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Universidade Estadual de Campinas

Instituto de Química

QP 313 – Química III – 1S/2021


Auxiliares Didáticos: MSc. Fernando Henrique Marques Costa
MSc. Victor Gustavo Kelis Cardoso

Relatório E1 – Uso da balança analítica e aferição da pipeta


Aluno: Denizar Vinícius Custódio Silva RA: 214998

Parte A
1) Sobre os cuidados no uso da balança analítica para pesagem de materiais, podemos afirmar que:
a) A balança deve ser limpa com pincel de cerdas macias, semanalmente.
b) É necessário evitar pesar diretamente no prato da balança, utilizando-se, por exemplo, de
recipientes pequenos de metais para este fim.
c) O peso do prato da balança deve estar sempre centrado.
d) Só podem ficar na mesma bancada da balança analítica equipamentos que não emitam vibrações.
e) Devem-se usar luvas quando for pesar substâncias ácidas e alcalinas.

Alternativa correta: letra c.


2) Em relação aos cuidados especiais com a balança de precisão, assinale a alternativa incorreta.
a) Não pesar líquidos corrosivos.
b) Não colocar a amostra diretamente no prato da balança.
c) Os pesos de medição da ordem de decigramas ou centigramas devem ser
ajustados com a balança travada.
d) A temperatura do material a ser pesado deve ser a mais próxima possível do ambiente.
e) Colocar os pesos da ordem do maior para o menor.

Alternativa incorreta: letra c.


3) Qual a importância do uso da balança analítica?
A balança analítica tem o propósito de determinar a massa em análises químicas, de reagentes e/ou
materiais, configurando-se enquanto um instrumento de medida extremamente exato, com medições dotadas
de até quatro casas decimais. Para assegurar ainda maior exatidão, a balança pode ser definida como um
dispositivo de tipo capela, contendo portas para proteger o mensurando de correntes de ar que podem alterar
no valor da aferição de massa. Assim, esse tipo de balança consegue cobrir faixas de precisão de leitura da
ordem de 0,1 μg a 0,1 mg, fornecendo resultados extremamente acurados e muito confiáveis e seguros perante
os cuidados operacionais adequados, permitindo a aferição da quantidade absoluta ou relativa de um ou mais
constituintes da amostra.[1]

Parte B
4) Preencha as tabelas corretamente.

Final do RA Replicata Tempo de escoamento (s)


1 14,87

8 2
3
4
14,94
15,13
15,23
Tabela 1: Tempo de escoamento (em segundos).
Final do RA m béquer 26,5595 g Temperatura ºC
m1 41,4494 g 20

8 m2
m3
m4
56,4127 g
71,3342 g
86,3423 g
21
22
22
Tabela 2: Massa e Temperatura de cada volume pesado.

Final do RA
m béquer 26,5595 g Volume de água em mL
ma 14,8899 g 14,9168
mb 14,9633 g 14,9933
mc 14,9215 g 14,9544

8
md 15,0081 g 15,0412
𝑥̅ 14,9457 g 14,9764
s 0,0513 0,0533
Máximo 15,0081 g 15,0412
Mínimo 14,8899 g 14,9168
Faixa 0,1182 g 0,1244
Tabela 3: Volume de água, médias e desvio padrão das massas e volumes, respectivamente.

Tabela 4: Valores críticos de Dixon para 95% de confiança. Christian, Analytical Chemistry 6ª
edição, páginas 98-99.

Temperatura (ºC) Densidade (g/mL)


20 0,9982
21 0,9980
22 0,9978
Tabela 5: densidade da água com a temperature na pressão de 1 atm. Handbook of Chemistry and
Physics, CRC press, Ed 64

Cálculos
! ∑#
!$%('! ('̅ )
"
Para a Tabela 1: a média é dada por 𝑥̅ = " ∑"#$! 𝑥# e o desvio padrão é fornecido por 𝑠 = & "(!
. Portanto,
teremos:
!+,-./!+,0+/!1,!2/!1,32
Média: 𝑥̅ = +
= 15,0425 𝑠
(!+,-.(!1,4+31)" /(!+,0+(!1,4+31)" /(!1,!2(!1,4+31)" /(!1,32(!1,4+31)"
Desvio padrão: 𝑠 = & +(!
= 0,1664 𝑠

