INTRODUÇÃO

 À  
URINÁLISE-­‐  
FISIOLOGIA  RENAL  
HISTÓRICO  

Hipócrates: V
a.C. – uroscopia  
 HISTÓRICO   HISTÓRICO  
Frederik Dekkers
(1694) fervura:  
albuminúria  

Sabor…..  

Teste  da  formiga  

Invenção microscópio sec. XVII:

sedimento (Thomas Addis).
 
IMPORTÂNCIA  DA  URINÁLISE  

•  Diagnóstico e tratamento de doença renal

•  Diagnóstico e tratamento de doença do trato urinário

•  Detecção de doenças metabólicas (DM) ou

sistêmicas não relacionadas com o rim.
As  principais  características  morfológicas  renais  

extraído  de:    hKp://academic.kellogg.edu/herbrandsonc/bio201_McKinley/Urinary%20System.htm  

 Os  néfrons  e  suas  relações  com  as  camadas  cortical  e  medular  renais  

A  unidade  funcional  
renal:    NÉFRON  

Cada rim : 1 a 1,5 milhão de

néfrons

 extraído  de:  hKp://academic.kellogg.edu/herbrandsonc/bio201_McKinley/Urinary%20System.htm  

Néfron e seus componentes
+/-­‐  1200-­‐1500  mL  sangue  
resultam  em  120-­‐130  mL  FG  
BARREIRA DE FILTRAÇÃO
GLOMERULAR
FILTRAÇÃO GLOMERULAR  

 
• Glomérulo - situado cápsula de Bowman
filtro não seletivo para substâncias
plamáticas baixo PM.
(60.000 -70.000)

• Fatores influenciam filtração:

-estrutura celular (capilares e c. Bowman)
-p. hidrostática e oncótica
-sistema renina-angiotensina-aldosterona

 
Volume de urina → 1 mL/min
Formação do ultrafiltrado → desequilíbrio da pressão arterial e
pressão oncótica dentro dos capilares glomerulares
 
MECANISMOS  DE  FORMAÇÃO  DA  URINA  
 
 Túbulo proximal
Lúmen   Sangue  
tubular  
Célula  tubular  
Na+,  K+,  H2O   Na+,  K+,  H2O   Na+,  K+,  H2O  
Ca+2,Mg+2,     Ca+2,Mg+2,     Ca+2,Mg+2,    
Cl-­‐,  PO4-­‐3   Cl-­‐,  PO4-­‐3   Cl-­‐,  PO4-­‐3  

Glicose   Na+   ↓  [Na+]   3  Na+  

Glicose   X
-­‐  70  mV   2  K+  
Aminoácidos   Na+   Glicose,  
Aminoácidos    Ácidos  
     Ácidos  
orgânicos,  
orgânicos   Na+   Aminoácidos  
Ácidos  orgânicos  
 Túbulo distal
Lúmen   Sangue  
tubular  
Célula  tubular  

Tampões  +  H+   H+  +    HCO3-­‐   HCO3-­‐  

X
Acidez     H2CO3   3  Na+  
X
ftulável   2  K+  
Na+   AC  
H2O  +  CO2     CO2  
NH3  +  H+  

+   +  
               NH4+  
  Ações  da  Aldosterona  
Acidez    
não  ftulável  
SECREÇÃO TUBULAR  

•  Substâncias  provenientes  do  sangue  que  estão  nos  

capilares  peritubulares  são  lançadas  na  luz  do  túbulo  
para  serem  eliminadas.    

•  Desempenha  funções:  

•  Elimina  resíduos  não  \iltrados  pelos  glomérulos  

•  Regulação  equilíbrio  ácido-­‐base  –  secreção  íons  H.  

 
Ex:  medicamentos  ligados  à  proteínas  
 
 ENTÃO AS FUNÇÕES SÃO:
•   Depuração  

•   Manutenção  do  equilíbrio  ácido-­‐básico  

•   Pressão  arterial  
•   Regulação  equilíbrio  água/eletrólitos  
•   Função  metabólica    
•   Função  Hormonal  
 COMPOSIÇÃO DA URINA  
•  96%  água  e  4%  (sólidos  dissolvidos)  substâncias  
químicas,  orgânicas  e  inorgânicas.  

