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Patologias Associadas
às Deficiências
Nutricionais
Dr. Jean Carlos Fernando Besson
Continuando os estudos na disciplina de Patolo- do câncer e AVC?”. Elô responde: “Nossa, eu não
gia, Alexander e Eloá se reuniram para discutir os tenho a menor ideia! Vamos ler este capítulo e
principais aspectos relacionados aos fenômenos responder nossas perguntas com urgência, antes
de hipo e hipervitaminose. A professora Maíra da aula da Professora Maíra”.
apresentará um novo conteúdo na próxima aula, A origem patogênica das doenças de base
então eles se adiantam e iniciam os estudos sobre vinculadas à deficiência nutricional estão inti-
esse conteúdo. mamente relacionadas à drástica depleção dos
Antes de iniciar a leitura, Alexander pergun- nutrientes, principalmente, dos nutrientes cha-
ta para Eloá: “você sabe quais são as principais mados de “essenciais”. Quando tais moléculas não
manifestações clínicas que o nosso organismo estão sendo disponibilizadas de forma efetiva,
estabelece quando ocorre a perda ou o acúmulo como potentes substratos para as nossas células,
de moléculas necessárias para a manutenção e surgem, então, as deficiências nutricionais que
equilíbrio do nosso metabolismo basal? Quais podem estar associadas à redução ou falta desses
seriam as principais causas dos quadro clínicos nutrientes em nossa dieta. Tal diminuição está
de hipo e hipervitaminoses? Será que existem associada a inúmeros fatores, entre os principais,
muitas doenças relacionadas aos déficits das vi- estão: alterações ambientais e teciduais, relaciona-
taminas hidrossolúveis?”. Eloá responde pronta- das à caquexia observada no crescimento tumo-
mente: “não sei dizer, Alex! Eu acredito que tanto ral, inanição, quadros de hipertensão e obesidade
o excesso quanto a falta de vitaminas podem abrir estão relacionados com a formação de placas de
precedentes para várias doenças”. ateroma, que contribuem para o estabelecimen-
Ela, também, pergunta para o colega: “você to de um acidente vascular cerebral (AVC) e de
perguntou sobre as doenças associadas aos dé- diabetes mellitus tipo II.
ficits das vitaminas hidrossolúveis, e, no caso A drástica redução na concentração de mine-
das lipossolúveis, será que o déficit delas causam rais associadas à evolução clínica de hipo e hiper-
doenças muito mais graves, Alex? E o excesso vitaminoses contribuem demasiadamente para o
dessas vitaminas, o que será que causa em nosso desenvolvimento das alterações metabólicas asso-
organismo? E no caso das deficiências dos mine- ciadas ao mal funcionamento metabólico basal. A
rais, o que elas causam?”. Ele responde que acre- manutenção da homeostase humana é dependen-
dita que a deficiência de vitaminas e minerais te do adequado aporte de energia resultante de
poderia estar associada ao desenvolvimento de reações de oxirredução a partir da metabolização
tumores, entretanto ele não tem certeza. de carboidratos, lipídios e proteínas, levando em
Ele ainda pergunta para a amiga: “Elô, será que consideração a hidratação do indivíduo e do ba-
as deficiências nutricionais estariam relacionadas lanço hidroeletrolítico das células e tecido. Nesse
diretamente com a deposição de gordura no in- cenário, uma pessoa saudável manterá o equilí-
terior dos vasos? O que seria inanição? Será que brio da sua demanda energética, baseado em suas
um indivíduo obeso apresenta hipervitaminose? demandas em quilocalorias por dia, mantendo
Quais são as causas do desenvolvimento da hipe- estável o seu peso, evitando o desenvolvimento
rinsulinemia e da hiperlipoproteinemia? Quais das doenças de base citadas anteriormente.
seriam as principais alterações nutricionais que Você já se perguntou quais são os eventos
estariam relacionadas com o desenvolvimento celulares, bioquímicos e moleculares associados
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UNIDADE 8
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UNIDADE 8
Descrição da Imagem: a figura apresenta duas fotografias, (a) e (b). A figura (a) está do lado esquerdo; nela, é possível visualizar
parte do tronco de uma mulher grávida, com um vestido rosa e as mãos segurando a barriga, a mão esquerda está na parte superior,
próxima aos seios, e a mão direita está na parte inferior, próxima à virilha. A imagem (b) está do lado direito; nela, é possível visualizar
uma mulher, com cabelos pretos e presos, com um vestido listrado. Ela está sentada sobre uma cama com lençóis brancos e está
amamentando um bebê, que veste um macacão branco.
