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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA SANITÁRIA E
AMBIENTAL

ANÁLISE DE RISCO
GERENCIAMENTO DE RISCO

AVALIAÇÃO
DE RISCO
GERENCIAMENTO
DE RISCO

COMUNICAÇÃO DE RISCO

Professores RUTH SILVEIRA DO


NASCIMENTO & RUI DE OLIVEIRA
PRINCÍPIO DO JACARÉ
PARA
3. CONTROLAR O PERIGO 4. ENCONTRAR
REFLETIR EM ALTERNATIVAS
CASA

5. REDUZIR O PERIGO
2. AVALIAR O PERIGO

1. O PERIGO

6. ESTAR SEMPRE
PREPARADO PARA O
INESPERADO
2
PRINCÍPIO DO JACARÉ
7. SE NADA
DER
RESULTADO?

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GERENCIAMENTO DE
RISCOS
Pode ser definido como a elaboração e implantação de
procedimentos técnicos e administrativos com o
objetivo de manter os riscos dentro dos limites
aceitáveis e garantir a operação adequada dos
processos, respeitando os padrões de segurança
considerados e criando rotinas de otimização.
O gerenciamento de riscos permite que as
organizações convivam de uma maneira mais segura
com os riscos a que estão expostas.
Com o gerenciamento do risco é possível proteger seres
humanos, recursos materiais e o meio-ambiente.
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PRINCÍPIOS DO
PARA PENSAR
GERENCIAMENTO DE RISCOS
EM CASA
Riscos são inerentes a operações;
O gerenciamento pró-ativo (visa antecipar futuros problemas) de
riscos é mais efetivo;
A identificação de riscos deve ser tratada como algo positivo;
Os riscos devem ser avaliados continuamente;
O gerenciamento de riscos deve ser integrado a todas as
funções e grupos de funções de um sistema ou corporação;
As responsabilidades devem ser claras e compartilhadas;
Devem ser utilizados cronogramas baseados em riscos;
Aprender com todas as experiências;
Manter a simplicidade.
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GERENCIAMENTO DE RISCOS
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(1 )
Na arte da guerra, a estratégia está relacionada ao modo
de dispor ou movimentar exércitos, tropas, aviões ou
navios para impor ao inimigo o lugar, o tempo e as
condições preferidas para a luta.
No âmbito da gestão do risco, as estratégias de
gerenciamento têm um objetivo análogo, buscando manter
o inimigo (o risco) sob controle.
Mas, como, ordinariamente, a gestão de riscos é
desenvolvida no âmbito das corporações e atividades
econômicas, as estratégias guardam uma estreita relação
com os custos envolvidos no controle do risco.
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GERENCIAMENTO DE RISCOS
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(2 )
Aceitação de Riscos: Se o custo de eliminação de um risco for
maior que o risco em si, ou se a eliminação dele desviar
recursos de um risco muito mais grave, a providência racional
poderá ser simplesmente aceitar o risco.
Transferência de Riscos: Em alguns casos é mais prudente
transferir o risco a terceiros, como uma seguradora, do que
alocar recursos limitados para iniciativas de mitigação que
provavelmente farão pouca ou nenhuma diferença.
Contenção de Riscos: Haverá casos em que o nível de risco e o
custo de eliminá-lo simplesmente não podem ser tolerados.
Nesses casos é melhor evitar totalmente o risco, seja retirando
o sistema em questão, ou, antes disso, deixando de instalá-lo
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GERENCIAMENTO DE RISCOS
(3/3
(3 )
Redução de Riscos: Como o risco é uma função da frequência de
ocorrência dos possíveis acidentes e seus danos (consequências), a redução
dos riscos numa instalação pode ser conseguida por meio da
implementação de medidas que visem tanto reduzir as frequências de
ocorrência dos acidentes (ações preventivas), como as suas respectivas
consequências (ações de proteção), conforme a figura (CETESB).

