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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

Departamento de Ciências Exatas


Curso de Licenciatura em Química
Avenida Transnordestina, S/N - Novo Horizonte - Avenida Universitária,
Módulo 5, 44036-900, Feira de Santana, Bahia, Brasil.

DOUGLAS OLIVEIRA SAMPAIO

RESENHA CRÍTICA

FEIRA DE SANTANA-BA
2022
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
EXA 473 – ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENSINO DE QUÍMICA II

DOUGLAS OLIVEIRA SAMPAIO

Professor:
Alanjones Azevedo Nascimento

RESENHA CRITICA

Trabalho desenvolvido no curso de


Licenciatura em Química da
Universidade Estadual de Feira de
Santana, como requisito parcial de na
disciplina de EXA 473 – ESTÁGIO
SURPEVISIONADO EM QUÍMICA II.

FEIRA DE SANTANA-BA
2022
Elizabeth Fernandes Macedo

1 REFERÊNCIA

MACEDO, Elizabeth Fernandes. Fazendo a Base virar realidade: competências e o germe


da comparação. Retratos da escola, v. 13, n. 25, p. 39-58, 2019.

2. CREDENCIAIS DO AUTOR

Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade do Estado


do Rio de Janeiro (1986), sendo também licenciada em Química, mestrado em
Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992) e doutorado em
Educação pela Universidade Estadual de Campinas (1997)

3. RESUMO

No Primeiro momento, a autora versa sobre a apresentação dos


objetivos que motivaram a elaboração do trabalho de pesquisa, embora
concomitantemente seja desdobrados alguns entraves antagônicos
notabilizados durante elaboração da Base Comum Curricular.

Enquanto objetivos a autora aponta a análise dos “guias” de


implementação propostos pela Undime e Consed com apoio do “Terceiro setor”;
bem como dos conjuntos de materiais que se dedicam a explicar as
competências gerais e estruturantes da BNCC.

Ao que tange os entraves antagônicos a autora destaca as estratégias


adotadas pela União para coibir e controlar a pluralidades do discurso e a busca
pela padronização dos saberes considerados válidos para a educação básica.
Entre eles, a autora aponta que no primeiro momento de formulação da BNCC a
participação das escolas era restrita apenas a parte diversificada e somente
posteriormente o MEC admitiu que Base não é currículo, ao passo que currículo
para ser currículo deve acontecer nas escolas.

Diante disso é apontado que o poder hegemônico engendrado com o


“terceiro setor” notabiliza os “modos operandi” da direita brasileira se tornar o
grande agente de mobilização na implementação do currículo.

A Implementação da Base Comum Curricular para o ensino fundamental


ocorre durante a redação da Base, desse modo temos protagonismo dos
gestores públicos e de fundações, bem como grupos educacionais ligados ao
setor privado.

A autora apresenta que o interesse pela BNCC envolve tanto os


neoliberais quanto os conservadores, visando desse modo que a educação
passa a ser o alvo dos interesses do grande capital.

Nesse contexto, esses grupos desqualificam, sistematicamente, as


escolas e as redes públicas de ensino para que eles se apresentem como
“salvadores” preferenciais da qualidade da educação brasileira, seja
vendendo materiais, assessorias especializadas, assumindo a gestão de
escolas ou, até os programas das secretarias de educação.

Por meio da análise de alguns documentos do Movimento Todos pela Educação


A autora apresenta aportes bem definidos, articulados por agências multilaterais,
para definir um projeto de educação que esteja articulado com um projeto global
de educação da OCDE.

4 APRECIAÇÃO CRÍTICA DO RESENHISTA

Uma base comum curricular é referência para que as escolas e os


sistemas de ensino elaborem seus currículos, este deve ser elaborado em
conjunto com toda sociedade, isto é, em âmbito federal, estadual e municipal,
que permitam a efetivação de princípios, metas e objetivos em torno dos quais
se organiza.

As tensões em torno de uma determinada visão e, por consequência, de


um texto escolar, resultam dos interesses em jogo e dos estratagemas forjados
no espaço do Estado para tornar hegemônica uma concepção de currículo.
Desse modo não e aceitável a “mercadorização” em torno da BNCC.

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