Você está na página 1de 2

TEXTO COMPLEMENTAR

Disciplina: Gerenciamento de Crises e Controles de Riscos


Professor: Herbert Gonçalves Aspuny

Risco para a Agência Ambiental do Estado de São Paulo - Cetesb

Conceito de Risco

A palavra risco faz parte do nosso cotidiano e a empregamos de


diversas formas e com diversos sentidos. O risco do acidente, o risco de dar errado, o risco
iminente, o risco elevado são alguns exemplos corriqueiramente encontrados nas nossas
literaturas técnicas ou leiga, cujo sentido predominante é o de representar uma certa
chance de algo acontecer.

Assim, costumamos dizer que o risco é iminente ou que o risco é elevado para algo que nos
parece certo ou com grande chance de acontecer.

Não é difícil intuir que “a chance de algo acontecer” está relacionada com um certo efeito
observável sobre um bem que se quer proteger, podendo ser esse bem o homem, uma
espécie vegetal ou animal, ou ainda propriedades e equipamentos.

Sob a ótica ambiental é costumeiro observar os efeitos das substâncias químicas


consideradas poluentes sobre o homem ou mais amplamente, sobre o meio ambiente. Os
efeitos podem decorrer das emissões contínuas ou intermitentes provenientes das
indústrias, das diversas formas de transporte ou, genericamente, da atividade antrópica.

Uma das abordagens de risco bastante disseminada na área ambiental está associada com
a manipulação de substâncias químicas consideradas altamente perigosas, presentes na
atividade industrial, de armazenagem e nas diversas formas de transporte, com
predominância para o transporte por dutos. É possível estimar e avaliar o risco dessas
atividades, bem como propor formas de gerenciamento desse risco.
Formalmente, o risco tratado dentro da visão mencionada é definido como a combinação
entre a freqüência de ocorrência de um acidente e a sua conseqüência. A adequada
composição destes fatores possibilita estimar o risco de um empreendimento, sendo o
estudo de análise de risco a ferramenta utilizada para esse fim.

Com a estimativa realizada, é possível comparar as diversas formas de expressão do risco


com padrões previamente estabelecidos, fazendo-se então a avaliação do risco, sendo
portanto possível decidir sobre a viabilidade ambiental de um empreendimento.

O uso do estudo de análise de risco

O emprego predominante do estudo de análise de risco acontece


durante o licenciamento ambiental de fontes potencialmente geradoras de acidentes
ambientais. Tais fontes são licenciadas pela CETESB ou pela Secretaria de Estado do Meio
Ambiente (SMA), em atendimento às legislações estadual e federal. Cabe às Agências
Ambientais da CETESB ou SMA identificar tais fontes e, com base em critérios previamente
estabelecidos, requerer a apresentação do estudo.

A norma CETESB P4.261 – Manual de orientação para a elaboração de estudos de análise


de risco, estabelece a forma e o conteúdo do estudo, bem como apresenta os critérios de
aceitabilidade adotados pela CETESB na avaliação do risco dos empreendimentos.
Também apresenta o roteiro para a elaboração do Programa de Gerenciamento de Riscos
(PGR) e do Plano de Ação de Emergência (PAE).

Fonte: https://cetesb.sp.gov.br/analise-risco-tecnologico/conceito-de-risco/

Você também pode gostar