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16/08/2022 15:23 WA2_Análise das Demonstrações Contábeis_final_marcas

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS


Paulo Alexandre da Silva Pires

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seõçatona reV
1 - ANÁLISE DOS RECURSOS NO CURTO PRAZO

Olá, aluno! Vamos continuar desenvolvendo nosso estudo sobre a análise das
demonstrações contábeis? 

Para a análise dos recursos de curto prazo, é necessário estar atento a quais
elementos patrimoniais estão sendo tratados. Nesse caso, a principal
demonstração que analisamos é o balanço patrimonial – de modo mais específico,
nos dedicamos à compreensão dos elementos relacionados ao ativo circulante e
ao passivo circulante das organizações. 

Fonte: Shutterstock.

QUESTÃO DE REFLEXÃO

Você considera que a análise de apenas alguns grupos patrimoniais é


suficiente para obter conclusões sobre a situação patrimonial, financeira ou
econômica da entidade?

De acordo com a Lei nº 6.404/1976, são classificados no ativo circulante da


companhia as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social
subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte. Com
relação ao passivo circulante, a referida lei aponta que devem ser incluídas nesse
grupo as obrigações da companhia que vencerem no exercício seguinte.

DESTAQUE

O critério geral de classificação dos elementos patrimoniais como itens do


ativo e do passivo circulante (recursos e obrigações de curto prazo) é que
eles sejam recebidos ou pagos até o final do exercício seguinte, que
consiste na data de encerramento das demonstrações contábeis.

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Mas lembre-se de que, além desses dois grupos patrimoniais, outras informações
das demonstrações contábeis podem ser necessárias para calcular os indicadores
que dizem respeito aos índices de curto prazo.

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SAIBA MAIS

seõçatona reV
O CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis também oferece
importantes definições a respeito da classificação de ativos e passivos.
Saiba mais acessando o link indicado a seguir (sugestão de leitura: Item 54 -
Balanço Patrimonial). Disponível em: https://bit.ly/3ko3c9l. Acesso em: 3 jun.
2021.

Uma vez compreendidas as bases informacionais que utilizaremos, que tal


passarmos ao estudo dos indicadores propriamente ditos? Vamos lá!

VÍDEO

Assista ao vídeo apresentado a seguir para compreender com maiores


detalhes a classificação de ativo circulante.

Disponível em: https://bit.ly/2TiQ7mU. Acesso em: 3 jun. 2021.

O primeiro indicador que vamos compreender é o de Prazo Médio de Renovação


dos Estoques (PMRE), que também pode ser estudado como um mecanismo de
avaliação das atividades. Ele busca apresentar qual é o prazo, na média, em que
ocorre a renovação dos estoques da empresa. Um ponto importante sobre o PMRE
é que, de acordo com Matarazzo (2008), sua grande utilidade informacional ocorre
quando é utilizado em conjunto com os indicadores de Prazo Médio de
Recebimento das Vendas (PMRV) e Prazo Médio de Pagamento das Compras
(PMPC).

LINK

Para gerenciar corretamente os estoques de uma empresa existem diversas


ferramentas disponíveis. Acesse o link sugerido e conheça oito das
ferramentas que podem ser utilizadas. Disponível
em: https://bit.ly/2Uf5P2L. Acesso em: 3 jun. 2021.

Para o cálculo do PMRE os seguintes dados são necessários:

Custo das Mercadorias Vendidas (CMV): essa informação pode ser obtida na
demonstração de resultado de exercício.

Estoques (E): informação obtida no balanço patrimonial.

Custo Diário das Vendas (CDV): informação obtida a partir do CMV dividido por 360
(período de um ano comercial).

Para o cálculo desse indicador é preciso executar os dois passos seguintes:

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CMV
Passo  1 :  CDV =  
360

Estoques
Passo  2 :  PMRE =  
CDV

O resultado do PMRE será o prazo médio de renovação dos estoques (informação

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em dias).

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Outro indicador a ser considerado na análise dos recursos de curto prazo é o
Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMRV). Vale relembrar que as vendas
de uma empresa representam uma das mais importantes atividades executadas
por ela.

