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MANUAL MSD
Versão para Profissionais de Saúde

Fármacos potencialmente inapropriados em idosos (com base nos critérios


de Beers da American Geriatrics Society atualizados em 2015)

Fármaco Preocupações/recomendações para prescrição

Anticolinérgicos*

Anti-histamínicos de primeira geração


Altamente anticolinérgicos; maior risco de confusão mental, boca
[bronfeniramina, carbinoxamina,
seca, constipação e outros efeitos anticolinérgicos e toxicidade
clorfeniramina, clemastina, cipro-heptadina,
Depuração reduzida com a idade avançada; a tolerância desenvolve-
dexbromfeniramina, dexclorfeniramina,
se quando utilizados como hipnóticos
dimenidrinato, difenidramina (oral),
Evitar, exceto o uso de difenidramina em situações especiais (p. ex.,
doxilamina, hidroxizina, meclizina,
reação alérgica grave) pode ser apropriado
prometazina, triprolidina]

Não recomendado para a prevenção de sintomas extrapiramidais


Fármacos antiparkinsonianos (benztropina
com antipsicóticos; agentes mais eficazes disponíveis para o
[oral], triexifenidil)
tratamento da doença de Parkinson

Antiespasmódicos [atropina (exceto


oftálmica), alcaloides de beladona, clidínio-
Altamente anticolinérgicos, eficácia incerta
clordiazepóxido, diciclomina, hiosciamina,
propantelina, escopolamina]

Anti-infecciosos

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Fármaco Preocupações/recomendações para prescrição

Potencial de toxicidade pulmonar, hepatotoxicidade e neuropatia


periférica, especialmente com uso a longo prazo; alternativas mais
Nitrofurantoína seguras estão disponíveis
Evitar em pacientes com depuração da creatinina < 30 mL/min ou
para a supressão prolongada de bactérias

Antitrombóticos

Dipiridamol, de ação rápida por via oral† Possível hipotensão ortostática; há alternativas mais eficazes
(não se aplica à combinação de liberação disponíveis; evitar, exceto na forma IV aceitável para testes de
prolongada com aspirina) esforço cardíaco

Ticlopidina† Há alternativas eficazes mais seguras disponíveis; evitar

Fármacos cardiovasculares

Alto risco de hipotensão ortostática; fármacos alternativos têm


Alfa-1-bloqueadores (doxazosina, prazosina,
melhor relação risco/benefício; evitar a utilização como um anti-
terazosina)
hipertensivo

Alfa-agonistas, central (clonidina, Alto risco de efeitos adversos no sistema nervoso central; pode
guanabenz†, guanfacina†, metildopa†, causar bradicardia e hipotensão ortostática; evitar clonidina como
reserpina [> 0,1 mg/dia]†) hipertensivo de primeira linha; outros não recomendados

Eficaz para manter o ritmo sinusal, mas apresenta maior toxicidade


que outros antiarrítmicos usados na fibrilação atrial; pode ser uma
Amiodarona terapia de primeira linha razoável em pacientes com insuficiência
cardíaca congestiva concomitante ou hipertrofia ventricular
esquerda substancial se o controle do ritmo for preferível ao
controle da frequência

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Fármaco Preocupações/recomendações para prescrição

Evitar como terapia de primeira linha para a fibrilação atrial, a


menos que o paciente tenha insuficiência cardíaca congestiva ou
hipertrofia ventricular esquerda substancial

Inotrópico negativo potente (pode induzir insuficiência cardíaca);


Disopiramida† fortemente anticolinérgico; evitar, outros fármacos antiarrítmicos
são preferidos

Desfechos piores em pacientes em uso de dronedarona que têm


fibrilação atrial permanente ou insuficiência cardíaca congestiva
Dronedarona recém-descompensada
Evitar em pacientes com fibrilação atrial permanente ou insuficiência
cardíaca congestiva grave ou recém-descompensada

Uso na fibrilação atrial: não deve ser usado como agente de primeira
linha, porque existem alternativas mais eficazes e a digoxina pode
estar associada ao aumento na mortalidade; evitar como terapia de
primeira linha
Uso na insuficiência cardíaca congestiva: efeitos questionáveis sobre
o risco de hospitalização e pode estar associada ao aumento na
mortalidade em idosos com insuficiência cardíaca congestiva; na
Digoxina insuficiência cardíaca congestiva, doses mais elevadas não estão
associadas com benefícios adicionais e podem aumentar o risco de
toxicidade; evitar como terapia de primeira linha
A depuração renal diminuída da digoxina pode levar a um maior
risco de efeitos tóxicos; pode ser necessária uma redução adicional
da dose em pacientes com doença renal crônica nos estágios 4 ou 5;
se usada para fibrilação atrial ou insuficiência cardíaca, evitar doses
> 0,125 mg/dia