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PARA
PASSOS DO GERENCIAMENTO DE
PENSAR EM
CASA
RISCOS
Identificar - Identificar riscos de forma que a equipe de operações possa
encontrar problemas em potencial, logo esta identificação deve ser feita o
mais cedo possível e num ritmo frequente.
Analisar e priorizar - Analisar o risco para que as estimativas e os dados sobre
ele possam ser utilizados para tomar decisões, priorizar este risco possibilita
que a equipe utilize recursos para administrar os riscos mais importantes.
Planejar e agendar - Planejar possibilita o desenvolvimento de planos,
estratégias, ações e alterações para o risco analisado sendo os mesmos
incorporados ao dia-a-dia.
Rastrear e relatar - Rastrear é a ação de monitorar o status do risco (como
probabilidade, impacto, exposição entre outros) e os planos de ação desenvolvidos
para ele, já a ação de relatar assegura que os interessados estão a par do status
do risco e dos planos de ação.
Controlar - Controlar é a parte do processo na qual os planos de ação serão
executados, informando também o status do risco.
Aprender - Aprender é a etapa em que a equipe deve coletar (reunir),
categorizar e indexar o conhecimento de uma forma reutilizável e que pode
ser compartilhada com outros.
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PROGRAMA DE
GERENCIAMENTO
O gerenciamento de riscos DE RISCOS
de uma instalação ou Informações de segurança de
organização deve processos;
contemplar ações que visem Revisão dos riscos de processos;
mantê-la operando, ao
longo do tempo, dentro de Gerenciamento de modificações;
padrões de segurança Manutenção e garantia da
aceitáveis. integridade de sistemas críticos;
O conjunto dessas ações é Procedimentos operacionais;
compilado num Programa Capacitação de recursos
de Gerenciamento de Risco humanos;
(PGR), com o objetivo de
estabelecer procedimentos e Investigação de incidentes;
orientações gerais,
gerais com Plano de ação de emergência
vistas à prevenção de (PAE);
acidentes. Plano de auditorias.
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PARA ESTUDAR EM PLANO DE AÇÃO DE
CASA
EMERGÊNCIAS
Baseado nos resultados da avaliação de riscos, o Plano de Ação de Emergências deverá
conter todas as informações necessárias para atuar, no caso da ocorrência de um
acidente, apresentando as seguintes informações:
Descrição das instalações envolvidas;
Cenários (hipóteses) acidentais considerados;
Área de abrangência e limitações do plano;
Estrutura organizacional, contemplando as atribuições e responsabilidades dos envolvidos;
Fluxograma de acionamento;
Ações de resposta às situações emergenciais compatíveis com os cenários acidentais
considerados, de acordo com os impactos esperados e avaliados no estudo de análise de riscos,
considerando procedimentos de avaliação, controle emergencial (combate a incêndios,
isolamento, evacuação, controle de vazamentos, etc.) e ações de recuperação;
Recursos humanos e materiais;
Divulgação, implantação, integração com outras instituições e manutenção do plano;
Tipos e cronogramas de exercícios teóricos e práticos, de acordo com os diferentes cenários
acidentais estimados;
Documentos anexos: plantas de localização da instalação e layout, incluindo a vizinhança sob
risco, listas de acionamento (internas e externas), listas de equipamentos, sistemas de
comunicação e alternativos de energia elétrica, relatórios, etc.
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POR QUE IMPLEMENTAR UM PROGRAMA DE
GERENCIAMENTO DE RISCOS?

