidades para tratar
dentes bloqueados -
Hugo Sousa Dias

Fatores relacionados com prognóstico:

AUSÊNCIA DE FLARE-UP ENTRE


SESSÕES
AUSÊNCIA DE EXTRUSÃO DE MATERIAL
OBTURADOR
PRESENÇA DE UMA RESTAURAÇÃO
CORONAL SATISFATÓRIA
PATÊNCIA
EXTENSÃO DA LIMPEZA DO CANAL O
MAIS PRÓXIMO POSSÍVEL DO SEU
TÉRMINO

O NÍVEL DA INSTRUMENTAÇÃO ESTÁ


DIRETAMENTE RELACIONADO COM
RESULTADO!
Dia 02:
Palestra: Habilidades para tratar
dentes bloqueados -
Hugo Sousa Dias

PERDA DE 1 MM NO
COMPRIMENTO DE TRABALHO
AUMENTA A CHANCE DE FRACASSO
EM 14%!

Desbridamento deve se extender até o termino da raiz!


Dia 02:
Palestra: Habilidades para tratar
dentes bloqueados -
Hugo Sousa Dias

Obstrução do canal:
OBSTRUÇÕES IMPEDEM ESFORÇOS PARA
CONTROLAR A INFECÇÃO E PODE SER PRINCIPAL
FATOR CAUSADOR DE FALHA DE TRATAMENTO!!!

HUGO SOUSA DIAS


Dia 02:
Palestra: Habilidades para tratar
dentes bloqueados -
Hugo Sousa Dias

Obstrução do canal:
Pode acontecer por aspectos
NATURAIS ou IATROGÊNICOS!

IATROGENIA: desvios, instrumentos


fraturados e obstrução por debris

SEMPRE ASSOCIADO A TRATAMENTOS ANTERIORES


COMPLICAÇÕES DE INSTRUMENTAÇÃO
IMPEDE A NEGOCIAÇÃO ATÉ O TÉRMINO DO CANAL
AFETA O RESULTADO SE O CANAL ABAIXO DO
BLOQUEIO ESTÁ INFECTADO E NÃO PODE SER NEGOCIADO
Dia 02:
Palestra: Habilidades para tratar
dentes bloqueados -
Hugo Sousa Dias

Obstrução do canal:

OBSTRUÇÃO EM UM CANAL DE PATENTE ANTERIOR

QUE IMPEDE O ACESSO E A DESINFECÇÃO COMPLETA

DO PARTE MAIS APICAL DO SISTEMA DE CANAL,

PODE CONTER:

LAMA DENTINA COMPACTADA; E/OU

TECIDO DE POLPA RESIDUAL; E/OU

REMANESCENTE DE MATERIAL OBTURADOR

(CASOS DE RETRATAMENTO)
Dia 02:
Palestra: Habilidades para tratar
dentes bloqueados -
Hugo Sousa Dias

CAUSAS:
Falha na irrigação durante a
instrumentação
Uso de hipoclorito como irrigante
inicial em casos de vitalidade pulpar
- pode coagular o tecido pulpar e
causar bloqueio
Falta de recapitulação com lima fina
no comprimento total do dente
(patência)
Uso não sequencial de limas
Quando as limas não são limpas
após instrumentação e são
reintroduzidos no canal
Dia 02:
Palestra: Habilidades para tratar
dentes bloqueados -
Hugo Sousa Dias

DIAGNÓSTICO:

Instrumento não avança no


comprimento de trabalho
Radiograficamente pode aparecer
como ausência do espaço pulpar
Instrumento tocando uma parede
sólida
Dia 02:
Palestra: Habilidades para tratar
dentes bloqueados -
Hugo Sousa Dias

TRATAMENTO EM RETRATAMENTO
AO REMOVER MATERIAL OBTURADOR
EM DENTES QUE TERMINAM COM O
COMPRIMENTO DE TRABALHO AQUÉM,
A TRANSIÇÃO ENTRE AS PORÇÕES
APICAIS OBTURADA E NÃO OBTURADA
DO CANAL SÃO IDENTIFICADAS COMO
UM PONTO CRÍTICO, CUJA
LOCALIZAÇÃO PRECISA SER
DETERMINADA COM PRECISÃO. NESTE
PONTO, FREQÜENTEMENTE, ESTARÁ
PRESENTE UM DESVIO OU UM NOVO
DESVIO SERÁ CRIADO SE UMA LIMA
TRABALHAR ATIVAMENTE NESTA
ZONA CRÍTICA COM UM MOVIMENTO
ROTATÓRIO.
Dia 02:
Palestra: Habilidades para tratar
dentes bloqueados -
Hugo Sousa Dias

