Você está na página 1de 20

VIDEO PARA

TODOS
Bem Te Vi
NCE-ECA/USP
MinC
AULA 8
O projeto audiovisual
Nesta Aula:

O PROJETO
AUDIOVISUAL

Por que Como se


um faz um
projeto? projeto?

3
PRINCÍPIOS
O que é um projeto?
 No sentido literal, projetar é antecipar o futuro, não
só desenhando aquilo que se quer ver realizado,
como prevendo os recursos necessários – dinheiro,
materiais, pessoas e tempo – que serão
empregados nessa realização.

 Antes e tudo, cabe lembrar que estamos falando


de um Projeto de Produção Audiovisual, o que
envolve dois enfoques distintos mas inseparáveis:
a Produção Artística
 a Produção Executiva
Para que ele serve?
 A função de um projeto não é, unicamente a de
organizar na mente de produtor as tarefas que
ele dividirá com sua equipe.
 O projeto é uma peça técnica destinada a
apresentar o filme (ou melhor, a idéia do filme)
para um possível patrocinador ou comprador.
 Ninguém, nos dias de hoje concorda em investir
dinheiro sem antes analisar seriamente uma
proposta bem detalhada e documentada.
 Não é à toa que na maioria dos filmes
comerciais, o nome do produtor executivo
aparece com destaque, sobrepondo-se ao nome
do próprio diretor.
Por que ele é necessário?
Se o argumento da venda de projetos não lhe parece suficiente,
lembre-se de que:
 projetar evita o retrabalho: uma cena mal planejada pode dar
errado e, às vezes, será impossível refazê-la;
 há produções que, após iniciadas, se arrastam por anos a fio,
sempre demandando recursos adicionais e finalizando
(quando conseguem) com um resultado bem inferior ao
esperado;
 a equipe de produção deve confiar no diretor, se ele não
demonstra saber o que faz, vai ser difícil obter compromisso e
um resultado profissional no fim do processo;
 produções profissionais são, antes de tudo, um exercício de
fôlego econômico, ninguém pode viver da arte e nem mesmo
para a arte sem competência para gerir recursos.
ELEMENTOS
TíTULO
O título do projeto corresponde ao do filme.
Dar título a uma obra é sempre um desafio criativo a
ser encarado com consciência e responsabilidade.
Para não errar, é preciso buscar sempre:
 objetividade, evitando o uso de palavras rebuscadas ou
em excesso;
 clareza, evitando trocadilhos ou expressões que não
sejam de uso geral e
 precisão, transmitindo a identidade do filme e evitando
que o espectador incauto alimente falsas expectativas
sobre o seu conteúdo.
CONCEPÇÃO
 No projeto, ela está expressa no argumento ao
qual se agrega também a definição de formato,
linguagem e gênero:
 formato: curta (até 15 min.), média (entre 15 min. e
uma hora) ou longa metragem (maior que 60 min.),
com apresentador, atores (live action) ou animação.
No caso de seriado, informar número pretendido de
episódios e blocos
 linguagem de referência: (pensando no meio de
veiculação): cinematográfica, televisiva, videográfica
ou híbrida (misturando uma e outra);
 gênero e subgêneros: não-ficção (documentário,
jornalístico) ou ficção (drama, comédia, horror, etc.).
OBJETIVOS
 Aqui se apresentam as demandas a que a
produção atende, que podem ser:
 Institucionais, tendo por objeto uma
entidade ou personagem;
 Comerciais, visando explorar um filão
rentável da audiência e garantindo lucro aos
patrocinadores;
 Culturais ou Educativas, disseminando
informações que aumentem o conhecimento
dos espectadores sobre o tema abordado.
JUSTIFICATIVA
 Na qual se apresenta(m) a(s) razão(ões)
pelas quais a produção “merece” ser
realizada.

PÚBLICO-ALVO
 Caracterizado como a audiência potencial que a produção
quer atingir, explicitando faixa etária, e nível sócio-cultural.
A noção de público-alvo está intimamente ligada ao horário
de veiculação (na TV) e ao limite de censura (no cinema).
Desenvolvimento I

 TAREFAS: o passo-a-passo do projeto


deverá ser detalhado, em termos de
a. fases de trabalho,
b. ações a serem realizadas em cada fase e
c. a maneira como isso deverá acontecer.
FASE PRÉ- PRODUÇÃO PÓS-
PRODUÇÃO PRODUÇÃO
O QUE É Compreende Começa com Inicia quando
todas as ações as sessões de as captações já
preliminares ao gravação. foram feitas e
início da hora de editar
captação de o material.
imagens e som.
O QUE Começa com a Direção de Tratamento do
SE FAZ criação do cenas e atores material bruto,
projeto e roteiro, e o trabalhos adição de
arregimentação dos operadores efeitos,
da equipe e a de áudio e legendagem e
reserva de vídeo a dublagem.
locações
Recursos Necessários
 todo os projetos devem contar com uma previsão realista
dos recursos necessários para a sua implementação.
Classicamente, a metodologia de projetos costuma dividir
estes recursos em:
 materiais: expressos na forma de equipamento, bens
consumíveis e outros itens que podem (e devem) ser orçados
em espécie;
 humanos: itens que dizem respeito à organização de pessoas
e divisão das respectivas tarefas. Assim como os materiais
devem ser previstos sempre para mais, deve-se buscar obter
também uma folga de recursos humanos, prevendo-se uma
relação de suplentes para todas as funções importantes.
Desenvolvimento II:
ORGANOGRAMA
A estrutura de produção é uma cadeia hierárquica de funções
centralizada no Diretor, cuja responsabilidade justifica que ele
assuma a autoria do filme.

Produtor

Diretor Roteirista

Operadores Editores Técnicos


Assistentes
Atores de AVI AVI cenógrafo,
de Direção
figurinista, etc.

Maquiador Assistentes
Auxiliares
Cabeleireiro de Edição
de operação
Motorista
Desenvolvimento III: CRONOGRAMA
É essencial acrescentar um item sempre escasso nas produções: o TEMPO.
É para administrá-lo que existe a ferramenta do cronograma.
Mês 1 Mês 2 Mês 3 Mês 4 Mês 5 Mês 6 Mês 7 Mês 8 Mês 9
I. Elaboração preliminar do
projeto e roteiro
II. Apresentação do projeto,
captação de recursos
III.Arregimentação da
equipe, definição de
locações
IV. Reuniões com o elenco,
“afinação” do roteiro
V. Gravações
VI.Edição
VII. Finalização
VIII. Pré-lançamento 
IX. Divulgação
X. Lançamento 
Registro
 É fundamental registrar o trabalho de produção em
todas as suas fases, gerando um “subproduto” que é o
making-off.
 Este filme sobre o filme pode ser um grande auxiliar na
hora de captar recursos para o próximo projeto, e
também como ferramenta para avaliar o processo
desenvolvido e, eventualmente, seus erros.
 Muitas produções aproveitam cenas do making-off nos
trailers, créditos finais ou mesmo em capítulos à parte
dentro de um DVD feito para distribuição no mercado
doméstico.
Fim da Aula VIII
ATENÇÃO:
Não deixe de baixar o caderno
EXERCÍCIOS e responder as questões!

Tenha um excelente curso!

A Coordenação
Fonte
Os conteúdos desta aula foram produzidos
pelos Profs. Drs. Marciel Consani e Paulo
Teles, colaboradores do NCE-ECA/USP.

Para eventual reprodução, solicitar permissão


via e-mail para marcielc@gmail.com e
paulocteles@gmail.com

Você também pode gostar