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Alguns depoimentos de estudantes e professores (para os cartazes)

professores:

A professora Tatiane Ribeiro diz que os professores da rede pública trabalhavam “em função
de uma emergência”. “Fomos colocados em uma plataforma online que muitos não
conheciam, sem mencionar a dificuldade de muitos colegas em lidar com a tecnologia.”

Ela relata que existiam alunos super conectados que já esboçavam o desejo de se tornarem
`youtubers ' e outros que buscavam o auxílio da prefeitura para garantir a merenda em casa.
“Dessa forma, estávamos procurando encontrar o melhor caminho para que o processo de
ensino e aprendizagem tivesse um grande avanço em meio a pandemia”, afirma.

Tatiane Ribeiro, São Paulo (SP)

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“Tudo foi uma grande surpresa. De repente a escola estava fechada e tínhamos que
transformar a casa em escola, sem nenhum apoio. Começamos a correr para descobrir
como ensinar a distância, sem nunca ter aprendido. Foi tropeço em cima de tropeço”, relata
Maria Teresa Atié, professora de uma escola pública em Arraial do Cabo (RJ).

Maria Teresa Atié, Arraial do Cabo (RJ)

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“Nós, professores, num curto espaço de tempo fomos suscitados a guardarmos os nossos
antigos saberes na gaveta e abrirmos nossas janelas virtuais em prol de uma causa maior,
que não pode e não deve ser interrompida: o aprendizado dos nossos alunos”, conta a
professora Barbara de Lima.

Ela acredita que é a educação o agente maior de transformação das pessoas. E que
somente juntos – mesmo separados geograficamente – foi possível enfrentar essa triste fase
e retornar para o maior e melhor lugar de fala: a escola.

Barbara de Lima, Lages (SC)

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Roberta Chreem acredita que a tecnologia nos aproxima por meio das telas, promovendo
afeto, vínculos e abraços virtuais. “Foram tempos difíceis, mas precisamos passar uma
mensagem de tranquilidade e contribuir para a saúde emocional de todos”, comenta
Chreem. Para ela o momento de isolamento foi uma grande oportunidade de ganhar
intimidade com o lar, por meio de brincadeiras e momentos agradáveis em família.

Roberta Chreem, Porto Alegre (RS)

Alunos:

André Araújo relata que o período de quarentena gerou dois problemas. O primeiro diz
respeito ao emocional e a ansiedade que tomam conta da mente. Um segundo problema é a
sistematização do trabalho remoto.

“A qualquer momento éramos exigidos a dar conta de tarefas, produzir materiais, enviar
aulas e corrigir” desabafa. Apesar da quarentena se traduzir em um momento complexo
para todos, Araújo acredita que serviu de oportunidade para repensar muitas práticas no
mundo educacional.

André Araújo, Florianópolis (SC)

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Jairo relata que muitos estudantes ficaram felizes no início por ter um ambiente virtual de
aprendizagem, pois era uma ideia que já existia muito antes da pandemia, mas ninguém
sabia como realmente era na prática. Ele diz que ninguém esperava que estudar em casa
poderia ser algo extremamente cansativo e estressante, pois além da escola tinham
diversos afazeres diários, mas as coordenações e secretarias de educação não pareciam
entender isso.

“Em 2020, tinha 15 anos e estava no último ano do ensino médio. Deveria ser um dos
melhores anos da minha vida, mas aconteceu algo que mudou a vida praticamente de todos
os estudantes do mundo, comigo não foi diferente.

Jairo Bezerra da Silva, Florianópolis (SC)

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Os alunos passavam seus finais de semanas estressados e ansiosos com matérias


acumuladas, professores não sabiam como entender os alunos e ficavam pensando como
ajudá-los dentro do seu horário de trabalho, relata Henrique.

“Ao longo da semana, os estudantes duplicavam sua ansiedade atrasando atividades, sendo
responsabilizados se algo desse errado sem ser ouvidos. Os professores se decepcionavam
a cada aula que passava não apenas com os alunos, mas também com eles mesmos. A
ansiedade era tanta que muitos apenas largaram pra lá. Posso dizer que para educação, o
ano de 2020 foi “perdido”

Henrique Duarte, Belo Horizonte (MG)

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“Minha maior preocupação, foi não saber como seria depois da pandemia, não ter perspectiva de
quando o isolamento acabaria, quais medidas deveriam ser tomadas no futuro, como isso
afetaria a vida escolar dos alunos na rede pública de ensino”

“O impacto maior foi psicológico, foi momento de muita reflexão sobre a vida, sobre as relações,
sobre o futuro, tivemos que nos manter unidos para enfrentar esse período.” Relata Beatriz.

Beatriz dos Santos Machado, São Paulo (SP)

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FONTES:

https://desafiosdaeducacao.com.br/depoimentos-sobre-escola-em-casa/

https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2021/04/a-rotina-virou-algo-exaustivo-leia-rela
to-de-jovem-sobre-educacao-na-pandemia.shtml

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