TRATAMENTO EM RETRATAMENTO
COMO O GERENCIAMENTO DE
BLOQUEIOS É DIFÍCIL, PREPARO DO
TERÇO CERVICAL E MÉDIO DEVE SER
FEITO COM LIMAS ROTATÓRIAS DE
NÍQUEL-TITÂNIO (NITI) COM PONTAS
ARREDONDADAS NÃO CORTANTES
NA SEQUÊNCIA, USA-SE UMA LIMA
ESPECIAL PRÉ-CURVADA COM RIGIDEZ
PARA TRABALHAR A REGIÃO DO
BLOQUEIO
MEDIÇÕES COM UM LOCALIZADOR
ELETRÔNICO APICAL PARA GARANTIR
QUE A INSTRUMENTAÇÃO PERMANEÇA
DENTRO DO SISTEMA DE CANAIS.
Dia 02:
Palestra: Habilidades para tratar
dentes bloqueados -
Hugo Sousa Dias

CRIE UM ACESSO EM LINHA RETA


PREPARANDO O TERÇO CERVICAL E
MÉDIO DO DENTE!

PRÉ-CURVE SUAS LIMAS!


HUGO SOUSA DIAS
Dia 02:
Palestra: Habilidades para tratar
dentes bloqueados -
Hugo Sousa Dias

LINHA UNIDIRECIONAL DO STOP


DE BORRACHA DEVE SER
DIRECIONADO PARA CURVATURA
Dia 02:
Palestra: Habilidades para tratar
dentes bloqueados -
Hugo Sousa Dias

Como resolver o bloqueio:

Coloque hipoclorito de sódio na


câmara pulpar e deixe por 5
minutos para dissolver matéria
orgânica
Pré-curve limas manuais #8 e
#10 e introduza no canal
passivamente com movimentos
com 5 graus para direita e
esquerda pressão apical e
tração.
Dia 02:
Palestra: Habilidades para tratar
dentes bloqueados -
Hugo Sousa Dias

Como resolver o bloqueio:

Use limas de 21 mm porque são


mais rígidas
se encontrar resistência a lima
precisa ser removida com
cuidado rotacionando e depois
deve avançar novamente
Dia 02:
Palestra: Habilidades para tratar
dentes bloqueados -
Hugo Sousa Dias

Se não conseguir descer:

Use pasta de hidróxido de cálcio por 2 a


3 semanas para promover dissolução
tecidual
Obture até o bloqueio e acompanhe
periodicamente
Se necessário faça microcirurgia ou
reimplante intencional
Dia 02:
Palestra: Removendo limas
fraturadas - Yoshi Terauchi

1- Planejamento tomográfico

Avaliar tamanho do fragmento e


grau de curvatura - fatores que vão
influenciar na remoção
Dia 02:
Palestra: Removendo limas
fraturadas - Yoshi Terauchi

1- Planejamento tomográfico

O tempo de preparo é estendido


para os fragmentos acima de 3 mm,
enquanto os instrumentos abaixo de
3,1 mm podem ser removidos
previsivelmente com ultrassom
independentemente dos graus da
curvatura do dente
Dia 02:
Palestra: Removendo limas
fraturadas - Yoshi Terauchi

Visualização do fragmento
aumenta em 2x a possibilidade de
remover o fragmento!
Dia 02:
Palestra: Removendo limas
fraturadas - Yoshi Terauchi

Método mecânico usando pontas


ultrassônicas é o mais eficaz para
remoção de limas fraturadas em
termos de tempo, remoção de
dentina e taxas de sucesso!
Dia 02:
Palestra: Removendo limas
fraturadas - Yoshi Terauchi

A ativação ultrassônica deve ser


feita no fragmento fraturado com
suporte de dentina atrás do
fragmento para evitar uma
segunda fratura!
Dia 02:
Palestra: Removendo limas
fraturadas - Yoshi Terauchi