Para a Tabela 3:
𝑚5 = 𝑚! − 𝑚6é89:; = 41,4494 − 26,5595 = 14,8899 𝑔
𝑚6 = 𝑚3 − 𝑚! = 56,4127 − 41,4494 = 14,9633 𝑔
𝑚< = 𝑚2 − 𝑚3 = 71,3342 − 56,4127 = 14,9215 𝑔
𝑚= = 𝑚+ − 𝑚2 = 86,3423 − 71,3342 = 15,0081 𝑔
!+,--00/!+,0>22/!+,03!1/!1,44-!
Média: 𝑥̅ = = 14,9457 𝑔
+
(!+,--00(!+,0+1.)" /(!+,0>22(!+,0+1.)" /(!+,03!1(!+,0+1.)" /(!1,44-!(!+,0+1.)"
Desvio padrão: 𝑠 = & +(!
= 0,0513 𝑔
Faixa: 𝑚?á'#?A − 𝑚?í"#?A = 𝑚= − 𝑚5 = 15,0081 − 14,8899 = 0,1182 𝑔
O volume será obtido com base na densidade, que é dada pela razão entre massa e volume, isto é: 𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 =
?5CC5 ?5CC5
DAE9?:
→ 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = =:"C#=5=::

𝑚5 14,8899
𝑣5 = = = 14,9168 𝑚𝐿
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑎 20º𝐶 0,9982

𝑚6 14,9633
𝑣6 = = = 14,9933 𝑚𝐿
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑎 21º𝐶 0,9980

𝑚< 14,9215
𝑣< = = = 14,9544 𝑚𝐿
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑎 22º𝐶 0,9978

𝑚= 15,0081
𝑣= = = = 15,0412 𝑚𝐿
𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑎 22º𝐶 0,9978
!+,0!>-/!+,0022/!+,01++/!1,4+!3
Média: 𝑥̅ = = 14,9764 𝑚𝐿
+
(!+,0!>-(!+,0.>+)" /(!+,0022(!+,0.>+)" /(!+,01++(!+,0.>+)" /(!1,4+!3(!+,0.>+)"
Desvio padrão: 𝑠 = & = 0,0533 𝑚𝐿
+(!
Faixa: 𝑣?á'#?A − 𝑣?í"#?A = 𝑣= − 𝑣5 = 15,0412 − 14,9168 = 0,1244 𝑔

A tolerância de uma pipeta de transferência classe A de 15 mL é de ±0,02. Como o desvio padrão


achado é 0,0533 mL, fugindo dessa faixa de tolerância possível, mas o teste Q (apresentado a seguir) não levou
à rejeição de nenhum valor, a pipeta pode ser usada, com a ressalva de que deve-se reportar o valor encontrado
de seu volume em quaisquer análises em que a mesma for utilizada. A precisão entre os valores, portanto, que
está associada ao desvio padrão, não está tão assertiva e satisfatória como idealmente seria preferido, já que o
desvio achado foge da tolerância adequada nesse caso.

Teste Q
I. Ordenando os valores em ordem crescente e calculando d e f: 14,9168; 14,9544; 14,9933; 15,0412
𝑑 = 15,0412 − 14,9933 = 0,0479 (𝑒𝑥𝑡𝑟𝑒𝑚𝑜 𝑑𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑖𝑡𝑎)
𝑑 = 14,9544 − 14,9168 = 0,0376 (𝑒𝑥𝑡𝑟𝑒𝑚𝑜 𝑑𝑎 𝑒𝑠𝑞𝑢𝑒𝑟𝑑𝑎)
𝑓 = 15,0412 − 14,9168 = 0,1244 (𝑎𝑚𝑝𝑙𝑖𝑡𝑢𝑑𝑒)

II. Cálculo do valor de Q e comparação com o valor tabelado:


= 4,4+.0
Q considerando o extremo da direita: 𝑄 = F = 4,!3++ = 0,3850
= 4,42.>
Q considerando o extremo da esquerda: 𝑄 = F = 4,!3++ = 0,3023

III. Se Qcalc > Qtab, então o valor deve ser retirado:

Como se verifica na Tabela 4, para um intervalo de confiança de 95%, quando n = 4, temos que Qcrit =
0,829. Esse é, assim, o valor que assumiremos para a comparação. Como 0,385 < 0,829 e, igualmente, 0,3023
< 0,829, infere-se que Qcalc < Qtab para ambos os extremos.
Portanto, os valores não são retirados; são mantidos, e pode-se fazer uso da pipeta, pois os resultados
que ela retorna (dentro do intervalo de confiança de 95%) são satisfatórios e confiáveis, assegurando uma
exatidão desejável.

Referências bibliográficas
1. JOÃO CARLOS ANDRADE, Chemkeys – Liberdade para aprender: O uso da balança analítica, 1997.

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