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Fármaco Preocupações/recomendações para prescrição

Nifedipino, liberação imediata† Risco de hipotensão e isquemia miocárdica; evitar

SNC

Antidepressivos: ADTs terciários, isolados ou


Altamente anticolinérgicos e sedativos, causam hipotensão
em combinação [amitriptilina, amoxapina,
ortostática; evitar
clomipramina, desipramina, doxepina (> 6
Perfil de segurança da doxepina em baixa dose (≤ 6 mg/dia)
mg/dia), imipramina, protriptilina,
comparável ao do placebo
trimipramina], paroxetina

Maior risco de acidente vascular encefálico e taxa mais alta de


declínio cognitivo e mortalidade em pacientes com demência
Evitar o uso de antipsicóticos para problemas comportamentais da
demência ou delirium, a menos que opções não farmacológicas (p.
Antipsicóticos, 1º (convencional) e 2ª
ex., intervenções comportamentais) tenham falhado ou não sejam
(atípicos) gerações
possíveis e o idoso esteja ameaçando causar danos substanciais a si
mesmos ou a outros
Evitar, exceto para esquizofrenia, transtorno bipolar ou uso a curto
prazo como antiemético durante a quimioterapia

Barbitúricos (amobarbital†, butabarbital†,


Alta taxa de dependência física, tolerância a benefícios do sono;
butalbital, mefobarbital†, pentobarbital†,
maior risco de superdosagem em doses baixas; evitar
fenobarbital, secobarbital†)

Benzodiazepínicos de ação rápida e ação Benzodiazepínicos de ação curta e intermediária: idosos têm
intermediária (alprazolam, estazolam, aumento na sensibilidade aos benzodiazepínicos e redução do
lorazepam, oxazepam, temazepam, metabolismo dos fármacos de ação prolongada; em geral, todos os
triazolam) benzodiazepínicos aumentam o risco de comprometimento
Benzodiazepínicos de ação prolongada cognitivo, delirium, quedas, fraturas e acidentes automobilísticos em

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Fármaco Preocupações/recomendações para prescrição

idosos; evitar
Benzodiazepínicos de ação prolongada: podem ser apropriados para
(clorazepato, clordiazepóxido, clonazepam,
transtornos convulsivos, distúrbios do sono REM, abstinência de
diazepam, flurazepam, quazepam)
benzodiazepínicos, abstinência de etanol, transtorno de ansiedade
generalizada grave, anestesia periprocedural

Meprobamato Alta taxa de dependência física; muito sedativo; evitar

Os agonistas de receptores benzodiazepínicos têm eventos adversos


Hipnóticos agonistas de receptores
semelhantes aos dos benzodiazepínicos em idosos (p. ex., delirium,
benzodiazepínicos ou não
quedas, fraturas); aumento de consultas ao pronto-socorro e
benzodiazepínicos (eszopiclone, zolpidem,
hospitalizações; acidentes automobilísticos; melhora mínima na
zaleplona)
latência e duração do sono; evitar

Mesilatos de ergot† (alcaloides de ergot


desidrogenados) Falta de eficácia; evitar
Isoxsuprina†

Terapia endócrina

Potencial de problemas cardíacos; exacerbação do câncer de


Andrógenos (metiltestosterona†,
próstata
testosterona)
Evitar, exceto para hipogonadismo moderado a grave confirmado

Possíveis efeitos cardíacos; há alternativas mais seguras disponíveis;


Tireoide dessecada
evitar

Evidências de potencial carcinogênico (mama e endométrio);


Estrógenos, com ou sem progesterona ausência de efeito cardioprotetor e proteção cognitiva em mulheres
idosas

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Fármaco Preocupações/recomendações para prescrição

As evidências indicam que os estrógenos vaginais para o tratamento


da secura vaginal são seguros e eficazes; mulheres com história de
câncer de mama que não respondem a terapias não hormonais são
aconselhadas a discutir o risco e os benefícios do estrogênio vaginal
em baixa dose (dosagens de estradiol < 25 mcg 2 vezes/semana)
com seus médicos
Evitar adesivo tópico e a forma oral
Creme ou comprimidos vaginais: aceitável usar estrogênio
intravaginal em baixa dose para tratamento de dispareunia,
infecções do trato urinário inferior e outros sintomas vaginais

Pouco efeito sobre a composição corporal; associado a edema,


artralgia, síndrome do túnel do carpo, ginecomastia, glicemia em
Hormônio do crescimento
jejum prejudicada
Evitar, exceto para reposição hormonal após a remoção da hipófise

