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Instituto Politécnico de Leiria

Gestão Financeira – 2º ano


Ano letivo: 2017/2018

OLI – Sistemas Sanitários, S.A.

Gestão financeira 2º Ano

Trabalho realizado por: Professores:


Artur Domingues n°2160955 TP2 Henrique Carvalho
Maria Jordão n°2130560 TP2 Inês Lisboa
José Rito n°2160932 TP2
Índice
Resumo.............................................................................................................................................. 3
Introdução......................................................................................................................................... 3
Análise Interna................................................................................................................................... 3
Identificação.................................................................................................................................. 3
Breve historial................................................................................................................................ 3
Caracterização................................................................................................................................ 4
Crescimento do volume de negócios.............................................................................................. 4
Ciclo de vida da empresa............................................................................................................... 4
Acontecimentos relevantes............................................................................................................ 5
Enquadramento Macroeconómico e Setorial..................................................................................... 5
Enquadramento macroeconómico................................................................................................. 6
Taxas Cambiais.......................................................................................................................... 6
Politica fiscal............................................................................................................................. 6
Taxa de juro............................................................................................................................... 6
Enquadramento setorial................................................................................................................ 6
Identificação dos setores da empresa........................................................................................ 6
Evolução do Setor Principal........................................................................................................ 7
5 forças de Porter...................................................................................................................... 7
Clientes.................................................................................................................................. 7
Fornecedores......................................................................................................................... 7
Concorrentes atuais............................................................................................................... 7
Concorrentes potenciais........................................................................................................ 7
Produtos substitutos.............................................................................................................. 7
Matriz BCG................................................................................................................................. 8
Preparação da informação financeira................................................................................................. 9
Parecer na análise da qualidade de informação.............................................................................9
Fatores....................................................................................................................................... 9
Sinais de perigo........................................................................................................................ 10
Principais conclusões obtidas na análise do balanço e da demonstração de resultados
contabilística comparando com o setor....................................................................................... 10
Correões ao balanço................................................................................................................ 11
Balanço funcional final............................................................................................................. 13
Demonstração de resultados funcional.................................................................................... 15
Analise do equilíbrio financeiro........................................................................................................ 16
Análise do risco................................................................................................................................ 17
Análise do desempenho e crescimento............................................................................................ 18
Conclusão......................................................................................................................................... 20
Sugestões para o Futuro................................................................................................................... 20
Webgrafia........................................................................................................................................ 20
Resumo

O tema do trabalho apresentado é analise da situação financeira da empresa atribuída,


OLI- Sistemas Sanitários, SA, com vista a responder a duas perguntas fundamentais da
análise financeira, que são se a empresa apresenta equilíbrio a curto e a medio/ longo
prazo, isto é, se é capaz de pagar as dividas contraídas, e se a empresa é rentável, isto é,
se empresa gera lucros no presente e se é capaz de os sustentar no futuro.

Para obter as respostas as perguntas acima feitas, através da comparação de informação


financeira sobre os anos pedidos para serem analisados, 2014, 2015 e 2016, com as
médias do setor onde a empresa se insere. Para realizar tais comparações foram
necessários vários processos de organização e tratamento de informação

Com a conclusão das técnicas de organização e tratamento da informação, somos


capazes de responder ás perguntas anteriormente feitas onde concordamos em dizer que
estamos perante uma empresa capaz de responder as obrigações e que é capaz de gerar
lucros.
Introdução

No âmbito da unidade curricular de Gestão Financeira realizamos este trabalho sobre a


empresa OLI- Sistemas Sanitários, SA que se dedica ao fabrico de sistemas sanitários,
autoclismos e mecanismos sanitários. Iremos proceder à elaboração de uma breve
apresentação da empresa, concluindo com uma análise à situação financeira da mesma,
tendo como apoio um ficheiro Excel onde apresentaremos informação financeira
pertinente e cálculos.

Para a realização da análise financeira da OLI, SA começamos por obtenção de


informação extra contabilística como um enquadramento setorial seguido da análise das
5 forças de Porter. Passamos então á recolha da informação contabilística onde tivemos
de estudar se a mesma era de qualidade. Apos a recolha e certificação que a mesma era
de qualidade passamos ao tratamento e organização da informação através dum balanço
funcional que procura ultrapassar as limitações dos documentos contabilísticos e que
procura apurar o valor real da empresa.

Feita a organização da informação financeira, iniciamos a análise a 3 fatores


importantes da empresa que são o equilíbrio, risco e rendibilidade. Esta análise é
realizada através da comparação de rácios e indicadores com o setor que a empresa esta
inserida.

Concluídas as análises aos 3 fatores é emitida uma conclusão sobre os mesmos onde é
dado uma opinião sobre a situação financeira da empresa e apresentado sugestões de
resolução de problemas que venham a ser detetados.
Análise Interna

Identificação
Empresa OLI-Sistemas Sanitários S.A.
Empresa do grupo Fondital

Logótipo

Sede Travessa de Milão, Esgueira 3800-314 Aveiro, Portugal

Contactos Telefone: +351 234 300 200


disponibilizados Fax: +351 234 300 210
pela empresa E-mail: geral@oli-world.com

Encontra-se no site da empresa ainda uma vasta lista de contactos que se encontra
dividida por contactos mais gerais e outros mais diretos, dirigidos a necessidades
específicas.

Breve historial
A 1 de Março de 1954 foi fundada, em Aveiro, a OLI-Sistemas Sanitários, S.A., como
uma pequena empresa familiar que, ao longo do percurso, passou por áreas distintas de
negócio até chegar, nos anos 80, à criação de uma unidade de produção de autoclismos.
Em pouco mais de dez anos, o crescimento foi sustentado e exponencial, de tal forma
que levou, em 1993, à integração no Grupo Fondital, sediado em Itália, com cerca de
2600 colaboradores e presente em quatro setores de atividade (aquecimento; fundição
em alumínio; metalização em plásticos e redes de esgotos e águas). Assim deu-se a
criação da OLI Itália para aumentar a sua presença no mercado Italiano e Europeu. Ao
longo dos mais de 60 anos de história, muitas têm sido as distinções e os prémios
recebidos pela OLI. São a empresa portuguesa com maior número de patentes e estão na
vanguarda do investimento em Investigação, Desenvolvimento e Inovação.

