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GAJARDONI, Fernando da Fonseca, DELLORE, Luiz, ROQUE, André Vasconcelos e OLIVEIRA JR.

, Zulmar
Duarte. Teoria Geral do Processo - Comentários ao CPC de 2015. São Paulo: Gen/Método, 2022,
comentários ao artigo 506.

Fichamento

Art. 506. A sentença faz coisa julgada às partes entre as quais é dada, não prejudicando terceiros.

Limites: há os chamados limites subjetivos da coisa julgado, que estão relacionados a “quem” é
atingido pela coisa julgada. Isso porque, o código antigo tinha como regra que a coisa julgada na
prejudicava nem beneficiava terceiros.

Supressão da menção às ações de estado: com a alteração no CPC, não há distinção entre a coisa
julgada formada nas ações de estado e nas demais. Essas ações envolvem o estado das pessoas.
Os efeitos da sentença são sempre erga omnes. Apesar de a coisa julgada atingir as partes que litigam
no processo, os efeitos da sentença a todos atingem, independentemente da legitimidade ou
participação no processo.

Supressão da expressão “não beneficiar terceiros”: o CPC/15 não restringe a coisa julgada às partes,
apenas excluindo terceiros que possam ser prejudicados. Logo, é possível concluir que a coisa julgada
pode beneficiar terceiros.

Possíveis interpretações para a supressão da locução “não prejudicar terceiros”: (i) processo coletivo;
(ii) causas que envolvem terceiros ligados à lide/litisconsórcio unitário; (iii) obrigações solidárias; (iv)
eficácia expandida da coisa julgada individual; e, (v) nenhum efeito prático.

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