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PRECIPITAÇÃO

É uma reacção serológica em que os componentes


(antigénio/precipitogeno e anticorpos/precipitinas) precipitam quando
se atinge a sua concentração óptima. Os antigénios multivalentes
combinam-se com os anticorpos bivalentes, para formar malhas
tridimensionais que se agregam e precipitam. Na precipitação o
antigénio é solúvel, diferentemente da aglutinação onde o antigénio é
corpuscular.

Numa reacção in vitro, as proporções em que os antigénios e


anticorpos se misturam determina a composição do precipitado
resultante:

 Na zona de excesso de anticorpos, em que o precipitado contém


mais anticorpos que antigénios, o composto e insolúvel.
 Na zona de proporções óptimas, os locais de combinação são
usados no seu todo e todos os antigénios e anticorpos precipitam
simultaneamente.
 Na zona de excesso de antigénio, menor quantidades de
anticorpos, o precipitado tende a dissolver-se por formação de
compostos solúveis.

Tipos de precipitação
Os testes de precipitação podem ser realizados, quer com os reagentes
incorporados num agar, quer não.

1. Imunodifusão simples (técnica de Oudin)


A prova realiza-se em tubos e o anticorpo e incorporado no agar
(mistura de agar e antisoro). Em casos positivos, forma-se uma linha de
precipitação cuja posição esta directamente relacionada com a
concentração do antigénio e o seu coeficiente de difusão. A técnica
designa-se imunodifusão simples designa-se imunodifusão simples
porque apenas um dos componentes se difunde ao encontro do outro.

2. Imunodifusão dupla em tubo (técnica de Oackley)


Ambos reagentes estão incorporados no agar e a precipitacão da-se
entre as duas zonas de precipitação.

3. Imunodifusão radial simples (técnica de Mancini)


O teste e realizado geralmente em lâminas. O agar ao qual esta
incorporado o soro e deitado em lâminas. Fazem-se orifícios nos quais o
antigénio é invertido em concentrações diversas. A técnica basea-se na
difusão do antigénio até que atinja um ponto correspondente as
concentrações óptimas de antigénios e anticorpos para que se de a
precipitação. Há a formação de um anel de precipitação a volta do
orifício cujo diametro depende da concentração do antigénio.

4. Imunodifusão dupla em placa (técnica de Ouchterlony)


O teste e realizado em placas de Petri contendo agar que e perfurado,
segundo modelos apropriados (o mais vulgar e o de um orifício central e
6 periféricos). Colocam-se os reagentes nos oríficios correspondentes e a
placa e incubada em câmara húmida durante 24-72h, após o que se
faz a leitura.
O antigénio e o anticorpo difundem-se em direcção um do outro no
meio semi-sólido formando uma linha de precipitação. Em certos casos,
formam-se duas ou mais linhas de precipitação quando existem diversos
constituintes antigénicos e anticorpos.
5. Electroforese
Consiste na separação de partículas carregadas electricamente num
solvente condutor, sob influência de um campo eléctrico. A separação
das partículas ocorre como resultado das suas diferenças de
mobilidade, que depende da carga eléctrica e do pH do solvente
usado.

Imunoelectroforese
Basea-se na combinação dos métodos de electroforese e
imunodifusão. A seguir alguns exemplos de métodos de
imunoelectroforese:

(i) Para a comparação de misturas de antigénios, por exemplo os


que são encontrados numa amostra de soro, os antigénios são
separados no agar sob influência de um campo eléctrico. As
proteinas com carga positiva migram para o eléctrodo
negativo e as com carga negativa para o eléctrodo positivo.
Faz-se em seguida um orifício entre as amostras do antigénio
onde e colocado o anticorpo (antisoro). Após a difusão do
soro, há a formação de linhas de precipitação.

(ii) Outro método, usa um gel e um pH que permitem que os


anticorpos tenham carga positiva e os antigénios carga
negativa. Com a aplicação do campo eléctrico, os anticorpos
e antigénios difundem-se em sentidos opostos, formando-se
uma linha de precipitação.

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