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Exercício 3: Linguagem culta e

linguagem popular

Profa.: Disciplina: Análise de Assunto


Gercina Ângela de Lima
Código: OTI-073

Curso / Turno:
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Exercício 2: linguagem culta e linguagem popular

Tô grilado. (gíria, limite da língua popular)

A LÍNGUA pode ser definida como um código formado por signos (palavras), e leis combinatórias,
usados por uma mesma comunidade. Quanto maior o domínio que temos da língua, maior é a
possibilidade de um desempenho linguístico eficiente. Segundo Ferdinand Saussure, ela “é a parte
social da linguagem, exterior ao indivíduo, que, por si só, não pode nem criá-la nem modificá-la; ela
não existe senão em virtude duma espécie de contrato estabelecido entre os membros da
comunidade. ”
Ainda de acordo com Saussure, a FALA “é sempre individual e dela o indivíduo é sempre senhor.
A língua é necessária para que a fala seja inteligível e produza os seus efeitos; mas esta é necessária
para que a língua se estabeleça historicamente, o fato da fala vem sempre antes. ”
Uma língua não é estática, imutável; pelo contrário, como afirma o linguista Saussure: “Todas as
partes da língua estão submetidas à mudança; a cada período corresponde uma evolução mais ou
menos considerável”. Com o passar do tempo, vão ocorrendo várias transformações fonéticas,
evoluções nas regras gramaticais, mudanças de significação, palavras que desaparecem, outras que
são criadas. Um exemplo é o trecho da crônica de Carlos Drummond de Andrade lido acima.
Existem basicamente duas modalidades de língua, ou seja, duas línguas funcionais:
1) Língua funcional de modalidade culta ou língua padrão, que compreende a língua literária,
tem por base a norma culta, forma linguística utilizada pelo segmento mais culto e influente de uma
sociedade. Constitui, em suma, a língua utilizada pelos veículos de comunicação de massa
(emissoras de rádio e televisão, jornais, revistas, painéis, anúncios, etc.), cuja função é a de serem
aliados da escola, prestando serviço à sociedade, colaborando na educação, e não justamente o
contrário;
2) Língua funcional de modalidade popular ou língua cotidiana, que apresenta gradações as
mais diversas, tem o seu limite na gíria e no calão. Sendo mais espontânea e criativa, se afigura mais
expressiva e dinâmica. Temos, assim, à guisa de exemplificação:
Estou preocupado. (norma culta)
Tô preocupado. (língua popular)
Tô grilado. (gíria, limite da língua popular)

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(Fonte: Renata Valente F. Vilela, UNINOVE, 2011)

1) A partir do exposto, coloque um “X” quanto à linguagem utilizada para cada circunstância:

a) Aula universitária, conferências, sermões: x Culta □ Popular


b) Conversa entre amigos ou em família: □ Culta x Popular
c) Discursos políticos: x Culta □ Popular
d) Programas culturais e noticiários de TV ou rádio: x Culta □ Popular

e) Novelas de rádio e televisão: □ Culta x Popular


f) Comunidades científicas: x Culta □ Popular
g) Conversas e entrevistas com intelectuais a propósito de temas científicos ou artísticos: x Culta □
Popular
h) Narrações de esportes: □ Culta x Popular
i) Expressão de estados emocionais, confissões, anedotas, narrativas: □ Culta x Popular

3) Reescreva, usando o nível culto, as expressões do nível informal destacadas nas frases:
1. Você não aproveita as oportunidades. Ainda vai ficar a ver navios. Ser enganado, ludibriado,
ver suas expectativas saírem frustradas e ficar desiludido.

2. Pode tirar o cavalo da chuva, que não irá a festa. Desistir de alguma coisa, abandonar
pretensões, perder as ilusões.

3. Que pressa! Parece que vai tirar o pai da forca. Estar com muita pressa; com afobação; com
açodamento.

4. Xi!!! Você embarcou em canoa furada. Negócio, tentativa, empreendimento, atividade etc. que
parece destinado a fracassar.

5. Não estudou nada. Vai dar com os burros n’água nesta prova. Não ter sucesso em uma
empreitada; ter prejuízo em algum negócio; sair-se mal em algo.

6. Você vai ficar boiando. Não entender, não acompanhar.

7. Eles sabem com quantos paus se faz uma canoa. Mostrar poder, conhecimento ou autoridade,
em confronto e contraponto com outra pessoa / Dar uma lição ou um corretivo em alguém.

8. Ele joga verde pra colher maduro. Usar de perguntas hábeis para que alguém revele algo que se
quer saber.
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9. Ele saiu para tomar a fresca. Sair para o ar livre para refrescar-se ou para pensar, para acalmar
o pensamento.

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