DESTAQUE

Os indicadores de Prazo Médio de Renovação dos Estoques (PMRE), Prazo


Médio de Recebimento das Vendas (PMRV) e Prazo Médio de Pagamento
das Compras (PMPC) devem ser analisados em conjunto, pois assim se
consegue extrair um maior potencial informacional de todos eles.

Para calcular o prazo médio em que as vendas são recebidas é preciso obter os
seguintes dados:

Vendas Anuais (VA): essa informação consta na demonstração de resultado do


exercício, geralmente com a nomenclatura de receitas totais ou receita líquida.

Duplicatas a Receber (DR): são apresentadas no ativo circulante, sendo também


chamadas de clientes ou clientes a receber.

Vendas Diárias (VD): valor obtido a partir da divisão das vendas anuais por 360.

Para o cálculo do indicador de PMRV é preciso executar os dois passos


apresentados a seguir:
Vendas   anuais
Passo  1 :  VD =  
360

Duplicatas  a  receber


Passo  2 :  PMRV =  
á
Vendas  di rias

O resultado do Passo 2 será o prazo médio de recebimento das vendas


(informação em dias).

Por fim, temos o indicador de Prazo Médio de Pagamento das Compras (PMPC),
que trata do prazo médio da atividade que, muitas vezes, mais consome caixa no
funcionamento de uma empresa: as transações relacionadas com fornecedores.
Os elementos necessários para calcular o PMPC são os seguintes:

Compras Anuais (CA): para os usuários internos, essa informação pode ser
facilmente levantada pelo departamento de contabilidade. Para usuários externos,
ela pode ser obtida por meio da seguinte fórmula:

Compras   Anuais  (CA)  =   Estoque   inicial   −   CMV   −   Estoque   f inal

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Fornecedores a Pagar (FP): informação apresentada no passivo circulante (balanço


patrimonial).

Compras Diárias (CD): valor obtido pela divisão das compras anuais por 360 (dias

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de um ano comercial).

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Compras   anuais
Passo  1 :   CD   =
360

Fornecedores  a  pagar


Passo  2 :   PMPC   =
á
Compras  di rias

QUESTÃO DE REFLEXÃO

Você considera que os usuários internos de uma empresa são


“privilegiados” por ter acesso mais fácil às informações contábeis?

Para interpretar o PMPC, devemos considerar que o resultado será o prazo médio
de pagamento das compras apresentado em dias.

Uma vez que você aprendeu como fazer o cálculo desses três indicadores, chegou
a hora de analisarmos como eles podem ser utilizados em conjunto. Quando
realizamos essa análise, conseguimos compreender dois importantes conceitos
relacionados à atividade operacional de curto prazo das organizações: o ciclo
operacional e o ciclo de caixa. Vamos considerar as duas figuras apresentadas a
seguir para o nosso aprendizado.

VÍDEO

É fundamental tratar da relação entre contabilidade e finanças na análise


das demonstrações contábeis. Acompanhe a palestra apresentada no link a
seguir, com o professor Eliseu Martins, intitulada Valuation e Contabilidade
(sugestão: assista do minuto 24 ao 32). Disponível em: https://bit.ly/3iclmbv.
Acesso em: 3 jun. 2021.

Figura 1 – Ciclo operacional

Fonte: adaptado de Matarazzo (2008).

O ciclo operacional de uma empresa, conforme Matarazzo (2008), representa o


tempo que decorre entre a compra das mercadorias e o recebimento das vendas
que foram realizadas. Pode-se dizer também que esse indicador apresenta o prazo
de investimento da empresa, ou ainda, o tempo que ela leva para completar um
ciclo completo de suas principais atividades.

LINK

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Além de conhecer o caixa da empresa, é preciso controlá-lo bem. Acesse o


link a seguir e veja algumas dicas para isso. Disponível
em:  https://bit.ly/3wIHUpx. Acesso em: 3 jun. 2021.

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Figura 2 – Ciclo de caixa

seõçatona reV
Fonte: adaptado de Matarazzo (2008).

O indicador de ciclo de caixa apresenta o tempo decorrido entre o pagamento do


fornecedor e o recebimento do cliente. Trata-se do período em que a empresa
precisa conseguir financiamento, ou seja, o período em que busca fontes
alternativas de recursos para financiar suas atividades operacionais. 