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Descrição da Imagem: na imagem, é possível identificar o útero e dois ovários, o do lado esquerdo está saudável e apresenta tamanho
normal e coloração rosa. No lado direito, apresenta um tamanho aumentado e cor vermelha, indicando aumento da vascularização.
Figura 4 - Anorexia
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UNIDADE 8
Descrição da Imagem: na imagem, é possível observar um grupo de adipócitos que formam o tecido adiposo branco. Aproximadamente,
quinze células transparentes contém lipídios intracelulares que conferem a cor amarela e núcleo periférico, representado na cor preta.
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Ilhotas pancreáticas
Pâncreas
Ilhotas beta
pancreáticas
Fibras secretam insulina
musculares
Insulina
Descrição da Imagem: na imagem, é possível identificar, no quadrante esquerdo superior, a representação do pâncreas. No quadrante
superior direito, o pâncreas foi ampliado, e as ilhotas beta pancreáticas secretoras de insulinas são apresentadas; e, paralelamente, no
quadrante inferior da imagem, é possível observar a secreção e liberação de insulina a partir da ilhota beta pancreática. No quadrante
inferior esquerdo, a insulina produzida anteriormente está se ligando às fibras musculares estriadas esqueléticas.
b) Diabetes mellitus tipo 2 (DM2): o estado diabético é agravado pelo extensivo aumento
do tecido adiposo, contudo a redução do peso melhora o quadro clínico do DM2 (Figura 7)
(MOHAN, 2010).
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UNIDADE 8
Normal Diabético
Descrição da Imagem: a imagem apresenta uma ilustração sobre o diabetes mellitus tipo 2. Na parte superior da imagem, do lado
esquerdo, está escrito “Normal”; abaixo, há o desenho de um pâncreas na cor amarela; do lado direito desse pâncreas, está escrito
“Pâncreas produz insulina”; abaixo dele, há o desenho de várias estruturas em forma de feijão na cor verde e bolinhas na cor azul; do
lado esquerdo dessas bolinhas, está escrito “Glicose”; um pouco mais abaixo, essas estruturas se juntam; do lado direito dessa junção,
está escrito “Insulina estimula a entrada de glicose na célula”; abaixo há o desenho de estruturas quadradas na cor bege rosada com
um círculo marrom no centro, representando as células. Na parte superior da imagem, do lado direito, está escrito “Diabético”; abaixo,
há o desenho de um pâncreas na cor amarela; do lado direito desse pâncreas, está escrito “Pâncreas produz menos insulina”; abaixo
dele, há o desenho de quatro estruturas em forma de feijão na cor verde e, abaixo, várias bolinhas na cor azul; do lado esquerdo dessas
bolinhas, está escrito “Mais glicose no sangue”; um pouco mais abaixo, três dessas estruturas se juntam; do lado direito dessa junção,
está escrito “Insulina estimula a entrada de menor quantidade de glicose na célula”; abaixo, há o desenho de estruturas quadradas na
cor bege rosada com um círculo marrom no centro, representando as células.
Figura 8 - Hipertensão
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Figura 10 - Hipertensão
Descrição da Imagem: na imagem, é possível identificar o desenvolvimento de uma placa de ateroma resultando em aterosclerose. Da
esquerda para direita, observam-se quatro vasos sanguíneos. O primeiro está totalmente saudável; o segundo com início de deposição
de gordura e, consequentemente, formação de placa de ateroma na túnica íntima do vaso, especificamente, no seu lado esquerdo. No
terceiro vaso, a placa de ateroma compromete um terço da luz do vaso; ao passo que, no quarto vaso, a placa de ateroma compromete
dois terços da luz do vaso, ou seja, o vaso está quase totalmente ocluído por gordura.
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UNIDADE 8
Descrição da Imagem: na imagem, é possível observar dois fígados. O do lado esquerdo apresenta morfologia normal, coloração
vermelha e está saudável. O do lado esquerdo apresenta cirrose hepática, está inchado e cheio de gordura, exibindo cor ocre.
