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Planejamento

e Controle de
Obras
Aula 18

Profº Orlando
Sodré
Gomes
QUALIDADE
Introdução
Outro aspecto importante no Gerenciamento da
Construção é a Qualidade da Obra.
A Qualidade da obra como um todo será resultante da
qualidade na execução de cada serviço específico de
processo de produção.
Diferentemente de outras industrias, não é possível, na
Construção Civil, uma atuação de Controle de Qualidade no
final da linha de Produção, rejeitando os possíveis produtos
sem conformidade. Não há portanto, outra alternativa que
não seja o Controle de Qualidade no Processo Construtivo,
visando a detecção de possíveis falhas.
QUALIDADE
Introdução
Normalmente, as empresas de Construção Civil não
tem a prática de registrar formalmente o procedimento
executivo de cada serviço. Com isso, o seu domínio
tecnológico passa a ser limitado e variável m função da
mão-de-obra ou empreiteiro utilizado em cada época
ou local.
Assim, torna-se necessário um primeiro esforço no
sentido de registrar os procedimentos de execução dos
serviços mais importantes e essenciais, padronizando
seus atos construtivos com clareza e praticidade de uso.
QUALIDADE
Introdução
Com procedimentos documentados, torna-se mais
fácil a transmissão e a realização de treinamentos de
pessoal, além de favorecer a garantia de que os
Padrões Construtivos sejam seguidos pelo pessoal de
produção.
QUALIDADE
Controle de Qualidade
CICLO DA QUALIDADE
QUALIDADE
Controle de Qualidade
QUALIDADE = SATISFAÇÃO DO CLIENTE
QUALIDADE
Controle de Qualidade
QUALIDADE
Controle de Qualidade

Ao procurarmos estabelecer uma política de Controle


da Qualidade, teremos que conhecer as peculiaridades
da Construção Civil.
O produto final deste tipo de industria é a Construção
propriamente dita, ou seja, apartamentos, casas,
edifícios, etc. Além disso, a Construção Civil possui a
maior linha de produção de uma industria e o ambiente
de trabalho sofre constante mutação.
QUALIDADE
Controle de Qualidade

Assim, diferentemente de outras industrias, não é


possível a atuação do Controle de Qualidade no final da
linha de produção, rejeitando os possíveis produtos sem
conformidade.
Para a Construção Civil, não há portanto, outra
alternativa que não seja o Controle da qualidade no
Processo, visando a detecção de possíveis falhas.
QUALIDADE
Controle de Qualidade
QUALIDADE
Controle de Qualidade
A atuação do Controle da Qualidade no processo passaria
necesssariamente pela:
1. Análise de todos os projetos
2. Análise e acompanhamento dos métodos construtivos
3. Realização de testes e ensaios de materiais
4. Realização de testes de desempenho
5. Treinamento e aperfeiçoamento da mão de obra
Com a realização dessas atividades, seria possível o
conhecimento e cadastramento dos principais problemas e
patologias que viria a ocorrer na Construção em andamento,
possibilitando a atuações de monitoramentos e correções.
QUALIDADE
Controle de Qualidade
QUALIDADE
Controle Tecnológico dos Materiais e Componentes Construtivos
O Controle tecnológico de Materiais reveste-se de grande importância,
pois atualmente, os materiais respondem por parte significativa do custo
das obras e sua qualidade tem forte impacto na produtividade dos serviços
e no desempenho final do produto entregue ao cliente.
A Atuação de Controle Tecnológico de Materiais tem como objetivo:
 Estabelecer critérios rigorosos nas especificações em projetos
 Especificações técnicas para a compra de materiais
 Controle das propriedades e características no recebimento do produto
(Conformidade)
 Controle através de ensaios das propriedades e características do
produto e seu desempenho na aplicação prevista na obra
 Treinamento das equipes para realização das inspeções de recebimento
 Avaliação de fornecedores e retroalimentação do Setor de Suprimentos
QUALIDADE
Controle Tecnológico dos Materiais e Componentes Construtivos
QUALIDADE
Controle Tecnológico dos Materiais e Componentes Construtivos
QUALIDADE
Controle Tecnológico dos Materiais e Componentes Construtivos
ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA PARA ASSENTAMENTO DE PAREDES E REVESTIMENTOS

 NBR 13281

 Resistência a Compressão
Argamassas com resistência abaixo das especificadas para seu uso podem provocar
fissurações e deslocamentos

 Retenção de água/ Teor de Ar incorporado


Parâmetros que indicam a condição de trabalhabilidade da argamassa, porém quando
observado excessos de aditivos, podem vir a comprometer a resistência, aumentar a
permeabilidade, com conseqüente perda de durabilidade.

