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1. DADOS DO PROJETO
Título:
O ensino de Administração no Brasil: Evidências de uma institucionalização de um
modus operandi problemático.
Professor Responsável:
Jose Lindenberg Julião Xavier Filho (http://lattes.cnpq.br/5224764351459285)
2. JUSTIFICATIVA TEÓRICO-EMPÍRICA
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Todo o capítulo ―2‖ é a reprodução do texto submetido ao EnANPAD 2015 em co-autoria com Jefferson
Lindberght de Sousa e Suélen Matozo Franco. Outro texto derivado do mesmo grupo, agora com abordagem
empírica, foi submetido ao SEMEAD 2015, ainda em análise, com título ―Faça o que eu digo e faça o que eu não
faço: Evidências do entendimento da Academia Brasileira de Administração dos problemas que assolam o ensino
de Administração‖, em co-autoria com Alex Filipe Silva Martins, Mariane Lima de Sales, Jose Allan Gomes de
Souza e Myrna Suely Silva Lôreto.
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Ao longo do tempo essa relação entre teoria e prática foi se esvaindo. Hoje é possível
encontrar professores bem posicionados na academia, lecionando domínios da gestão, que
nunca colocaram tiveram experiência com o exercício da profissão (BENNIS; O´TOOLE,
2005). Segundo Hughes (2005), alguns programas de doutorado estão exigindo dos
candidatos artigos publicados, mas nenhuma experiência empresarial é necessária. Em
contrapartida, muitos programas de MBA exigem de dois a cinco anos de experiência em
negócios para serem aceitos. Assim, em alguns casos, o aluno pode ter mais experiência
profissional do que o professor (HUGHES, 2005).
A pesquisa é necessária para a difusão do conhecimento e posterior aprimoramento da
prática, entretanto, o que ocorre nas escolas de administração é a ênfase nas experiências em
laboratório em detrimento das experiências concretas. Em determinadas situações esses
métodos são úteis, necessários e esclarecedores, mas eles são meras representações, que
muitas vezes não refletem a forma como o negócio funciona na vida real, comprometendo a
identificação e análise de questões complexas (BENNIS; O´TOOLE, 2005).
A sala de aula é o lugar para se afastar e refletir, enquanto a organização é o lugar para
ligar o que foi aprendido à prática atual. Isso significa que a educação gerencial tem de se
estender pela organização, usando o trabalho desenvolvido na sala de aula nas áreas sobre as
quais causa impacto (MINTZBERG; GOSLING, 2003), razão pela qual o grande problema,
como citado por Mintzberg (1973), é que o ensino tende a ser estruturado e o desempenho da
profissão não estruturado.
Os currículos adotados no Brasil nos anos 50, e usados inercialmente até hoje, foram
importados de escolas americanas e reproduzidos em todo o país (FISCHER, 2001). ―O ensino
de graduação em Administração no Brasil caracterizou-se, desde seu início, pela transferência
de tecnologia de gestão, principalmente norte-americana, e posteriormente pela
desvinculação das atividades de ensino e pesquisa‖, afirma Nicolini (2003, p. 44) em
comentário incisivo e claro diante da problemática relação entre teoria e prática no ensino de
gestão. O ensino em Administração hoje é estruturado a partir do ideário da gerência
científica afastando-se cada vez mais do mundo dos negócios e da gerência prática
(CARRIERI; PERDIGÃO; AGUIAR, 2015).
Desde a institucionalização do ensino de administração no Brasil muitas mudanças
ocorreram, entre elas encontra-se o aumento significativo do número de escolas, no entanto, a
expansão quantitativa não tem sido acompanhada de um alto nível de ensino (FISCHER,
2001). As escolas de negócios tornaram-se literalmente um negócio. Isto pode caracterizar
uma das possíveis causas da crise de identidade enfrentada no ensino das escolas de
administração (OLIVEIRA; LOURENÇO; CASTRO, 2013).