Caracterização
A OLI – Sistemas Sanitários S.A é a maior produtora de autoclismos do Sul da Europa
detendo também a marca global de soluções de banho.

Esta empresa encontra-se em mais de 70 países dos 5 continentes, entre os quais estão
Itália, Austrália, Egito, Hong Kong, Emirados Árabes Unidos e muitos mais.
A fábrica da OLI é bastante reconhecida pela sua inovação tendo sido já premiada pela
eficiência, esta labora 24 horas por dia, 7 dias por semana assegurando 39 mil
autoclismos e 159 mil mecanismos de produção semanal.

A OLI conta com uma área total de 82 mil metros quadrados e cerca de 380
colaboradores, sendo que toda a cadeia de valor é controlada desde a ideia á sua
industrialização, produção e consequente comercialização. Hoje, tem mais de 40
patentes ativas em toda a Europa.

Crescimento do volume de negócios


Por Setor de Atividade

Setor de Atividade CAE-22230 CAE-46740 CAE-41100 TOTAL


Período 2016 2015 2016 2015 2016 2015 2016 2015
Volume de Negócio 44536552 41543624 3867135 4360051 775000 206000 49178687 46109674

Por Zona Geográfica


Zona Interno Comunitário Extracomunitário Total
Período 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014 2016 2015 2014
Volume 11173987 10595213 9361832 28094342 26163183 24584877 9910358 9351278 841147 49178687 46109674 42322188
de 9
Negócios

Ciclo de vida da empresa


Para definirmos o ciclo de vida de uma empresa temos que analisar a sua demonstração
dos fluxos de caixa, que nos da a conhecer qual o uso dado aos meios financeiros
líquidos e como foram gerados.

Analisado o fluxo de caixa do ano de 2016, 2015 e 2014 ao nível da atividade


operacional a empresa possui saldos positivos de 6 534 137€ (2016), 5 390 222€ (2015)
e 3 321 725€ (2014) o que nos indica que a empresa, ao praticar a sua atividade
consegue pagar aos seus fornecedores e ao pessoal empregado.

Ao nível da atividade de investimento, espera se um saldo negativo pois ao adquirir um


ativo a empresa não tem de se desfazer de um outro ativo que possua e caso o faça esse
mesmo terá valor reduzido devido ao desgaste pelo uso. Na OLI-Sistemas Sanitários,
S.A., observamos saldos negativos de -4 456 791€ (2016), -6 213 973€ (2015) e
-1 986 011€ (2014) no que diz respeito aos investimentos.

Por último, a atividade de financiamento da empresa que expressa os fluxos monetários


referentes ás amortizações dos empréstimos ou á sua contração. A OLI, apresenta um
saldo negativo em 2016 de -2 416 819€, saldo positivo em 2015 de 810 990€ e um saldo
negativo de -1 115 998€ em 2014. Feita analise da demonstração de fluxo de caixa da
OLI-Sistemas Sanitários, S.A. podemos afirmar que se encontra numa fase da sua vida
já de maturidade, mas com margem ainda para crescer no seu setor

2016 2015 2014


operacional + + +
investimento - - -
financiamento - + -

Acontecimentos relevantes
A OLI-Sistemas Sanitários S.A., tendo mais de 60 anos de existência passou por vários
marcos na sua historia que tiveram, de alguma forma, impacto para se tornar na empresa
que se encontra nos dias de hoje. Por isso damos destaque aos acontecimentos
importantes dos anos em analise.

De inicio o ano 2014 não é referido nenhum acontecimento de destacar, mas no ano
2015 destaca-se o lançamento do sistema autossustentável hydroboost. Para concluir em
2016 foi muito positivo para a OLI, pois registou se um crescimento no volume de
vendas pelo terceiro ano consecutivo, deu se o início da produção na Rússia, abertura de
uma filial na Alemanha, a ampliação da fábrica em Portugal e a Moldaveiro, empresa de
moldes do grupo, construiu uma nova fábrica de moldes.

Enquadramento Macroeconómico e Setorial

Enquadramento macroeconómico
Para este enquadramento foram selecionados três fatores cujo o seu impacto irá ser
explicado e acompanhado através de dados estatísticos.

Taxas Cambiais
Tendo em conta que uma grande percentagem das vendas da empresa é devido a
exportação consideramos relevante analisar as taxas cambiais entre alguns dos
principais mercados para onde a empresa exporta pois estas poderão ditar algumas
variações no rendimento da empresa.

2016 2015 2014


1.0543% 1.0877% 1.2331%
Taxa cambio EUR/USD

Politica fiscal
Abordando dentro do tema política fiscal, a carga fiscal no país, teremos uma visão
sobre o peso que os impostos poderão ter sobre os resultados da empresa.

2016 2015 2014


21.7% 21.6% 21.4%
Valores em percentagem ao PIB

Taxa de juro
Uma vez que a empresa tem um significativo valor na rubrica de empréstimos importa
analisar a taxa de juro, pois esta irá influenciar os juros a pagar e em consequência os
resultados da empresa.

2016 2015 2014


2.69% 3.25% 4.37%

Enquadramento setorial
Identificação dos setores da empresa
Segundo o SICAE (Sistema Informação da Classificação Portuguesa de Atividades
Económicas) a empresa labora em quatro setores, sendo o primeiro dos seguintes o
principal e os restantes secundários:

 Fabricação de artigos de plástico para a construção (CAE-22230)


 Comércio por grosso de ferragens, ferramentas manuais e artigos para
canalizações e aquecimento (CAE-46740)
 Compra e venda de bens imobiliários (CAE-68100)
 Promoção imobiliária (desenvolvimento de projetos de edifícios) (CAE-41100)

Evolução do Setor Principal


Ao observar as demostrações financeiras do sector e posterior comparação da evolução
das mesmas concluímos que o sector está em crescimento, pois ao analisarmos a rubrica
de vendas verificamos que houve uma subida de ano para ano. Mesma situação ocorre
com as rubricas de resultados sendo que estas no último ano estabilizam. Se
observarmos exatamente as mesmas rubricas nas demostrações financeiras da empresa,
chegamos á conclusão que a OLI está igualmente em subida.
5 forças de Porter

Clientes
É um mercado com um grande número de clientes e que juntamente com o facto de ser
um mercado relacionado com uma necessidade básica em muitos dos pontos em que a
empresa labora ao longo do planeta (saneamento) pode ser algo que fragiliza o poder de
negociação, mas, no entanto, devido á concorrência e similaridade dos produtos os
clientes ainda ficam com algum poder negocial.