 Aderência
Embora não exigido pela normatização, é recomendável que seja realizado um ensaio de
aderência obtido no revestimento.
Utilizam-se painéis piloto, com materiais, sistemas de aplicação e pessoal que efetivamente
são empregados onde são realizados os ensaios de tração.
Estes ensaios devem ser realizados antes e durante os serviços de revestimento.
QUALIDADE
Controle Tecnológico dos Materiais e Componentes Construtivos
MATERIAIS CERÂMICOS DE REVESTIMENTOS

 NBR 13818

 Análise Visual

PROPRIEDADES QUÍMICAS E FÍSICAS

 Absorção de Àgua
Quanto mais homogêneo e compacto o material, maiores serão suas resistências mecânicas aos
ataques químicos e desgastes superficiais. Através de ensaios quimicos e desgastes superficiais,
verifica-se a presença de vazios capilares (porosidade).

 Carga de Ruptura e Resistência á Flexão


Estas grandezas estão associadas á qualidade intrínseca do material de que é feito o elemento e
a sua espessura. São parâmetros de controle para o tipo de trabalho e tipo de solicitação a que
estão sujeitos quer em painéis de revestimento de alvenarias, quer no revestimento de pisos.
QUALIDADE
Controle Tecnológico dos Materiais e Componentes Construtivos
MATERIAIS CERÂMICOS DE REVESTIMENTOS

PROPRIEDADES QUÍMICAS E FÍSICAS

 Abrasão
É um indicador genérico de qualidade estética do material cerâmico. Pode ser avaliada a
resistência a abrasão superficial, onde a incidência de riscos pode deixar a peça sem brilho, ou
ainda a resistência a abrasão profunda, onde o desgaste pode gerar encardimento com efeito
de manchamento irreversível.

 Gretamento
Resistência a gretação é um ensaio de avaliação do esmalte do revestimento que verifica a
capacidade de acomodar os esforços e dilatação e expansão da massa cerâmica, evitando a
formação de fissuras semelhantes ás teias de aranha.

 Expansão por umidade


É um fenômeno que pode ocorrer em materiais de baixa qualidade quando expostos a
ambientes com altos indices de umidade. A expansão do seu volume, em caráter irreversível,
provoca o descolamento destacamento da placa do substrato onde está assente.
QUALIDADE
Controle Tecnológico dos Materiais e Componentes Construtivos
ARGAMASSA COLANTES INDUSTRIALIZADAS PARA ASSENTAMENTO DE PLACAS CERÂMICAS

 NBR 14081
 Deve ser realizado na fase de pré-qualificação do fornecedor e ao longo dos serviços de
aplicação

PROPRIEDADES QUÍMICAS E FÍSICAS

 Tempo em Aberto
Determina o tempo máximo que uma argamassa, após espalhada no substrato, deve garantir
suas propriedades reológicas(plasticidade), a avaliação desta caracteristica é muito importante
em revestimentos com exposição intensa ao sol e vento (fachadas).

