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Biologia - 1ª Série 01 e 02.

Material de estudo para a avaliação presencial – Av1 do 4º Bimestre.


Av1 (Quarta-feira - 19/10, no anexo da Escola Raymundo Sá).

Profª. Thaís Nobre.

Biologia

ATENÇÃO!

ORIENTAÇÕES:
1. Faça a leitura atenta do texto, estude
¨de verdade” (uma boa alternativa é
fazer resumo ou ir marcando os
pontos mais importantes, sempre
pesquisando o que você não conhece).
2. Esse conteúdo será cobrado na prova
presencial do próximo dia 19/10,
serão 5 questões com 4 alternativas
para cada componente curricular.
3. Por enquanto, não tem atividade, é
para priorizar o estudo para a
avaliação.
4. Se tiver alguma dúvida, me envie via
whatsApp, no pv. Responderei o mais
breve possível.
5. Horário de atendimento é o horário
de aula, de 7:00h as 11:15h.

6. Bom estudo!
1. Nutrição e saúde
Você certamente já ouviu falar que a boa saúde está relacionada à alimentação balanceada, com quantidades adequadas
de carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e sais minerais. Por que essas substâncias têm papel tão importante para
nossa saúde? Tais substâncias são chamadas nutrientes, necessários para que as células do organismo humano possam
realizar suas tarefas, inclusive a de repor as células que vão morrendo.
Os carboidratos são, em sua maioria, fonte de energia. No processo de respiração celular, a glicose é utilizada na produção
de adenosina trifosfato (ATP), a molécula que possibilita às células a obtenção rápida de energia.
As proteínas exercem variadas funções; entre seus vários tipos, podemos citar as enzimas, os anticorpos, as proteínas
contrácteis dos músculos e a maioria dos hormônios.
Os lipídios são constituintes das membranas celulares, estão envolvidos na produção de certos hormônios e estão
associados ao aproveitamento de algumas vitaminas pelo organismo, entre outras funções.
O excesso ou a falta desses nutrientes no organismo pode causar danos à saúde. Esses efeitos estão resumidos a seguir de
forma bastante simplificada, e os comentários feitos não se referem a pessoas com restrições alimentares e
acompanhamento médico, como é o caso de pessoas diabéticas.
1.1 Tipos de nutrientes
Carboidratos
Os carboidratos constituem a fonte preferencial de energia pelas células; na deficiência deles, o organismo utiliza lipídios
e proteínas para obtenção de energia. São exemplos de carboidratos usados como alimento o amido, a sacarose (açúcar
comum) e a frutose, presente nas frutas e no mel.
Pessoas que adotam regimes alimentares com restrição de carboidratos
podem apresentar sintomas, como cansaço físico, dores de cabeça e perda
de massa muscular. As restrições alimentares devem ser sempre orientadas
por um nutricionista, para evitar prejuízos à saúde. O consumo excessivo de
carboidratos está relacionado ao aumento das reservas de gordura no
organismo. Quando a glicose não é utilizada imediatamente para produção
de energia, é transformada por diversos tipos celulares em glicogênio, até O pão é fonte de carboidrato na alimentação
humana.
atingir um nível de saturação. A partir de então, a glicose extra passa a ser convertida em gordura pelo fígado e pelo tecido
adiposo.
Proteínas
Você já sabe a respeito da importância das proteínas para as células e para
o organismo humano: enzimas, anticorpos, fibras como o colágeno, a actina
e a miosina são apenas alguns exemplos de proteínas. Você pode imaginar,
então, as consequências da deficiência de proteínas na alimentação. Dos
vinte tipos de aminoácidos que as células utilizam na síntese proteica, alguns
são considerados essenciais, pois não são produzidos pelo organismo e
devem ser obtidos por meio dos alimentos. Carne e outros alimentos de
origem animal (ovos e leite) são fontes completas de proteínas, pois
fornecem todos os aminoácidos essenciais ao corpo humano. Já uma
refeição constituída apenas de vegetais deve ser bem variada, para que todos
Leite e ovos são exemplos de fonte de proteínas.
os aminoácidos essenciais estejam presentes.
Quando um indivíduo consome proteínas em quantidade muito acima daquela recomendada para seu peso e idade, uma
grande proporção será convertida em lipídios. Além disso, pode ocorrer a liberação de proteínas na urina, devido a
alterações no funcionamento dos rins, que, em longo prazo, podem causar insuficiência renal.
Lipídios
A maior parte dos ácidos graxos necessários à síntese de lipídios pelas células pode ser produzida no organismo; existem,
no entanto, ácidos graxos essenciais, que não são sintetizados no organismo e devem ser obtidos pela alimentação. O
ácido linoleico é um exemplo de ácido graxo fundamental na produção dos fosfolipídios, que constituem as membranas
celulares; ele está presente em óleos de origem vegetal.
O colesterol é um lipídio importante na formação das membranas celulares das
células animais, ajudando a garantir sua integridade; também é utilizado na síntese
de sais biliares e pode ser precursor de alguns hormônios, como o estrógeno e a
testosterona. Uma parte do colesterol é sintetizada pelo organismo, principalmente
pelas células do fígado; a outra é obtida pelo consumo de alimentos de origem
animal, que apresentam a chamada gordura saturada. O consumo da gordura
saturada, no entanto, deve ser controlado, pois pode elevar o nível de colesterol no
sangue.
O excesso de lipídios está associado a dietas ricas em gorduras e vem se tornando
um problema de saúde pública em países onde o consumo de alimentos fritos e
engordurados é muito grande. Conforme comentamos anteriormente, o acúmulo de
lipídios no organismo também pode estar relacionado ao consumo excessivo de
carboidratos ou proteínas. A deposição de gordura em excesso pode levar à O azeite, óleo vegetal extraído das
obesidade e acarretar problemas cardiovasculares, como o agravamento da azeitonas, é fonte de ácidos graxos,
aterosclerose (veja o quadro a seguir). como o ácido linoleico.