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ETAPAS MÍNIMAS DE UM PGR

2. Política e objetivos estratégicos

3. Organização, recursos e
competências

4. Avaliação e gerenciamento de riscos

1. Liderança e compromisso 5. Planejamento, padrões e Ações


procedimentos corretivas

6. Implementação e monitoração

7. Auditoria

8. Revisão do gerenciamento
Melhoria 13
contínua
O PGR E A SEGUNDA LEI DA
TERMODINÂMICA
- Por que as empresas precisam ter um Programa de Gerenciamento
de Riscos ou, melhor dizendo, um Sistema de Gestão de Segurança?
- Porque mesmo que o risco atual tenha sido avaliado e considerado
aceitável, ou seja, abaixo do limite de aceitabilidade da empresa , se
nada for feito, em alguns anos o risco terá aumentado e
possivelmente ultrapassado o limite aceitável.
Isso pode ser considerado um efeito normal da 2ª Lei da
Termodinâmica, a qual estabelece que “as coisas tendem a se
degradar com o tempo”, ou seja, a entropia sempre aumenta,
fazendo com que tudo tenda para o caos (estado mínimo de energia).
Portanto, para que o caos não se estabeleça e para que o risco seja
mantido em um nível aceitável, o sistema precisa receber energia.
Essa energia organizacional é provida pelo Sistema de Gestão de
Segurança (ou PGR).
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O PGR COMO SISTEMA DE GESTÃO

Embora o termo Programa de Gerenciamento de Risco, consagrado nas


regulamentações existentes, esteja sendo usado nesta aula, é preciso ficar claro que a
referência mais correta é a de um Sistema de Gestão de Segurança, ou seja, algo
permanente e inserido no processo produtivo da empresa e não apenas um programa
ou um plano, para o qual pode-se pensar em início e fim.
Outra observação importante é que o termo “segurança” usado antes, é um substituto
mais curto para a designação de “saúde, segurança e meio ambiente”. De fato, a
denominação mais correta seria “
SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DE SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO
AMBIENTE”.
Em alguns casos, esse sistema integrado pode também incluir a Gestão da Qualidade,
o qual seria então denominado um “SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DE
SAÚDE, SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E QUALIDADE”.
A grande vantagem do sistema integrado é a possibilidade de utilização de vários
elementos comuns à gestão de cada um dos itens, o que evita a duplicação de
procedimentos da empresa . No conceito de Chiavenato (2000), o sistema é um conjunto
de elementos interdependentes, cujo resultado final é maior do que a soma dos resultados
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que esses elementos teriam caso operassem de maneira isolada.


SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO DE SAÚDE,
SEGURANÇA, MEIO AMBIENTE E QUALIDADE

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SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO E NORMATIZAÇÃO
Existem diversas normas internacionais que tratam de sistemas de gestão, dentre as quais, as mais
conhecidas são as da ISO (para qualidade e meio ambiente) e a da OHSAS (Occupational
( Health
& Safety Advisory Services) para as questões de saúde e segurança.

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PARA OBJETIVOS DA NORMATIZAÇÃO
REFLETIR EM
CASA

Padronização: simplificar e reduzir procedimentos para elaboração de produtos


e realização de serviços;
Economia: reduzir a crescente variedade de produtos e procedimentos, bem
como os seus custos, proporcionando ao consumidor e ao fabricante melhores
condições de mercado;
Comunicação: proporcionar informações mais eficientes para o fabricante e o
consumidor, melhorando a confiabilidade das relações comerciais e de serviços;
Segurança e saúde: proteger a vida humana e a saúde;
Proteção ao consumidor: disponibilizar à sociedade meios eficientes para
aferir a qualidade de produtos e serviços;
Eliminação de barreiras técnicas e comerciais: facilitar o intercâmbio
comercial, evitando em base ao princípio de “referência a normas”, a existência
de regulamentos conflitantes sobre produtos e serviços em diferentes países.
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NORMAS ISO
PARA
REFLETIR EM
CASA

