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SEMINÁRIO DE LIBRAS

LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS


ALUNO: ISMAEL
PROF.ª LUCÉLIA MIRANDA
Série Pesquisas em Estudos Surdos

• ORGANIZADORA
Ronice Müller de Quadros
• EDITORA
Arara Azul
• A previsão inicial foi lançados quatro
volumes
Estudos Surdos volume I
• Conteúdo
• 9 capítulos com diferentes pesquisar e
todas elas realizado por ouvintes que
trabalha e tem contato com a comunidade
surda.
• Capítulo 5 ............................ 166 a 184
• OUVINTE: O OUTRO DO SER SURDO –
Gladis Perlin e Ronice Müller de Quadros
Capítulo 5 OUVINTE: O OUTRO DO
SER SURDO

• Para os surdos o ouvinte é o outro


• O ouvinte – que outro é esse?
• O ouvicentrismo – centramentos na mesmidade
ouvinte – o ouvinte que não enxerga o outro
surdo
• Reconhecendo a diferença
• Representações do outro ouvinte para os surdos
• O retorno – na vibração cultural
Para os surdos o ouvinte é o outro

• Nós somos o outro para a comunidade surda


devido a esta diferença cultural.
• Para tal é mister que saibamos ver o outro não
apenas como o “o outro”, mas como o “eu-
dele” para ele. Mas claro: significa ver o outro
como ele é na condição de “eu”, ou seja, de
indivíduo próprio, peculiar, semelhante, sim,
mas desigual e não na condição de “outro”,
que é como ele chega até nós. (Rubem Braga)
O ouvinte – que outro é esse?

Há muitos séculos, prevaleceu e


prevalece o conceito de ser surdo como
ser inferior, anormal, deficiente.
O ouvicentrismo – centramentos na
mesmidade ouvinte – o ouvinte que não
enxerga o outro surdo

A experiência vivida, pensada pelo próprio ouvinte é


diferente da vivida e pensada pelo surdo, ela refere-se à
experiência dos outros que tem a ver com essa
responsabilidade ética dos ouvintes, que une com o outro.
“exterminadores”
Reconhecendo a diferença

Um privado de experiências visuais na


perspectiva dos surdos.
Representações do outro ouvinte para
os surdos

Há uma preocupação por parte desses ouvintes


em convencer os surdos de que suas experiências
ouvintes são fundamentais para os surdos.
O retorno – na vibração cultural

• Na verdade, os surdos vivem com os ouvintes,


fazem intercâmbio de conhecimento com eles e
não negam isso. Percebemos sim que os surdos
passam a ser alvo de críticas ao assumirem uma
postura surda, pois as representações do outro
ouvinte continuam neste domínio de superioridade
enquanto “normal” diante do “anormal”. Assim, os
surdos continuam sendo ignorantes e favorece-se
a escravidão e os interesses pessoais.
O retorno – na vibração cultural

•O surdo precisa dar referência aos


significados que constituem sua cultura,
sua naturalidade como um povo e os
aspectos que tornam esse povo diferente
de outro povo. Os surdos, enquanto povo
surdo, têm necessidade da identidade
cultural que identifica a diferença. “Povo
surdo”
Referências

• BAUDRILLARD, Jean. A troca impossível. Rio de janeiro: Nova Fronteira, 2002.


• BHABHA, Homi K. O local da cultura. Belo Horizonte: UFMG, 1998.
• BRAGA, Rubem. O velho tema do Eu do Outro. Crônica.
• FOUCAULT. Michel. Vigiar e punir. Petrópolis: Vozes, 1989. 185
• HOPENHAYN, Martin. Estilhaços de utopia. Vontade de poder, vibração transcultural e
eterno retorno. In LARROSA, Jorge & SKLIAR, Carlos. Habitantes de Babel. Política e
poética da diferença. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2001
• PERLIN, Gladis & QUADROS, Ronice Müller de. O ouvinte o outro do outro surdo. In:
Anais do II Seminário Internacional Educação
• Intercultural, Gênero e Movimentos Sociais. Florianópolis: Fapeu-002, 2003. CD
Room.
• SAID, Edward. Orientalism. London: Routledge, 1978.
• SKLIAR, Carlos B. Palestra proferida na Semana Acadêmica da UFRGS,2002.
• SKLIAR, Carlos Bernardo. Pedagogia (improvável) da diferença: e se o outro não
estivesse aí? Rio de Janeiro: DP&A, 2003.l

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