Vitaminas
As vitaminas são substâncias orgânicas essenciais ao funcionamento das células, sendo necessárias em pequenas doses
diárias. Como regra geral, não são sintetizadas pelo organismo e devem ser adquiridas pela alimentação.
Entre as vitaminas necessárias ao organismo humano, existem as hidrossolúveis (complexo B e C) e as lipossolúveis (A,
D, E e K). As lipossolúveis associam-se a certos ácidos graxos no intestino, o que possibilita sua absorção pelo organismo.
A deficiência na ingestão
de certos lipídios pode
trazer consequências
para a absorção dessas
vitaminas. Dietas
deficientes em vitaminas
estão relacionadas a
sintomas característicos:
são as avitaminoses. O
excesso no consumo de
vitaminas também pode
ser prejudicial à saúde.
Acompanhe, na tabela ao
lado, informações a
respeito de algumas
vitaminas essenciais à
saúde humana.
Sais minerais
Os sais minerais são necessários em
pequenas quantidades diárias, assim como as
vitaminas, e o consumo deficiente ou
excessivo pode acarretar problemas de
saúde. Apesar de “sais minerais” ser um
nome consagrado pelo uso, a maioria dessas
substâncias é absorvida pelo organismo na
forma de íons. A tabela ao lado apresenta a
importância e a fonte alimentar de alguns
sais minerais essenciais à saúde humana.
Especial atenção tem sido dada à falta de
ferro na alimentação, que caracteriza a
anemia ferropriva, quadro que atinge cerca
de 50% das crianças e 20% de adultos no
Brasil. Em crianças, estados graves desse
tipo de anemia podem comprometer o
desenvolvimento cognitivo e, em gestantes,
as consequências podem ser observadas no
feto, que nasce com baixo peso. Há um
acordo entre o Governo Federal e os
produtores para a adição de ferro nas
farinhas de milho e de trigo, que também são
fortificadas com ácido fólico (vitamina B9).
A deficiência dessa vitamina está associada
a problemas no desenvolvimento do feto,
afetando principalmente a formação do tubo
neural.
1.2 Segurança alimentar
A nutrição do ser humano é tema muito presente na mídia e também preocupação constante de instituições governamentais
ligadas à saúde, no Brasil e no mundo. Pesquisas científicas mostram que muitas doenças podem ser evitadas pela
alimentação saudável, que garante a ingestão diária dos nutrientes necessários. A deficiência de determinados nutrientes,
ou subnutrição, torna a pessoa mais vulnerável a diversas doenças. Em casos mais graves de deficiência de nutrientes,
ocorre a desnutrição, que causa sérios prejuízos ao desenvolvimento do corpo, especialmente em crianças, e pode levar
à morte.
Para garantir o direito à nutrição adequada à população brasileira, foi implementada uma política governamental por meio
do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional, cujo objetivo é:
[...] assegurar o direito humano à alimentação adequada e saudável, ou seja, o direito de cada pessoa ter acesso físico e
econômico, ininterruptamente, à alimentação adequada e saudável ou aos meios para obter essa alimentação, sem
comprometer os recursos para assegurar outros direitos fundamentais, como saúde e educação.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia alimentar para a população brasileira. 2. ed. Brasília: 2014, p. 9.