Sempre posicionar o inserto


ultrassônico na parede interna do
canal:
Dia 02:

Palestra: Removendo limas


fraturadas - Yoshi Terauchi

O inserto deverá criar um espaço


na porção cervical do fragmento,
que é a região mais ajustada entre
a dentina o fragmento!
Dia 02:

Palestra: Removendo limas


fraturadas - Yoshi
Terauchi

Durante o procedimento o conduto


deve ter algum veículo viscoso,
como óleo de cozinha!
Dia 02:
Palestra: Removendo limas
fraturadas - Yoshi Terauchi

Kit de remoção de limas:


Dia 02:
Palestra: Removendo limas
fraturadas - Yoshi Terauchi

Kit de remoção de limas:

O inserto ultrassônico do kit tem uma ponta bem


fina e uma conicidade pequena para que o
desgaste seja feito na dentina sem tocar o inserto
ultrassônico!
Dia 02:
Palestra: Removendo limas
fraturadas - Yoshi Terauchi

Kit de remoção de limas:

Material que ele usa para remover limas!


Dia 02:
Palestra: Removendo limas
fraturadas - Yoshi Terauchi

Preparo previamente à remoção


Dia 02:
Palestra: Removendo limas
fraturadas - Yoshi Terauchi

Preparo previamente à remoção


Dia 02:
Palestra: Removendo limas
fraturadas - Yoshi Terauchi

Instrumentos no periápice, tentar


com XP Endo Shaper - ela faz pressão
negativa!
Dia 02:
Revitalização em Endodontia -
Kerstin Galler

A palestrante começou mostrando o


protocolo atual para o Procedimento de
revitalização e falando que esta deve ser a
nomenclatura correta para a
revascularização ou regeneração
endodôntica.

1a visita:
- Anestesia local, isolamento absoluto
- Cavidade de acesso
Remoção de tecido necrótico,
instrumentação mínima
- Irrigação
1,5 - 3% NaOCI (20 ml, 5 min)
17% EDTA (5 ml)
Medicamento intracanal: hidróxido de
cálcio
Selamento temporário por 2-4
semanas
Dia 02:
Revitalização em Endodontia -
Kerstin Galler

2a visita
- Anestesia local (sem vasoconstritor)
- Isolamento absoluto e acesso
- Irrigação
17% EDTA (20 ml, 5 min)
Provocação de sangramento, 2 mm abaixo
do
junção cemento-esmalte
opcional: matriz de colágeno
Cobertura com silicato hidráulico de cálcio
Vedação adesiva
Dia 02:
Revitalização em Endodontia -
Kerstin Galler

Na maioria dos casos, não há regeneração, mas


sim cicatrização e obturação biológica do canal
radicular! Considerando que os procedimentos
de revitalização em última análise visam
regenerar o complexo dentina-polpa, o nível de
desinfecção necessária é prevista para ser maior
do que aceito para o tratamento convencional
do canal radicular. Já que a presença de
bactérias residuais foi significativamente
associada com ausência de crescimento
radicular.
Dia 02:
Revitalização em Endodontia -
Kerstin Galler

Com relação á resposta dos tecidos, a palestrante


mostrou que:
A presença de tecido pulpar vital remanescente
pode auxiliar na regeneração tecidual.
As respostas dos tecidos dependem de vários
parâmetros:
Não dependentes do operador:
anatomia, tipo de lesão, dano tecidual extensão
da infecção e inflamaçãoe capacidade de cura
Dependentes do operador
desinfecção, agentes e materiais, concentrações
e durações de ação e detalhes do procedimento.
Dia 02:
Revitalização em Endodontia -
Kerstin Galler

Silicatos de Cálcio Hidráulicos


(biocerâmicos reparadores)
tem uma biocompatibilidade
cientificamente comprovada e
mostram propriedades antibacterianas
pela liberação de CaOH2.
Dia 02:
Revitalização em Endodontia -
Kerstin Galler

Resumo final:

- A Endodontia Regenerativa promove o


reparo ao invés da regeneração;
- A Endodontia Regenerativa se tornará
uma opção de tratamento mais comum
também para dentes maduros;
- A desinfecção é a chave para o sucesso
do tratamento baseado em biologia;
- A endodontia regenerativa requer
conhecimento das respostas celulares e
teciduais;
- Perspectivas futuras incluem estratégias
baseadas em engenharia de tecidos!
Dia 02:
Ativação ultrassônica -
‪Christos Boutsioukis

Assisitimos a melhor palestra sobre o nosso


tema preferido que é irrigação, com o
Professor Christos Boutsioukis da
Universidade de Amsterdam (ACTA).