Fornecedores
Existe uma vasta gama de possíveis fornecedores, e sendo que, no caso da OLI, a
empresa envolvendo-se em quase todo o processo desde a fabricação até á
comercialização, ou seja, envolve-se em quase todo o processo dos seus produtos,
considera-se que os fornecedores não têm um grande poder negocial.

Concorrentes atuais
A principal corrente da OLI, considerada pela mesma é a Geberit.

Concorrentes potenciais
Todas as marcas que não estão diretamente na produção e/ou comercialização de
autoclismos, mas estão relacionadas com a área da fabricação e/ou comercialização de
materiais para casa de banho podem se considerar concorrentes potenciais. De destacar
que este setor pode-se considerar um setor atrativo devido ao seu crescimento, mas, no
entanto, realçar a estável liderança e quota de mercado da empresa.

Produtos substitutos
Não parece que produtos substitutos tenham uma probabilidade grande de afetar o
volume de negócios da empresa. Adicionando o facto de a empresa investir
significativamente em investigação e desenvolvimento o que possivelmente
significaria que a empresa teria uma reação rápida a qualquer novo produto
substituto.

Matriz BCG
Ao analisarmos o mercado onde a empresa está inserida concluímos que este é atrativo
visto que as vendas e os resultados líquidos têm vindo a aumentar. Acontece exatamente
o mesmo com a empresa em análise, isto é, os valores de vendas e de resultados é
crescente, constatando ainda que esta é líder de mercado.
Quota de Mercado Relativa
Alto Baixo
Crescimento do

Alto
Mercado
Baixo
Preparação da informação financeira

Parecer na análise da qualidade de informação


Fatores
 Regras contabilísticas: As diversas informações contabilísticas, são baseadas
nos p.c.g.a(Princípios de Contabilidade Geralmente Aceites).
 Origem dos resultados: A rubrica das vendas é a que apresenta mais peso na
demonstração de resultados.
 Fluxos de caixa

2016 2015 2014


Vendas e prestação de 49 198 159 46 116 416 42 342 853
serviços (DR)
Recebimentos de 47 336 201 46 724 982 41 076 064
clientes (DFC)

Em 2014, os valores são muito próximos, dando-nos sinais positivos. No ano 2015 as
duas rubricas estão bastante parecidas o que é um sinal bastante positivo. No ano 2016
existe uma diferença quase de 2 milhões de euros o que não é um sinal de preocupação
caso não se venha a registar repetidamente no futuro.
 Volatilidade dos resultados

2016 2015 2014


Resultado líquido do 4 543 859 3 462 934 2 850 032
período
Taxa de crescimento 31.214% 21.505% -
de resultados

Os resultados apresentam volatilidade, mas de tendência de crescimento


positivo.
 Ativos

2016 2015 2014


Ativos fixos 25 128 336 25 508 714 23 133 684
tangíveis
Os ativos apresentam se em boas condições.

 Objetivos do utilizador de informação


A informação disposta no relatório de contas é clara e percetível ao analista e
não omite qualquer dado que seja relevante ou oportuno ao mesmo.
Sinais de perigo

• Relatório dos auditores


Quanto a 2016 ao relatório de auditoria não apresenta sinais de perigo,
contrariamente no relatório de auditoria de 2015, no relatório e contas de 2015,
na pág.57, no ponto nº4 do relatório e parecer fiscal, pode se ler “…, juntamente
com a Certificação Legal das Contas que foi emitida sem reservas e com uma
enfase…”, temos referência a uma enfase.
• Mudanças sistemáticas de métodos contabilísticos
Não existe mudança sistemática do método contabilístico
• Redução de gastos “geráveis” ou controláveis
Como exemplo de gasto controlável temos a publicidade, e se olharmos para os
seus valores podemos observar que tem tendência para crescer, afastado assim
qualquer sinal de perigo.

2016 2015 2014


Gastos c/
708 661 470 465 393 006
publicidade

• Aumento de ativo intangível e/ou das contas de acréscimos e diferimentos


Ter em atenção o valor de 2015, existe uma discrepância grande para 2014 e
2016.

2016 2015 2014


Diferimentos 293 193 446 065 210 119

• Aumento das provisões para riscos e encargos


A empresa OLI-Sistemas Sanitários S.A, apresenta provisões apenas para
garantias a clientes, o que é bastante positivo.

Principais conclusões obtidas na análise do balanço e da demonstração de


resultados contabilística comparando com o setor

Capital próprio cresce cerca de 2% nestes 3 anos.

A empresa tem uma autonomia financeira de 52.2%, valor superior ao do setor

Valor dos inventários menor comparando com o setor, mas nada de alarmante.

Ativos fixos tangíveis têm pequena oscilação em 2016 e ficam a baixo do setor por
0.04%, nos 3 anos representa cerca de 2/5 dos ativos
Correões ao balanço
Será feito uma breve e detalhada explicação ás correções realizadas as rubricas que a
nosso ver eram necessárias para acertar o balanço funcional. Para a realização dessa
mesma tarefa usamos como base de informação os relatórios e contas da OLI-Sistemas
Sanitários S.A. referentes aos anos 2016 e 2015 (abreviado de RC16 e RC15).

 Ativos intangíveis:

Procedemos á correção da rubrica pois achamos que os Ativos Intangíveis não


iram gerar fluxos financeiros futuros. Sendo assim, deduzir a totalidade dos
Ativos Intangíveis em contrapartida de uma dedução nos Capitais Permanentes
através da criação de uma nova rubrica “Ajustamentos e Correções”.

