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INTRODUÇÃO
O fenômeno do “personal trainer” teve seu início na década de 90. Nesta mesma época, com os
avanços tecnológicos como a internet, que permitiram que um grande número de estudos científico
transitasse de maneira mais rápida, foi permitida ao profissional de educação física a apropriação dessas
informações, contribuindo de forma extremamente positiva para o crescimento intelectual e científico no que
diz respeito à prescrição e elaboração de programas individualizados.
Hoje, o personal trainer é um dos campos de atuação do profissional de educação física com mais
representatividade no mercado de trabalho.
OBJETIVO
O objetivo deste trabalho é auxiliar estudantes e profissionais de educação física que buscam melhor
entender as atividades personalizadas e suas particularidades.
CONCEITO
O personal trainer ou treinamento personalizado, segundo NOVAES & VIANNA (1998), é um
processo de aplicação e execução de testes, com o propósito de conhecer o grau de condicionamento físico
inicial e o objetivo do seu cliente, e através destes, organizar, planejar e estruturar a prescrição, buscando
sustentação científica nos princípios do treinamento desportivo, fisiologia do exercício, biomecânica e outras
áreas afins.
PÚBLICO ALVO
NOVAES & VIANNA (1998) consideram que o trabalho personalizado deva ser desenvolvido:
individualmente;
grupos reduzidos;
supervisão;
O acompanhamento individual permite uma maior aproximação cliente-professor no que diz respeito
à execução, correção de movimentos e até mesmo a motivação.
Em grupos reduzidos é necessário que não seja um número maior que 3 clientes simultaneamente,
para que não haja prejuízo ao aluno. A vantagem deste tipo de trabalho é o valor monetário, que passa a ser
dividido. A motivação é outra vantagem de se realizar uma atividade em grupo.
A outra forma de acompanhamento é por supervisão. Neste trabalho, o cliente recebe uma planilha
descrevendo todas as atividades que fazem parte de sua sessão de treino. Não há acompanhamento, mas
ocorre revisão periódica.
VANTAGENS
A atividade de personal trainer ou treinamento personalizado possuem inúmeras vantagens como a
de permitir um melhor controle das variáveis de treinamento, conhecer melhor o aluno sabendo suas
limitações, deficiências, além de motiva-lo a estar sempre buscando alcançar os objetivos determinados.
GLOSSÁRIO
Freqüência Cardíaca Máxima (FC max) - É a maior freqüência cardíaca atingida em um teste máximo. Pode
também ser obtida por equações de predição.
Freqüência Cardíaca Repouso (FC repouso)– é a freqüência cardíaca obtida ao despertarmos, enquanto
ainda estamos deitados.
Freqüência Cardíaca Reserva (FC reserva) – é a diferença entre a freqüência cardíaca máxima e freqüência
cardíaca de repouso.
VO2 máx – É a capacidade máxima que um indivíduo apresenta de captar, transportar e modificar o oxigênio
para a síntese oxidativa de ATP. Pode ser expresso na forma relativa (ml.kg -1.min-1) ou absoluta (l.min-1).
(ROBERGES & ROBERTS, 2002).
METS – representa a taxa metabólica de repouso e equivale a aproximadamente 3,5 ml.kg -1.min-1.(NOVAES
& VIANNA, 1998).
Kcal – É quantidade de calor necessária para elevar em 1ºC a temperatura de 1l de água de 14,5ºC para
15,5ºC.(McARDLE, et al. 1998). Durante o exercício, a quilocaloria pode ser definida como a quantidade de
energia dissipada pelo seu corpo nos processos metabólicos e térmicos do organismo.
Taxa de esforço percebido. (TEP) – instrumento precioso para indivíduos que têm dificuldade em palpação
da FC e nos casos em que a resposta da FC pode estar alterada em decorrência de uso de medicamentos.
(ASCM, 2003)
x = 60,0/3,5
x= 17,1 METs
Teste de caminhada
Single-Stage Treadmill (caminhada)
Teste de Banco
Queens College (Step test)
Altura do banco: 41 cm
Duração: 3 minutos
Cadência: 88 toques p/ min. (22 subidas) mulheres
96 toques p/ min. (24 subidas) homens
Instrumento: metrônomo
FC = após o término do teste
Equação:
VO2 máx = 65,81 - (0,1847 x FC) - mulheres
VO2 máx = 111,33 - (0,42 x FC) - homens
32.5 cm
23 cm
Procedimento: com o indivíduo descalço, sentado no chão e joelhos estendidos, os pés devem tocar o
instrumento (que deve estar apoiado para não correr o risco de se mover durante a mensuração). O avaliado
deve flexionar o quadril suavemente à frente com os braços estendidos, as mãos sobrepostas e com a palma
das mãos para baixo, procurando atingir o ponto mais distante na escala de medida (régua). É computada a
melhor de três ou quatro tentativas.
Teste de sentar e alcançar: homens (M) e mulheres (F) canadenses de 15 a 69 anos
IDADE 15 - 19 20 - 29 30 - 39 40 - 49 50 - 59 60 -69
Categoria M F M F M F M F M F M F
Excelente > 38 > 42 > 39 > 40 > 37 > 40 > 34 > 37 > 34 > 38 > 32 > 34
Acima da média 34-38 38-42 34-39 37-40 33-37 36-40 29-34 34-37 28-34 33-38 25-32 31-34
Média 29-33 34-37 30-33 33-36 28-32 32-35 24-28 30-33 24-27 30-32 20-24 27-30
Abaixo da média 24-28 29-33 25-29 28-32 23-27 27-31 18-23 25-29 16-23 25-29 15-19 23-26
Fraco < 24 < 29 < 25 < 28 < 23 < 27 < 18 < 25 < 16 < 25 < 15 < 23
Fonte: Fitness and lifestyle in Canada, Fitness and lifestyle research institute, 1983. Fitness and amateur sports, Ottawa, Canada
Melhora a disposição
Alivia tensões
Aumenta a auto-estima
Aumenta força muscular fornecendo maior capacidade para outras atividade físicas
Fonte: U.S. Department of Health & Human Services. Physical Activity and Health: A report of the Surgeon
General, Atlanta, GA: US. DHHS, CDC, NCCDPHP, 1996
Posicionamento do ACSM (2000) para prescrição:
Treinamento Aeróbio
3-5 vezes/semana
55/65% - 90% FCmáx ou 45/50% - 85% VO2R ou FCR
20-60 min (exercício contínuo ou inteiramente - mínimo de 10 min)
Qualquer atividade que mobilize grandes grupos musculares
Flexibilidade
2-3 vezes/semana
2-4 séries
8-10 exercícios (para os maiores grupos musculares), 10-30 s de duração
Exercícios estáticos ou dinâmicos que proporcionam um "desconforto médio"
Treinamento de Força
1 série (havendo tempo - realizar +)
8-10 exercícios
2-3 vezes/semana
8-12 repetições (10-15 para idade > 50 anos)
ACSM (2003). DIRETRIZES DO ACMS PARA OS TESTES DE ESFORÇO E SUA PRESCRIÇÃO. 6ª
edição. Guanabara Koogan.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
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MCARDLLE, W.D.; KATCH, F.I.; KATCH, V.L. Fisiologia do Exercício – Energia, Nutrição e Desempenho
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Atlanta, GA: US. DHHS, CDC, NCCDPHP, 1996