Ainda falando dos indicadores que apresentam aspectos operacionais da empresa,


também pode ser obtido o Grau de Comercialização da Produção (GCP), que visa
revelar o quanto da capacidade produtiva da empresa realmente está sendo
aproveitado. Seu cálculo pode ser realizado considerando a fórmula apresentada a
seguir:

SAIBA MAIS

Saiba Mais  Você sabia que praticamente todos os indicadores de análise


estão interligados? Acesse o link apresentado a seguir e saiba mais sobre a
relação entre caixa operacional, Ebitda e o tempo de vida das organizações.
Disponível em:  https://bit.ly/3eG7zJB.Acesso em: 3 jun. 2021.

Unidades   vendidas
GCP  =  
Capacidade   de  produ ção (Un.)

O GCP interpretado indica que, quanto mais próximo de 1 o resultado, melhor,


pois significa que a entidade está operando sem nenhuma capacidade produtiva
ociosa.

GESTÃO DE CAPITAL DE GIRO


Nosso próximo tema também é um conceito relacionado às atividades
operacionais da empresa. Vamos falar do capital de giro, termo que pode ser
entendido com os recursos utilizados no custeio das atividades operacionais da
organização, ou seja, utilizados para atender às necessidades rotineiras da
entidade, como compra de matéria-prima ou insumos, pagamento de salários e
despesas de operação.

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Outra definição atribuída a ele é de valor que consiste no capital líquido que circula
no curto prazo da organização e é composto fundamentalmente por elementos
operacionais.

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DESTAQUE

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Para que uma empresa realize suas atividades operacionais (sobretudo a
compra de mercadorias e o pagamento de fornecedores) ela necessita,
frequentemente, de recursos disponíveis para isso. A esses recursos
atribuímos o nome de capital de giro.

Vamos entender o que são elementos operacionais e financeiros? 

Elementos operacionais: estão intimamente relacionados com os aspectos


decorrentes do ciclo operacional da empresa, como compra, produção, estocagem
e venda. São encontrados no ativo circulante e passivo circulante.

Elementos financeiros: referem-se às contas de curto prazo que estão


relacionadas, estritamente, aos bens e direitos financeiros da empresa. São
encontrados no ativo circulante e passivo circulante (por exemplo, duplicatas
descontadas e financiamentos bancários).

Fonte: Shutterstock.

SAIBA MAIS

Acesse o artigo indicado a seguir e compreenda melhor por que algumas


empresas possuem uma maior necessidade de capital de giro que outras
(sugestão de leitura: Item 2 - Revisão da Literatura, da página 4 à página 8).
Disponível em: https://bit.ly/3wMxyVz. Acesso em: 3 jun. 2021.

A partir desses conceitos podemos calcular a Necessidade de Capital de Giro


(NCG), conforme a fórmula apresentada a seguir:

NCG = Ativo circulante operacional - Passivo circulante operacional

QUESTÃO DE REFLEXÃO

Você considera inevitavelmente ruim quando uma empresa possui


necessidade de capital giro ou em alguma circunstância isso pode ser
vantajoso?

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O resultado desse cálculo indica o quanto a organização precisa de capital para


financiar suas atividades operacionais (compra, produção, estocagem, venda).
Quanto a isso, podemos identificar três possíveis situações para a empresa:

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Situação de necessidade de capital de giro (ativo circulante operacional MAIOR
que passivo circulante operacional): as aplicações (ativos) operacionais de recursos

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são maiores que as origens (passivos) operacionais de recursos. É necessário
captar recursos de origem financeira para a atividade operacional.

Situação neutra de capital de giro (ativo circulante operacional IGUAL ao passivo


circulante operacional): as aplicações (ativos) operacionais de recursos são
equivalentes às origens (passivos) operacionais de recursos. 

Situação ideal de capital de giro (ativo circulante operacional MENOR que


passivo circulante operacional): as aplicações (ativos) operacionais de recursos são
menores que as origens (passivos) operacionais de recursos, fazendo com que a
empresa esteja em situação de sobra de capital de giro. Os recursos sobrantes das
atividades operacionais podem ser aplicados em atividades financeiras.