•  Ureia,  proteínas  e  aminoácidos  

•  Substâncias    orgânicas:  creatinina  e  ácido  úrico  
•  Substâncias  inorgânicas:  principal  cloreto,  Na  e  K.  
•  Outras:  hormônios,  vitaminas  e  medicamentos.  

Variações  devido:  ingestão  alimentar,  afvidade  isica,  

metabolismo  orgânico,  função  endócrina  e  posição  do  corpo.  
 

•  Ultrafiltrado do plasma: 170.000 mL convertidos 1.200 mL

VOLUME  URINÁRIO    
•  Adulto:  800  a  1500  mL/24  horas  
•  In\luência:    
•  Volume  corporal  
•   sudorese  
•   temperatura  
•   quantidade  de  resíduos  que  o  rim  precisa  eliminar.  
 DISTÚRBIOS  DA  MICÇÃO  
 
     
POLIÚRIA  aumento  fluxo   OLIGÚRIA:  redução  do  fluxo  
   
•  -­‐  Transitória:  ingestão   •  -­‐  Transitória:  ↓líquidos,  
hídrica,  emoção,  frio,   desidratação,  diarreia,  
edema   febre  
•  Permanente:  
•    -­‐  Permanente:   Glomerulonefrite,  
Diabetes  Mellitus  e   nefrose,  nefrite,  fase  
Insípidus   comatosa  

ANÚRIA:  interrupção  completa  

Obstrução  por  cálculo,  IRC,  IRA,  desidratação  intensa,  

 glomerulonefrite  aguda  
 DISTÚRBIOS  DA  MICÇÃO  
 

POLACIÚRIA  :  aumento  da  frequência  urinária  

Eliminação  de  pouca  urina  com  dor  (cistite)  
 
DISÚRIA  
Dor  ao  urinar,  ato  miccional  diTcil  (gotejamento)  
 
NICTÚRIA:  micção  excessiva  a  noite  
Doença  prostática,  IRC,  Gravidez,  insônia  
 
 
INCONTINÊNCIA  
Perda  involuntária  e  constante  da  urina  
Coleta e manipulação
das amostras  
Coleta  

ABNT  CB-­‐36/2002-­‐  ABNT  NBR  15268/2005  

•  Preferencialmente  no  laboratório  

•  Recipiente  estéril  

•  Descartável  

•  Frascos  de  urina  de  24  horas  

•  Recipiente  etiquetado  no  frasco  

ORIENTAÇÕES  DE  COLETA  
 
COLETA  DE  URINA  DE  24  HORAS  
 

-­‐  Paciente  é  instruído  a  desprezar  a  primeira  micção  do  dia.  

-­‐  Este  momento  é  registrado  como  hora  do  início  da  coleta  

-­‐  Toda  a  urina  do  dia  deve  ser  coletada  no  frasco,  inclusive  a  noite.  

-­‐  No  outro  dia,    no  horário  que  foi  registrado  como  início,  o  paciente  irá  

realizar  a  última  coleta  de  urina.  

-­‐  Enviar  ao  laboratório  

 
ORIENTAÇÕES  DE  COLETA  
 
COLETA  MASCULINA  
 
-­‐  Expor  a  glande  e  lavá-­‐la  com  água  e  sabão  e  enxugar  
-­‐  Manter  o  prepúcio  retraído  
-­‐  Desprezar  no  vaso  o  primeira  jato*  
-­‐  Urinar  até  completar  20  a  50  mL  e  desprezar  o  restante  
-­‐  Não    manter  relações  sexuais  2  dias  antes  do  exame.  
 
 
 
ORIENTAÇÕES  DE  COLETA  
 
COLETA  FEMININA  
 
-­‐  Lavar  região  vaginal  de  frente  para  trás  com  água  e  sabão  
-­‐  Afastar  os  grandes  lábios  
-­‐  Desprezar  no  vaso  o  primeiro  jato*  
-­‐  Urinar  até  completar  20  a  50  mL  e  desprezar  o  restante  
-­‐  Não  pode  estar  menstruada  2  dias  antes  do  exame.  
-­‐  Não  manter  relações  sexuais  2  dias  antes  do  exame.  
 
