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Aula 7 - Animação

O processo de animação

Para se criar uma animação, não basta possuir um computador


com softwares avançados e uma ideia na cabeça. São vários os
passos realizados antes de os roteiros começarem a tomar
forma. Confira quais são esses passos e entenda a
complexidade que envolve a montagem de uma animação com
a qualidade que só a Pixar oferece.

Woody, o cowboy de Toy Story

Fonte: Disney Pixar

Nasce uma ideia

Algum funcionário da empresa tem uma ideia para um filme


(seja de longa ou curta-metragem). Essa ideia é levada ao
conselho da empresa para que sejam avaliadas as
possibilidades comerciais (merchandising é um ponto muito
importante para a Pixar) e artísticas da ideia.

Caso seja aprovada, a ideia é levada às equipes de projetos da


produtora para que sejam elaborados roteiros mais complexos
do que os esboços aprovados. Importante lembrar que a Pixar
trabalha com, no máximo, dois projetos ao mesmo tempo. Por
isso as equipes ficam realmente dedicadas aos filmes.

Ideias sendo discutidas

Fonte: Disney Pixar

Há casos em que um mesmo trecho da história é criado de


várias maneiras diferentes. Todas elas são estudadas e
analisadas profundamente, visando encontrar um modo de
encaixar as cenas perfeitamente. Além de fazer sentido com o
que já ocorreu, é de suma importância que sejam pensadas
maneiras de ater a atenção do público para acontecimentos
posteriores.
Storyboards e dublagem

Antes de qualquer desenho trabalhado e animação em


computadores, os personagens e cenas são esboçados em
storyboards. Desenhados à mão, são como histórias em
quadrinhos que realizam o papel de transição entre roteiro
escrito e animação gráfica.
Mesmo sendo apenas esboços, os storyboards não são nada
pobres artisticamente. A razão disso é que são os storyboards
que darão as instruções mais importantes para os animadores.
Diferenças no humor e na expressão corporal ou facial,
movimentos e até mesmo trejeitos de cada um são
representados nesses storyboards.

Primeiros desenhos

Fonte: Disney Pixar

Algumas empresas são conhecidas por utilizarem atores


consagrados em suas dublagens, o que faz com que o público
identifique-se e seja conquistada pelos personagens mais
facilmente. A Pixar até faz isso em alguns filmes, mas não
utiliza os nomes dos dubladores como carros-chefes das obras.

Todos os atores envolvidos gravam várias vezes as mesmas


linhas de voz, de maneira livre e com várias entonações.
Depois são escolhidas as que ficarem melhores para fazer
parte dos filmes, garantindo ainda mais qualidade e chances de
sucesso para as películas.

Edição e arte iniciais

No Brasil, este passo é chamado de “Monstrinho”. Isso porque


as primeiras edições ainda não trabalham com nada animado,
mas apenas com os sons (trilha sonora e dublagem) e as
imagens do storyboard. Dessa forma, é possível saber se as
histórias funcionam no formato desejado e no tempo definido.

Análise dos desenhos editados

Fonte: Disney Pixar

Após as aprovações anteriores, é necessário começar a colocar


cores nos desenhos. Grande parte deles é feita com pastéis,
pois dessa forma torna-se possível simular a iluminação de
cada cena.
Modelagem e texturização

Com os desenhos coloridos, começam a ser criados os


modelos para a animação. As movimentações são todas feitas
com modelos “aramados”, antes de as texturas serem aplicadas
da maneira que vemos nos cinemas. Segundo a Pixar, há
personagens que chegam a possuir centenas de “dobradiças”
para movimentação e expressão.

Modelos prontos e história definida. Chega a hora de cobrir os


seres de arame com texturas. Os designers obedecem às
ordens dos diretores, que dão suas opiniões acerca das
localizações mais indicadas para cada objeto e também para os
personagens, sempre buscando criar ambientes mais
agradáveis e condizentes com as situações.

Simulando um estúdio

Dentro dos softwares de animação, são criados estúdios


virtuais. É isso que faz com que os filmes da Pixar não sejam
apenas animações com plano estático. Os filmes são feitos
como se fossem criados com atores reais, utilizando closes,
angulações e efeitos que simulam a produção de uma obra
hollywoodiana. 

É por isso que o papel dos animadores é tão importante. Eles


trabalham como se fossem atores e devem coreografar as
cenas para deixar evidentes as expressões e pensamentos dos
personagens. Exemplos clássicos são as expressões corporais
do cowboy Woody, nos filmes “Toy Story”.

Um detalhe importante das animações da Pixar está


relacionado à iluminação individual dos objetos. Todos os
personagens possuem detalhes de luz e sombras individuais,
garantindo mais fidelidade aos cenários e mais realismo às
histórias.
Renderização e finalização

Renderizar um filme não é uma tarefa fácil e é nesse ponto


que surgem os principais computadores da Pixar. Mesmo com
uma enorme ilha de máquinas dedicadas para apenas essa
função, há frames (sim, quadros de 1/24 segundos) que levam
até 90 horas para serem renderizados por completo. A grande
maioria dos frames é mais simples e leva cerca de “apenas”
seis horas para isso.

Por fim, os editores adicionam as vozes, os efeitos e as trilhas


sonoras ao filme. Assim, chega ao fim o processo de animação
da Pixar. Pode não parecer, mas aquelas duas horas em que
estamos nos cinemas representam muitas horas de trabalho de
uma equipe competentíssima.

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