Maior risco de hipoglicemia sem melhoria no controle de glicose


independentemente do ambiente de cuidados; evitar
Refere-se ao uso exclusivo de insulinas de ação curta ou rápida para
Insulina, escala flutuante tratar ou evitar a hiperglicemia na ausência de insulina basal ou de
ação prolongada; não se aplica à titulação da insulina basal ou ao
uso de insulina de ação curta ou rápida adicional em conjunto com a
insulina programada (i. e., insulina de correção)

Efeito mínimo sobre peso; maior risco de eventos trombóticos e,


Megestrol
possivelmente, morte; evitar

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Fármaco Preocupações/recomendações para prescrição

Clorpropamida: meia-vida prolongada; pode causar hipoglicemia


Sulfonilureias de longa duração prolongada, síndrome de secreção hormonal inadequada de
(clorpropamida, glibenclamida) antidiuréticos; evitar
Gliburida: maior risco de hipoglicemia grave prolongada; evitar

terapia gastrintestinal

Pode causar efeitos extrapiramidais incluindo discinesia tardia; o


Metoclopramida risco pode ser maior em idosos frágeis; evitar, exceto para
gastroparesia

Potencial de aspiração; há alternativas mais seguras disponíveis;


Óleo mineral, oral
evitar

Risco de infecção por Clostridium difficile e perda e fraturas ósseas


Evitar o uso programado por > 8 semanas, a menos que em
pacientes de alto risco (p. ex., corticoides orais ou uso crônico de
Inibidores da bomba de prótons AINEs), esofagite erosiva, esofagite de Barrett, condição patológica
hipersecretora ou necessidade demonstrada de tratamento de
manutenção (p. ex., decorrente de falha na tentativa de
descontinuação de fármacos ou bloqueadores H2)

Controle da dor

Não é um analgésico eficaz em dosagens orais comuns; pode


Meperidina provocar neurotoxicidade; há alternativas mais seguras disponíveis;
evitar, especialmente em indivíduos com doença renal crônica

AINEs seletivos não COX, orais (aspirina [> Maior risco de sangramento gastrintestinal e úlcera péptica em
325 mg/dia], diclofenaco, diflunisal, grupos de alto risco, incluindo aqueles com idade > 75 ou tomando

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Fármaco Preocupações/recomendações para prescrição

corticoides orais ou parenterais, anticoagulantes ou antiplaquetários


Ocorrem úlceras gastrintestinal superior, sangramento grave ou
etodolaco, fenoprofeno, ibuprofeno,
perfuração em cerca de 1% dos pacientes tratados por 3–6 meses e
cetoprofeno, meclofenamato, ácido
em cerca de 2–4% dos pacientes tratados por 1 ano; essas
mefenâmico, meloxicam, nabumetona,
tendências continuam com o tempo mais longo de uso
naproxeno, oxaprozina, piroxicam,
Evitar uso crônico, a menos que outras alternativas sejam ineficazes
sulindaco, tolmetina)
e os pacientes são capazes de tomar um inibidor de bomba de
prótons ou misoprostol (que reduzem, mas não eliminam o risco)

Indometacina: maior risco de efeitos adversos no SNC; evitar


Indometacina Cetorolaco, incluindo parenteral: maior risco de sangramento
Cetorolaco, incluindo parenteral gastrintestinal, doença de úlcera péptica e lesão renal aguda em
idosos; evitar

Efeitos adversos no sistema nervoso central, incluindo confusão


mental e alucinações, mais comum do que com outros opioides;
Pentazocina†
também é um agonista e antagonista misto; há alternativas mais
seguras disponíveis; evitar

Relaxantes musculares (carisoprodol, Mal tolerado em razão dos efeitos anticolinérgicos; sedação; risco de
clorzoxazona, ciclobenzaprina, metaxalona, fratura; a eficácia em doses toleradas por idosos é questionável;
metocarbamol, orfenadrina) evitar

Alto risco de hiponatremia; tratamentos alternativos mais seguros;


Geniturinário (desmopressina)
evitar no tratamento da noctúria ou da poliúria noturna

*ADTs são excluídos.

†Esses fármacos são usados de maneira infrequente.

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Fármaco Preocupações/recomendações para prescrição

ADT = antidepressivos tricíclicos.

Adaptado de The American Geriatrics Society 2015 Beers Criteria Update Expert Panel: American Geriatrics Society
updated Beers Criteria for potentially inappropriate medication use in older adults. Journal of the American Geriatrics
Society 63(11):2227-46, 2015. doi: 10.1111/jgs.13702.

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