RC16 -Nota 6 pág.41 e RC15- Nota 6 pág.40

 Inventários

Nesta rubrica decidimos separar o inventário permanente do inventario pontual,


sendo que este último foi subtraído das necessidades cíclicas e corrigido para a
Tesouraria Ativa. Para a distinção destes tipos de inventário poderíamos usar
dois métodos (ambos calculados na folha de Excel), e optamos por aquele que
nos pareceu apresentar um valor mais realista do inventário permanente (método
identificado por hipótese 2).

RC16 -Nota 14 pág.47 e RC15- Nota 13 pág.46

 Clientes
Teríamos de realizar correções, onde parte do valor desta rubrica iria para
Tesouraria Ativa, no entanto devido a falta de compreensão da informação
disponibilizada decidimos manter o valor da rubrica igual e não realizar
correções.

RC16 -Nota 22.1 pág.51 e RC15- Nota 18.1 pág.49

 Estado e outras entidades publicas


Seguindo os apontamentos teórico disponibilizados, segundo o diapositivo
nº116, temos de “fazer a reconciliação dos valores”, por isso o ano de 2014 é
o único a sofrer uma correção.

RC16 -Nota22.2 pág.51 e RC15- Nota 18.2 pág. 49

 Outros créditos a Receber


Ao analisar as notas dos relatórios de contas apercebemos que alguns destes
créditos a receber fazem parte do ciclo de exploração e, portanto, teríamos de
deduzir os valores de algumas subcontas da tesouraria ativa e transferi-las
para necessidades cíclicas. Chegamos a esta conclusão usando os critérios do
diapositivo no 111, dos apontamentos teóricos, que nos alertam para termos
em conta o nome das subcontas e similaridades dos valores como critérios de
separação entre necessidades cíclicas e tesouraria ativa.
RC16 -Nota 22.1 pág.51 e RC15- Nota 18.1 pág.49

 Diferimentos
Á semelhança da rubrica anterior, também tivemos que utilizar os
apontamentos disponibilizados pelos docentes e usar os critérios dados no
diapositivo nº111 para justificar as transferências das diversas subcontas que
compõem os diferimentos. Utilizando os mesmos critérios anteriores,
chegamos a acordo que as rubricas a serem transferidas para tesouraria ativa
seriam os juros e outros.

RC16 -Nota 22.3 pág.52 e RC15- Nota 18.3 pág. 50

 Ativos não correntes detidos para venda


Tendo em conta que estes ativos tem uma natureza pontual e que a empresa
espera vende los, por exclusão de partes, não podendo ficar nos ativos não
correntes porque a empresa espera transforma los em liquidez, e tendo uma
natureza pontual não pode fazer parte das necessidades cíclicas, então temos
de transferi-los para a tesouraria ativa

RC16 -Nota 3 e 8 pág.32;33 e pág.43 e RC15- Nota 3 pág.31;32

 Caixa e depósitos bancários


Devemos transferir o fundo fixo de caixa para os ativos não correntes, visto
ser o valor mínimo na caixa que a empresa pretenda que tenha sempre no fim
de cada exercício, portanto é algo para se manter por mais de 1 ano na
empresa. Para o valor do fundo fixo de caixa definimos o valor da rubrica
caixa.

RC16 -Nota 4e 22.5 pág.39 e 52 RC15- Nota4 e 18.5 pág.

 Resultado líquido
Sabendo o resultado líquido, temos de investigar para saber como é que o
mesmo é aplicado e fazer as respetivas correções. Lendo no relatório e
contas de 2016, o “II-Relatório do Concelho de Administração- Contas
individuais”, ponto 10 na pág. 21, relatório e contas de 2015 “II-Relatório do
Concelho de Administração- Contas individuais”, ponto 9 na pág. 20 e
exclusivamente para procedermos a uma correta correção do balanço
funcional, consultamos o relatório e contas de 2014, “II-Relatório do
Concelho de Administração- Contas individuais”, ponto 9 na pág. 17, assim
obtendo as informações sobre as propostas de aplicação dos resultados
líquidos.

RC16 -Nota 20 e 22.7 pág.49;50 e 53 e RC15- Nota 18.7 pág.51

 Provisões
No caso das provisões, temos de ter em atenção ao motivo pelo o qual as
mesmas foram criadas, segundo os apontamentos teóricos. Lendo a nota 16
da pág.48 e nota 14 da pág.47 dos relatório e contas de 2016 e 2015
respetivamente, chegamos á conclusão que as provisões dizem respeito a
garantias a clientes, logo temos das deduzir do capital permanente para os
recursos cíclicos, visto que as garantias a clientes possuem um carater
cíclico.

RC16 -Nota 16 pág.48 e RC15- Nota 14 pág.47

 Outras dividas a pagar


A atual rubrica é muito semelhante á rubrica “outros créditos a receber”, dai
utilizarmos os mesmos critérios para fazer a distinção do que faz parte do
ciclo exploratório e do que não o faz.