As causas, apontadas pelos discentes, entre outros pontos, são a desarticulação entre
teoria e prática, a distância entre a formação e as exigências do mercado, a falta de incentivo à
pesquisa e a desarticulação entre disciplinas da grade curricular. ―Assim, técnicas e métodos
importados provavelmente nunca funcionarão satisfatoriamente, pois foram concebidos em
outro contexto e, quando transferidos, passam a apresentar problemas‖ (NICOLINI, 2003, p.
52). Tais problemas podem ser definidos pelo modo como estruturas não se encaixam,
apresentando um choque entre a estrutura pura, abstrata e universal (Gestão) e àquele campo
de prática (gestão) (CARRIERI; PERDIGÃO; AGUIAR, 2015).
Numa perspectiva pós-estrutural, nos termos de Deleuze (1988), não há nenhum
problema virtual ou ideal até que seja um problema para uma situação atual. ―O problema não
teria importância sem sensações reais que ele condiciona e que o expressem‖ (WILLIAMS,
2013, p. 100). Logo, uma situação histórica em que tais preocupações ganham terreno é, como
expressão objetiva ao pensamento pós-estrutural de Deleuze (1988), a relação entre um
modelo teórico e suas aplicações práticas, como se depreende do ―academismo e do caráter
espistemologizante, falta relação com a prática, ou seja, com o processo de gestão e com os
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problemas enfrentados no exercício da profissão por executivos e consultores‖ (BERTERO,
2009, p. 90-91).
Isso não significa, que os pesquisadores devam se preocupar plenamente com os
problemas momentâneos de empresários e executivos. Tampouco significa que os
pesquisadores posam ignorar o mundo da prática. O grande desafio é unir esses dois mundos
(BERTERO, 2013b). Em Deleuze (1988) se reconhece que os problemas são inacabados e
contínuos, razão pela qual são promotores de mudanças políticas, uma vez que ―se há
estruturas condicionando tanto a realidade atual quanto a imaginação, então deve haver
problemas, pois de outro modo as estruturas iriam apelas a uma ou a outra‖ (WILLIAMS,
2013, p. 99).
A questão, por fim, que guia nossa inquietação e, consequentemente, este texto é
como a academia vem abordando o dualismo conceitual teoria-prática na formação dos
seus membros e egressos? Já se observa o direcionamento onto-epistemológico neste
enunciado, ou seja, administração enquanto prática profissional sugere que a abordagem que
carregamos e, assim, nossa orientação, é a pragmática da linguagem.
Adotando um formato de ensaio teórico, a metodologia utilizada consiste no
levantamento da literatura pertinente e na seleção bibliográfica, se alinhando ao modelo de
compilação apresentado por Eco (1991), em que busca-se compulsar criticamente parte
significativa da literatura pertinente disponível e expô-la de forma clara tendo a inquietação
inicial como critério de seleção e uso. Por fim, com base nestas considerações iniciais, este
paper terá duas seções, além desta introdução e considerações finais: (1) Qual a situação da
pesquisa em Administração? e; (2) O Ontem Eterno e as Mudanças Institucionais, que
representa traços de uma análise institucionalista com base no novo institucionalismo
histórico
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periódicos norte-americanos e que há um atendimento, senão à produção, ao mainstream da
área de negócios, que é uma área fortemente funcionalista.
Não queremos iniciar uma discussão epistemológica quanto à orientação
paradigmática, mas é de se entender que a área de gestão ou administração é funcionalista por
gênese, embora acolha, como ciência social aplicada, diversos desenvolvimentos de áreas
correlatas, como sociologia, antropologia, ciência política entre outras, ou distantes, biologia,
física, informática entre outras. Essa assertiva se dá em virtude dos trabalhos e autores que
caracterizam seu surgimento enquanto conhecimento estruturado. Basta ver que Henri Fayol,
Henry Ford, Frederick Taylor, Elton Mayo, Chester Barnard, Herbert Simon e tantos outros
possuem uma forte vivência empírica daquilo que acabaram por teorizar.
O próprio Barnard (1938) discute no apêndice de seu livro que o fenômeno
administrativo deve ser entendido por dentro, uma vez que envolve pessoas em contexto de
decisão. Embora a rigor esse entendimento dê suporte a inferir que a pragmática sempre
esteve presente na administração, enquanto contexto histórico para sua gênese, vem
gradativamente aumentando a distância entre academia e as organizações. Essa distância
pode ser notada, de forma contundente, quando se analisam as práticas ou tradições de
pesquisa nas ciências sociais, que englobam a administração.
