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Foi no Hospital escolar veterinário da faculdade onde realizei o meu estágio, este tem como
principais objetivos a formação dos seus estudantes com o intuito de contribuiR para o
progresso cientifico enquanto presta serviços qualificados à comunidade de modo a zelar pela
saúde e bem estar animal, em cooperação com outras instituições, como a ESTeSL.
Este tipo de métodos, baseiam-se na reação entre uma enzima e o seu substrato resultando
na obtenção de um produto corado a partir de um cromogénio,. O método mais utilizado em
medicina veterinária é o método do polímero de dextrano, este possui um esqueleto que que
vai suportar o anticorpo secundário e a enzima. Neste método, após a adição do anticorpo
primário, é adicionado o polímero de dextrano marcado, seguido do cromogénio, DAB que vai
conferir cor à reação entre a enzima e o substrato
SEGUE-SE o meu cronograma das 4 semanas de estágio. Desde o inicio que fui introduzida na
rotina laboratorial, sendo que o meu estágio passou por todas as etapas da histopatologia e
não apenas pela imunohistoquimica, uma vez que esta técnica realizava-se apenas uma vez
por semana. Ainda assim tive a oportunidade de desenvolver algumas atividades que irei agora
apresentar.~
O ANTICORPO utilizados foi o Anti- actina de musculo liso monoclonal já pre diluído, 4
em intestino de canídeo recorrendo à técnica de polímero indireto. Foram realizada 3 laminas
sendo a variável o tipo de recuperação antigénica e sanbendo que este anticorpo está aferido
para a utilização de tampão tris-edta ph 9.0
Por fim recorrendo à recuperação antigencia com tampão tris edta 9.0, nas lavagens que se
seguiram à recuperação antigénica o corte saltou, sendo que toda a preservação morfológica
foi prejudicada sendo por isso inexistente, uma vez que este é o método de recuperação
antigénica standard para este anticorpo, o ocorrido pode justificar-se com o facto do corte ser
muito espesso e uma vez quê este tipo de recuperação antigénica é muito agressivo a adesão
da lamina não foi suificiente para aguentar o corte e a recuperação antigénica. E uma vez que
a morfologia não foi preservada não é possível validar a técnica
A segunda atividade realizada foi com base num desafio proposto, durante o meu estagio
decorreu a validação da técnica imunohistoquimica para o vírus RHDV2 responsável pela
doença hemorrágica viral em coelho ibérico, um problema que hoje se enfreta ao tentar
recuperar a espécie. O desafio surgiu por parte de um investigador que acompanhei durante a
minha primeira atividade e que realizou a técnica imunohistoquimica com o intuito de aferir a
mesma para a deteção deste vírus em amostras de fígado de coelho bravo que se sabiam
positivas. No entanto não foram obtidos resultados positivos.
Sugeri por isto algumas alterações à técnica como podemos observar no esquema.
Sabendo que os epitopos de vírus por norma são muito sensíveis a altas temperaturas, e uma
vez que a experiencia anterior onde não se obteve resultados utilizaou a recuperação
antigénica por alta temperatura, optei pela inibição deste passo, lamina 1 e 4 ou pela
utilização da digestão enzimática recorrendo à proteinase K. lamina 2 e 3
Sabe-se que o vírus afeta principalmente os hepatócitos causando necrose dos mesmos e pode
ainda estar presente em células de kupfer
Estes foram os resultados obtidos e como podemos ver em comparação estas 3 laminas a 3 é a
que apresenta mais marcação mais intensa, as laminas seguintes não apresentam
praticamente marcação relevante.
Concluiu-se que a melhor marcação obtida foi nas laminas em que se realizou a recuperação
antigénica com proteinase K, comparando as duas que passaram por este protocolo é possível
identificar que a incubação com anticorpo overnight é onde se verifica a melhor marcação do
vírus.
Como referi o vírus afeta diretamente o fígado causando necrose hepática e como podemos
observar na lamina 3 é precisamente nesta sona onde está presenta a marcação oque
corrobora os achados
Como se sabe existem outros pigmentos castanhos que podem interferir na deteção
imunohistoquimica e podendo influenciar resultados falsos postivos, como é o caso da
hemossiderina um pigmento resultante da degradação dos eritrócitos e acumulação de ferro
nomeadamente quando existe hemorragia, de modo a confirmar que esta marcação era de
facto especifica do vírus realizou-se a coloração de rotina HE na qual não foram encontrados
depósitos de hemossiderina.
Recorreu-se ainda ao controlo negativo em rim de coelho saudável para confirmar que a
imunomarcação era especifica do vírus.
Pode-se assim concluir que a imunomarcação foi bem sucedida recorrendo À recuperação
antigénica por digestão enzimática com proteinase K e com uma incução overnight do soro
primário, permitindo assim um avanço na validação da técnica de imunohistoquimica para o
vírus RHDV2
Por fim a ultima atividade que venho apresentar consiste em avaliar a influencia da alteração
do momento do bloqueio da peroxidase em baço felino. O anticorpo utilizado foi o anti-CD3
que é um anticorpo de membrana que deteta a presença de linfócitos T.
A lamina 3 com o bloqueio da peroxidase endógena apos incubação com o soro primário
Estes foram os resultados obtidos como sabemos a peroxidase endógena é muito elevada em
tecidos ricos em sangue, como é o caso do baço e é muito fácil de detetar em vasos
sanguíneos, sendo essa a estrutura apresentada nos campos do microscopio.
Na lamina 1, técnica standard como podemos ver não existe presença de peroxidase
endógena, os linfócitos T apresentam uma marcação devidamente intensa e existe
preservação da morfologia