 Resistência de Aderência
Esta avaliação realizada aos 28 dias de idade da argamassa, avalia a real resistência obtida pela
argamassa aos esforços de arrancameto trnsmitidos á interface com o substrato.
QUALIDADE
Controle da Qualidade
ATUAÇÃO EM CONTROLE TECNOLÓGICO DE SERVIÇOS
A atuação no Controle Tecnológico de Serviços na Construção
Civil é uma tarefa complexa, não só pelas características da
industria, anteriormente mencionadas, mas também pela falta de
padronização e de acervo técnico relativos a tecnologia de cada
serviço da Construção Civil.
Normalmente, as empresas de Construção Civil não tem prática
de documentar formalmente o procedimento executivo de cada
serviço e os critérios de inspeção desses serviços. Com isso, o seu
domínio tecnológico passa a ser limitado e variável em função da
mão-de-obra ou do empreiteiro utilizado em cada época e local.
QUALIDADE
Controle da Qualidade
ATUAÇÃO EM CONTROLE TECNOLÓGICO DE SERVIÇOS
Assim sendo, para uma atuação eficaz e eficiente no Controle
Tecnológico de Serviços, as empresas deverão fazer um esforço no
sentido de padronizar os serviços a serem realizados, definindo seus
procedimentos e sua tecnologia.
Além de padrões referentes aos serviços, deve-se estabelecer os
critérios de inspeção destes serviços para o seu correto
acompanhamento, avaliação e aceitação.
QUALIDADE
Execução e Controle
O sucesso ou insucesso de uma construção é finalmente
medido pelo desempenho no campo. É aqui que o
planejamento é traduzido em ordens numa seqüência de
tarefas. Cada dia de trabalho traz situações variadas. É
necessário uma boa coordenação para se evitar
interferências e choques dos diferentes serviços e interesses
envolvidos.
Uma boa administração no campo é desenvolvida por um
sistema através do qual cada homem sabe claramente só o
que deve fazer por hoje e o que espera para os próximos dias.
QUALIDADE
Execução e Controle
Devemos nos conscientizarmos que a Construção é um
TRABALHO DE EQUIPE, e como tal, deve-se em conjunto,
buscas soluções para a a consecução de nossos objetivos.
Assim, todos os membros desta equipe têm que saber as suas
obrigações e responsabilidades.
A “programação de serviços” e a “execução e controle”
são trabalhos que se completam num exercício permanente
enquanto durar a obra. É através da execução e controle da
obra que se atualizam os dados reais que alimentam
constantemente a programação de atividades.
QUALIDADE
Execução e Controle
O controle o andamento da obra deve ser feito com
base no Plano Global e na Programação de Serviços,
através do Cronograma Físico. É deste que retiramos as
programações mensais e/ou semanais, informando-as a
todos os membros da equipe ( mestre de obras, estagiários,
encarregados,etc.)
Periodicamente, recomenda-se a realização de
reuniões com todos os membros da Administração da obra
para análise do andamento dos serviços e discussões sobre
suprimentos de materiais e mão de obra.
QUALIDADE
Execução e Controle
Devemos ainda, com base no cronograma físico,
montar um cronograma de materiais/compras, que estará
sempre “adiantado” em relação ao cronograma físico, de
forma a fornecer ao departamento responsável pela
aquisição de materiais, uma programação das
necessidades da obra.
QUALIDADE
Execução e Controle

Durante o desenvolvimento dos serviços, deve-se


montar um sistema que possibilite a obtenção de dados
do setor de produção, de forma a possibilitar uma visão
completa do andamento dos serviços, quer seja no
tocante a sua evolução física, produtividade, gastos
com materiais ou perdas de materiais.
Este sistema chamaremos de Sistema de
Apropriações, que terá como objetivo, a coleta e
tabulação dos dados da produção.
QUALIDADE
Execução e Controle
Os dados a serem trabalhados seriam:
 Materiais utilizados
 Mão de obra utilizada
 Produção executada
Entretanto, a primeira grande dificuldade que se
apresenta é a obtenção das informações. Caso não consiga
uma boa organização na obra para controlar saídas e
entradas de materiais nos estoques, para fornecer dados reais
da produção realizada, e a mão de obra gasta na produção,
a apropriação não poderá ser digna de crédito e portanto,
não atingirá seus objetivos.
QUALIDADE
Execução e Controle

O Sistema de Apropriações é um grande instrumento


de gerência da obra, uma vez que ele traduz a
“produção e a produtividade obtidas” num
determinado período, propiciando a avaliação
constante das metas do cronograma físico e dos índices
de produtividade previstos.
QUALIDADE
Execução e Controle
Os subsistemas mais importantes podem variar de projeto para projeto, no
entanto, para exemplificar, nos casos de edificações de médio porte, esses sistemas
costumam ser os seguintes:
 Instalações Provisórias
 Infra-Estrutura
 Supra-Estrutura
 Alvenarias
 Esquadrias
 Coberturas e Proteções
 Revestimento Interno
 Revestimento Externo
 Pintura
 Pavimentações
 Instalações
 Complementação da obra
QUALIDADE
Controle Tecnológico dos Materiais e Componentes Construtivos
QUALIDADE
Controle Tecnológico dos Materiais e Componentes Construtivos
QUALIDADE
Controle Tecnológico dos Materiais e Componentes Construtivos
QUALIDADE
Controle Tecnológico dos Materiais e Componentes Construtivos

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