Entende-se por tradição de pesquisa em Creswell (2007), ou estratégias de
investigação em Denzin e Lincoln (2011), o conjunto de ferramentas, habilidades, suposições e
práticas que movem o pesquisador do paradigma para a coleta e análise de material empírico
num contexto de projeto de pesquisa, apresentando diversas tipologias ou taxonomias, tais
como as definidas por Merriam (2002), Godoi, Bandeira-de-Mello e Silva (2006), Creswell
(2007), Flick (2009) e Denzin e Lincoln (2011), não findando a lista. No entanto, para os fins
desta pesquisa, considerou-se como abordagem mais completa e plural a apresentada por
Creswell (2007) por meio das cinco tradições de pesquisa qualitativa, a saber: Pesquisa
Narrativa, Fenomenologia, Grounded-Theory, Etnografia e Estudo de Caso.
Contudo, Creswell (2007) escreve a respeito da pesquisa qualitativa de modo geral, ou
seja, para todos os campos da ciência social aplicada sem detalhar ou especificar
particularidades de tais campos. Por isso, acrescenta-se a este rol a Pesquisa-Ação, tratada
como estratégia de pesquisa no livro organizado por Godoi, Bandeira-de-Mello e Silva (2006)
e definida por Thiollent (1997) como uma pesquisa passível de ser realizada nas organizações.
Por motivos específicos, não serão discutidas as tradições de Pesquisa Narrativa,
Fenomenologia, Grounded-Theory, Etnografia e Estudo de Caso, pois não apresentam a
característica única da pesquisa-ação, que queremos enaltecer aqui. Focaremos nossa
discussão na pesquisa-ação, tradição que remonta às pesquisas no domínio dos estudos
psicológicos de campo, tendo seu criador Kurt Lewin (BRYDON-MILLER; GREENWOOD;
MAGUIRE, 2003). Para Thiollent (1997), defensor desta estratégia de pesquisa, a pesquisa-
ação é um tipo de pesquisa social com base empírica que é concebida e realizada em estreita
associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo e no qual os
pesquisadores e os participantes representativos da situação ou problema estão envolvidos de
modo cooperativo ou participativo.
Nota-se a proximidade da conceituação de Mattos (2003b, p. 38) do entendimento
dado por Thiollent (1997) à pesquisa-ação, quando aquele indica que ―perde sentido o famoso
dualismo teoria/prática, referindo-se o segundo desses termos à compreensão única que se
tem da situação administrativa, quando nela envolvido‖ [grifo nosso], em especial ao contexto
vívido de um problema coletivo e uma ação — que é sobretudo linguística por ser coletiva e
social. É possível notar, também, certa proximidade com o critério de qualidade apontado
pelos revisores ouvidos por Serra, Fiates e Ferreira (2008).
Martins e Theóphilo (2009, p. 73) são felizes em afirmar que na pesquisa-ação ―o
objeto da investigação não é constituído pelas pessoas, e sim pela situação social e pelos
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problemas de diferentes naturezas encontrados‖ [grifos nossos]. Tal situação social pode ser
perfeitamente entendida como uma organização. Além disso, a pesquisa-ação é um tipo de
pesquisa participante engajada, em oposição à pesquisa tradicional (moderna) que se
considera, ou busca se considerar, independente, não reativa e objetiva, o que pretendeu a
ciência da administração como discute Walsh, Meyer e Schoonhaven (2006).
No entanto, o que diferencia a pesquisa-ação da consultoria organizacional, sua
coirmã em objetivo, é a reflexividade pedagógica que aquela propõe, como bem ressaltam
Kemmins e McTaggar (2005, p. 564), necessitando de uma profunda reflexão não apenas das
ações em vias de solucionar ou mitigar o problema, mas do processo, das tomadas de
decisão e de suas consequências organizacionais, que é a porção pedagógica desta
estratégia de pesquisa, sua reflexividade. Mais precisamente, Kemmin e McTaggar (2005, p.