RC16 -Nota 22.1 pág.51 e RC15- Nota 18.1 pág.49

Balanço funcional final


Balanço Funcional 2016 2015 2014
Capital subscrito 10 000 000,00 € 10 000 000,00 € 10 000 000,00 €
Reservas legais 2 000 000,00 € 2 000 000,00 € 2 000 000,00 €
Outras reservas 3 138 457,00 € 3 138 457,00 € 3 138 457,00 €
Resultados transitados -650 265,00 € -2 466 391,00 € -4 128 289,00 €
Excedentes de revalorização 6 587 092,00 € 6 587 092,00 € 7 627 062,00 €
Ajustamentos / outras variações no capital próprio 5 484 879,00 € 4 414 162,00 € 3 752 273,00 €
Resultado líquido do período 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Outras reservas* 2 006 324,38 € 0,00 € 0,00 €
Lucros não atribuídos 1 137 269,62 € 991 267,31 € 614 891,95 €
Capital Próprio 29 703 757,00 € 24 664 587,31 € 23 004 394,95 €
Provisões 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Financiamentos obtidos 9 852 367,00 € 11 442 287,00 € 7 999 094,00 €
Passivos por impostos diferidos 1 381 464,00 € 1 443 793,00 € 550 246,00 €
Ajustamentos e Correções -613 503,00 € -492 902,00 € -185 526,00 €
Passivo Não Corrente 10 620 328,00 € 12 393 178,00 € 8 363 814,00 €
Capitais Permanentes (1) 40 324 085,00 € 37 057 765,31 € 31 368 208,95 €
Ativos fixos tangíveis 25 128 336,00 € 25 508 714,00 € 23 133 684,00 €
Propriedades de investimento 5 624 808,00 € 6 140 139,00 € 0,00 €
Ativos intangíveis 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Participações financeiras - método da equivalência 10 411 888,00 € 7 593 580,00 € 6 825 533,00 €
patrimonial
Outros investimentos financeiros 33 090,00 € 37 195,00 € 4 803 263,00 €
Ativos por impostos diferidos 103 194,00 € 6 697,00 € 0,00 €
Ativos não correntes detidos para venda 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Fundo fixo de caixa 8 657,00 € 17 228,00 € 4 759,00 €
Ativo Não Corrente (2) 41 309 973,00 € 39 303 553,00 € 34 767 239,00 €
Fundo de Maneio (3) -985 888,00 € -2 245 787,69 € -3 399 030,05 €
Inventários 5 944 406,00 € 6 282 930,50 € 7 572 484,50 €
Clientes 10 364 920,00 € 9 095 706,00 € 9 232 965,00 €
Estado e outros entes públicos 452 760,00 € 892 403,00 € 565 376,00 €
Seguros Gastos a Reconhecer 5 095,00 € 40 683,00 € 8 637,00 €
Moldes propriedade cliente Gastos a Reconhecer 26 697,00 € 255 866,00 € 0,00 €
Artigos de Proteção Gastos a Reconhecer 1 478,00 € 1 199,00 € 0,00 €
Artigos de Marketing Gastos a Reconhecer 98 836,00 € 36 715,00 € 0,00 €
Artigos de Oferta Gastos a Reconhecer 2 599,00 € 2 768,00 € 0,00 €
Serviços em Transito 16 225,00 € 7 381,00 € 163 521,00 €
Adiantamentos a fornecedores 93 660,00 € 75 470,00 € 8 201,00 €
Pessoal 12 105,00 € 14 629,00 € 23 321,00 €
Devedores por acréscimos de rendimentos - subsídios 0,00 € 58 265,00 € 76 790,00 €
Necessidades Cíclicas (4) 17 018 781,00 € 16 764 015,50 € 17 651 295,50 €
Fornecedores 7 657 181,00 € 6 906 844,00 € 7 325 506,00 €
Adiantamentos de clientes 11 759,00 € 230,00 € 245 043,00 €
Estado e outros entes públicos 304 745,00 € 285 360,00 € 258 268,00 €
Provisões 35 534,00 € 35 421,00 € 38 062,00 €
Moldes Rendimentos a Reconhecer 168 865,00 € 168 903,00 € 0,00 €
Pessoal 7 069,00 € 2 419,00 € 1 822,00 €
Fornecedores investimentos 827 316,00 € 1 810 062,00 € 2 344 807,00 €
Credores por acréscimos de gastos-Seguros 82,00 € 9 060,00 € 3 867,00 €
Credores por acréscimos de gastos-Férias e subsidios de 1 548 848,00 € 1 413 703,00 € 1 274 378,00 €
férias
Credores por acréscimos de gastos-Comissões 32 421,00 € 33 327,00 € 31 691,00 €
Credores por acréscimos de gastos-Rappel 225 402,00 € 244 873,00 € 0,00 €
Recursos Cíclicos (5) 10 819 222,00 € 10 910 202,00 € 11 523 444,00 €
Necessidades de Fundo de Maneio (6) 6 199 559,00 € 5 853 813,50 € 6 127 851,50 €
Tesouraria Líquida (7) -7 185 447,00 € -8 099 601,19 € -9 526 881,55 €
Tesouraria 2016 2015 2014
Outros créditos a receber 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Diferimentos 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Juros Gastos a Reconhecer 9 335,00 € 46 110,00 € 33 086,00 €
Outros Gastos a Reconhecer 132 928,00 € 55 343,00 € 4 874,00 €
Ativos não correntes detidos para venda 24 309,00 € 24 309,00 € 24 309,00 €
Caixa e depósitos bancários 218 578,00 € 549 480,00 € 574 711,00 €
Devedores por acréscimos de rendimentos - juros 4 090,00 € 0,00 € 0,00 €
Devedores por acréscimos de rendimentos - outros 122 144,00 € 118 230,00 € 10 675,00 €
Outros devedores 131 275,00 € 160 151,00 € 264 695,00 €
Produtos Acabados Variáveis 0,00 € 150 577,50 € 55 890,50 €
Tesouraria Ativa (8) 642 659,00 € 1 104 200,50 € 968 240,50 €
Financiamentos obtidos 6 036 041,00 € 6 069 497,00 € 7 717 980,00 €
Outras dívidas a pagar 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Diferimentos 0,00 € 0,00 € 0,00 €
Outros Rendimentos a Reconhecer 29 421,00 € 19 802,00 € 196 065,00 €
Dividendos 750 000,00 € 560 000,00 € 530 000,00 €
Cobertura de Resultados Transitados 650 264,54 € 1 911 666,25 € 1 705 140,18 €
Credores por Acréscimos de Gastos-Juros 30 380,00 € 37 478,00 € 43 319,00 €
Credores por Acréscimos de Gastos-Fim do mês 2 077,00 € 0,00 € 0,00 €
Credores por Acréscimos de Gastos-Sem conta corrente 31,00 € 0,00 € 0,00 €
Credores por Acréscimos de Gastos-Cartões de Crédito 5 405,00 € 0,00 € 0,00 €
Credores por Acréscimos de Gastos-Pontos 149 866,00 € 75 000,00 € 0,00 €
Credores por Acréscimos de Gastos-Outros 162 775,00 € 204 216,00 € 292 614,00 €
Outros credores 11 846,00 € 326 143,00 € 10 001,00 €
Tesouraria Passiva (9) 7 828 106,54 € 9 203 802,25 € 10 495 119,18 €
Tesouraria Líquida (10) -7 185 447,54 € -8 099 601,75 € -9 526 878,68 €

