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#Pública

Panorama
Trimestral
Setor Externo

Assessoramento
Econômico BB

Julho/2022 1
#Pública

Economia
Internacional

Assessoramento
Econômico BB
#Pública

Mundo
Inflação, aperto monetário e desaceleração/recessão econômica dominam a pauta econômica

Geografia dos riscos mundiais


Zona do Euro
• Nos EUA, em meio à inflação persistentemente alta e com Inflação / Menor atividade econômica
o firme compromisso declarado pelo Fed para combatê-
la, ganha força as perspectivas de um ritmo de aperto Rússia X Ucrânia
monetário mais intenso e, consequentemente, ampliam Escalada do conflito
os temores de uma futura recessão econômica.
• Na área do euro, à medida que o conflito entre Rússia e
Ucrânia avança, é crescente a expectativa de que a atual
desaceleração econômica se intensifique, tendo em vista
EUA China
que os altos custos de energia e as interrupções
persistentes na cadeia de suprimentos continuam sendo Inflação / Covid / Lockdown
os principais desafios para a economia real por lá. Aperto Monetário Pressão nas Cadeias Globais
• Na China, os maiores riscos seguem associados à sua Risco de Recessão Menor atividade econômica
política de covid zero. Um aumento dos casos da
pandemia tende a levar a novos lockdowns no país, com Brasil
consequente impacto negativo sobre a atividade
econômica e sobre as commodities no mercado global. Inflação
Eleições
• Domesticamente, permanecem os riscos associados às
pressões inflacionárias, assim como as expectativas em
torno do quadro fiscal que, em conjunto com as
incertezas sobre o ambiente global, vem influenciando na
desvalorização do real frente ao dolar. Ademais, o atual
patamar contracionista da Selic e o período eleitoral
ampliam os desafios para a atividade econômica a frente. Elaboração: BB / Assessoramento Econômico 3
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Mundo
Inflação na Europa e EUA continua elevada
Inflação CPI Estados Unidos
Variação (%) acumulada em 12 meses
11 Inflação ao consumidor - CPI
9 Meta de inflação 9.1
• A inflação nos EUA, medida pelo CPI, avançou 1,3% em 7 Núcleo de inflação CPI
junho, marginalmente acima das expectativas do mercado
5
5.9
de 1,1%, segundo a Bloomberg. No acumulado de 12
meses, a inflação norte-americana subiu 9,1%, taxa mais 3
forte desde nov/81. Já o núcleo* teve um resultado
1
2.0
menor em comparação ao mês de maio, saindo de 6,0%
para 5,9%. -1
jun/20 set/20 dez/20 mar/21 jun/21 set/21 dez/21 mar/22 jun/22
• Com inflação persistindo bem acima da meta (média de
2% a.a.), reafirmamos nossa expectativa de ritmo mais Inflação CPI Área do Euro
forte de aperto monetário nos EUA. Dessa forma,
Variação (%) acumulada em 12 meses
projetamos aumento contínuo na taxa de juros americana
(fed funds rate) nos próximos meses, atingindo patamar 11 Inflação CPI
de 3,50% a.a. no final do ano de 2022. 9 Meta de inflação 8.6
7 Núcleo da inflação CPI
• Na Área do Euro, a inflação continua pressionada, com
forte contribuição dos preços de energia. Com 8,6% de 5
alta de preços acumulada em 12 meses, patamar nunca
3.7
3
antes atingido. Apesar disso, o núcleo mantem-se
1
2.0
relativamente comportado em 3,7%. Assim, as
expectativas do mercado também são de alta nas taxas de -1
juros pelo BCE ao longo do segundo semestre. jun/20 set/20 dez/20 mar/21 jun/21 set/21 dez/21 mar/22 jun/22

* Inflação excluída os preços de energia e alimentos Fonte: Federal Reserve Economic Data, Eurostat 4
Elaboração: BB/Assessoramento Econômico
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Commodities
Cotações das commodities seguem pressionadas em 2022

Índice Commodity Research Bureau (CRB) (Índice 1967=100)