568) indicam que a ―participatory action research aims to transform both theory and practice‖ [grifos
nossos], por meio da reflexividade a partir dos resultados alcançados e do processo. É notória a
finalidade da pesquisa-ação no que diz respeito a desenvolver o conhecimento e a
compreensão como parte de uma prática socializada e contextualizada.
Também chamada de pesquisa intervencionista, a pesquisa-ação possibilita conhecer
o sistema em ação, eliminando o distanciamento histórico do positivismo e indo ao encontro
da afirmação de que só se pode compreender um sistema até tentar mudá-lo (KEMMINS;
McTAGGAR, 2005). Percebe a sutileza e profundidade desta afirmação? Ou seja, como
conhecer uma organização e as forças ali atuando (ideológicas, políticas, informais etc.) sem
intervir no sistema? Existe meio melhor de entender a cultura? O poder? A organização social
formal e informal? Qual tradição de pesquisa possui esse objetivo explicitamente definido? É
interessante constatar que, embora tenha tal potencial, essa tradição de pesquisa possui
participação ínfima na academia brasileira de administração, contando com 75 artigos
desenvolvidos sob esta tradição entre os 29.097 documentos disponíveis na base de dados
SPELLi, menos de 0,26% do conjunto de textos disponíveis (29.097)
As tradições de pesquisa etnografia, fenomenologia e outras de cunho interpretativista
se propõem a entender o sentido dado à ação, porém este saber se configura como um saber
da coisa e não um saber da experiência, como discute Bondía (2002). A esse respeito, esse
conceituado professor inicia seu texto, intitulado ―Notas sobre a experiência e o saber da
experiência‖, com a desconstrução do dualismo ciência/técnica, remetendo a uma posição
discursiva do iluminismo e a prevalência da razão plena, gerando, também, o dualismo
teoria/prática, numa posição política e ideológica. Neste sentido, os dois dualismos acabam
por conceber ―sujeitos técnicos que aplicam com maior ou menor eficácia as diversas técnicas
pedagógicas produzidas pelos cientistas‖ (BONDIA, 2002, p. 20) e, no segundo dualismo
apresentado, o sujeito aparece como um ―crítico que, armados de distintas estratégias
reflexivas, se compromete, com maior ou menor êxito, com práticas educativas concebidas na
maioria das vezes sob uma perspectiva política‖ (BONDIA, 2002, p. 20), entenda-se,
ideológica, paradigmática.
Fugindo da discussão já engessada na academia entre os dualismos propostos, que
basicamente remetem ao iluminismo, Bondía (2002) sugere refletir acerca de outro dualismo,
tratado por ele como sendo mais existencial, que é a experiência/sentido.
Trata experiência como sendo ―o que nos passa, o que nos acontece, o que nos toca.
Não o que se passa, não o que acontece, ou o que toca‖ (BONDÍA, 2002, p. 21), diferenciando-
a da informação acerca da experiência. Continua dizendo que ―o que gostaria de dizer sobre o
saber de experiência é que é necessário separá-lo de saber das coisas, tal como se sabe
quando se tem informação sobre as coisas, quando se está informado‖ (BONDÍA, 2002, p. 22).
Essa informação de Bondía acolhe recentes desenvolvimentos a respeito do entendimento dos
diversos tipos de saberes docentes, que estou tratando de forma análoga aos saberes da
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profissão do administrador e, mais literalmente ainda, aos saberes necessários ao professor de
Administração.
A experiência que Bondía (2002) trata não é uma experiência tempo-espacial, ou seja,
não é participar de algo. Essa participação gera opinião, que, com um sujeito mais informado
em virtude da difusão da informação proporciona um imperativo da opinião, que nos torna
sujeitos opinativos de tudo. Nossa aprendizagem tem sido desenvolvida no processo de
informar-se e opinar, com o máximo de informação em um espaço de tempo cada vez menor.