Ele começou mostrando os objetivos da


irrigação e o que não são os objetivos da
irrigação!

Objetivos de ativação/agitação:
- Agitar o irrigante no canal principal.
- Distribuir o irrigante para áreas remotas
(complexidades anatômicas)
- Melhorar o efeito de limpeza física
- Ampliar o efeito químico da solução
irrigadora, se possível.
Dia 02:
Ativação ultrassônica -
‪Christos Boutsioukis

NÃO são objetivos de ativação/agitação:


- Limpar a parede do canal radicular por ação
física direta de limas/pontas.
- Diatribuir a solução irrigadora para os
túbulos dentinários.
Compensar a irrigação inadequada com
seringa.

A ativação ultrassônica da solução aumenta a


pressão e a temperatura potencializando o
efeito químico da solução irrigadora. Mas
para uma correta ação é necessário utilizar o
ultrassom na potência adequada que é 30-
50% da potência máxima. Essa potência afeta
a amplitude de oscilação do inserto e
portanto a efetividade da irrigação.
Dia 02:
Ativação ultrassônica -
‪Christos Boutsioukis

Protocolo correto de ativação:


- 3 ativações: o tempo
nao importa. Maior limpeza acontece na
fase de arranque (começo da ativação)

VEJA o VIDEO
PARA ENTENDER
MELHOR!

Cavitação: Nao acontece na ativação sônica!


- EDDY, easy clean ou endoactivator:
desgastam dentina e não são seguros, além
de não fazer cavitação e portanto não tem
a mesma efetividade que o Ultrassom.
Dia 02:
Ativação ultrassônica -
‪Christos Boutsioukis

Mensagem pra levar pra casa:


- Biofilme em complexidades anatômicas é
o nosso alvo principal na desinfecção.
- A ativação ultrassônica produz streaming
acústico e, em alguns
casos, também cavitação inercial.
- As limas K são mais eficazes que os
insertos ultrassônicos lisos.
- A potência do ultrassom afeta o
streaming e a cavitação
- Fase de arranque responsável pela maior
parte da limpeza.
- EDDY cria um fluxo oscilatório, não um
fluxo acústico.
- Ativação a laser - a cavitação óptica
conduz o fluxo.
Gentlewave - cavitação hidrodinâmica
produz ondas de choque.
Dia 03:
Simpósio: A dentina é super exposta
(overexposed)?
Nikita Ruparel & Mathias Zehnder

Nesse simpósio os palestrantes falaram


sobre tratamentos conservadores da
polpa.
Na aula da Nikita ela evidenciou a
importância de se manter a vitalidade
pulpar, pois esse tecido está relacionado
com formação, defesa e proteção.
No entando para conduzirmos um
tratamento conservador e biológico que
manterá a polpa viável, o diagnóstico é
fundamental!
Dia 03:
Simpósio: A dentina é super exposta
(overexposed)?
Nikita Ruparel & Mathias Zehnder

Diagnóstico de polpa vital - Diferença


entre pulpite reversível e irreversível:

Dois tecidos tem inflamação, o que


diferencia é a presença de bactérias,
extensão é menor - nos dois tem a
presença, mas a diferença é a extensão -
toxinas
Pulpite irreversível: Áreas de necrose da
polpa subjacente à lesão cariosa, no
entanto, as reações foram menos severas
no restante da polpa coronária, e não foi
infrequente então observar polpa fina
desinformada com arquitetura normal
no corno pulpar contralateral (Trabalho
de Ricucci)
Demonstrando que em casos de pulpite
irreversível, uma porção do tecido pulpar
pode estar vital e íntegro.
Dia 03:
Simpósio: A dentina é super exposta
(overexposed)?
Nikita Ruparel & Mathias Zehnder

A Associação Americana de Endodontia


preconiza apenas UM tratamento em
casos de polpa vital: PULPOTOMIA
COMPLETA!

