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Turbulência e Combustão

Teoria de Kolmogorov:
tamanho dos turbilhões, escalas de
Kolmogorov
Tamanho dos Turbilhões

• A teoria de Kolmogorov descreve:


– como a energia é transferida dos turbilhões maiores para menores
– quantidade de energia contida em cada turbilhão de um determinado
tamanho
– e quantidade de energia dissipada pelos turbilhões de um dado
tamanho
Jato a diferentes Re

Re baixo

Re elevado
Estimativa do tamanho dos turbilhões

• Energia cinética associada a baixas frequências (grandes


turbilhões)
• Dissipação viscosa associada a grandes frequências
(pequenos turbilhões)
• Existência de uma da cascata de energia onde energia é
transferida dos grandes para os pequenos turbilhões

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Cascata de energia

Análise da cascata de energia e do processo de dissipação de


energia permite obter uma estimativa do tamanho dos
turbilhões que existem num escoamento turbulento.

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Estimativa do tamanho dos turbilhões
maiores

Para Re elevados a taxa de dissipação de energia cinética


turbulenta por unidade de massa, ε, é dependente apenas
do processo de estiramento e rotação de vórtices.

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Estimativa do tamanho dos turbilhões
maiores

Sendo u0 e l0 a velocidade e o comprimento característicos,

𝐿2 𝐿
𝜀= 3 , 𝑢0 = , 𝑙0 = 𝐿
𝑇 𝑇

Através do teorema dos π de Buckingham obtém-se,

𝑢03
𝜀∝
𝑙0

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Estimativa do tamanho dos turbilhões
maiores

Onde
𝑢03
𝑙0 ∝
𝜀
Ou
3ൗ
𝑘 2
𝑙0 ∝
𝜀

O número de Reynolds associado a estes turbilhões grandes é


denominado número de Reynolds da turbulência ReL:
1
𝑘 ൗ2 𝑙0 𝑘 2
𝑅𝑒 = =
𝜈 𝜈𝜀
8
9

Richardson
• L.F. Richardson (“Weather Prediction by Numerical
Process.” Cambridge University Press, 1922) resumiu a
transferência de energia no seguinte verso
frequentemente citado:

Big whirls have little whirls


Which feed on their velocity;
And little whirls have lesser whirls,
And so on to viscosity
in the molecular sense.
Estimativa do tamanho dos turbilhões
menores

Para as escalas menores a taxa de dissipação de energia


cinética deverá ser assegurada pela viscosidade e pelos
gradientes de velocidade existentes ao nível das escalas
pequenas.

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Estimativa do tamanho dos turbilhões
menores

Através da análise dimensional podemos obter uma escala


de comprimentos das escalas pequenas, :

𝐿2 𝐿2
𝜀= 3 , 𝜈= , 𝜂= 𝐿
𝑇 𝑇

Através do teorema dos π de Buckingham obtém-se,

1ൗ
𝜈3 4
𝜂∝
𝜀
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Escalas de Kolmogorov

De forma idêntica pode ser obtida escala para a velocidade

1ൗ
𝑢𝜂 = 𝜀𝜈 4

E a escala e tempo

1ൗ
𝜈 2
𝜏𝜂 ∝
𝜀

Ambas formam as escalas de Kolmogorov.

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Escalas de Kolmogorov

• Os grandes turbilhões são anisotrópicos e afectados pelas


condições de fronteira.
• Na cascata perdem anisotropia
• Ao nível dos pequenos turbilhões existe isotropia
• Toda a informação das grandes escalas perde-se durante a
cascata de energia

HIPÓTESE DA ISOTROPIA LOCAL DE KOLMOGOROV


• Num escoamento com um Re elevado, verifica-se que
para as pequenas escalas, l << l0, os movimentos são
13 estatisticamente isotrópicos
Escalas de Kolmogorov

1ª HIPÓTESE DE SEMELHANÇA DE KOLMOGOROV


• Em todo escoamento turbulento a número de Reynolds
suficientemente elevado, a estatística dos movimentos
das escalas pequenas têm uma forma universal, que só
depende de  e ε.
Numa solução numérica das equações de Navier-Stokes tem
de se prever uma malha suficientemente pequena para
resolver as escalas pequenas de dimensão.
A escala de comprimentos das escalas pequenas, :
1ൗ
𝜈3 4
14 𝜂∝
𝜀
Número mínimo de pontos

Substituindo ε obtém-se
1ൗ
𝜈3𝑙 4
𝜂∝
𝑢3
Logo
1ൗ
𝜂 𝜈3 4
∝ 33
𝑙 𝑢 𝑙
𝜂 1

𝑙 𝑅𝑒 3Τ4
O número mínimo de pontos por cada direcção, será numa
geometria tridimensional
𝑙
15 N ∝ ∝ 𝑅𝑒 3Τ4
𝜂

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