A série de normas ISO foi criada pela Organização Internacional de


Padronização (ISO) com o objetivo de melhorar a qualidade de produtos e
serviços. A ISO começou a funcionar oficialmente no ano de 1947.
O sistema ISO fornece uma infinidade de técnicas para a otimização dos
processos internos de uma indústria, empresa ou instituição.
A padronização fornecida pelo sistema ISO é aconselhável para qualquer
instituição que quiser lucrar, beneficiando ambos os lados: oferta e
demanda.
Estas normas certificam produtos e serviços em várias organizações no mundo
todo. Essa normatização está baseada num conjunto de normas que oferece um
modelo padrão para a implantação do Sistema de Gestão da Qualidade.
No Brasil, estas normas são compostas pela sigla NBR e são criadas e
gerenciadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
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PARA
REFLETIR EM
ALGUMAS NORMAS ISO
CASA
Área Industrial Normas Significado das Normas
ISO 9000 Conjunto de normas publicadas pela ISO que
ISO 9001 especifica os itens necessários para a
Qualidade implantação de um Sistema de Gestão da
ISO 9004 Qualidade. Foi publicada inicialmente em
ISO 19011 1987.
BS7799-1(UK, 1995)
CMM (US,2000) Sistema utilizado para gerenciar a
Tecnologia da Informação
BS7799-1/2(UK,1998/1999) informação de acordo com as políticas
(TI)
ISO 17799-1(ISO,2000) baseadas na análise de risco do negócio.
CMMI(US,2002)
QS 9000 (Big 3, 94 e 95)
QS 9000 (Big 3, 1998) Normas relacionadas às montadoras de
Automóvel
ISO/TS 16949 (ISO/IAOB 1999) automóveis.
CMMI(US, 2002)
Normas com princípios básicos para
ISO 14000:1999
Ambiente desenvolver um sistema de gestão ambiental
ISO 14001:2004
dentro da empresa.
OHSAS 18001:1999(UK)
Normas direcionadas à segurança e saúde no
Segurança e Saúde SMS(Singapura, 2002)
trabalho.
Cool Program (Singapura, 2003)
HACCP(Dinamarca, 1994)
Sistema que apresenta boas prática de higiene
BRC (UK,1998)
Segurança Alimentar e segurança alimentar de acordo com
SQF20000(Suíça) 20
métodos e regulamentos específicos.
ISO 22000:2005
NORMAS
ISO 14000

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OHSAS 18001
Occupational Health & Safety Advisory Services (OHSAS)

A OHSAS 18001 é uma especificação de auditoria internacionalmente


reconhecida para sistemas de gestão de saúde ocupacional e segurança. Foi
desenvolvida por um conjunto de organismos comerciais líderes, organismos
internacionais de normas e certificação com foco em uma lacuna para a qual não existe
uma norma internacional certificável por organismos certificadores.
A OHSAS 18001 foi desenvolvida com compatibilidade com a ISO 9001 e a ISO
14001, para ajudar as organizações a cumprir com suas obrigações de saúde e
segurança de um modo eficiente.
As áreas chave enfocadas pela OHSAS 18001 são as seguintes:
Planejamento da identificação de perigos, avaliação de riscos e controle dos
riscos;
Estrutura e responsabilidade;
Treinamento, conscientização e competência;
Consulta e comunicação;
Controle operacional;
Prontidão e resposta a emergências;
Medição de desempenho, monitoramento e melhoria. 22
PARA
REFLETIR EM BS 8800
CASA

Criada pelo British Standard Institution (BSI), órgão britânico


encarregado de elaborar normas técnicas, foi publicada em 1996
originalmente como BS 8750. É considerada como a norma mais
atual em todo o mundo para a implantação de um sistema eficaz
de gerenciamento das questões relacionadas com a prevenção de
acidentes e doenças ocupacionais.
A norma BS 8800 prescreve um Sistema de Gestão de Saúde
Ocupacional e Segurança compatível com a ISO 14001, apoiado
nas mesmas ferramentas do ciclo PDCA (Plan-Do-Check-Act) de
melhoria contínua. Esta compatibilidade permite a unificação de
ambas as normas e a integração com as normas da série ISO
9000, formando uma poderosa ferramenta de gestão para23a
empresa.

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