Ou seja, remoção da polpa coronária e


manutenção da polpa radicular…

Diferente do guideline da ESE, que


apresenta diferentes tratamentos, como:
capeamento pulpar indireto/direto,
pulpotomia parcial etc…
Segundo a palestrante, a escolha pela
pulpotomia completa é baseado em
estudos prévios que demonstraram
maior taxa de sucesso, uma vez que a
remoção de microrganismos é mais
previsível quando retira toda a polpa da
porção coronária.
Dia 03:
Simpósio: A dentina é super exposta
(overexposed)?
Nikita Ruparel & Mathias Zehnder

Durante anos, o foco do terapia em


dentes vitais foi a preservação da polpa
em dentes imaturos, de modo a
assegurar a conclusão da raiz formação
(apexogênese). Hoje, o foco da
terapêutica é mais amplo; dentistas
podem ter opções de tratamento a
considerar além de pulpectomia ou
terapia de canal radicular (RCT) em
dentes maduros, incluindo dentes
anteriormente pensados ​para ter polpas
irreversivelmente inflamadas.
Dia 03:
Simpósio: A dentina é super exposta
(overexposed)?
Nikita Ruparel & Mathias Zehnder

Como fazer o diagnóstico e decidir por


esse tratamento?
Na ausência de dados moleculares
clinicamente disponíveis e de testes
biológicos, a observação direta da polpa
(uso de um microscópio cirúrgico é
recomendado) pode fornecer
informações relevantes para determinar
a adequação do caso para terapia
conservadora.

Primeiro, um dempolpa necrótica pode


ser identificada com precisão. Em
segundo lugar, observação direta do
tecido pulpar durante e após alcançar a
hemostasia oferece diagnóstico adicional
informações sobre a condição da polpa
tecido.
Dia 03:
Simpósio: A dentina é super exposta
(overexposed)?
Nikita Ruparel & Mathias Zehnder

Como fazer o diagnóstico e decidir por


esse tratamento?
Utilizando a visualização direta da polpa,
parece que mesmo polpas sintomáticas
podem ser candidatos para tratamento
de polpa vital! (retirado do guideline da
AAE).
Dia 03:
Simpósio: A dentina é super exposta
(overexposed)?
Nikita Ruparel & Mathias Zehnder

Além da pulpotomia, outra tema


abordado foi sobre escavação de dentina:
Deve ser feita a remoção COMPLETA da
cárie, mesmo cáries profundas sob o risco
de expor.
NÃO SE RECOMENDA DEIXA RESTOS DE
CÁRIE: pode afetar a vitalidade da pulpa,
pois a inflamação vai permanecer
crônica, afeta adesão do material
restaurador.
Lave a cavidade, ou até mesmo a polpa
exposta com hipoclorito de sódio,
motivos:
A faixa de concentração ideal é de 1-3%
Dissolve restos orgânicos
Excepcionalmente eficaz contra
biofilmes
Limpa semi-seletivamente
Não muito agressivo no tecido vital
Alcalino
Compatível com 10-MDP (adesivo)
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Simpósio: A dentina é super exposta
(overexposed)?
Nikita Ruparel & Mathias Zehnder

A hemostasia para o tecido pulpar é


tipicamente alcançada banhando o
tecido pulpar ressecado com hipoclorito
de sódio por 5 a 10 minutos, embora as
durações recomendadas podem variar,
seja por via direta irrigação passiva ou em
uma bolinha de algodão embebida em
hipoclorito de sódio.
Dia 03:
Simpósio: A dentina é super exposta
(overexposed)?
Nikita Ruparel & Mathias Zehnder

O que colocar sobre a polpa?

Os cimentos de silicato de cálcio (CSC)


ganharam atenção para uso em
procedimentos de terapia vital pulpar (VPT).
- CSCs são uma classe de materiais
que incluem silicatos de tricálcio, dicálci,
cimentos hidráulicos de silicato de cálcio,
e “biocerâmica”.
Os resultados clínicos têm
demonstrado sucesso consistente com esses
materiais e agregado de trióxido mineral
(MTA). Quando MTA e outros CSCs são
usados ​para procedimentos de VPT em
dentes permanentes com sintomas ou
pulpite irreversível assintomática, taxas de
sucesso variam de 85-100% em 1-2 anos.
Dia 03:
Simpósio: A dentina é super exposta
(overexposed)?
Nikita Ruparel & Mathias Zehnder

No entanto, vale ressaltar que o


hidróxido de cálcio, cimentos de
ionômero de vidro (GICs) e
materiais à base de resina seguem
em resultados clínicos e
demonstram uma menor faixa de
sucesso variando de 43%-92%.
Dia 03:
Palestra: Entendendo o novo
guideline da IADT sobre Trauma
Dental - Paul Abbott

Por que ter diretrizes (revisadas)?


