Você está na página 1de 3

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

INSTITUTO DE CIÊNCIA POLÍTICA

PROFESSORA: CELINA PEREIRA


ALUNO: THIAGO HENRIQUE CARVALHO FURTADO
MATRÍCULA: 19/0038560

Controle 3

BRASÍLIA
2021
Thomas Hobbes de Malmesbury em seu livro traça os aspectos estruturais de um
Estado que, segundo o autor, é constituído para livrar o homem de si. Nesse contexto, temos o
estado de natureza, no qual, em um tempo longínquo, todos travavam guerras contra todos,
isso porque, todo ser que vivia em terra tinha direito a tudo e a partir disso para conseguir seus
desejos/direitos era preciso travar guerras contra seus vizinhos. Assim, a única forma de
resolução de tal conflito seria a constituição do Estado. Seguindo, pois, a mesma linha,
Hobbes disserta sobre como advêm a constituição do Estado, então, para tal formação é
preciso observar as Leis naturais que possuem duas vertentes, a procura da paz e a utilização
dos meios para manter a própria paz, visto isso, o ensejo pode ser de eterna perturbação, uma
vez que todos procuram o mesmo fim, por isso a necessidade um contrato, que é a confluência
recíproca de vontades, para que o Estado possa ser o detentor de tudo e providenciar tudo,
eliminado assim os conflitos existentes em dado grupo de pessoas. (HOBBES, cap. XIII – X
IV).
Compactuando com a ideia de ter um contrato, Hobbes discorre sobre quem vai
celebrar tal pacto. Com isso, temos as pessoas que são as que têm suas ações como próprias,
dessa forma, ao fazer um contrato com um soberano criasse um representante, sendo assim, o
próprio representante não apresenta limites em suas ações, uma vez que não pode ser
atingindo pela lei que impõe, pois representa à todos, por causa do contrato outrora feito.
Depois da ideia de constituição e representação de um Estado, o autor fala sobre as causas
que, de forma resumida, são os anseios de sair da condição de guerra que viviam, já que
dentro dessa situação haveria um constante medo de perder, inclusive, a vida. (HOBBES, cap.
XVI – XVII).
Partindo, pois, para outro aspecto, em o Leviatã, Hobbes fala sobre as formas de
conseguir o governo. Difere, assim, em duas; o despótico e o paterno. O primeiro refere-se à
forma de conquista por meio da guerra; já o segundo, é a forma pelo qual o individuo ganha
por causa de sua descendência. Nesse contexto, então, o autor não diferencia a liberdade dos
súditos em cada forma de conquista do governo, isso porque, uma vez que a liberdade é a
condição na qual alguém se encontra sem empecilhos para exercer sua vontade, logo, é
necessário um soberano para que não venha a ter uma guerra de todos contra todos, pois, o
mesmo soberano impediria as possíveis incongruências advindas da liberdade. Noutro giro, é
visto como o Estado se sustenta. Aqui, é posto que o soberano tem que gerir o Estado, por
meio de impostos e afins para que, mesmo em tempos de paz, seja possível prevenir a guerra
contra outros Estados. (HOBBES, cap. XX, XXI e XXIV).
É mister, então, analisar a Lei Civil abordada pelo autor. Sendo, assim, entende-se por
Lei civil aquela que o Estado profere a todos, quer dizer, todos do reino têm que observar os
preceitos ditos pelo Estado, como forma de regulação do que é contra a regra ou não do que é
imposto pelo soberano. (HOBBES, cap. XXVI).
E, por último, temos das formas que o Estado se dissolve ou enfraquece. Nessa parte,
as formas como tais situações acontecem são comparadas as enfermidades humanas, sendo
assim, possíveis de sanar. Tais enfermidades diferenciam-se por advierem ou dos súditos ou
do governante. (HOBBES, cap. XXIX).

Você também pode gostar