Figura 12 - Colelitíase
Desenvolvimento de placa de ateroma
Descrição da Imagem: na imagem, uma mão, vestindo luva em vaso sanguíneo.
azul, segura uma lupa, ampliando a vesícula biliar, a qual
apresenta coloração vermelha, com projeções amarelas e
verdes indicando a formação dos cálculos biliares.
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A apneia obstrutiva do sono (AOS) afeta cerca de 10 a 50% das crianças com obesidade. Recentes
estudos evidenciam que a circunferência do pescoço (CP) e a relação pescoço-altura (RPA) podem
indicar a AOS.
Fonte: adaptado de Katz et al. (2021).
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UNIDADE 8
Figura 15 - Osteoartrite
Descrição da Imagem: na imagem, é possível observar o desenvolvimento de osteoartrite. Da direita para a esquerda, são representa-
dos quatro estágios de evolução da doença. Na primeira imagem, a articulação e os ossos apresentam aspecto saudável, evidenciado
pela ausência de inflamação. Na segunda e terceira imagens, a inflamação afeta, gradativamente, a cartilagem articular, e a coloração é
alterada: do branco para um tom de vermelho claro. Na última imagem, observa-se a inflamação completa da articulação e dos ossos,
indicando alterações morfológicas e de coloração indicadas pelo tom vermelho escuro.
Figura 16 - Subnutrição
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A respeito do estado de inanição, podem ocorrer alterações metabólicas, dentre elas, destaca-se a
redução da absorção de glicose pelos músculos com o intuito de manter as necessidades metabólicas
de tecidos independentes de insulina durante o jejum, especialmente, o cérebro, as células sanguíneas
e renais, as quais consomem apenas glicose. Como os músculos dependem de insulina, entretanto,
gradativamente, eles utilizam esse hormônio para auxiliar a liberação gradativa de glicogênio estoca-
do no fígado e, consequentemente, manterão o nível de glicose normal no sangue (MOHAN, 2010).
Os estoques de proteínas e os triglicerídeos do tecido adiposo contribuem de forma significativa
para a manutenção energética por cerca de três meses em uma pessoa. A proteólise disponibiliza
aminoácidos que atuam como combustível para a gliconeogênese hepática, mantendo as demandas
energéticas dependentes de glicose para o cérebro. Contudo, tal processo ocasionará o desequilíbrio
de nitrogênio associado à alta demanda de excreção de compostos de nitrogênio, especialmente, a
ureia (MOHAN, 2010).
Com uma semana de inanição, a proteólise é reduzida, e o tecido adiposo é convertido em ácidos
graxos e glicerol. Os ácidos graxos são transformados em corpos cetônicos no fígado, sendo, dessa
forma, consumidos em diversos tecidos, com a finalidade de substituir a glicose no cérebro. Quando a
inanição é perpetuada por longos períodos, após consumo total das reservas de gordura do organismo,
ocorre a morte (MOHAN, 2010).
As vitaminas são moléculas orgânicas não sintetizadas pelo organismo. Contudo são essenciais para
a homeostase, conferindo estrutura e contribuindo, de forma positiva, para a manutenção das funções
celulares. Tais moléculas devem ser suplementadas em mínimas doses a partir de fontes animais e
vegetais. O excessivo consumo de álcool pode prejudicar a sua absorção, além disso, a deficiência e o
excesso dessas moléculas podem causar o desenvolvimento de doenças (MOHAN, 2010).
Existem duas classificações principais das vitaminas: as solúveis em água e as solúveis em gordura.
As solúveis em gordura são A, D, E e K, sendo absorvidas no intestino, bem como na presença de
sais biliares. As do complexo B e C, biotina e colina, são hidrossolúveis e absorvidas no intestino
delgado, contudo, após o cozimento, são facilmente perdidas (MOHAN, 2010).
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UNIDADE 8
Figura 17 - Vitamina A
Figura 18 - Vitamina D
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A vitamina E (Figura 19) é absorvida pelo intestino, transportada para o sangue e depositada no
músculo, fígado e tecido adiposo. Os casos de hipovitaminose estão associados à degeneração axonal
em nervos periféricos e neuronal da medula espinal, provocando denervação dos músculos estriados
esqueléticos. Também, pode ocasionar a degeneração pigmentar da retina. Os casos de hipervitami-
noses estão associados a quadros hemorrágicos (MOHAN, 2010).