LINK

Para entender mais sobre a necessidade de capital de giro, acesse o link a


seguir e veja alguns exemplos desse indicador. Disponível
em: https://bit.ly/3r9BQFy. Acesso em: 3 jun. 2021.

Caso a empresa precise buscar financiamento, ela poderá contar com as seguintes
fontes para suprir suas necessidades de capital de giro: capital próprio
(empréstimos ou aportes de capital dos sócios) ou capital de terceiros
(financiamentos de curto prazo, desconto de duplicatas e empréstimos de longo
prazo).

Outro importante elemento do curto prazo de uma empresa é o seu caixa, pois ele
é o principal garantidor do custeamento das atividades operacionais. Por isso, é
fundamental determinar um valor de Caixa Mínimo Operacional (CMO). Por
objetivar o estabelecimento de um padrão de tamanho mínimo das
disponibilidades (caixa), pode-se dizer que o CMO será o valor de caixa a ser
buscado e mantido pela organização. Dessa forma, o montante que superar esse
valor poderá ser aplicado sem que se corra o risco de comprometer a atividade
operacional da empresa.

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Fonte: Shutterstock.

DESTAQUE

Destaque  O caixa de uma empresa não pode operar, nem com excessos de
recursos (recursos ociosos), nem com falta de recursos. Por isso, é
fundamental para o bom funcionamento das atividades operacionais da
empresa que ela consiga atingir e manter o valor adequado de Caixa
Mínimo Operacional (CMO).

Para o cálculo desse indicador, basta executar os passos apresentados a seguir:


360
Passo  1 :   Giro   de  caixa =
Ciclo   de   caixa

Desembolso   de   caixa
Passo  2 :  CMO =
Giro   de   caixa

Como vimos anteriormente, ciclo de caixa é o tempo decorrido entre o


pagamento do fornecedor e o recebimento do cliente, período em que a empresa
precisa conseguir financiamento. Já os desembolsos de caixa são todos os
desembolsos previstos que deverão ocorrer ao longo do ano.

VÍDEO

Gerenciar corretamente o caixa da empresa pode fazer toda a diferença


para o seu sucesso ou fracasso. Conheça mais sobre esse tema no vídeo
indicado (sugestão: assista de 1min30s a 10min). Disponível em:
https://bit.ly/3encgYk. Acesso em: 3 jun. 2021.

2 - ALAVANCAGEM FINANCEIRA E SOLVÊNCIA


De acordo com Assaf Neto (2020), a alavancagem financeira é resultante da
participação de recursos de terceiros na estrutura de capital da empresa. Quando
o custo desses recursos é inferior ao benefício trazido por eles, podemos apontar
que houve uma alavancagem financeira positiva. Para medir esse indicador
podemos utilizar o Grau de Alavancagem Financeira (GAF), que é calculado
conforme a fórmula apresentada a seguir:
í
Lucro  l quido
{ }
ô í
Patrim nio l quido

GAF  =   í
(Lucro  l quido +  Despesas   f inanceiras)
{ }
Ativo

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De acordo com Iudícibus (2017), para interpretar o GAF deve-se considerar que
quando o grau de alavancagem é maior do que 1, o endividamento tem um efeito
de alavanca sobre o lucro que é levado para o acionista. Ou seja, esse resultado
puxa para cima a taxa de retorno dos acionistas.

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SAIBA MAIS

A estrutura de capital das empresas pode ter um significativo impacto na


alavancagem financeira. Acesse o artigo a seguir e saiba mais sobre esse
tema (sugestão de leitura: Item 3 – Referencial Teórico). Disponível em:
https://bit.ly/3reqNef. Acesso em: 3 jun. 2021.

SOLVÊNCIA
Podemos definir solvência como o estado de endividamento de uma empresa em
que não existe a possibilidade de ela deixar de pagar suas obrigações, ou seja, a
circunstância em que a organização possui recursos suficientes para fazer frente às
suas obrigações. Uma das formas de analisar essa circunstância é por meio dos
indicadores de liquidez apresentados a seguir:

DESTAQUE

Solvência é o termo utilizado para designar a situação em que a


organização consegue arcar de forma adequada com suas obrigações
financeiras. Por outro lado, insolvência é o estado de falta de recursos
necessários em comparação com o total de dívidas que a empresa
apresenta.