Demonstração de resultados funcional


Demonstração de Resultados Funcional 2016 2015 2014
Volume de Negócios 49 198 159 46 116 416 42 342 853
Gastos Variáveis Operacionais 23 210 527 22 990 225 22 195 163
Margem de Contribuição 25 987 632 23 126 191 20 147 690
Outros Rendimentos Operacionais 2 831 083 2 282 525 1 762 950
Gastos Fixos Operacionais 23 424 874 21 499 315 18 288 400
Resultados Operacionais 5 393 841 3 909 401 3 622 240
Resultados Financeiros 335 334 447 879 724 442
Resultado antes de imposto 5 058 507 3 461 522 2 897 798
Imposto sobre rendimento 514 648 1 410 47 766
Resultado líquido do período 4 543 859 3 462 932 2 850 032
Analise do equilíbrio financeiro
2016 2015 2014
Equilíbrio a Curto Prazo
OLI S.A. Setor OLI S.A. Setor OLI S.A. Setor
liquidez geral 94,71% 135,42% 88,83% 135,65% 84,56% 127,88%
liquidez reduzida 62,83% 101,84% 57,60% 99,52% 50,17% 91,05%
liquidez imediata 1,172% 15.01% 2,732% 16,86% 2,610% 17.84%
prazo de segurança da liquidez 99,82 - 102,26 - 105,65 -
Fundo de Maneio Tradicional 434259 - 254219 - -1145378 -
Fundo de Maneio Funcional -985888 - -2245787,69 - -3399030,05 -
Necessidade de Fundo de Maneio 6199559 - 5853813,5 - 6127851,5 -
Tesouraria Líquida -7185447 174.023,45 -8099601,19 -151.403,00 -9526881,55 -152.958,65
Operating Cash Flow 0,3504 - 0,2680 - 0,1509 -
Inverso OCF 2,8538 - 3,7316 - 6,6287 -
Cobertura do Passivo com a Caixa 0,3574 - 0,2515 - 0,1839 -
Índice de Qualidade do Volume de Negócios 0,9622 - 1,0132 - 0,9701 -
Índice de Qualidade de Resultados 0,7157 - 0,8183 - 0,5539 -

2016 2015 2014


Equilíbrio a Medio/Longo Prazo
OLI S.A. Setor OLI S.A. Setor OLI S.A. Setor
Cobertura do Ativo Não Corrente 97,61% 125,39% 94,29% 125,90% 90,22% 122,25%
Autonomia Financeira 50,37% 43,64% 43,14% 40,23% 43,09% 39,66%
Estrutura do Endividamento 63,71% 64,55% 61,88% 61,21% 72,47% 65,46%
Peso do Passivo Remunerado 57,11% 49,82% 59,44% 51,97% 59,45% 49,54%
Custo do Endividamento 2,01% 2,66% 2,32% 3,20% 4,01% 4,14%
Pressão Financeira 0,04 - 0,07 - 0,12 -
Período de Recuperação da Divida 2,01 1,382265732 2,77 1,449007891 3,19 1,924262529
101,49
Solvabilidade Geral 77,44% 75,87% 67,31% 75,72% 65,72%
%
279,69
Solvabilidade Reduzida - 199,02% - 275,05% -
%

Ao analisar a liquidez da OLI, S.A tentamos perceber se a mesma tem capacidade para
pagar as suas dividas de curto prazo. A empresa num olhar mais interno apresenta
valores abaixo do ideal (>1) para a liquidez geral(LG), mas com uma tendência
crescente em direção dos ideais gerais. Em comparação com o setor, os valores da
liquidez geral, nos 3 anos em analise, apresentam se abaixo da média do setor, por
exemplo em 2016 a empresa possui uma LG de 94,71% e o setor de 135,42%, uma
diferença de 40,71% desfavorável a empresa. Olhando para a capacidade de satisfazer
os seus compromissos de curto prazo, sem considerar os inventários e ativos biológicos,
os valores internos são consideravelmente bons pois a diferença entre a liquidez geral e
a liquidez imediata é aproximadamente igual á do setor (ver no ficheiro Excel),apesar
dos valores reais serem inferiores aos do setor. Podemos então concluir que a empresa
faz uma gestão eficiente dos seus stocks. Ao olhar para a liquidez imediata da empresa
observamos que a empresa apresenta um nível muito abaixo do setor, tendo apenas
1,172% de liquidez imediata a quando o setor apresenta 15.01%, sinal muito negativo
para a liquidez da empresa que não apresenta margem de tesouraria.

O prazo de segurança tem vindo a diminuir de 105,65 dias para 99,82, o que não sendo
números satisfatórios e o facto de ter tendência negativa não agrada, pois não confere
aos credores que empresa ira saldar as suas dividas.

Fundo maneio funcional fornece uma leitura mais realista da empresa, da sendo ele
negativo existe um fator de risco pois os recursos estáveis são insuficientes para
sustentar os investimentos estáveis.

As necessidades de fundo maneio, que representa os gastos da empresa no


desenvolvimento da sua atividade principal, nos três anos em analise apresenta valores
positivos que sugerem que a sua atividade é sustentada por outra fonte de rendimento
que não é resultante da sua atividade operacional.

A tesouraria líquida que é negativa nos 3 anos e muito abaixo do setor, situação delicada
pois os capitais permanentes são insuficientes para sustentar o ativo fixo e que levam a
uma grande dependência nas operações de tesouraria e risco de não ter capacidade de
satisfazer as obrigações de curto prazo.

Visto que existe uma certa dificuldade ou incerteza quanto ao cumprimento de deveres a
curto prazo passamos a uma análise aos fluxos monetários da empresa

Começamos pelo Operating Cash Flow que representa a percentagem de divida de curto
prazo paga por fluxos de caixa, que tem vindo a aumentar ao longo dos anos, o que é
positivo, e que consequentemente leva também a que o número de anos necessários para
reter fluxos do curto prazo necessários para pagar as dividas de curto prazo venha a
diminuir de 6.6 anos em 2014 para 2.8 anos em 2016.