Figura 19 - Vitamina E
A vitamina K (Figura 20) também é conhecida como filoquinona. A hipoprotrombinemia está asso-
ciada à hipovitaminose desse subtipo de vitamina, e, nesses casos, podem surgir a doença hemorrágica
do recém-nascido, doença hepática difusa (cirrose ou carcinoma hepatocelular), síndrome de má
absorção (pacientes com doença celíaca ou doença pancreática), obstrução biliar (icterícia obstrutiva).
A biossíntese desse tipo de vitamina pode ser prejudicada quando são administrados anticoagulan-
tes. A utilização de antibióticos e sulfas afetam negativamente a atividade da microbiota bacteriana,
impactando negativamente na síntese dessa vitamina (MOHAN, 2010).
Vitamina K Figura 20 - Vitamina K
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UNIDADE 8
Figura 21 - Vitamina C
Figura 22 - Vitamina B1
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A vitamina B2 (Figura 23) é absorvida no intestino delgado e alocada no fígado. Os casos de hipovitami-
nose estão associados ao estabelecimento de lesões oculares (conjuntivite e úlceras da córnea), fissuras
nos ângulos da boca (queilose), glossite (língua vermelha, cianótica e brilhante, decorrente da atrofia
da língua) e dermatite escamosa nas dobras nasolabiais, rosto, vagina e bolsa escrotal (MOHAN, 2010).
Figura 23 - Vitamina B2
A deficiência da vitamina B3 (Figura 24) está associada ao desenvolvimento de “pelagra”, uma doença
que afeta a pele, evidenciando textura áspera, podendo, inclusive, evidenciar dermatite após a expo-
sição ao sol, diarreia e lesões no trato gastrointestinal. Em casos de hipovitaminose, observa-se, tam-
bém, demência resultante da degeneração de neurônios cerebrais e da medula espinal, ocasionando
alterações auditivas e visuais. Em casos de hipervitaminose, podem surgir alterações e rubor facial
(MOHAN, 2010).
Figura 24 - Vitamina B3
As deficiências de vitamina B6 (Figura 25) podem estar associadas à ingestão de medicamentos, alcoo-
lismo e gestação, culminando no estabelecimento de anemia sideroblástica (nível aumentado de ferro),
glossite, queilose, neuropatia, dermatite seborreica, depressão e confusão mental (MOHAN, 2010).
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UNIDADE 8
Figura 25 - Vitamina B6
No caso das hipovitaminoses associadas às vitaminas B9 (Figura 26) e B12 (Figura 27), abrem-se pre-
cedentes para o estabelecimento de anemia megaloblástica em pacientes bariátricos e que apresentam
síntese de DNA celular alterada (MOHAN, 2010).
Figura 26 - Vitamina B9
Ácido fólico
Descrição da Imagem: na imagem, é possível observar a
estrutura química da vitamina B9.
Vitamina B9
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A hipovitaminose relacionada à biotina (vitamina B7, na Figura 28) é considerada rara, acometendo
indivíduos que apresentam erros inatos no metabolismo, especialmente, aquelas pessoas que recebem
nutrientes parentais não associados à disponibilidade de biotina. Nesses casos, são observados alguns
sintomas principais que incluem dermatite seborreica escamosa, alucinações, anorexia e náusea
(MOHAN, 2010).
Figura 28 - Vitamina B7
São conhecidos inúmeros tipos de minerais, os quais, em pequenas doses, são considerados es-
senciais ao nosso metabolismo. Tais substâncias atuam como cofatores enzimáticos, e, entre os
principais subtipos, destaca-se o cálcio utilizado na síntese de vitamina. Quando disponibilizado
em baixas concentrações, contribui para a redução da massa óssea, provocando osteoporose. Por
outro lado, a redução de fósforo promove o estabelecimento do raquitismo. O ferro, por sua vez,
evita o desenvolvimento da anemia hipocrômica microcítica, defeitos neurológicos, fraqueza mus-
cular, anemia e retardo de crescimento. As reduções de iodo, selênio e zinco estão associadas ao
desenvolvimento de cretinismo (deficiência mental), cardiomiopatias e infertilidade, respectivamente.
A redução de fluoreto contribui para a formação de cárie, e a queda de manganês e molibdênio
provoca retardo no crescimento muscular e graves anormalidades neurológicas, respectivamente.
Fonte: adaptado de Mohan (2010).
