associação

livre
ATENÇÃO FLUTUANTE
Para Freud, consiste simplesmente em não dirigir o reparo para
algo específico. Manter a mesma 'atenção uniformemente
suspensa' (...) em face de tudo o que se escuta.
A regra de prestar igual reparo a tudo constitui a contrapartida
necessária da exigência feita ao paciente: de que comunique
tudo o que lhe ocorra, sem crítica ou seleção.

associação livre
A escuta, assim como a fala, assume um lugar central na
Psicanálise. A “associação livre de ideias” é um instrumento da
técnica psicanalítica desenvolvida por Freud.
A associação livre de ideias
baseia-se no livre fluxo do
pensamento:

O paciente deve dizer tudo que lhe venha à mente.

Com ou sem um sentido aparente.
Comunicando ao seu analista tudo o que lhe ocorrer.
Sem censura ou seleção prévia.

história
Nos primórdios da psicanálise, no seu período pré-científico, Freud
tentou o método da hipnose induzida, principalmente para
possibilitar uma catarse (método ab-reativo) dos traumas
reprimidos. Desiludido com o método (até porque Freud não era
um bom hipnotizador), substituiu-o pela livre associação de
ideias, também conhecida como regra fundamental.
sequência
Esse aspecto está ligado à exigência de que a produção tenha
sequência, uma sequência ditada pelos pensamentos.
Não podem ser excluídas quaisquer ideias intrusas que
ocorram ao pensamento.
Devem estas serem comunicadas sob qualquer esforço,
independente do que seja.
Como a sequência da comunicação segue a fluidez do próprio
pensamento, a fala surge de forma espontânea.

exigência de clareza
A exigência de clareza, coerência, concisão, modo e relevância,
existentes nas conversas cotidianas dão lugar à exigência de
verbalização de pensamentos e ideias espontâneas e estranhas
ao assunto.
O filtro que normalmente é usado nas conversas, para que
aquilo que é dito possa se adequar ao assunto.
Este filtro retirado através da associação livre (assim como o
recalcamento).
IMPORTANTE
Não é o terapeuta que define o que é importante ou não. Com isso,
pode-se perder/ignorar detalhes importantes para a terapia,
prender-se a ideias.
É muito arriscado o terapeuta escolher o que é importante e
guiar a conversar. No escolher nega-se algo para focar em um
conteúdo que pode nem ser pertinente. Ou ainda, aqueles
conteúdos que não se prestou atenção poderiam ser
importantes e de igual valor.