á
Ativo circulante + Realiz vel a longo prazo
Liquidez  Geral =
ã
Passivo circulante + Passivo n o circulante

Interpretado, o indicador de liquidez geral sinaliza o quanto a empresa possui de


ativos totais para cada R$ 1 de passivos da mesma natureza. Quanto maior o
resultado, melhor.

LINK

Link  Acesse o link apresentado a seguir e veja alguns exemplos de cálculos


de liquidez. Disponível em: https://bit.ly/3kmRBrp. Acesso em: 3 jun. 2021.

Ativo circulante 
Liquidez corrente =
Passivo circulantte

Interpretado, o indicador de liquidez corrente sinaliza o quanto a empresa possui


de ativo circulante para cada R$ 1 de passivo circulante. Quanto maior o resultado,
melhor.
Ativo circulante−estoques−despesas antecipadas 
Liquidez  seca =
Passivo circulantte

QUESTÃO DE REFLEXÃO

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Você considera saudável financeiramente uma empresa ter recursos para


liquidar todas as suas dívidas à vista? O que poderíamos dizer do seu
planejamento financeiro?

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Interpretado, o indicador de liquidez seca sinaliza o quanto a empresa possui de

seõçatona reV
ativos monetários circulantes para cada R$ 1 de passivo circulante. Quanto maior o
resultado, melhor.
Dispon vel í
Liquidez  imediata =
ã
 Passivo n o circulante

Interpretado, o indicador de liquidez imediata sinaliza a porcentagem do passivo


circulante que pode ser pago imediatamente. Quanto maior o resultado, melhor.

VÍDEO

Capital de giro: o que é? Como gerenciar? Aprofunde seus conhecimentos


com o vídeo sugerido a seguir. Disponível em: https://bit.ly/3B7C1FX. Acesso
em: 3 jun. 2021.

TERMÔMETROS DE SOLVÊNCIA

Outra forma de indentificar a capacidade de solvência ou insolvência de uma


organização é por meio dos chamados termômetros de solvência. Entre os
diversos estudiosos que trataram desse tema, desde a década de 1970, um dos
mais conhecidos foi o professor Stephen Kanitz, autor do chamado termômetro de
Kanitz. Nesse indicador, o objetivo não era apenas prever falências ou a boa
situação de solvência, mas dar uma nota média geral para a empresa, fazendo uso
de diversos índices concatenados. Para a criação desses índices, o autor
considerou uma amostra de 30 empresas, 15 com problemas de continuidade e 15
com boa saúde; e a partir da técnica estatística de regressão múltipla e análise
discriminante, chegou a uma ponderação de pesos para os indicadores financeiros
considerados.

Fonte: Shutterstock.

DESTAQUE

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Stephen Kanitz é um dos autores mais conhecidos de mecanimos de análise


de solvência das organizações. O termômetro de Kanitz, inicialmente
desenvolvido na década de 1970, continua sendo amplamente utilizado,
embora já se reconheça suas limitações, considerando a atuação das

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empresas modernas.

seõçatona reV
Atualmente, é necessário manter atenção redobrada para a utilização prática
desse índice, pois seu uso é restrito e deve ser realizado apenas de forma
complementar, e não como análise principal de uma organização. A seguir, vamos
compreender como realizar o cálculo desse indicador.

LINK

Para conhecer textos e análises do professor Stephen Kanitz, acesse o link


sugerido e acompanhe o blog desse autor. Disponível em:
https://bit.ly/2Uj7WT4. Acesso em: 3 jun. 2021.

Termômetro de Kanitz

FI = 0,05 * X1 + 1,65 * X2 +3,55 * X3 – 1,06 * X4 – 0,33 * X5

Em que:
í
Lucro  l quido á
(Ativo   circulante  + Realiz vel a  longo   prazo)
X1 =        X2 =    
ô í
Patrim nio l quido í
Exig vel  total

(Ativo   circulante  −  Estoques) (Ativo   circulante)


X3 =        X4 =    
Passivo   circulantes Passivo   circulante

í
Exig vel  total
X5 =  
ô í
Patrim nio l quido

SAIBA MAIS

Acesse o artigo sugerido e saiba mais sobre a utilização do termômetro de


Kanitz e de outros indicadores de solvência (sugestão de leitura: da página 6
à página 11). Disponível em: https://bit.ly/36B2E8h. Acesso em: 3 jun. 2021.