 
 
 
ORIENTAÇÕES  DE  COLETA  
 
COLETA  INFANTIL  
 
-­‐  Lavar  região  vaginal  ou  glande  com  água  e  sabão  
-­‐  Não  fazer  uso  de  pomadas  na  região  
-­‐  Separar  as  pernas  da  criança  
-­‐  Colocar  adesivo  na  pele  em  volta  dos  genitais  externos  
-­‐  Após  60  min  caso  não  ocorra  a  coleta  o  coletor  deverá  ser  retirado.  
 
 
 
 
 
Tipos de amostra em urinálise:  
•  Amostra Aleatória: triagem - anormalidades bem evidentes

•  Primeira amostra da manhã : ideal para exame tipo I, proteinúria

ortostática – teste gravidez.

• Amostra de jejum (segunda da manhã): monitorização de glicosúria.

•  Pós-prandial: glicosúria

• Teste oral de tolerância a glicose (TOTG)

• Amostra 24 h: quantidade exata de determinada substância.

Tipos de coleta da amostra:  

•  Amostra  colhida  por  catéter:  cultura  bacteriana,  avaliação  de  um  rim  
isolado.  

Coleta por catéter

Tipos de coleta da amostra:  

•  Jato  médio:    Rotina  –  Urocultura  –  Mais  utilizada    

•     Aspiração  suprapúbica:  urocultura.  
•     Amostras  pediátricas  

Coletor pediátrico
 •  A URINA É UM MATERIAL
BIOLOGICAMENTE PERIGOSO, O QUE
EXIGE A OBSERVÂNCIA DE
PRECAUÇÕES UNIVERSAIS
 
     PORTANTO………..
 Manipulação  das  amostras  
•  AS   ANÁLISES   DEVEM   SER   SEMPRE   REALIZADAS   COM  
LUVAS  E  ÓCULOS  DE  PROTEÇÃO.  

•  O   DESCARTE   DA   URINA   PODE   SER   FEITO   NA   PIA,  

JOGANDO-­‐SE  DEPOIS  GRANDE  QUANTIDADE  DE  ÁGUA  

•  O   RECIPIENTE   EM   QUE   A   AMOSTRA   ESTAVA,   DEVE   SER  

DESCARTADO   EM   LIXO   DE   RISCO   BIOLÓGICO   (SACO  
BRANCO  COM  SÍMBOLO)  
REGRAS  IMPORTANTES  QUANTO  AOS  
CUIDADOS  DE  CONSERVAÇÃO  COM  A  
 AMOSTRA  DE  URINA:  
Conservação  
—  Refrigeração  :  mais  uflizado.  

Vantagens:
•  Não interfere testes bioquímicos
•  Impede proliferação bacteriana.

Desvantagens:
•  ⇑ densidade;
• Precipita uratos e fosfatos amorfos
Conservante Vantagens Desvantagens
Aumento da densidade na
Não interfere nos testes medição por urodensímetro,
Refrigeração bioquímicos precipitação de fosfatos e
uratos amorfos

Previne o crescimento bacteriano

Interfere com a detecção de
Formaldeído Preserva os cilindros e os
glicosúria
elementos celulares

Timol e inviabilizam os testes

Antimicrobiano
tolueno bioquímicos

Conserva bem as proteínas e os

Interfere no pH e pode provocar
Ácido bórico elementos figurados, sem interferir
precipitação de cristais
nas análises de rotina

Acumula-se no fundo dos tubos

Clorofórmio - e interfere na análise do
sedimento
Flutua na superfície da amostra
Não interfere em testes
Tolueno bioquímicos
e se adere ào materiais de
análise
Inibe os testes com tiras
Fluoreto de Evita a glicólise e é bom para
reativas para detecção de
sódio análise de medicamentos
glicose, sangue e leucócitos
ALTERAÇÕES    DA  URINA  NÃO  CONSERVADA  
bactérias  
•  Aumento  do  pH    -­‐-­‐        Uréia                        amônia  +  CO2  
•   Diminuição  da  glicose  -­‐  bactérias  
•   Diminuição  das  cetonas    -­‐  volatização  
•   Diminuição  da  bilirrubina  -­‐  luz  
•   Aumento  do  nitrito  
•   Aumento  do  número  de  bactérias  
 •   Aumento  da  turvação  
 •   Desintegração  de  hemácias  e  cilindros      (urina  alcalina)          
•   Alterações  na  cor  (oxidação,  redução  de  metabólitos)