Por experiência entende-se algo transformador, a ―possibilidade de que algo nos aconteça ou
nos toque, requerendo um gesto de interrupção‖ (BONDÍA, 2002, p. 24), suscitando uma
práxis, requerendo:
[...] parar para pensar, parar para olhar, parar para escutar, pensar mais devagar, olhar
mais devagar, e escutar mais devagar; parar para sentir, sentir mais devagar, demorar-
se nos detalhes, suspender a opinião, suspender o juízo, suspender a vontade,
suspender o automatismo da ação, cultivar a atenção e a delicadeza, abrir os olhos e
os ouvidos, falar sobre o que nos acontece, aprender a lentidão, escutar aos outros,
cultivar a arte do encontro, calar muito, ter paciência e dar-se tempo e espaço
(BONDÍA, 2002, p. 24).
Com base no discutido anteriormente, uma evidência salta aos olhos: Se é tão
discutível que há um desvio comprometendo a pesquisa e o ensino em administração, por que
esse desvio ainda se mantém?
Essa inquietação, que aponta para a manutenção de uma institucionalização de
práticas, pode ser analisada por diversas abordagens teóricas, indo desde as comunidades
linguísticas de Wittgenstein até a análise arqueológica de Foucault para ver a verdade deste
discurso. Porém, acreditamos que, dentre as lentes possíveis, aquela que se dedica a análise da
gênese, manutenção e mudança institucionais, possuindo certa crítica à abordagem
comportamentalista e a racionalidade instrumental, pode nos fornecer insights interessantes
para compreender essa manutenção.
Então, admitimos que o neo-intitucionalismo será a lente complementar de análise
adotada neste ensaio. Para tanto precisamos definir qual neo-institucionalismo estaremos por
considerar, haja vista que desdobramentos dessa corrente de pesquisa iniciada por DiMaggio
e Powell (1991) se dão na economia, na sociologia e na ciência política, não sendo
mutualmente excludentes (HALL; TAYLOR, 2003; MARCH; OLSEN, 2006).
No que se refere à abordagem do neo-institucionalismo sociológico, que trata de como
as instituições tendem a assemelhar-se com o tempo de forma distinta daquela da
racionalidade meio e fins, ou seja, não necessariamente porque aumentassem sua eficácia
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abstrata (HALL; TAYLOR, 2003), pensamos que o trabalho de Kirshbaum, Porto e Ferreira
(2004), como o de Pegino (2014), é exemplar quando analisa a produção acadêmica em
administração, criticando a CAPES como órgão disciplinador do meio acadêmico num
momento em que a academia não necessita mais de tal órgão para garantir o volume de
pesquisa e a interação com a comunidade. Contudo, com base no já discutido na seção
anterior, essa interação com a comunidade está sendo reposicionada na agenda de pesquisa.
Fica clara em tal pesquisa a relação entre a forma de institucionalização da pesquisa
em administração no Brasil e as leis e regras impostas, num típico comportamento
isomórfico coercitivo, sobretudo a partir dos editais de fomento da CAPES e as regras de
avaliação que institui para os programas de pós-graduação stricto sensu. Tais regras, como
relatam Kirshbaum, Porto e Ferreira (2004, p. 10), não ―reconhecem a pesquisa aplicada como
produção acadêmica para fins de avaliação‖, dando indícios suficientes que a prática de
pesquisa em administração não se dá para a aplicação da teoria na resolução de problemas,
visto não atender às demandas instituídas pela CAPES e, assim, não alcançar recursos, status e
demais espaços na comunidade científica, como já comentaram Barbosa et al. (2013). Não
discutiremos aqui as mediações entre universidade e a comunidade, quer seja por consultorias
e/ou patrocinadores. Sugerimos para isso a leitura completa da pesquisa de Kirshbaum, Porto
e Ferreira (2004), mas também tem impactos na institucionalização do modus operandi da
pesquisa em administração no Brasil.
No entanto, percebe-se na pesquisa em administração no Brasil que possuímos traços
de comportamentos isomórficos miméticos (imitação) e normativos (condutas e práticas
comuns aos profissionais do ramo de atividade), embora não tão proeminentes quanto o
coercitivo (KIRSHBAUM; PORTO; FERREIRA, 2004), haja vista que, como propõem Bertero
et al. (2013b), a publicação em periódicos internacionais é um flagrante registro de mimetismo,
alcançando a legitimidade via imitação das práticas das comunidades cientificas
internacionais.