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UNIDADE 8
Ao estudar esta unidade, você deve ter constatado vários processos fisiopatológicos relacionados ao
excesso ou à falta de nutrientes no equilíbrio homeostático. Tais moléculas, proteínas, vitaminas, lipí-
dios, carboidratos e minerais contribuem para o tratamento das doenças. Contudo, reduções drásticas
de tais moléculas contribuem para o desenvolvimento de doenças de base.
Nesse cenário, quando o paciente evidencia um simples desbalanço, especialmente, no quadro de
hipo/hipervitaminose, o seu corpo é drasticamente afetado, provocando o desenvolvimento de alte-
rações primárias ou secundárias, as quais estão intimamente relacionadas ao curso de determinadas
doenças ou distúrbios, entre elas, AVC, obesidade, aterosclerose inanição, diabetes mellitus tipo II,
câncer e hipertensão.
Diante disso, é necessário que o organismo possa manter seu equilíbrio nutricional, alterando os
grupos alimentares, associado a outras estratégias de tratamento que incluem a administração de
fármacos, a realização de exercícios físicos e hidratação, com o intuito de manter o equilíbrio homeos-
tático. Dessa forma, o aporte nutricional baseado no consumo equilibrado de carboidratos, gorduras e
proteínas poderá auxiliar na manutenção do peso, evitando o estabelecimento de inúmeras patologias
associadas aos desequilíbrios nutricionais.
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Fecharemos esta unidade ao desenvolver um mapa mental sobre as principais características
relacionadas aos distúrbios/às doenças ocasionadas pelas alterações nutricionais. Para dar uma
mãozinha em sua revisão, convido-lhe a produzir o seu próprio mapa mental, assim você poderá
esquematizá-lo da forma que julgar mais adequada para seus estudos. Dessa forma, você poderá
visualizar, revisar e memorizar todo conteúdo estudado nesta primeira unidade de uma maneira
diferente, colorida e ilustrativa. Então, mãos à obra?
Vitaminas
Hipovitaminoses Hipervitaminoses
ALTERAÇÕES NUTRICIONAIS
Alterações
Minerais Proteínas
Lipídios Carboidratos
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1. Desde os últimos quinze dias, Alana vem, constantemente, evidenciando sangramento nas
gengivas e mucosas, com formação de lesões dentárias e erupções cutâneas. Após realizar
exames de imagem solicitados por um especialista, constatou-se a presença de onze lesões
esqueléticas nos membros superiores. Alana também relata que o seu processo de cicatrização
de feridas está prejudicado e que, anteriormente, alguns exames clínicos evidenciaram uma
profunda anemia associada ao excesso de hemorragias. Com base no caso, indique o tipo de
deficiência que ela apresenta:
a) Deficiência de vitamina A.
b) Deficiência de vitamina C.
c) Deficiência de vitamina D.
d) Deficiência de vitamina E.
e) Deficiência de vitamina K.
2. Roberta acabou de dar à luz. Seu primeiro filho, Henrique, nasceu aparentemente saudável,
mas exames clínicos realizados logo após o nascimento indicaram que o bebê apresentava
a doença hemorrágica do recém-nascido. Em conversa com o pediatra, ele a indagou sobre
algum tipo de tratamento com antibióticos ou anticoagulantes que ela possa ter realizado
durante o período gestacional. Ela afirmou que utilizou tais fármacos, e o médico disse que,
provavelmente, eles afetaram a síntese da vitamina “x”, causando a doença de base do Hen-
rique. Com base no relato de caso, é correto afirma que a vitamina “x” é:
a) Deficiência de vitamina A.
b) Deficiência de vitamina C.
c) Deficiência de vitamina D.
d) Deficiência de vitamina E.
e) Deficiência de vitamina K.
3. Mauricio, 23 anos, pratica triátlon e, recentemente, por conta própria, decidiu realizar su-
plementação de vitaminas sem nenhuma supervisão médica. Muito vaidoso, diariamente,
ele gosta de passar as manhãs livres na piscina de sua casa, com o intuito de manter o seu
“bronzeado” em dia. Entretanto, ele começou a sentir dores nas articulações e nos rins. Após
realizar exames, foi constatado que ele apresenta cálculos renais e osteoporose. Com base
nesse relato, indique que vitamina em excesso causou tais alterações clínicas no rapaz.
a) Vitamina A.
b) Vitamina C.
c) Vitamina D.
d) Vitamina E.
e) Vitamina K.
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