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“O propósito de um profundo e destemido inventário moral é arrumar a confusão e a contradição de nossas vidas,
para que possamos descobrir quem realmente somos. Estamos começando uma nova maneira de viver e precisamos
nos livrar da carga e das armadilhas que nos controlavam e impediam nosso crescimento. (...) Um inventário escrito
vai desvendar partes do nosso subconsciente, que permanecem escondidas, quando apenas pensamos ou falamos
sobre quem somos. Quando está tudo no papel, é muito mais fácil ver a nossa verdadeira natureza, e muito mais
difícil negá-la. A autoavaliação honesta é uma das chaves da nossa nova maneira de viver. (...) Qualquer pessoa que
esteja há algum tempo no Programa e tenha praticado este Passo vai lhe dizer que o 4º Passo foi um momento
decisivo na sua vida. (...) Os Passos Um, Dois e Três são a preparação necessária para se ter fé e coragem para
escrever um inventário destemido. É aconselhável repassarmos os três primeiros Passos (...) antes de começarmos.A
nossa compreensão destes Passos nos deixa à vontade.Queremos encarar nosso passado de frente, vê-lo como ele
realmente foi e libertá-lo para podermos viver o hoje. (...) Não temos que olhar para o passado sozinhos. Agora,
nossas vontades e nossas vidas estão nas mãos do nosso Poder Superior. (...) Começamos agora o 4º Passo e abrimos
mão do medo. Simplesmente escrevemos o melhor que podemos no momento. (...) Escrevemos sobre as nossas
deficiências, tais como culpa, vergonha, remorso, autopiedade, ressentimento, raiva, depressão, frustração,
confusão, solidão, ansiedade, deslealdade, desesperança, fracasso, medo e negação. As qualidades também têm que
ser consideradas, se quisermos ter um quadro mais completo de nós mesmos. Isto é muito difícil para a maioria de
nós, pois é difícil aceitarmos que temos boas qualidades. No entanto, todos temos qualidades, muitas delas recém-
encontradas no Programa, tais como estar limpo, ter mente aberta, consciência de Deus, honestidade com os
outros, aceitação, ação positiva, partilhar, ter boa vontade, coragem, fé, carinho, gratidão, gentileza e generosidade.
Nossos inventários geralmente incluem os relacionamentos. (...) Escrevemos o nosso inventário sem pensar no 5º
Passo. (...) A maneira de escrever um inventário é escrevê-lo. Nós nos sentamos com um bloco, pedimos orientação,
pegamos a caneta e começamos a escrever. Qualquer coisa em que pensemos é material para o inventário. Um
método prático é saber que poderemos escrever de menos, mas nunca escreveremos demais. (...) O inventário
torna-se um alívio, pois a dor de fazê-lo é menor que a dor de não fazê-lo. Aprendemos que a dor pode ser um fator
que motiva a recuperação. Portanto, torna-se inevitável encará-la. (...) Sentamos com papel e caneta e pedimos
ajuda ao nosso Deus, para que nos revele os defeitos que nos causam dor e sofrimento. Rogamos coragem para
sermos destemidos e profundos, e para que o inventário possa nos ajudar a colocar nossas vidas em ordem. Quando
rezamos e agimos, sempre conseguimos melhor resultado. (...) O importante é que façamos o nosso melhor. Usamos
as ferramentas à nossa disposição e desenvolvemos a capacidade de sobreviver às nossas emoções”.
65. Alguma vez sofri abuso ? Por parte de quem ? Que sentimentos tive ou tenho agora a esse respeito ?
66. O fato de ter sofrido abuso afetou minhas relações com os outros ? Como ?
67. Se eu tenho me sentido vítima durante grande parte da minha vida, por ter sofrido abuso na infância, que passos posso
dar para ter devolvida a plenitude espiritual ? Meu Poder Superior pode ajudar ? Como ?
68. Alguma vez abusei de alguém ? De quem e como ?
69. O que estava sentindo e pensando, antes de prejudicar alguém ?
70. Culpei minha vítima ou inventei desculpas para meu comportamento ? Descreva.
71. Confio no meu Poder Superior para atuar na minha vida e me prover com o que preciso, para que eu não tenha mais
que prejudicar seja quem for ? Estou disposto a viver com os sentimentos dolorosos, até que sejam modificados pela
prática dos passos ?
72. Que qualidades tenho, das quais gosto ? do que os outros gostam ? Quais qualidades me são úteis ?
73. De que forma tenho demonstrado consideração por mim mesmo e pelos outros ?
74. Que princípios espirituais estou praticando ? Como isso tem modificado minha vida ?
75. Como minha fé e confiança no Poder Superior têm crescido ?
76. Em que se baseia minha relação com meu padrinho ou madrinha ? Como vejo essa experiência positiva se refletir em
outras relações ?
77. Que objetivos alcancei ? tenho agido para atingir outras metas ? Quais são e como estou agindo ?
78. Quais são meus valores ? Quais me comprometi a seguir e como ?
79. Como estou demonstrando minha gratidão pela recuperação ?
80. Há segredos sobre os quais não tenha ainda escrito ? Quais ?
Terminar o Quarto Passo pode representar muitas coisas, talvez nos desiluda, talvez nos alegre, talvez provoque
desconforto. Seja qual for o sentimento, podemos no entanto, sentir satisfação com o que conquistamos. Este passo irá
proporcionar a base para o que faremos do Quinto ao Nono. É hora de combinar com nosso padrinho ou madrinha para
trabalhar o Quinto Passo.