A empresa mostra melhoria na sua capacidade de pagar divida com fluxo de caixa
gerado pela sua atividade.

Por fim, apresenta um ótimo nível de convertibilidade na cobrança e recebimento dos


clientes e a qualidade de resultados não se apresenta tão positivo como o índice de
qualidade do volume de negócios, tendo o seu melhor resultado no ano 2015 com
81.83%, seguido do ano 2016 com 71.57% e por fim 2014 com 55.39%.

Concluímos então que a OLI, S.A se encontra em equilíbrio a curto prazo em 2016, mas
que em 2015 e 2014 a empresa não era capaz de responder as suas obrigações de curto
prazo. Isto deve se ao risco formado pela sua atividade não ser sustentado por capitais
permanentes, visto que o fundo de maneio é negativo, mas existe a obvia melhoria entre
o ano 2016 e os anos 2015 e 2014, passado de -3399030,05(2014) e -2245787,69(2015)
para -985888(2016) . Ficando então dependente da sua geração de fluxos, que se pode
observar em 2016 é ótimo e faz com que a empresa seja capaz de solver as suas dividas
e sustentar o seu ativo, obtendo equilíbrio. Em 2015 e 2014 com um pobre Operating
Cash Flow e baixa cobertura do passivo com a caixa fazem nos concluir que não é
capaz de saldar as suas dividas de curto prazo, nem através dos seus capitais
permanentes nem através da geração de fluxos monetários.

Em relação ao medio/longo prazo procuramos saber se a empresa é capaz de sustentar


ou de alcançar o equilíbrio de curto prazo no futuro.

A apresenta uma cobertura do ativo não corrente, onde o valor mais baixo é do ano
2014 com 90,22%, mas que tem vido a subir aproximando se cada vez mais de 100%,
ficando abaixo do ideal e abaixo do setor que tem andando próximo dos 125%.

Apresenta uma autonomia financeira suprior ao setor, que se encontra entre os 43,09% e
50,37%, o que parece ser um excelente grau de autonomia financeira.

Quanto á estrutura do endividamento os valores são muito próximos do setor, e


próximos de 63,71% na empresa e 64,55% no setor, sendo valores um pouco elevados.

O peso do passivo remunerado é maior comparado com o do setor nos 3 anos, atingido
valores de 57,11% em 2016, 59,44% em 2015 e 59,45% em 2014, aumentado o risco da
empresa.

O custo de endividamento é inferior ao do setor e da rendibilidade do negócio, logo não


apresenta fator de risco para a empresa.

O valor da pressão financeira é um valor muito baixo o que significa que os gastos
financeiros não consomem muito resultado operacional.

O período de recuperação da divida tem vindo a diminuir, passado de 3,19 anos em


2014 para 2,01 em 2016, mas ainda é superior ao setor mas, 2,01 anos não deixa de ser
um bom indicador de equilíbrio.

A solvabilidade geral dos resultados é ótima em 2016 sendo a mesma superior a 100%,
mas em geral, a solvabilidade sempre superior ao setor o que significa grande
capacidade de fazer face aos passivos através do capital próprio.

Concluímos então que a entidade possui capacidade para sustentar o equilíbrio de curto
prazo no futuro visto, que a empresa tem vido a realizar um trabalho continuo no
alcance ao equilíbrio de curto prazo em 2016, através da melhoria da sua resposta a
dividas de longo prazo podendo acumular recursos de um ano para o outro, utilizando
esse excesso para diminuir o fundo de maneio.
Análise do risco
2016 2015 2014
Índices
OLI S.A. Setor OLI S.A. Setor OLI S.A. Setor
Variação dos resultados operacionais 42,62% 7,58% 8,24% 23,82% 29,83% 41,14%
Volume Negócio critico 44346506 - 42872229 - 38435326 -
Margem de segurança 9,86% - 7,03% - 1,000 -
Grau de Alavanca Operacional 2,85 - 3,51 - 3,36 -
Grau Alavanca da Atividades de Financiamento 1,07 1,22 1,13 1,3 1,25 1,5
Grau de Alavanca da Restantes Atividades
1,69 1,84 1,68 1,84 1,66 1,84
Financeiras
Grau de Alavanca Combinado 5,14 7,29 6,68 6,75 6,95 8,86
Z-Score 1,64 - 1,40 - 1,34 -
Fator de Insolvência 1,94 - 1,64 - 1,54 -

A empresa tinha vindo a apresentar uma flutuação de resultados operacionais inferior ao


mercado, mas neste último ano teve uma flutuação maior (a larga margem), sendo que
se pretende uma variação baixa que significará um menor risco a empresa, em
comparação, andava a apresentar bons valores e só “quebrou” este ano. Respeitante ao
Graus de Alavancagem em todos eles a empresa tem valores mais baixos que o setor o
que é um sinal positivo pois representa um menor risco associado a empresa.
Avaliando isoladamente os valores obtidos pela empresa, o GAO em todos os anos é
superior a um o que a situação mais comum; no GAF o valor também ele se apresenta
superior a um o que significa que a divida tem impacto e gera valor na empresa; o
GAAF segue também a tendência dos anteriores e está sempre superior a 1.