700 CRB Total (Eixo Esquerdo) 1,600

• Os dados recentes do mês de junho revelam uma 650 CRB Alimentos (Eixo Esquerdo)
1,400
retração nos preços de importantes commodities, com
o CRB total reduzindo 6,12%. Adicionalmente, 600 CRB Metais (eixo direito)
destacamos a queda de 4,91% no CRB Alimentos e de 1,200
18,00% no CRB Metais.
550
• Em que pese a redução de preços observada no último 1,000
mês, os preços das principais commodities seguem em 500
patamar elevado. A trajetória de alta desde o início da 800
pandemia pode ser creditada à rápida recuperação 450
econômica global, ao excesso de liquidez nos 600
mercados e, mais recentemente, ao conflito entre 400
Rússia e Ucrânia. Além disso, problemas na cadeia de
suprimentos (cadeia logística) e intempéries climáticas 400
350
levaram a maior pressão nos preços das commodities
ao longo de 2021 e no início desse ano. 300 200
• Contudo, a recente queda dos valores das
commodities pode ser explicada a novos lockdowns 250 0
em algumas regiões na China, níveis de desaceleração jul/20 out/20 jan/21 abr/21 jul/21 out/21 jan/22 abr/22 jul/22
da economia global e expectativas quanto a um
Fonte/Elaboração: Bloomberg/BB Assessoramento Econômico
cenário recessivo no mundo. Posição de 01/07/2022
5
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Perspectivas de Commodities

Grãos Minério de Ferro Petróleo


• Após um ótimo primeiro trimestre de • O começo de 2022 foi relativamente • O conflito entre Rússia e Ucrânia trouxe
2022 para os grãos, capitaneado pela positivo para o minério de ferro, com as muita volatilidade ao mercado e
demanda chinesa, clima desfavorável e cotações apoiadas na perspectiva de que o pressionou uma alta nas cotações do
guerra na Ucrânia, a soja e, governo chinês daria novos incentivos petróleo, devido aos temores quanto à
principalmente, o milho iniciaram um econômicos para sustentar o crescimento oferta da commodity. As cotações
processo de estabilização e/ou queda local. partiram da faixa de US$ 90/barril em
forte (milho) a partir de abril. fev/22 e chegaram a região próxima dos
• Nos últimos meses, a redução da demanda
• O medo de recessão mundial alinhado a chinesa, devido à política de tolerância US$ 120/barril antes de voltar para os
uma melhora relativa do clima ajudaram zero à covid-19 pelo país, gerou uma US$ 100/barril nas últimas semanas.
no movimento de correção dos grãos. correção negativa das cotações para perto • Entretanto, com os temores de uma
de US$ 110/t, com investidores possível recessão global e consequente
• Enquanto as preocupações de que o
projetando uma continuidade da redução da demanda mundial por
mundo pode entrar em um processo de
desaceleração da atividade chinesa e uma petróleo, as cotações do ativo podem
recessão, o panorama prospectivo para
recessão a nível global. encontrar resistências a maiores altas de
o terceiro trimestre de 2022 aponta
para a continuidade de um cenário de • A perspectiva para os próximos meses preços, podendo encerrar o ano de 2022
dificuldades para as commodities aponta para a continuidade de um cenário em uma patamar próximo a US$
agrícolas. Para um panorama mais descendente para as cotações, que devem 108/barril.
longo, acreditamos em uma retomada buscar patamares mais baixos do que o
dos preços. atual.
6
Fonte: Fonte/Elaboração: BB Assessoramento Econômico
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Câmbio
Moeda brasileira segue mais pressionada se comparada aos pares internacionais

Câmbio: Brasil X Emergentes (R$/US$)

6.5
• Nos últimos meses, observamos trajetória de alta
volatilidade e desvalorização do real em comparação ao Real Real evoluindo como Emergentes
dólar, após um primeiro trimestre marcado por valorização 6.0
da nossa moeda. Esse comportamento decorre das
incertezas em torno do ambiente global, especialmente em
5.5 5.44
relação ao ritmo de aperto monetário em curso nos EUA e
do consequente aumento dos temores sobre uma recessão,
o que amplia a aversão ao risco e beneficia a moeda 5.0
americana. Ademais, as expectativas em torno de medidas
fiscais no ambiente interno e dos potenciais efeitos sobre o
4.5
equilíbrio das contas públicas também vem influenciando
em alguma medida a cotação da nossa taxa de câmbio.
4.04
• Prospectivamente, considerando que os elementos 4.0
responsáveis pela trajetória recente do câmbio devem
permanecer presentes no segundo semestre do ano, 3.5
especialmente no que tange ao aperto das condições jan-20 abr-20 jul-20 out-20 jan-21 abr-21 jul-21 out-21 jan-22 abr-22 jul-22
financeiras globais, nossa projeção de taxa de câmbio para
2022 é de R$/US$ 5,20.
• Importante destacar também que, comparativamente à
média de um conjunto de países emergentes, nossa moeda Fonte/Elaboração: Bloomberg/ BB Assessoramento Econômico
encontra-se em patamar bem mais desvalorizado. Posição de 12/07/2022 7
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Contas
Externas