A alimentação saudável começa nos primeiros momentos de vida, pelo leite materno, que contém todos os nutrientes de
que o bebê necessita para se desenvolver e crescer. Os especialistas afirmam que, até os 6 meses de vida, um bebê não
precisa de nenhum outro alimento além do leite materno e, por isso, existem bancos em maternidades públicas que
auxiliam na nutrição dos bebês cujas mães não produziram quantidade suficiente de leite. As campanhas que promovem
o aleitamento materno são ações importantes para oferecer a segurança alimentar no Brasil.
Ao longo da vida, as necessidades nutricionais das pessoas vão se modificando, o que deve refletir em adaptações em sua
alimentação.
A política de Segurança Alimentar e Nutricional considera que os alimentos apresentam não apenas nutrientes, mas
também cor, cheiro, gosto, textura, além do significado social, cultural e emocional. As comidas da região onde você mora
fazem parte de sua cultura. A escolha por determinados alimentos não depende apenas do gosto pessoal ou de costumes
da região, mas também é influenciada pela disponibilidade dos alimentos nos mercados, pelo seu preço e até mesmo pelas
propagandas.
Entender a importância dos alimentos na nutrição de nosso corpo é fundamental
para planejar uma dieta saudável, que respeite os gostos pessoais e as
características culturais da alimentação. É importante lembrar que a palavra dieta
se refere ao tipo e à quantidade de alimentos que uma pessoa ingere por dia. Ela
também é comumente usada para se referir aos regimes alimentares, em que há
restrição na ingestão de certos alimentos. Não se deve acreditar em “dietas
milagrosas” que prometem levar à rápida perda de peso ou ganho de massa
muscular. Regimes devem ser feitos apenas com orientação de médicos e
nutricionistas, para não causarem prejuízos ao corpo. Recomenda-se, como parte
de uma alimentação saudável, fazer pelo menos três refeições por dia (café da
manhã, almoço e jantar), com pequenos lanches nos intervalos. As refeições
devem ser coloridas e saborosas, preparadas com alimentos frescos e variados. Ao
longo do dia, é importante ingerir água tratada, livre de micro-organismos. Para
uma vida saudável, o Ministério da Saúde recomenda também 30 minutos de
atividade física diária, o que ajuda a prevenir diversas doenças e evita o acúmulo
excessivo de gordura no corpo. Segundo a Organização das Nações Unidas
(ONU), cerca de um bilhão de pessoas no mundo vive em condições de fome
crônica e não têm acesso à água em quantidade suficiente e de qualidade para Os especialistas recomendam montar
“pratos coloridos”, ou seja, contendo
beber e preparar alimentos. Esses dois problemas estão conectados; as políticas
alimentos de diversos tipos, incluindo
de segurança alimentar também contêm ações que promovem a redução do variedade de verduras.
desperdício de água e alimentos.
1.3 Contando calorias
A energia liberada por um material ou alimento pode ser medida em calorias (cal). Quanto maior o número de calorias,
mais energia o alimento pode liberar. A maioria dos alimentos apresenta milhares de calorias por grama, usando-se o
múltiplo quilocaloria (kcal ou Cal).
Por outro lado, o gasto de energia de uma pessoa durante a realização de uma atividade também pode ser expresso em
calorias. De modo geral, quando uma pessoa ingere uma quantidade de calorias muito superior àquelas gastas em suas
atividades, a tendência é que seu corpo armazene energia na forma de gordura e aumente sua massa corporal.