Segundo o resultado obtido no Z-Score a empresa apresenta incerteza quanto á


probabilidade de falência o que não é dos melhores cenários, mas, no entanto, tendo em
conta o Fator de Insolvência a empresa está numa situação de solvência o que este sim
já é um bom sinal.
Análise do desempenho e crescimento

Rendibilidade
2016 2015 2014
Índices OLI OLI OLI
Setor Setor Setor
S.A. S.A. S.A.
7,33
Rendibilidade do Capital Próprio 15,30% 6,61% 14,04% 12,39% 4,69%
%
Efeito da Atividade de Exploração no RCP 0,159 0,08 0,122 0,08 0,125 0,07
Efeito das Atividade de Financiamento no RCP 1,797 1,87 1,882 1,9 1,702 1,68
Efeito das Restantes Atividade Financeiras no RCP 0,570 0,54 0,556 0,54 0,539 0,54
Efeito Fiscal no RCP 0,898 0,82 1,000 0,85 0,984 0,72
Rendibilidade Líquida do Volume de Negócios 0,092 - 0,075 - 0,067 -
Rendibilidade Operacional do Volume de Negócios 0,110 - 0,085 - 0,086 -
Rendibilidade Operacional do Ativo 0,091 - 0,068 - 0,067 -
Rendibilidade Social 0,302 - 0,295 - 0,284 -
Coeficiente do Valor Acrescentado da Rendibilidade Social 0,291 - 0,289 - 0,274 -
Intensidade de Capital por unidade de venda da Rendibilidade Social 0,966 - 0,979 - 0,966 -

Rendibilidade do capital próprio esta constantemente superior ao setor. Sendo que os


efeitos da atividade de exploração e do efeito fiscal são mais significativos para a
obtenção desse resultado do que no setor. Tendo em conta que a empresa até apresenta
menores níveis de alavancagem e até de flutuação de resultados operacionais (á exceção
do último ano) em relação ao setor podemos considerar que os níveis de rendibilidade
da empresa são bons.

Atividade
2016 2015 2014
Índices
OLI S.A. Setor OLI S.A. Setor OLI S.A. Setor
Rotação do Ativo 0,826 0,79 0,800 0,75 0,789 0,76
Prazo Médio de Recebimentos 76,897 109,47 71,990 109,91 79,589 108,67
Prazo Médio de Pagamentos 90,681 101,69 82,631 104,61 93,905 110,56
Prazo Médio de Rotação do Inventário 102,379 112,79 104,874 125,38 129,603 131,02
Prazo Médio de Rotação do Inventário de Matérias-Primas e
53,416 - 57,972 - 79,231 -
Mercadorias
Prazo Médio de Rotação do Inventário de Produtos Acabados 23,492 - 27,280 - 28,494 -
Ciclo Financeiro 88,596 120,57 94,233 130,68 115,287 129,13
VAB% Produção 0,369 - 0,392 - 0,424 -
VAB% Ativos Não Financeiros 0,704 0,62 0,697 0,56 0,778 0,58
VAB% Gastos Pessoal 1,748 1,58 1,815 1,57 2,009 1,53

Os valores da Rotação do Ativo estão superiores ao setor, mas não se distanciam muito
do mesmo. Tem um prazo médio de recebimentos inferior ao longo dos três anos o que
se pode considerar vantajoso, no entanto também tem um prazo médio de pagamentos
constantemente inferior. Sendo que o Prazo Médio de Recebimentos se encontra abaixo
do de Pagamentos a empresa está numa situação dita normal e com segurança neste
sentido. Apresenta também uma rotação de inventário mais rápida ao longo dos anos em
análise. Podemos então constatar através do Ciclo Financeiro que este mesmo ciclo é
inferior ao do setor em todos os anos, algo que já se conseguia perceber “a olho” através
dos indicadores anteriores. A empresa apresenta ainda Valores Acrescentados Brutos
superiores ao do setor tanto tendo em conta os Ativos Não Financeiros como com os
Gastos com o Pessoal.

Criação de Valor
2016 2015 2014
Índices
OLI S.A. Setor OLI S.A. Setor OLI S.A. Setor
4030380,489 - 2880692,270 - 2433498,112 -
EVA (Economic Value Added)
4579145,071 - 2880692,270 - 2493205,488 -
Margem de Contribuição Residual

A empresa um EVA positivo o que significa que para além de gerar resultados a
empresa ainda financia totalmente os seus investimentos e gera valor adicional.

Tendo em conta a Margem de Contribuição Residual podemos concluir que tendo em


conta apenas atividade principal da empresa a empresa continua a gerar valor e até
estabelece em valores superiores.

Crescimento
2016 2015 2014
Índices
OLI S.A. Setor OLI S.A. Setor OLI S.A. Setor
Pay-out Ratio 0,123 - 0,153 -
Taxa de Crescimento Sustentável (g) 0,147 - 0,116 -  
Variação do Volume de Negócios 0,067 - 0,089 -

A empresa apresenta um excedente financeiro e poderia ter crescido mais do que


efetivamente cresceu nos anos de 2015 e 2016.

Mercado
2016 2015 2014
Índices
OLI S.A. Setor OLI S.A. Setor OLI S.A. Setor
Price-Earning Ratio (PER)
Taxa de Capitalização
     
Rendimento em Dividendos
Price to Book Value
A empresa não se encontra cotada em bolsa por tanto não se consegue (nem faria
sentido) calcular os índices respeitantes ao mercado.

Conclusão

Em conclusão a empresa OLI- Sistemas Sanitários, SA encontra se numa


situação de financeira bastante positiva no seu setor. A entidade apresenta
um equilíbrio financeiro a medio/longo prazo fazendo com que conquiste
ano apos ano o equilíbrio a curto prazo. O risco não é muito e sempre a
baixo do setor, só há de ter em atenção a variação do Resultado
Operacional. Quanto à rendibilidade, encontra se sempre acima do setor e
tendo em conta o risco que até estava abaixo do setor a relação entre risco e
rendibilidade está notoriamente melhor.

Sugestões para o Futuro

Para sugestões de melhoria no futuro, é aconselhado ao nível do equilíbrio


de curto prazo que se melhor a liquidez imediata, pois é um valor muito
abaixo do setor através do aumento do fundo fixo de caixa. Para o
equilíbrio de medio/longo prazo ter em atenção o passivo remunerado que
possui muito peso, que acaba por ter muitos efeitos negativos porque os
seus custos são reduzidos, mas se os mesmos agravam podem vir a ser um
problema.

Quanto ao risco pede se atenção a flutuação dos resultados operacionais.


E por último, sugerimos uma maior procura por um crescimento efetivo
pois a empresa tem condições para tal.
Webgrafia
https://www.oli-world.com/pt/

https://www.bportugal.pt/

http://pages.stern.nyu.edu/~adamodar/

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