QUESTÃO DE REFLEXÃO

Você considera que um único indicador pode revelar se uma empresa irá à
falência ou não?

Considerando o resultado gerado por esse indicador, é necessário verificar no


termômetro, apresentado a seguir, em qual situação a empresa está:

Figura 3 – Termômetro de Kanitz

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Fonte: adaptado de Kanitz (1976) e Menezes (2020).

Se a organização apresentar um resultado entre 0 e 7, ela estará em uma situação


SOLVENTE, ou seja, sem risco de não conseguir arcar com as suas dívidas. Agora,
se o resultado da empresa for entre -4 e -7, ela correrá o risco de tornar-se
INSOLVENTE e, com isso, não conseguir pagar corretamente suas obrigações
financeiras, podendo até ir à falência. Por fim, se o resultado for entre -1 e -3, a
empresa estará em uma área que o indicador não consegue medir com total
precisão as suas condições de solvência ou insolvência.

DESTAQUE

A utilização do termômetro de Kanitz deve ser feita com cuidado, tendo em


vista algumas limitações que ele apresenta. Por isso, seu uso precisa
sempre estar atrelado à análise de indicadores complementares.

RESUMO
Na análise dos recursos de curto prazo, são considerados, principalmente, o ativo
circulante e o passivo circulante da empresa. Entre os indicadores estudados ao
longo desta unidade, estão o Prazo Médio de Renovação dos Estoques (PMRE),
Prazo Médio de Recebimento das Vendas (PMRV) e Prazo Médio de Pagamento das
Compras (PMPC). Esses indicadores, uma vez combinados, permitem identificar o
ciclo operacional e o ciclo de caixa das organizações. Além desses índices, foi
possível compreender também o Grau de Comercialização da Produção (GCP), que
quanto mais próximo de 1, melhor. Foi estudado ainda o conceito de Necessidade
de Capital de Giro (NCG), bem como as situações que esse indicador pode
demonstrar a respeito do capital de giro da empresa. E, para finalizar o estudo dos
recursos de curto prazo, compreendemos o conceito de Caixa Mínimo Operacional
(CMO), assim como a sua forma de cálculo. Na sequência, passamos ao estudo da
alavancagem financeira e, por último, conhecemos a solvência das empresas por
meio dos indicadores tradicionais de liquidez e do termômetro de Kanitz.

REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, A. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-
financeiro. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2020.

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BRASIL. Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por


Ações. Brasília, 1976. Disponível em: https://bit.ly/2ULJuK3. Acesso em: 3 jun. 2021.

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). CPC 26 (R1) – Apresentação

0
das Demonstrações Contábeis, 2011. Disponível em: https://bit.ly/3yY5XCs.
Acesso em: 3 jun. 2021.

seõçatona reV
COSTA, L. G. T. A. et al. Análise econômico-financeira de empresas. 3. ed. Rio de
Janeiro: FGV Editora, 2011.

IUDÍCIBUS, S. de. Análise de balanços. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2017.

MARION, J. C. Análise das demonstrações contábeis. 8. ed. São Paulo: Atlas,


2019.

MARTINS, H. H. Estrutura de Capital e Alavancagem Financeira de Empresas da


Agroindústria Canavieira: um Estudo Multicaso para o Centro-oeste. Gestão &
Regionalidade, v. 31, n. 93, set.-dez. 2015. Disponível em: https://bit.ly/3hNrjNn.
Acesso em: 3 jun. 2021.. Acesso em: 3 jun. 2021.

MATARAZZO, D. C. Análise Financeira de Balanços: abordagem básica e gerencial.


6. ed. São Paulo: Atlas S.A., 2008. 459 p.

MENEZES, G. O. de; MELO, G. C. V. de. Análise de Solvência da Empresa Lojas


Renner S/A Utilizando o Termômetro de Kanitz e os Índices de Liquidez Tradicional.
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