Assessoramento
Econômico BB
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Balança Comercial
Commodities em patamar elevado contribuem para bom desempenho das contas externas

Balança Comercial (projeções em US$ bilhões)

Jan-Jun / 2021 Jan-Jun / 2022 Projeção anual (2022)

• A balança comercial (BC) registrou superávit de US$ 8,8 318,7


bilhões em junho, resultado 15,4% abaixo do observado
em igual período do ano anterior. 20,5%
• Ao longo dos primeiros seis meses de 2022, a BC 164.1
acumulou saldo de US$ 34,25 bilhões, queda de 8,2% em 136.2
relação ao mesmo período do ano passado. No período,
76,2
em linha com os elevados patamares dos preços de
37.0 34.2
commodities, destaque para a evolução das importações
que avançou 30,9%. Ao mesmo tempo, as exportações
registraram alta de 20,5%.

• Para este ano, nosso cenário base é de que as importações


apresentem crescimento de 10,6% em relação ao ano -99.2
passado, ritmo mais comedido que as exportações, que -129.8
projetamos alta de 13,5%. Quanto às exportações, por
30,9%
ora, avaliamos que o fator preço deve continuar
-242,6
favorecendo desempenho positivo ao longo deste ano.
Destacamos que nossa estimativa para o desempenho da Exportações Importações Saldo
balança comercial em 2022 é de superávit de US$ 76,6
bilhões.
Fonte/Elaboração: Ministério da Economia/ BB Assessoramento Econômico 9
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Exportações
Pauta voltada para commodities segue em destaque
Volume total (em US$ bilhões) e participação dos principais
produtos no total de exportações no primeiro semestre de
2022

• A exportação da soja, item líder na pauta exportadora


desde o início do ano, cresceu 23,7% em comparação com o Soja Petróleo e Minério de Carnes
mês período do ano passado. A manutenção do preço da
commodity em patamares elevados contribuiu para o bom derivados Ferro
desempenho.

• A alta do preço médio do petróleo no 1º trimestre de 2022


(US$ 66,2, ante US$ 107,87 o barril no mesmo período de
2021), devido às consequências dos conflitos entre Rússia e
Ucrânia, foi o principal vetor responsável pelo avanço de
29,3% das exportações dessa commodity.

• Já as exportações de minério de ferro apresentaram queda


de 31% no período, consequência em parte da queda no
preço da tonelada do metal no mesmo período, sendo US$ 30,5 US$ 19,3 US$ 15,0 US$ 5,6
afetado principalmente pelas perspectivas da atividade
chinesa em contexto de constantes lockdowns.

• Com o maior crescimento entre os itens mais exportados


pelo Brasil no período, o valor das vendas de proteínas de 19% 12% 9,1% 3,4%
origem animal teve alta observada de 60% de janeiro a
junho de 2022.
Fonte/Elaboração: Ministério da Economia / BB Assessoramento Econômico
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Exportações
China se mantém como principal parceiro comercial

Exportações no primeiro semestre do ano (em US$ bilhões): 10


principais parceiros comerciais em 2020, 2021 e 2022

2020 2021 2022


• Com US$ 164,1 bilhões em volume exportado no 50 47.1
47.0
primeiro semestre de 2022, o número se destaca por
apresentar resultado recorde da série histórica iniciada 45

em 1997. 40

• Ao todo, a China foi responsável por 28,7% de tudo que 35 33.9


foi exportado pelo Brasil nesse período e segue na
liderança dos principais parceiros comerciais. Os EUA 30

vêm em segundo lugar, tendo importado 10,7% do 25


total.
17.6
20
• Nossa perspectiva é de que essa dinâmica da pauta 13.4
exportadora continuará dependente da tendência dos 15
preços das commodities, que deve mostrar uma 10.0 7.5 5.8
10 4.7 4.1 3.2
trajetória de queda em 2022 diante da desaceleração da 5.6 4.5 4.1 3.3 3.0
2.6 2.6 2.5
3.7 2.7 2.5 2.8
economia mundial. Porém, a expectativa de estímulos 5 3.8 2.1 1.7 2.0 1.7 1.9 1.7
por parte do governo chinês deve ajudar a suavizar a
0
dinâmica de queda. China Estados Argentina Países Espanha Chile Singapura México Alemanha Coreia do
Unidos Baixos Sul
(Holanda)