Os programas imitam-se para serem legitimados! E, além disso, o que esperar de
doutores em formação, que experimentaram tal institucionalização enquanto mestrandos e
bolsistas de iniciação científica? Repetir, num flagrante de comportamento isomórfico
normativo, em que os profissionais pesquisadores estão embebidos neste modus operandi. Estão
sendo formados assim e, quando profissionais, tendem a repetir suas práticas, pois foram
legitimas em sua formação.
Como se vê, separar na análise os comportamentos isomórficos é difícil. Evidencia-se o
comportamento isomórfico da pesquisa nacional em administração pelos comentários acima,
já que ―o isomorfismo é inerente a qualquer atividade humana, e também na academia‖
(KIRSHBAUM; PORTO; FERREIRA, 2004, p. 11). Porém, pode-se ir mais adiante.
Em 2009, como forma integrante de um relatório de pesquisa, Bertero (2009) dá uma
retrospectiva digna de uma análise histórica que consolida a abordagem institucionalista para
a pesquisa em Administração no Brasil, destacando o papel inicial do CFE (Conselho Federal
de Administração) na consolidação da pós-graduação em torno de linhas de pesquisa,
culminando na interferência da CAPES no modus operandi. Contudo, embora tenha traços
marcantes do institucionalismo sociológico, sobretudo o mimético, pode-se visualizar
também o neoinstitucionalismo político, em especial o neoinstitucionalismo histórico (HI) no
desenvolvimento da instituição pesquisa em administração no Brasil.
Percebe-se que atribuímos o termo instituição à ―pesquisa em administração no Brasil‖
e ao fazer isso demonstramos a dificuldade em definir o que vem a ser instituição para o
neoinstitucionalismo. Creditamos a March e Olsen (2006, p. 3) um esforço plausível por
definir os contornos do que vem a ser instituição, sobretudo na ciência politica, quando
afirmam que é:
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[…] a relatively enduring collection of rules and organized practices, embedded in structures of
meaning and resources that are relatively invariant in the face of turnover of individuals and
relatively resilient to the idiosyncratic preferences and expectations of individuals and changing
external circumstances.
The central assumption of historical institutionalism (HI) is that it is more enlightening to study
human political interactions: (a) in the context of rule structures that are themselves human
creations; and (b) sequentially, as life is lived, rather than to take a snapshot of those interactions at
only one point in time, and in isolation from the rule structures (institutions) in which they occur.
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avaliação para periódicos é realizada seguindo isomorfismos miméticos das práticas norte-
americanas, no sistema Blind Review, e executada por renomados e praticantes pesquisadores
do modus operandi da pesquisa em gestão, que acabam por ter como elemento comum a
distância do mundo empírico como regra de formação (KIRSHBAUM; PORTO; FERREIRA,
2004; BERTERO, 2009).
Eles mesmos fazem parte do comitê de decisões da CAPES, formado por
professores/pesquisadores de programas de pós-graduação avaliados, num tipo de decisão
colegiada, mas que mantém o elemento comum como liga para seus integrantes, ou seja,
presença majoritária dos componentes do grupo ―puros pesquisadores‖. Nada mais natural
que entender tal decisão a partir do conflito de poder e da marcação pela alteridade que faz
parte de qualquer comunidade. Fica mais fácil de compreender esta mudança no sistema de
avaliação quando potencializa aqueles participantes da comunidade científica nacional que
está mais intimamente relacionado com o modus operandi do que àqueles que militam por meio
de consultorias e pesquisas aplicadas.
Estes — do grupo ―puros pesquisadores‖ — mais ligadas ao academismo (BERTERO,
2009, p. 90) entendem as regras de legitimação do grupo, são mais ajustados a elas, possuem
uma estrutura que dá apoio a tais práticas (DE, bolsas, fomento etc.) e, portanto, terão acesso
contínuo ao recurso, aos espaços e, por fim, ao exercício do poder na área, manifestado,
inclusive, no sistema de avaliação.
