Você está na página 1de 3

ANOTAÇÕES SOBRE O TEXTO 2: O DEBATE CONTEMPORÂNEO SOBRE OS PARADIGMAS

CONTEXTUALIZAÇÃO

- Déc. 60 (crise dos paradigmas).


- Khun: Construtivismo social X Relativismo (“vale tudo”);
- Escola de Frankfurt;
* Modelos alternativos ao positivismo (“paradigma qualitativo”):
- Pós-positivismo, Teoria crítica e Construtivismo.

1-O “PARADIGMA QUALITATIVO” (DÉC. 80)

- Muitas tradições em um só paradigma;


- pressupostos e metodologias diferentes dentro das tradições;
-Segundo Patton (1986), algumas destas são:
Fenomenologia, interacionismo simbólico, behaviorismo naturalista, etc.
 Dificilmente pode ser considerado paradigma (vastidão de tradições).
- Ele caracteriza o “paradigma qualitativo” como:
Tradição “compreensiva” ou “interpretativa”;
-Visão holística, abordagem indutiva e investigação naturalística;

2-PANORAMA ATUAL

- Tradições possuem métodos distintos;


- Isso gerou preocupação (Conferência dos paradigmas alternativos);
- Egon Guba analisou os 3 paradigmas (Construtivismo, Pós-positivismo e teoria crítica) pelas
suas:
Dimensões ontológica, epistemológica e metodológica.

2.1-CONSTRUTIVISMO SOCIAL

- Influências: fenomenologia e relativismo;


- Método: “Colocar entre parêntesis”;
- Interpretar ações do indivíduo no mundo social;
-Sem objetividade no conhecimento(relativismo);
- Pressupostos de Guba:
Ontologia relativista, epistemologia subjetivista e metodologia hermenêutica.
-Críticas de teóricos críticos:
Não investigação ampla;
Despreocupação com a transformação social (conservadora);
Aproximação do positivismo (“mosca na parede”);
-Críticas dos Pós-positivistas:
Não generalistas;
Autocentrada em seus interesses;

2.2- PÓS-POSITIVISMO
- Forma disfarçada do Positivismo;
- Pode-se escolher entre 2 teorias rivais;
- Questão central: objetividade nas ciências sociais?
- Objetivo não significa “observação pura”;
- Evitar erros grosseiros
- Fundacionismo
- Objetividade ≠ certeza
-Objetividade = aceitação da “tradição crítica”
- Críticas de Guba (desequilíbrios):
Entre rigor e relevância
Entre precisão e riqueza
Entre elegância e aplicabilidade
Entre descoberta e verificação
-Pressupostos de Guba:
Ontologia crítico-realista, Epistemologia objetivista-modificada e Metodologia
experimental/manipulativa modificada.

2.3-TEORIA CRÍTICA:

- Dois sentidos:
Crítica interna.
Ênfase na análise das condições de regulação social.
- Papel da ciência na transformação social;
- Motivação política;
-Questões de desigualdade;
-Compreender redes de poder;
- Questionam dicotomia entre subjetivo e objetivo;
- Considerar contradições;
-Críticas de Guba:
Neomarxismo, materialismo, etc. (termos inadequados);
Pesquisa torna-se um ato político;
Pressupostos de Guba: Ontologia crítico-realista, Epistemologia subjetivista e Metodologia
dialógica.

3- AVANÇOS E PERSPECTIVAS

- Avanços na superação da polarização Quanti X quali:


Diferenciação e diálogo entre eles.
- Persistência de discussões fundamentais entre eles;
- Compatibilistas X não-compatibilistas (acomodação);
- 3 níveis de acomodação: filosófico, comunicação social e pessoal;
- Conhecimento de paradigmas distintos (usar)?
- Acomodação pode ser um problema;

4-CONCLUSÃO

-Pesquisa na educação se mostra complexa;


- No Brasil, destaca-se algumas deficiências:
Pobreza teórico-metodológica, irrelevância de temas escolhidos, aplicabilidade imediata de
resultados e pouco impacto sobre as práticas.
-Adesão crítica a autores da “moda”;
- Não discussão ampla;
- Pesquisa como construção coletiva;
-Crítica como um ponto importante;
- Não há sentido em “paradigma qualitativo”;
- Pesquisas qualitativas (termo certo).

Você também pode gostar