Fonte/Elaboração: Ministério da Economia / BB Assessoramento Econômico


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Importações
Importações avançam e ultrapassam o nível pré-pandemia

Importações (em US$ bilhões) acumulado em 12 meses


(2022 até junho)
Combustíveis e lubrificantes Bens de consumo
Bens intermediários Bens de capital
• Observamos que a aceleração das importações, Importações - Total
motivada pelos preços internacionais em patamares
elevados, continuou ao longo dos primeiros seis meses 250.04
241.50
de 2022. A alta registrada no primeiro semestre desse 227.97 225.17 230.82
219.41
ano foi de 30,9% comparando ao mesmo período de 36.5
2021. 42.4
37.8 37.1 41.2 185.32 185.93 26.1
173.10 25.4
• Interessante observar que a importação de combustíveis 34.7 158.95 22.2 158.79 24.0
34.9 33.4 33.1 23.7
e lubrificantes aumentou 83,9% comparando o primeiro 23.4 139.32
19.2 25.6 24.8 13.9
semestre de 2021 com 2022. Nas demais contas 26.8 21.2
14.1 23.4
considerando o mesmo período, a alta foi de 12,35% em 21.7
bens intermediários, 5,8% em bens de consumo e 3,6% 162.8
124.7 123.0 131.7 126.9 144.9
em bens de capital. 112.0 113.1
99.4 99.4 99.4
84.9

30.5 31.7 32.7 29.5 23.3 18.4 16.9 23.9 25.7 24.2 24.4 25.3

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Fonte/Elaboração: Ministério da Economia/BB Assessoramento Econômico


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Importações
Importações avançam em todos os principais parceiros comerciais

Importações no primeiro semestre (em US$ bilhões): 10


principais parceiros comerciais em 2020, 2021 e 2022

2020 2021 2022


• O Brasil importou US$ 129,8 bilhões em volume no 30 28.0
primeiro semestre de 2022, também com o destaque para
a China, como principal parceiro. 25.0
25
• Comparando os números volume no primeiro semestre 21.5
dos anos anteriores, verificamos crescimento em todos os
20
nossos principais parceiros comerciais, inclusive o Canadá, 17.1
que agora volta a fazer parte do ranking de países 15.116.4
parceiros. 15
• O crescimento das importações, influenciado
6.2
principalmente pela alta de preços, foi mais forte em 10 5.8
algumas categorias de produtos. Em combustíveis, que tem 5.2 5.5 4.3 3.8 3.0 2.8 2.7
como origem majoritária os EUA e Arábia Saudita, 4.8 2.2 3.2 2.7 2.5
semicondutores que tem sua origem principalmente na 5 3.7 2.7 2.7
2.0 1.9 1.9 2.2 0.9
China e Coreia do Sul, e adubos, provenientes da Rússia e 1.3 1.0
Canadá.
0
China Estados Argentina Alemanha Rússia Índia Coreia do Itália Japão Canadá
Unidos Sul

Fonte/Elaboração: Ministério da Economia / BB Assessoramento Econômico


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Transações Correntes
Déficit em transações correntes mantem trajetória de redução

Transações Correntes - acumulado em 12 meses

Transações Correntes (US$ bilhões) Transações Correntes (%PIB)

• Os dados mais recentes das transações correntes (TC),


referentes ao mês de fevereiro*, mostraram um déficit
acumulado de US$ 10,5 bilhões nos dois primeiros meses
deste ano, resultado que representa queda de 14,2% frente
-10.1
ao mesmo período de 2021 quando apresentou déficit
-24.5 -22.0 -24.5
acumulado de US$ 12,3 bilhões. -27.9 -26.1