E as preocupações da relação teoria e prática, historicamente presentes desde a gênese
do ensino administrativo (BERTERO, 2009)? E o retorno à sociedade a partir do investimento
e das pesquisas? E as melhorias nas práticas administrativas e, por fim, das organizações, a
partir das pesquisas? Paremos um pouco. Quem dita às regras para o campo? Grupo (1) ou
(2)? Nota-se que esse percurso analítico que estamos traçando, tomando por base apenas uma
manifestação da instituição ―pesquisa em administração no Brasil‖ — que é o sistema de
avalição da CAPES — tende a manter o status quo, que aliás, como comentam Hall e Taylor
(2003), bem como Nascimento (2009), é o ponto forte do institucionalismo histórico (HI), já
que, como afirmam Hall e Taylor (2003, p. 199), esse tipo de análise (HI) sugere que as
estratégias induzidas por um ―contexto institucional podem fossilizar-se ao longo do tempo e
tornar-se visões de mundo, que são propagadas por organizações oficiais e terminam por
moldar a imagem de si e as preferências dos interessados‖.
E, ao mesmo tempo em que as preferências são imagens dos integrantes, as instituições
resistem ―a serem postas radicalmente em causa porque elas estruturam as próprias decisões
concernentes uma eventual reforma que o indivíduo possa adotar‖ (HALL; TAYLOR, 2003, p.
199). Por essa razão o HI é muito mais honesto em explicar a permanência das instituições do
que a discutir sua gênese (NASCIMENTO, 2009).
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3. PLANO DE DESENVOLVIMENTO: DANDO CONTINUIDADE À PESQUISA
O tópico ―2‖ apresentou um esforço teórico por ler a situação e pensar ela a partir de
um quadro epistemológico capaz de iluminar a situação problema.
O desafio agora é proferir perguntas corretas, como bem sugere Sarlo (2004, p. 10)
quando indica que a eleição de questões problematizadoras em problemas sociais não é para
definir uma solução, mas ―trata-se antes de perguntar para fazer ver do que para encontrar, de
imediato, um plano de ação. Não são perguntas sobre o que fazer, mas sobre como armar uma
perspectiva para ver‖.
Por isso pensamos em aprofundar as causas da situação já comentada no item 2, dando
ênfase aos integrantes da ―cena‖ da educação superior em Administração no Brasil, em
particular: Os docentes, os Discentes e os dirigentes das IES em Administração. Para tanto a
questão central da investigação é, considerando atestada a distância entre o mundo
acadêmico e o da gestão, e que isso é um problema para um tipo de conhecimento que emana
da prática como o é a administração: Como o distanciamento entre o mundo acadêmico e o
mundo da gestão se mantém nas IES que ofertam a formação em Administração no
Brasil?
As questões a seguir delineiam melhor as inquietações que se projetam no bojo deste
questionamento:
Além da própria inclinação legal promovida pela LDB (Lei das Diretrizes e Bases da Educação
Nacional) quando indica, em seu artigo 43º, VII, quando diz que é finalidade da educação superior
“promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e
benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica
geradas na instituição”. Logo, a ideia desta linha de inquietação é capturar o valor de mudança,
emancipação e difusão do conhecimento gerado na academia para as organizações e, num giro
secundário, ma sociedade. Faremos para isso o mapeamento nos sites das pró-reitorias de extensão
das IES e analisaremos os programas de extensão em andamento.
a) Computador com acesso livre à base de dados do Periódicos CAPES (Já disponível na
sala do professor responsável e no laboratório de Informática do CAA);
b) 2 (dois) alunos bolsistas de permanência, preferencialmente já tendo cursado as
disciplinas Contabilidade Geral e Custos (ADM 3º) e Contabilidade Gerencial (ADM 4º).
c) Sala para leitura e reflexão (Já disponível na sala do professor responsável).
Como se vê, não há consumo de recursos específicos para este projeto, visto que o
gasto será com os alunos e estes já são contemplados com bolsa permanência pela UFPE.
Referências
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