• Trauma oral - aprox. 5% de todos
os traumas
• Em crianças pré-escolares - 17%
de todos os traumas
• NB: a região oral é apenas 1% da
área total do corpo
• Um bilhão de pessoas sofreram
traumatismo dentário
•Aproximadamente. 900.000.000
pessoas com idade entre 7-65
anos- Dente permanente
• Aproximadamente. 180.000.000
crianças de 1 a 7 anos- Dentes
primários
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Dental - Paul Abbott

Doenças/lesões mais prevalentes


1. Cárie Dentária (dentes
permanentes)
2. Dores de cabeça do tipo
tensional
3. Anemia por deficiência de ferro
4. Perda auditiva relacionada à
idade e outras
5. Lesões dentárias traumáticas
6. Enxaqueca
7. Herpes genital
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Dental - Paul Abbott

Algumas coisas a considerar...


› As lesões dentárias traumáticas
são complexas
- 6 tipos de luxações e 9 tipos de
fraturas
Cada uma é uma lesão única nos
tecidos duros e moles
- Frequentemente luxações +
fraturas concomitantes
- Daí 6 × 9 = 54 cenários de cura
- Existem 19 sistemas celulares no
órgão dentário
Todos com diferentes potenciais
de cura
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Palestra: Entendendo o novo
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Dental - Paul Abbott
O trauma geralmente ocorre "depois
de horas"
- o Trauma é uma "emergência"
- Os pacientes frequentemente se
apresentam em clínicas hospitalares
(geralmente sem dentista)
-A maioria dos dentistas generalistas
não trata o trauma regularmente
- Pode levar à incerteza sobre o
tratamento
O conhecimento do gerenciamento
correto do TDI geralmente é ruim
entre dentistas de todo o mundo a
Apesar das Diretrizes da IADT
anteriores estarem disponíveis
desde 2001 !!!
Dia 03:
Palestra: Entendendo o novo
guideline da IADT sobre Trauma
Dental - Paul Abbott

- Por que ter diretrizes (revisadas)?


Destina-se a ser auxiliares de "fácil
acesso" para os dentistas,
- Especialmente quando
confrontado com uma emergência
, Atualizar e orientar os dentistas
para que possam fornecer:
› Tratamento de emergência ideal
-› Gestão de acompanhamento ideal

Para o benefício de pacientes em


todo o mundo!

Eles representam a "melhor


evidência disponível atual"
- Por isso, devem ser revistos e
atualizados regularmente
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Palestra: Entendendo o novo
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Dental - Paul Abbott

-Consequências Potenciais do
Trauma e Muitas consequências
potenciais
› Trauma = problemas dentários ao
longo da vida e vai exigir revisões
regulares
- Muitos exigirão tratamento
contínuo a menos que o dente seja
perdido
› A prótese exigirá revisão contínua e
manutenção/substituição, etc.
- O maior problema é a adesão do
paciente ao atendimento revisões
por longos períodos de tempo
->› Portanto, é necessário minimizar
as consequências inicialmente
Dia 03:
Palestra: Entendendo o novo
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Dental - Paul Abbott

-Como as Diretrizes foram


Desenvolvidas?
- Comitês trabalhados por meio de
reuniões, e-mail, etc.
- • Revisão as Diretrizes de 2012
- • Extensa pesquisa e revisão da
literatura
- - Avaliar a "melhor evidência atual
disponível"
- › Pesquisas nas bases de dados
EMBASE, MEDLINE, PUBMED e
Scopus - De 1996 a 2019
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guideline da IADT sobre Trauma
Dental - Paul Abbott

Acesse ao guideline atualizado e em


português:

https://www.iadt-
dentaltrauma.org/images/Portugue
se_IADT_Guidelines_FULL2020.pdf

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