• Entre as contas que compõem o balanço de pagamentos, a -0.5


melhora do saldo comercial (+32,9%) foi o principal vetor -1.1 -51.5
para o recuo do déficit das TC no primeiro bimestre de -1.4 -1.6
-65.0 -1.7 -1.7
2022. Para este ano, estimamos déficit de US$ 10,1 bilhões
(-0,5% do PIB). Perspectiva que considera uma evolução -2.7
positiva do saldo comercial ao longo do segundo e terceiro
-3.5
trimestres. Como podemos observar no gráfico ao lado,
ainda que negativo o saldo das TC, o número é bem inferior
aos padrões históricos e devem ser cobertos integralmente
por investimentos diretos estrangeiros. 2016 2017 2018 2019 2020 2021 fev/22 2022
Projeção

Fonte/Elaboração e Projeções: BCB / BB Assessoramento Econômico 14


* A divulgação dos dados oriundos do BCB seguem em defasagem em decorrência da greve dos servidores.
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Economias
em destaque
Highlights

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Econômico BB
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Perspectivas

Estados Unidos Zona do euro China


• A economia dos EUA enfrenta um cenário • O impacto da guerra na Ucrânia segue • A política Covid-zero na China têm afetado
cada vez mais desafiador em meio ao como principal forte de incerteza na gradativamente as perspectivas em relação
intenso processo inflacionário, um Europa, com uma combinação de alta da ao crescimento do PIB do país para este ano,
impulso fiscal negativo e a perspectiva de inflação e com as incertezas pesando sobre por meio de impactos negativos
uma política monetária caminhando a confiança e interrupções do lado da provenientes das interrupções na produção
rapidamente para o campo oferta. industrial e das exportações.
contracionista, o que acaba contribuindo
para o aperto das condições financeiras. • O bloco está passando por uma forte • Avaliamos que a abordagem Covid-zero
divergência entre um setor industrial fraco, continuará a pesar no consumo das famílias
• Em termos de atividade econômica, ainda afetado por gargalos de oferta, custos mais e a reduzir o investimento nos setores
com reflexos da covid-19, o início deste altos de insumos e enfraquecimento do manufatureiros, o que contribui para uma
ano foi mais fraco que o esperado, com sentimento, e um setor de serviços ainda visão menos otimista para o crescimento da
queda de 1,6% do PIB no 1º trimestre. forte, reflexo da recuperação pós-Covid. segunda maior economia do mundo. Por
Com sinais crescentes de desaceleração outro lado, esperamos que o estímulo fiscal,
• Vale citar, que um conflito mais principalmente os gastos com
do PIB 2º trimestre, há possibilidade de prolongado entre Rússia e Ucrânia deve
uma nova queda da atividade econômica. infraestrutura, ajudem a sustentar o
manter os preços de energia altos, crescimento da região ao redor de 4% ao
Assim, os riscos para as perspectivas estão restringindo ainda mais a renda da famílias longo do ano.
com viés para o lado negativo. e impondo um víes mais negativo para o
nível de atividade da região.

Fonte: Oxford Economics e Banco do Brasil


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Projeções
EUA Zona do euro
2022 2023 2022 2023
PIB (Var. % a.a.)* 2,6 1,7 PIB (Var. % a.a.)* 2,9 2,5
Desemprego (% da PEA) 3,6 3,6 Desemprego (% da PEA) 7,0 7,1
Inflação (média do ano) 7,6 2,3 Inflação (média do ano) 6,7 1,5
Taxa de Juros (% a.a.)* 3,5 3,5 Taxa de Juros (% a.a.) 0,1 0,6
Transações correntes % PIB -4,6 -4,3 Transações correntes % PIB 0,9 0,9

China Argentina
2022 2023 2022 2023
PIB (Var. % a.a.)* 4,0 5,3 PIB (Var. % a.a.) 3,2 0,6
Desemprego (% da PEA) 3,3 3,4 Desemprego (% da PEA) 9,4 8,8
Inflação (média do ano) 2,2 2,4 Inflação (média do ano) 61,8 45,5
Taxa de Juros (% a.a.) 2,8 2,8 Taxa de Juros (% a.a.) 68,0 45,0
Transações correntes % PIB 1,3 0,9 Transações correntes % PIB 1,8 0,5
Projeções: Oxford Economics/BB Assessoramento Econômico *Projeções do BB
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