A alimentação saudável envolve a escolha de alimentos e das quantidades ingeridas, de acordo com diversos fatores,
inclusive o gasto calórico diário. Observar apenas as calorias ao escolher um alimento não é uma atitude correta. Vamos
comparar, como exemplo, uma bala de goma com uma banana crua. A bala, com apenas 20 gramas, possui 87 kcal, sendo
sua composição praticamente apenas açúcar. Uma banana, por sua vez, possui 89 kcal, mas é rica em proteínas,
carboidratos, vitaminas e sais minerais.
Escolhas inadequadas de alimentos e de suas quantidades pode levar à obesidade, uma doença crônica caracterizada pelo
excesso de gordura no organismo. Uma das formas de diagnosticar a obesidade é pelo valor do índice de massa corporal
(IMC), obtido pela razão entre a massa do corpo (“peso”) e o valor do quadrado da altura do indivíduo. Quanto maior o
IMC de uma pessoa, maior o grau de obesidade e maiores são os riscos de manifestar doenças cardiovasculares e diabete,
que podem levar à morte. Segundo o Ministério da Saúde:
A Organização Mundial de Saúde passou a considerar a obesidade como um problema de saúde pública tão preocupante
quanto a desnutrição. No Brasil, estima-se que 20% das crianças sejam obesas e que cerca de 32% da população adulta
apresentem algum grau de excesso de peso, sendo 25% casos mais graves. A obesidade é um problema sério em todas as
regiões do país [...].
As pesquisas indicam que o número de obesos é maior nas áreas urbanas e que também está relacionado ao poder
aquisitivo das famílias. Quanto maior a renda, maiores são os índices de obesidade ocasionados pelo alto consumo de
alimentos processados (fast food). Em populações de baixa renda, a obesidade pode ocorrer pela falta de informações
sobre nutrição. Além dos hábitos alimentares, fatores genéticos estão envolvidos em muitos casos de obesidade. A
sensação de saciedade resulta da liberação de algumas substâncias em nosso organismo e pessoas com deficiência na
síntese desses mensageiros químicos tornam-se obesas.
O tratamento para a obesidade deve incluir a orientação de médicos, nutricionistas e, muitas vezes, apoio psicológico à
pessoa e sua família.
O comer compulsivo, que pode levar à obesidade, é um transtorno alimentar, assim como a bulimia nervosa e a anorexia
nervosa. Os transtornos ou distúrbios alimentares também se tornaram mais frequentes na população brasileira em décadas
recentes, atingindo principalmente adolescentes e jovens.
A anorexia caracteriza-se pela recusa em comer, geralmente associada à uma distorção da autoimagem corporal e a
preocupação em manter o corpo excessivamente magro. As pessoas com anorexia nervosa apresentam perda de peso e
IMC muito baixo, relacionado ao risco de morte por enfraquecimento muscular, incluindo o coração.
A bulimia é um transtorno no qual a pessoa alterna episódios de compulsão alimentar com métodos para eliminar o
alimento ingerido. A doença pode causar problemas cardiovasculares e no sistema digestório.
Nos transtornos alimentares, é comum que os pacientes passem os dias preocupados com o que vão comer, contanto
calorias e deixando de aproveitar o sabor e o prazer de se alimentar. Por isso, são condições que podem levar à depressão.
Mas existe tratamento, e o primeiro passo é reconhecer o problema e pedir ajuda. Médicos, psicólogos e nutricionistas
podem traçar um plano de recuperação rumo a uma relação saudável com os alimentos.

BOM ESTUDO!

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